sábado, 26 de novembro de 2011

17.48. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Não admira que o Ancião James Whitsitt do Tennessee e os irmãos do seu tempo chamou a isto brincar com a Palavra de Deus e a fé de nossos pais uma inovação perigosa. Tudo quanto for inescriturístico será perigoso. As Escrituras são um guia completo para a vida religiosa de qualquer um, vida de negócio, vida social, física e intelectual. Se uma coisa é ordenada, as estranhas são proibidas. Se nas Escrituras Deus deu um plano para financiar o reino, outros planos são inescriturísticos, deshonrosos e perigosos a Deus.
Temos grupos hoje que estão buscando financiar o reino de Deus por prostituírem a fins comerciais a igreja que Jesus edificou. Deus removerá de tais igrejas o castiçal de ouro e retirará delas o Seu espírito, a menos que se arrependam. Tais igrejas se tornarão organizações sem poder espiritual, tendo perdido a paixão pelas almas. Nosso Senhor não endereçou a uma tal igreja em Éfeso, quando Ele fez João escrever ao anjo da igreja de Éfeso?
“Tenho algo contra ti, porque deixaste o teu primeiro amor. Arrepende-te e pratica as primeiras obras, ou então virei a ti e removerei o castiçal de ouro, a menos que te arrependas”. A primeira obra de qualquer igreja, ou de qualquer alma salva, para essa matéria, é buscar o perdido. É um dia triste para qualquer igreja quando perderam a paixão pelas almas, quando suas organizações gastarão horas em seguir esquemas inescriturísticas, comerciais para levantarem dinheiro e não darão uma hora a oração e buscar o perdido.
Temos igrejas e grupos assim que um dia despertarão e saltarão do colo comercial de Dalila, cortados na sua energia e no seu poder e como Sansão não perceberão que o Espírito do Senhor partiu deles.
O que é verdadeiro neste caso de financiar o reino é verdade de toda a coisa estranha que fazemos no Reino de Deus que não está de acordo com o modelo dado na Palavra. Deus disse a Moisés quando ele estava prestes a edificar o tabernáculo: “Fique seguro que o faças segundo o modelo a ti mostrado no monte”.
Assim com o batismo. Deus nos deu um plano a seguirmos. O batizando deve ser um crente. O ato deve ser a imersão. O desígnio deve se mostrar a fé do batizando, mas, mais especialmente, a fé da igreja administrante. O administrante deve ser um autorizado por Cristo mesmo. Isto é o modelo. Qualquer saída deste modelo é desonra a Cristo e operará desastre, como com Uzá quando estendeu a mão para deter a arca.
Falamos de união da igreja, contudo todas as divisões na cristandade ocorreram por causa das partidas do plano escriturístico do batismo. Primeiro veio a divisão entre as igrejas post-apostólicas que se chamaram anabatistas e as que depois foram para formarem as igrejas Católica Romana e Católica Grega, quando a corporação post-apostólica negou o direito de uma corporação corrupta administrar batismo válido e insistiu em batizar todos que lhe viessem dessa corporação corrupta. Esta divisão alargou-se quando aí uns cem anos mais tarde esta mesma corporação Católica Romana começou a batizar criancinhas, quebrando o modelo escriturístico que o batizando deve ser um crente. Cem anos mais tarde alargou-se ainda mais, quando esta mesma corporação mudou o modo de batismo de imersão para aspersão, porque este era mais conveniente, e estabeleceu a doutrina perigosa que a igreja tem mais autoridade do que as Escrituras e pode mudar as Escrituras se ela o quiser. É assim a apostasia prosseguiu e porque os anabatistas protestaram contra essas coisas os rios da Europa correram vermelhos com o seu sangue, que morreram antes que fazerem compromisso com a Palavra de Deus.
Foram-se mil e trezentos anos, vindo então a Reforma protestante. De uma Roma corrupta vieram os luteranos, os calvinistas (presbiterianos) e, um pouco mais tarde, os seguidores de Henrique VIII, os episcopais, purgados de muito que era corrupto, mas trazendo com eles a forma corrompida de batismo da igreja de Roma, que se corrompera em todos os quatro essenciais: o administrante, o modo, o desígnio e o sujeito.
A tragédia da reforma foi que essas corporações protestantes, quando vieram de Roma, não andaram o caminho todo até aos anabatistas, aceitando o batismo de suas mãos, repudiando o seu batismo infantil e a aspersão que tinham recebido das mãos de Roma. Teríamos então apenas duas corporações religiosas: anabatistas e católicos.
Quem é o responsável pela divisão da cristandade; o batista que tem permanecido com um batismo escriturístico desde o tempo dos apóstolos, ou os seguidores dessas corporações protestantes que vieram só até uma parte do caminho de volta à posição escriturística?
Há os que estão proclamando unionismo e dizendo que a nossa posição contra a imersão estranha está dividindo a Cristandade: mas, mesmo assim, que cederemos para virmos para eles? Cederemos a Bíblia com o princípio pelo qual nossos pais morreram, que Cristo edificou Sua igreja e lhe deu as ordenanças para guardar e administrar? Que outros não tem autoridade oficial para batizarem e que sem autoridade o seu batismo é inválido? Ou cederemos o modo de batizar ou o ensino escriturístico que o candidato deve ser um crente, aceitando o batismo infantil? Ou nos uniremos com Alexandre Campbell e Roma apóstata em mudar o desígnio? Aceitando a doutrina que o batismo é essencial a salvação, que a água vem antes do sangue, que alguém entra na água alma perdida e emerge nascido da água e do Espírito? Quais dessas doutrinas bíblicas cederemos? E quando os cedemos por amor da união, não nos unimos com o cristianismo apóstata em negar a fé e destruir o modelo que Deus nos deu?
Por que Deus quis que Moisés estivesse certo de fazer o tabernáculo segundo o modelo? Passaria Moisés e todos que então viviam passariam, mas o tabernáculo prosseguiria de geração em geração testemunhando a verdade que Deus queria ensinar na construção peculiar do tabernáculo.
“Que importa tanto sobre o batismo, seja como for”, diz um, “desde que o batismo nada tem a ver com a salvação? Por que não despedí-lo inteiramente, se é o batismo que divide a cristandade?” Porque o batismo apresenta a verdade divina que Deus quer apresentada dessa maneira através dos séculos: uma fé pessoal, morte para o pecado e ressurreição para uma nova vida em Cristo, uma organização que Ele edificou pessoalmente e continuará até que Jesus venha, mais forte que todas as forças do inferno arregimentadas contra ela. Se os batistas cederem esta fé, Deus não terá uma igreja na terra que sustente a verdade e Jesus fez uma declaração falsa quando disse que as portas do inferno não prevalecerão contra ela.