sexta-feira, 4 de novembro de 2011

17.26. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

PRIMEIRO MÉTODO DE PROVA.
O primeiro método de prova é o método de eliminação histórica. Qualquer igreja cuja origem esteve nos tempos medievais ou modernos não é a igreja que Cristo estabeleceu, pela simples razão que não existiu quando Cristo estabeleceu Sua igreja e não veio a existir muito tempo depois. Aqui estão os nomes de algumas delas, mostrando sua origem humana e a data do seu nascimento:
NOME AUTOR DATA
Ciência Cristã, Sra. Eddy 1879,
Mórmons, José Smith 1830 ,
Cristãos, Alexandre Campbell 1827,
Metodistas, os Wesleys 1730,
Episcopais, Henrique VIII 1538,
Presbiterianos, João Calvino 1532,
Luteranos, Martinho Lutero 1521 .
São estas as principais e assim podíamos fazer com as outras se tomássemos tempo e espaço.
Agora, por este método de eliminação histórica, removemos todas as pretenções de serem a igreja que Cristo estabeleceu, menos duas e estas duas são os batistas e os católicos romanos: ambas retrocedem na história e se obscurecem nos sécuIos trevosos.
No ano 200 A. D., cento e trinta anos após a morte de Paulo, quando muitos que foram quase contemporâneos de Paulo viviam, achamos, segundo os historiadores, que os batistas e heréticos, que depois foram formar a Igreja Católica Romana, estavam discutindo sobre o batismo. Não foi o modo de batismo o ponto da controvérsia. Até aos meados do século quarto a Igreja Católica Romana imergiu como fizeram os batistas. Nem foi o batismo infantil nem a salvação batismal, os quais vieram muito mais tarde, surgiu a controvérsia porque os batistas não aceitaram como válido o batismo de hereges, dizendo que não tinham autoridade para batizarem e insistindo em batizar todos quantos lhes vieram desses corpos estranhos e heréticos.
Pelo que, as corporações heréticas se iraram, alcunharam-nos anabatistas (re-batizadores) e convocaram mesmo alguns concílios sobre a matéria.
Permiti-me citar alguns dados históricos em corroboração disto. Cito primeiro uma afirmação de Inácio, um dos patrologos apostólicos e, provavelmente, um contemporâneo de João e Paulo: “Não é lícito quer batizar quer celebrar a festa de amor sem o bispo (pastor); mas, o que quer dizer que ele aprove, isso é também agradável a Deus, de maneira que tudo quanto é feito seja agradável e válido”. Padres Antenicenos. Vol. 1, pg. 90.
Ouvi agora Tertuliano, 200 A. D.: “Há para nós um e só um batismo. Um Deus, um batismo, uma igreja nos céus. Mas deve ser admitido que a questão, que regras devem ser observadas a respeito dos heréticos, é digna de ser tratada. Eles não tem comunhão em nossa disciplina. O seu batismo não é um com o nosso, porque não é o mesmo: um batismo que, desde que eles não o têm devidamente, sem dúvida não o têm de modo algum. Nem é isso capaz de ser contado quando não é tido”. Idem, Vol . III, pg. 676.
Neander, outro historiador, ao falar sobre como as igrejas plantadas por Paulo ficaram como uma unidade contra a imersão estranha, diz: “Foi um bispo romano, Estevam que, instigado pelo espírito de arrogância eclesiástica, lavrou uma sentença de excomunhão contra os pastores da Ásia Menor, Capadócaia, Galácia e Cicília, estigmatizando-os como Anabatistas, nome, contudo, que eles não podiam afirmar justamente que não mereceram por seus princípios: porque não era seu desejo administrar um segundo batismo, mas disputavam que o prévio batismo dado pelos hereges (outras seitas) não podia ser reconhecido como verdadeiro”. Vol. I, pgs. 318 e 319.
O supracitado é dado para mostrar que tão cedo como no segundo século A. D., houve uma controvérsia entre os batistas e os hereges quanto a quem tem o direito de administrar o batismo. Quanto a quem estava direito, os batistas ou os hereges, não nos aventuramos dizer neste ponto. Isso seria divagar a questão. Mas provamos ao menos o nosso ponto, que ambas essas corporações afastam-se e se perdem no período trevoso da história primitiva.
Aqui, então, está o nosso dilema neste ponto. Historicamente temos eliminado todas as igrejas exceto duas que se arrogam ser a que Cristo estabeleceu; mas duas ainda ficaram, os batistas e os católicos romanos. Ambas reclamam ser a igreja que Cristo estabeleceu, ambas afastam-se nas épocas trevosas da história. Como devemos decidir entre estas duas? Há só um meio de decidir e esse é pelo processo de identidade.