segunda-feira, 28 de novembro de 2011

17.50. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

A seguir tem livros, infelizmente a maioria é em inglês, mas têm alguns em português também, para quem quiser se aprofundar no estudo da história das igrejas de Deus, e com isso cumpre a palavra: “a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Ef 3:21):

Armitage, Thomas,
A History of the Baptists, 1887
Benedict, David,
Fifty Years Among the Baptists, 1860 [Text Format]. Benedict, David History of the Donatists, 1875.
Booth, Abraham,
An Apology for the Baptists, 1808.
Cramp, J. M.,
Baptist History: From the Foundation of the Christian Church to . . . ,
Algumas datas históricas importantes Um guia histórico
http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/BatistasNosSeculosEBrasil-Montgomery.htm
Batistas Através dos Séculos, e no Brasil [história dos] -- Montgomery
The Church that Jesus Built Roy Mason, Th.D 6th edition Baptist History and Succession Chas. B. Stovall 1945 O Rasto de Sangue J. M. Carroll
The Origin and Perpetuity of the Baptist-Baptist Examiner A History of the Baptists, Vol. 1 by Christian, John T., A.M., D. D., LL. D A History of the Baptists, Vol. 2 by Christian, John T., A.M., D. D., LL. D
The Origin of the Baptists by S. H Ford
Baptist Churches in all Ages by Paul Goodwin & Bob Frazier
History of the Church of God by C. B & Sylvester Hassell
Baptist Doctrines and History by D. N. Jackson
The Perpetuity of the Church by Laurence A. Justice
The Anabaptists: Neither Catholics or Protestants by William R. McGrath
The History of the Waldenses by J. A. Wylie
The Origin of the Baptists by S. H Ford
N. H. Pius, D.D.
An Outline of Baptist History, 1911
Antiguidade E Sucessao dos Batistas, a -- J. Henry
Nomes Dados Aos Batistas Desde o Século I -- Hélio.
A BRIEF HISTORY OF BAPTIST ORIGINS By Dr. Larry Landis
THE NEW TESTAMENT CHURCH By T. T. Martin (1862-1939)
A CONCISE HISTORY OF THE BAPTISTS – 1855 By G. H. Orchard
A VINDICATION OF THE CONTINUED SUCCESSION OF THE PRIMITIVE CHURCH OF JESUS CHRIST - 1652 By John Spittlehouse and John More
SHORT HISTORY OF THE BAPTISTS – 1907 By Henry C. Vedder
A BRIEF HISTORY OF THE BAPTISTS By Norman H. Wells
Authentic Details of the Valdenses Leonard B. Zike
IN DEFENSE OF BIBLICAL, HISTORICAL CHRISTIANITY By Dr. Thomas Cassidy
A HISTORY OF THE BAPTISTS - 1922By John T. Christian Volume I THE DANBURY BAPTISTS & THOMAS JEFFERSON LETTERS By Nehemiah Dodge, Ephraim Robbins, Stephen S. Nelson & Thomas Jefferson THE ORIGIN OF THE BAPTISTS By Samuel Howard Ford A LANDMARK OUR FATHERS SET By J. R. Graves (1820-1892) OLD LANDMARKISM, WHAT IS IT? By J. R. Graves TRAIL OF TRUTH By Hawkins & Ramsey LANDMARK BIBLE BAPTIST BELIEF By John Henry BELIEFS, ANTIQUITY AND SUCCESSION OF THE BAPTISTS By John Henry WHAT IS A CHRISTIAN CHURCH? - 1859 By Edward T. Hiscox CONVERT'S GUIDE TO FIRST PRINCIPLES

domingo, 27 de novembro de 2011

17.49. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
A vós da língua de prata Crisóstomo cessou a muitos séculos Paulo não mais trovejará sua mensagem da colina de Marte. Foi-se Spurgeon, foi-se Graves e todo-candura Broadus, tão simples, contudo tão grande, foi-se. Logo as vezes dos grandes pregadores desta geração, também elas, serão emudecidas pela morte; mas a vóz do batismo nas verdades que ele proclama, se nos atermos ao modelo, irá mais e mais adiante como silente testemunha por Cristo até que Jesus volte.
Doutro lado, suponde que mudemos a ordenança do batismo, destruimos a verdade que ele apresenta; não mais serão que Deus quer que seja, silente vóz proclamando as verdades do Evangelho por todos os séculos. Suponde que mudemos o modelo quanto ao batizando como a Igreja de Roma tem feito: removemos e destruimos a doutrina da salvação pela fé e regeneração pelo Espírito Santo, enchemos nossas igrejas de gente incrédula. Suponde que mudemos o modo; destruimos a verdade que o crente está morto para o pecado e seu antigo regime, levantado para uma nova vida em Cristo Jesus.
Suponde que mudemos o desígnio, como fez Alexandre Campbell: pregamos salvação ritualística e deshonrosa a Deus. Suponde que abramos as portas à imersão estranha de qualquer e toda procedência; quebramos o exemplo de Jesus, vamos contra o ensino pleno da Palavra de Deus, admitimos que os que são estranhos e inimigos da verdadeira igreja de Cristo, desobedientes à Sua vontade e aos seus mandamentos, tem a mesma autoridade como Sua própria igreja, podem oficiar para Ele do mesmo modo como se fossem discípulos obedientes.
O Dr. A. C. Dayton deu esta ilustração que apresenta aptamente a falácia de semelhante posição: “Nenhum estrangeiro está qualificado a votar até que se tenha tornado cidadão. O governo designa a maneira de se tornar cidadão e comissiona certas pessoas para administrarem o juramento. Qual a força desta comissão. Ela autoriza o estrangeiro, que pensa que sabe bastante, que está seguro de que ama o país, a ir a quem lhe agrada a ter o juramento administrado, e por esse ato inautorizado, realizado por um homem incomissionado, sem qualquer autoridade que seja do governo pretender que é um cidadão de nosso país? A comissão não era ele ser compromissado como pensou ser melhor e por quem lhe agradasse mais. Ela não o tocou absolutamente exceto por outro e foi esse outro, o oficial do governo, que foi comissionado, e o único poder sobre o candidato é que lhe exige ir a esse oficial e a ninguém mais para ser investido dos direitos de cidadania. “E assim a respeito desta comissão de Cristo: foi endereçada a alguém. Ela supõe que havera alguém a ser batizado e autoriza alguém a batizar esse alguém. Se, por mandar que alguém batize, a outros manda implicitamente que sejam batizados, a comissão tão a im-plicitamente manda que os batizandos sejam batizados pelas que batizam e somente por quem manda batizar”.
Se alguém diz, “O Dr. Dayton está aqui arrazoanda num círculo”, nossa resposta é: isso é justamente o que a grande comissão é, um círculo fechado para os batizadores e batizandos. Todos fora deste círculo fechado são estranhos, sem a autoridade de Cristo.
Uma Inovação Perigosa! quão perigosa, os derradeiros cem anos tem em parte revelado. As Escrituras violadas, a fé de nossos pais desafiada, o sangue dos mártires tratado como desnecessário, a Igreja invadida por administrantes estranhos, comunhão livre e fraternidade livre em sítios onde prevalece a imersão alheia, a causa batista decaindo onde ela prevalece, as igrejas divididas por causa dela, associações perturbadas e votando resoluções, todas as espécies de falsas noções e teorias sobre a questão da igreja, a invasão de nossas igrejas e escolas pelo que não são batistas e que escarnecem dos crentes que buscam tê-los conforme com os princípios e as práticas batistas.
Deveríamos tomar cuidado com este cavalo de Troja dentro de nossas portas. Um inimigo dentro é muito pior do que um inimigo fora. Há muito disto entre os batistas do Norte e da Inglaterra. A infiltração começou no Sul e como guardas nas muralhas de Sião compete-nos dar o brado de aviso, fazendo refluir estas ondas de frouxidão e invasão estranha que nos tragarão se não estivermos alertas.
Há duas perguntas que eu proporia a todos os batistas pensantes em toda a parte. A primeira é: Por que deveria qualquer um vir a comunhão dos batistas, a menos que repudie a fé que sustenta e aceite a fé que os batistas sustentam? E se repudia a primeira fé, por que não está também disposto a repudiar o batismo que foi a expressão da primeira fé e a aceitar o batismo que é a expressão da fé batista?
A segunda pergunta é: Se as outras organizações são igrejas de Cristo tanto como as mesmas como igrejas batistas, a mesma autoridade para administrar as ordenanças e fazer tudo o mais que as igrejas batistas estão autorizadas a fazer, há qualquer razão para a existência de igrejas batistas, especialmente naquelas comunidades onde essas outras organizações existem? Por que não ajuntar-se a elas na pregação do Evangelho e propagação da obra do reino, cessando de manter uma organização separada e de dividir o povo de Cristo?
É nossa contenção que isso não podemos fazer, porque elas não são a igreja que Jesus edificou e não tem esta autoridade dEle; portanto, prosseguiremos como nossos pais fizeram, batalhando pela fé que uma vez foi entregue aos santos, até que Jesus volte e O ouçamos dizer: “Bem feito, bom e fiel servo, bem feito, bem feito”.
“Com toda tua alma, com todo o teu coração e tua mente
Tu deves amá-lO e todos os Seus preceitos abraçar
Todos os outros amores com os quais o mundo cega em
fraca fantazia e ao mesmo tempo atiça vis feições
Deves renunciar e por completo deslocar
E dar-te a Ele tanto cabal como livremente,
Que cabal e livremente Se deu por ti”. “Ora vem, Senhor Jesus!”.

sábado, 26 de novembro de 2011

17.48. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Não admira que o Ancião James Whitsitt do Tennessee e os irmãos do seu tempo chamou a isto brincar com a Palavra de Deus e a fé de nossos pais uma inovação perigosa. Tudo quanto for inescriturístico será perigoso. As Escrituras são um guia completo para a vida religiosa de qualquer um, vida de negócio, vida social, física e intelectual. Se uma coisa é ordenada, as estranhas são proibidas. Se nas Escrituras Deus deu um plano para financiar o reino, outros planos são inescriturísticos, deshonrosos e perigosos a Deus.
Temos grupos hoje que estão buscando financiar o reino de Deus por prostituírem a fins comerciais a igreja que Jesus edificou. Deus removerá de tais igrejas o castiçal de ouro e retirará delas o Seu espírito, a menos que se arrependam. Tais igrejas se tornarão organizações sem poder espiritual, tendo perdido a paixão pelas almas. Nosso Senhor não endereçou a uma tal igreja em Éfeso, quando Ele fez João escrever ao anjo da igreja de Éfeso?
“Tenho algo contra ti, porque deixaste o teu primeiro amor. Arrepende-te e pratica as primeiras obras, ou então virei a ti e removerei o castiçal de ouro, a menos que te arrependas”. A primeira obra de qualquer igreja, ou de qualquer alma salva, para essa matéria, é buscar o perdido. É um dia triste para qualquer igreja quando perderam a paixão pelas almas, quando suas organizações gastarão horas em seguir esquemas inescriturísticas, comerciais para levantarem dinheiro e não darão uma hora a oração e buscar o perdido.
Temos igrejas e grupos assim que um dia despertarão e saltarão do colo comercial de Dalila, cortados na sua energia e no seu poder e como Sansão não perceberão que o Espírito do Senhor partiu deles.
O que é verdadeiro neste caso de financiar o reino é verdade de toda a coisa estranha que fazemos no Reino de Deus que não está de acordo com o modelo dado na Palavra. Deus disse a Moisés quando ele estava prestes a edificar o tabernáculo: “Fique seguro que o faças segundo o modelo a ti mostrado no monte”.
Assim com o batismo. Deus nos deu um plano a seguirmos. O batizando deve ser um crente. O ato deve ser a imersão. O desígnio deve se mostrar a fé do batizando, mas, mais especialmente, a fé da igreja administrante. O administrante deve ser um autorizado por Cristo mesmo. Isto é o modelo. Qualquer saída deste modelo é desonra a Cristo e operará desastre, como com Uzá quando estendeu a mão para deter a arca.
Falamos de união da igreja, contudo todas as divisões na cristandade ocorreram por causa das partidas do plano escriturístico do batismo. Primeiro veio a divisão entre as igrejas post-apostólicas que se chamaram anabatistas e as que depois foram para formarem as igrejas Católica Romana e Católica Grega, quando a corporação post-apostólica negou o direito de uma corporação corrupta administrar batismo válido e insistiu em batizar todos que lhe viessem dessa corporação corrupta. Esta divisão alargou-se quando aí uns cem anos mais tarde esta mesma corporação Católica Romana começou a batizar criancinhas, quebrando o modelo escriturístico que o batizando deve ser um crente. Cem anos mais tarde alargou-se ainda mais, quando esta mesma corporação mudou o modo de batismo de imersão para aspersão, porque este era mais conveniente, e estabeleceu a doutrina perigosa que a igreja tem mais autoridade do que as Escrituras e pode mudar as Escrituras se ela o quiser. É assim a apostasia prosseguiu e porque os anabatistas protestaram contra essas coisas os rios da Europa correram vermelhos com o seu sangue, que morreram antes que fazerem compromisso com a Palavra de Deus.
Foram-se mil e trezentos anos, vindo então a Reforma protestante. De uma Roma corrupta vieram os luteranos, os calvinistas (presbiterianos) e, um pouco mais tarde, os seguidores de Henrique VIII, os episcopais, purgados de muito que era corrupto, mas trazendo com eles a forma corrompida de batismo da igreja de Roma, que se corrompera em todos os quatro essenciais: o administrante, o modo, o desígnio e o sujeito.
A tragédia da reforma foi que essas corporações protestantes, quando vieram de Roma, não andaram o caminho todo até aos anabatistas, aceitando o batismo de suas mãos, repudiando o seu batismo infantil e a aspersão que tinham recebido das mãos de Roma. Teríamos então apenas duas corporações religiosas: anabatistas e católicos.
Quem é o responsável pela divisão da cristandade; o batista que tem permanecido com um batismo escriturístico desde o tempo dos apóstolos, ou os seguidores dessas corporações protestantes que vieram só até uma parte do caminho de volta à posição escriturística?
Há os que estão proclamando unionismo e dizendo que a nossa posição contra a imersão estranha está dividindo a Cristandade: mas, mesmo assim, que cederemos para virmos para eles? Cederemos a Bíblia com o princípio pelo qual nossos pais morreram, que Cristo edificou Sua igreja e lhe deu as ordenanças para guardar e administrar? Que outros não tem autoridade oficial para batizarem e que sem autoridade o seu batismo é inválido? Ou cederemos o modo de batizar ou o ensino escriturístico que o candidato deve ser um crente, aceitando o batismo infantil? Ou nos uniremos com Alexandre Campbell e Roma apóstata em mudar o desígnio? Aceitando a doutrina que o batismo é essencial a salvação, que a água vem antes do sangue, que alguém entra na água alma perdida e emerge nascido da água e do Espírito? Quais dessas doutrinas bíblicas cederemos? E quando os cedemos por amor da união, não nos unimos com o cristianismo apóstata em negar a fé e destruir o modelo que Deus nos deu?
Por que Deus quis que Moisés estivesse certo de fazer o tabernáculo segundo o modelo? Passaria Moisés e todos que então viviam passariam, mas o tabernáculo prosseguiria de geração em geração testemunhando a verdade que Deus queria ensinar na construção peculiar do tabernáculo.
“Que importa tanto sobre o batismo, seja como for”, diz um, “desde que o batismo nada tem a ver com a salvação? Por que não despedí-lo inteiramente, se é o batismo que divide a cristandade?” Porque o batismo apresenta a verdade divina que Deus quer apresentada dessa maneira através dos séculos: uma fé pessoal, morte para o pecado e ressurreição para uma nova vida em Cristo, uma organização que Ele edificou pessoalmente e continuará até que Jesus venha, mais forte que todas as forças do inferno arregimentadas contra ela. Se os batistas cederem esta fé, Deus não terá uma igreja na terra que sustente a verdade e Jesus fez uma declaração falsa quando disse que as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

17.47. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

A Enciclopédia de Conhecimento Religioso tem isto a dizer: “Os batistas, que foram primeiramente chamados anabatistas, e mais tarde menonitas foram os originais valdenses que por muito tempo na história receberam a honra dessa origem. Por causa disto, os batistas podem ser considerados a única comnunidade cristã que têm permanecido desde os apóstolos e que tem conservado puras as doutrinas do Evangelho por todos os tempos”.
Que testemunho aos batistas, não só quanto à sua sucessão apostólica com à sua conservação e transmissão das grandes doutrinas bíblicas por todos os tempos.
O grande historiador luterano, Mosheim, escreve: “A verdadeira origem dessa seita, que adquiriu o nome de anabatistas, por administrar de novo o rito do batismo aos que lhe vinham à sua comunhão, esconde-se nas profundezas remotas da antiguidade e é, consequentemente, extremamente difícil de ser acertada”.
Com esse testemunho de nossos inimigos perante nós, seguramente nenhum batista negaria outra vez em tempo algum a sucessão batista, ou trataria com indiferença, ou se oporia às grandes doutrinas de nossos pais que os levaram a dar suas vidas para que elas se perpetuassem e mantivessem.
Um estudo da história mostra que, cronologicamente, o ataque ao modelo divino se deu como segue: primeiro, ao administrante; Segundo, ao candidato e ao desígnio e, finalmente, ao modo. O primeiro é um ataque à autoridade; o segundo à salvação pela fé, introduzindo a salvação batismal e o batismo infantil; o terceiro, um ataque ao Evangelho como proclamado no ato, destruindo tanto o modelo como a verdade que ele proclama ao mundo.
Todos estes são importantes. Sempre que achamos um “Assim diz o Senhor”, não nos compete dizer que um mandamento é mais importante que outro. Contudo, há batistas, escritores, que devotaram volumes a defesa do modo, mas não tiveram nada a dizer sobre o administrante. Outros há que pretendem ficar neutros no assunto do administrante. Neutro num assunto em que a Bíblia fala com tanta autoridade! Neutro no assunto pelo qual nossos pais deram aos milhares seu sangue vital e foram queimados vivos! Ó Pai misericordioso! quando os contemplamos tangidos a morrerem de fome e frio nas montanhas, suas criancinhas na penúria, gélidas, agarrando-se aos peitos maternos, ou empaladas e agonizantes pelas espadas de ímpios emissários enviados de Roma, ou, talvez, atiradas de um precipício para se desfazerem em pedaços nas rochas embaixo, tornando-se alimento de corvos famintos; quando contemplamos tudo isto, devemos concluir com estes modernos inovacionistas que nossos pais foram fanáticos, ignorantes sucumbindo por uma fé para a qual não há fundamento nas Escrituras? Que por quase mil e oitocentos anos de história cristã estiveram enganadas, leram errado suas Bíblias, morreram em vão quando foram enxotados e gelaram nas frias montanhas, afogaram-se em rios furiosos, frigiram vivos nas chamas?
Sim. triste de dizer, há os que nestes tempos modernos nos ensinariam isto, ou, se não isto, diriam que, porque o Dr. Cheirafungo ou o professor Medroso-de-Sua-Sombra crê assim e assado, melhor faríamos nós em guardar silêncio e em não açularmos divisão.
“E veio a mim a Palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: quando eu fizer vir a espada sobre a terra e o povo da terra tomar um homem de suas costas e o constituir por seu atalaia e ele vir que a espada vem sobre a terria, e tocar a trombeta, e avisar o povo, e aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado; o seu sangue cairá sobre ele; mas o que se dá por avisado, salvará a sua vida. Porém, quando o atalaia vir que vem a espada e não tocará a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, porém o seu sangue demandarei da mão do atalaia. A ti, pois, ó filho do homem, te constitui por atalaia sobre a casa de Israel, dizendo eu, pois, ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu lhe não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o demandarei da tua mão; mas, quando tiveres dissuadido ao ímpio do seu caminho, para que se converta dele e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, porém tu livraste a tua alma”.
Não é melhor livrar a alma de alguém, mesmo que alguém morra por ela, se preciso for, do que compromissar a verdade eterna de Deus e ter o sangue de outros sobre nossas mãos? “E um dos anciãos respondeu, dizendo-me: “Estes que estão vestidos de trajos brancos, quem são e donde vieram? E eu lhe disse: Senhor, tu sabes. E ele me disse a mim: estes são os que vieram de grande tribulação e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. Não mais terão fome, nem mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles; porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima”.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

17.46. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
CAPÍTULO 16 - ESTA INOVAÇÃO PERIGOSA
Esta inovação perigosa é o que o Ancião James Whitsitt chamou a imersão estranha ao falar dela quase há um século. Neste capítulo final reveremos o solo que palmilhamos nas páginas precedentes e finalmente temos algo a dizer desta inovacão perigosa. Daríamos, logo, como um esboço destas últimas páginas, o seguinte:
1. A Imersão Estranha é Inescriturística.
2. A Imersão Estranha é Contrária à Fé de Nossos Pais.
3. É Uma Inovação Perigosa.
A imersão estranha é inescriturística.
O artigo código Juliano usou desta expressão: “Specificatio unius exclusio alterius”. A especificação de uma coisa é a exclusão de toda outra coisa. O próprio sentido da palavra “estranha” a condena. Estranha a que? Respondemos: estranha ao que está ensinado na Palavra de Deus, estranha à igreja que Jesus edificou. Se estranha, então, sem autoridade. Se sem a autoridade de Cristo, então, absolutamente sem batismo.
Seria estranho, na verdade, se Cristo tivesse mandado o povo em todo o mundo ser batizado e no mesmo tempo deixasse de fazer provisão para aqueles que fossem efetuar o batismo. Mas Ele fez provisão, como procedemos a mostrar e, com a especificação de algum meio, a exclusão de todos os outros. São estranhos e como estranhos são sem autoridade.
Estudemos os exemplos de batismo em o Novo Testamento e vejamos se foram administrados de acordo com esta posição. Todos estes exemplos mostrarão que o administrante em todo caso estava agindo diretamente pela autoridade de Cristo, ou pela Igreja que Ele edificou.
O primeiro exemplo é o de João Batista. Ele não o tomou por sua conta, mas diz que foi enviado de Deus para aquele propósito: “E eu não O conhecia, mas o que me mandou a batizar na água, o mesmo me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito e pousar sobre ele, o mesmo é o que batiza no Espírito Santo”. João 1:33. Jesus, para que pudesse ser batizado por um que tivesse autoridade, andou umas sessenta milhas até João que estava batizando no Jordão. Jesus, evidentemente, pensou que era importante um administrante apropriado.
O exemplo seguinte é aquele dos discípulos de Jesus. Fala-se do seu ato de batismo como atos de Jesus mesmo e os de Jesus como deles. João 4:1-2. Eles devem ter batizado, portanto, por Sua autoridade.
O terceiro exemplo está no dia de Pentecostes. Aqui a Igreja estava em ação. O pregador estava pregando com poder, o Espírito Santo estava convencendo do pecado, milhares estavam sendo batizados, milhares estavam sendo salvos e todos que foram salvos foram batizados. É impensável e não há um tiquinho de evidência que os salvos foram batizados por alguém a quem Cristo não dera autoridade.
O quarto exemplo é o dos samaritanos que foram batizados após a pregação de Filipe. Filipe batizou o eunuco mais tarde e ele deve ter batizado os samaritanos também, quer sob a autoridade direta do Espírito, que o mandou pregar ao eunuco, ou, mais provavelmente sob a autoridade da Igreja de Jerusalém, da qual ele era membro e diácono.
Outro exemplo é o de Saulo de Tarso. Foi-lhe mandado pelo Senhor Jesus mesmo pregar-lhe. Quando o enviado disse: “Levanta-te e sê batizado”, é inimaginável que Paulo foi a algum outro para ser batizado.
Temos então o batismo de Cornélio. Certos irmãos, provavelmente da Igreja de Jerusalém, foram de Jope a Cesaréia com Pedro. Quando Pedro pregou e Cornélio com sua casa se converteu, Pedro submeteu ao voto desses irmãos a questão de os batizar, os quais irmãos estavam revestidos de autoridade para decidirem a matéria pela igreja de Jerusalém, da qual eram membros; após a votação, ou Pedro os batizou, ou foram batizados por alguém da comitiva autorizada a fazê-lo. Impensável é que foram batizados por algum estranho não da comitiva de Pedro que nada soubesse do sentido e da significação do batismo.
Vimos agora a conversão e batismo de Lídia. Paulo e Silas estavam ambos presentes. Um deles a deve ter batizado com a autoridade da igreja que os mandara. O mesmo é verdade do carcereiro e sua família.
O último exemplo é o dos doze em Éfeso, que se converteram pela pregação de Apolo de Alexandria, e não tinham sido batizados na fé devida. Também aqui o batismo foi executado por alguém com autoridade divina.
Estudai estas passagens cuidadosamente e confirmar-se-á a convicção que Deus não mandou que os salvos fossem batizados e então deixou de prover batizadores com autoridade a quem pudessem dirigir-se tanto como Jesus foi a João. E tanto pelos exemplos achados nas Escrituras.
A Imersão Estranha É Contrária à Fé de Nossos Pais.
Agora, que há sobre a fé de nossos pais? Pela história temos mostrado claramente que eles foram armados cavalheiros anabatistas e sofreram durante mil seiscentos anos porque ousaram dizer a Roma e aos protestantes que a ordenança do batismo foi dada à igreja que Jesus edificou: que outras que não foram Sua igreja não tiveram o direito de admimistrar Sua ordenança e, não tendo o direito, o seu batismo era inválido. A história não foi escrita pelos anabatistas mesmo, mas pelos seus inimigos. Zuínglio, reformador suiço, contemporâneo de Lutero, diz: “A instituição do anabatismo não é nenhuma novidade, mas por mil e trezentos anos tem causado grande perturbação na igreja e adquiriu tal energia que a tentativa nesta época de batalhar com ela pareceu fútil por algum tempo”.
Foi isto escrito em 1525 e leva a história batista, segundo este historiador, ao ano 225 A. D.
O Cardeal Hosius, presidente do Concílio de Trento, o mais culto e poderoso católico do seu tempo, escreveu em 1560: “Se a verdade da religião fosse para ser verdadeira pela prontidão e alegria com que um homem de qualquer seita mostra no sofrimento, então a opinião de persuasão de nenhuma seita pode ser mais verdadeira e segura do que essa dos Anabatistas, desde que não tem havido ninguém durante este mil e duzentos anos que haja sido mais geralmente punidos, ou que tenha mais alegre e firmemente provado, e mesmo se oferecido à mais cruéis espécies de castigos do que essa gente”. Esta declaração deste inimigo católico leva a história batista até 360 A. D.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

17.45. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
CAPÍTULO 15 - OS BATISTAS DO TENNESSEE
Os Batistas do Tennessee merecem menção especial, porque aqui viveu e trabalhou durante a última metade do século dezenove aquele sublime e distinto caráter, igual ao qual outro não se tem visto na História Batista Americana e muito duvidamos que se veja outra vez. Referimo-nos ao Ancião J. R. Graves, mestre, Editor, autor e pregador.
J. R. Graves nasceu em Chester, Vermont, a 10 de abril de 1820, e, por causa da morte prematura do seu pai, foi sua mãe deixada viúva com pequenos recursos; seus primeiros anos esvairam-se em régida disciplina na luta contra a pobreza. Converteu-se na idade de 15 anos e uniu-se a Igreja Batista de Springfield do Norte. Lecionou dois anos na Academia de Kingsville, Ohio, e então foi para Kentucky, onde tornou o encargo da Academia de Clear Creek, perto de Nicholasville. Durante quatro anos deu seis horas por dia à aula e oito ao estudo, atravessando um curso colegial sem um mestre. Da Bíblia fez o seu estudo principal, mas, além disto, cada ano dominou uma língua moderna.
Em 1835 mudou-se para Nashville, Tennessee, onde abriu uma escola conhecida por The Vine Street Classical and Mathematical Academy. No mesmo ano tornou-se pastor da Segunda Igreja Batista dessa cidade. Enquanto pastor desta igreja, tornou-se editor do Tennessee Baptist e cotinuou a publicar este jornal durante uns quarenta e cinco anos. Como redator era revelante e exerceu uma tremenda influência. “Tres vezes armado é o que tem seu pleito justo”. J. R. Graves teve uma causa justa a defender e ele a defendeu com uma lógica que foi irresistível. Homens como o Dr. Bright, do New York Baptist Examiner deu de mão a velhas falácias e aceitou a verdade como Graves a defendeu. O Tennessee Baptist numa ocasião teve a maior circulação de qualquer jornal religioso no mundo.
Ele também foi conspícuo como autor. No meio dos seus hercúleos labores escreveu uma quantidade de livros abarcando as maiores discussões polêmicas do século, havendo, nesse sentido, “gigantes naqueles dias”. Eis aqui uma lista de alguns dos seus livros:
O Desejo De Todas As Nações.
O Trilema.
A Resposta do Guarda.
A Primeira Igreja Batista na America.
A Rodinha de Ferro.
A Roda Grande de Ferro.
A Doutrina Bíblica da Vida Mediana.
Exposição do Espiritismo Moderno.
O Velho Balisamento de Terras - Que é ele?
Exposição das Parábolas.
O Batismo de João.
Intercomunhão: Inescriturístico, Contraditório e Apenas Mau.
Sermões Denominacionais.
Além desses, ele compilou numerosos panfletos e tratados, dois hinários, reimprimiu e publicou A História do Batismo de Robinson, A História do Batismo Infantil de Wall, História dos Batistas de Orchard, Batismo de Stewart e, coroando tudo, escreveu e publicou Seven Dispensations, um capo lavoro de Teologia Sistemática. Na verdade, dele se pode dizer o que Shakespeare disse de César:
“Ó glorioso César! ainda és poderoso,
Teu espírito perambula e vibra nossas espadas
Em nosso próprio ser”.
Julius Caesar, 5:3, 94.
O seu “A Roda Grande de Ferro” moveu poderosa influência e levou não há dúivida, a Igreja Metodista a mudar o seu governo de igreja, de modo que os leigos pudessem ser admitidos a Conferência Geral. Milhares de pedobatistas passaram para os batistas como resultado de sua pena tranchante e de sua poderosa pregação.
A quem quer que tenha dúvidas sobre a questão da imersão estranha e comunhão livre, sugerimos a leitura dos seus livros. Aventuramo-nos a afirmar que, quando aquele um se acabou, se o leitor for esclarecido, não restará vestígio de suas primeiras dúvidas quanto à escrituralidade da posição dos batistas sobre essas questões.
Falamos de Graves como redator e autor, mas a sua major força foi a de pregador. No seu tempo só houve um homem que dele se aproximou no poder do púlpito e esse foi Richard Fuller. Graves era preeminentemente doutrinário, crendo que as vidas dos homens deveriam ser governadas por grandes princípios como base para grandes ações. “Salvação Pela Graça” era o tema de sua pregação. “Sangue Antes de Água”, “Cristo Antes da Igreja” foi o seu brado de guerra na sua guerra contra o romanismo, campbelismo e o batismo infantil dos pedobatistas.
Ao passo que pregava as grandes doutrinas, era também um pregador emocional; tinha tremendo poder sobre uma audiência. Num momento os ouvintes rompiam em riso, logo noutro estariam banhados em lágrimas. Há dois exemplos que ilustram o seu grande poder em pregar e que daremos.
Em Waco, Texas, estava em sessão a Convenção Batista do Sul. A casa em que se reunia a convenção estava tão inconfortavelmente ocupada que se fez a sugestão para que a pregação fosse anunciada numa das casas de culto das imediações. De acordo se anunciou que dentro de vinte minutos um proeminente pregador pregaria na Igreja Metodista. Só uns poucos foram, não bastantes para uma congregação. Um segundo pregador foi experimentado com o mesmo resultado. Por fim, o Dr. B. H. Carroll, naquele tempo pastor da Primeira Igreja em Waco, levantou-se e anunciou que o Dr. J. R. Graves pregaria dentro de dez minutos na Igreja Metodista. Houve imediatamente um reboliço e em cinco minutos o grande salão estava repleto até às portas, a casa da convenção quase vazia.
A Convenção Batista do Sul reuniu-se na Igreja Batista do Leste, Louisville, Ky., em 1857. Nessa reunião o Dr. Graves pregou sobre o texto: “O véu do templo rasgou-se em dois, de cima abaixo”. O Dr. S. H. Ford ouviu-o e descreve este sermão no “Repositório” de Fevereiro, 1900: “Depois de descrever o Santo dos Santos, o propiciatório, o dever anual do sumo sacerdote, o véu, etc., dirigiu o pensamento à subida do Calvário visto do templo, observado pelos sacerdotes, o ar trevoso, as rochas se partindo, o terremoto, fazendo o véu e o templo tremerem; então a súbita rotura do vasto véu. Foi sucinto, gráfico e tocante. Prosseguiu para mostrar que o véu fendido foi uma declaração visível e ocular que todas as formas sacerdotais e todos os impedimentos ou intervenções cerimoniais, sacrifícios e purificações foi tudo varrido pela morte de Cristo. O propiciatório foi posto à mostra. Não uma igreja, não um santo ou anjo, pessoa ou pregador, sacerdote ou ordenança, absolutamente ninguém interveio entre a alma contrita e o trono da graça, o propiciatório aspergido de sangue.
“O escritor não tomou nota, mas os seus efeitos foram duradouros. A única vez na sua retentiva em que o seu cabelo pareceu levantar-se atualmente na sua cabeça foi quando ouviu esse sermão. Foi poderoso, positivamente. Graves encerrou numa explosão de eloquência. Pausando, aparentemente sobrecarregado com suas emoções, ou carecendo de palavras com que expressá-las, de mãos erguidas, erguidos olhos, ele exclamou:
“O tu, bendito propiciatório! Escondido através dos séculos pela nuvem de pecado, o véu da ira, o caminho para o lugar santo está aberto, a glória que te coroa pode ser aproximada e obtida a bênção. Ouço a voz do Eterno provinda dos mistérios recessos, dizendo: Vinde a Mim, não o anjo ou santo, ou sacerdote, ou pregador, ou igreja, ou ordenança, vinde a Mim e sede salvos, vós, todos os confins da terra, e, Ó Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho!”
“O sermão foi ouvido pelos maiores homens na convenção, tais como Boyce, Jeter, Burrows, Howell, Manly e outros, que disseram ser o melhor jamais pregado aos seus ouvidos”.
A 26 de junho de 1893 o Dr. Graves dormiu. Sua posição sobre o batismo e a imersão estranha foi claramente exposta em muitos dos seus sermões e publicações.
No seu sermão sobre o batismo ele diz: “Agora, que o batismo cristão tem sido e ainda é considerado como o ato da parte do professando a fé da igreja batizante, se verdadeiro ou falso, está provado pelo fato que, do terceiro século em diante, os catecúmenos, aqueles sob instrução para o batismo, requeria-se-lhes repetir o credo da igreja e então fazia-se-lhes invariavelmente a pergunta: “Quereis ser batizado nesta fé?” isto é: “Desejais professar aquilo a que vos prendeis, receber e para vossa salvação descansar sobre ela?” Só pela resposta do candidato: “Quero” é que o batismo era administrado. O sujeito do batismo, então, não professa qualquer fé particular que ele possa entreter, mas sempre a fé da denominação que o batiza”.
Inquiramos agora em que batiza a Igreja Cristã dos Discípulos. Diz o Sr. Alexandre Campbell: “Por e pelo ato do batismo, logo que nossos corpos são postos sob a água, nesse mesmo instante todos os nossos primeiros ou velhos pecados se lavam”. Christian baptism, pg. 100.
“A crença deste testemunho é o que nos impele para água, sabendo que a eficácia do Seu sangue é para ser comunicada as nossas consciências no modo que Deus se agradou indicar. Não vacilemos na promessa, mas fugimos para a sagrada ordenança que trouxe o sangue de Jesus em contato com as nossas consciências. Sem saber e crer isto e nisto, a imersão é uma noz quebrada: lá está a casca, mas o miolo está faltando”. Ob. cit, pg. 521.
“Os discípulos da Igreja Cristã, dos Discípulos, portanto, unem-se com os mestres de um cristianismo apóstata em colocarem a água antes do sangue, trazendo assim um pecador não perdoado e não regenerado ao batismo dágua como o sacramento da salvação. Seguramente nenhuma igreja de Cristo pode endossar esta doutrina perniciosa por receber os imergidos por católicos ou “discípulos” como escrituristicamente batizados sem que ela mesma rejeite a fé evangélica”.
Tais são a entrega e o ultimatum de J. R. Graves sobre o assunto da imersão alheia. Estiveram os batistas do Tennessee de acordo com esta idéia do Dr. Graves sobre o assunto do batismo? Examinemos os arquivos.
A Associação de Salem, em 1844, adotou o seguinte: “Ao passo que a Associação Freedom de Kentucky propôs uma correspondência conosco; resolvido, portanto, que mandemos uma carta amistosa e delegados para os informar que estamos prontos em nos correspondermos com eles, provido que corrijam o erro de uma de suas igrejas de receberem na sua comunhão membros que foram imergidos por administradores desautorizados”.
Outra vez, em 1850, a mesma Associação de Salem adotou o seguinte: “Resolvido que as igrejas sejam avisadas a não receberem aqueles senão os que tiverem sido batizados por profissão de sua fé em Cristo por um administrador legal; que consideramos legal só o que age sob a autoridade de uma igreja batista regular organizada segundo o modelo do Evangelho”.
O leitor notará que a primeira ação desta Associação foi tomada um ano antes da vinda do Dr. Graves ao Tennessee de modo que os batistas do Tennessee eram sãos mesmo antes de sua vinda, não podendo ele ser acusado de influenciá-los em contrário à sua prévia fé.
A Associação Western District foi constituída em 1823. No artigo XII de sua constituição acha-se o seguinte: “Ninguém senão quem tenha sido batizado por um ministro batista regularmente ordenado tem o direito à fraternidade ou comunhão da igreja”.
O ancião James Whitsitt foi o avô do falecido Dr. William Whitsitt, do Seminário de Louisville. Foi considerado como o historiador dos batistas antigos do Tennessee. Morreu em idade avançada e logo antes de morrer, aí por 1848, escreveu um hábil trabalho sobre a imersão estranha para a Southern Baptist Review. Entre outras coisas, disse: “Objetamos ao recebimento do batismo de pedobatistas, porque o achamos uma inovação perigosa. Não nos lembramos de a história dos batistas fornecer um exemplo de tal espécie e estamos bem seguros que o senso comum e a piedade dos batistas foram tão fortes há um século como são agora.
Esta questão que temos perante nós deve ser uma recém-vinda. Esperamos que não será muito obstrusiva. Dizemos outra vez, pensamos que esta é uma inovação perigosa”.
Assim este grande e piedoso historiador batista do Tennessee diz que não havia exemplo dela na história batista e que era perigosa inovação. Ele escreveu e estava pronto para morrer quando J. R. Graves veio ao Tennessee, de modo que o Dr. Graves não pode ser acusado das convicções dele, antes tornou o manto do defensor da fé caído dos seus ombros quando ele passou à glória, Ilustrado e honrado Tennessee, ter tido dois homens tais como o Dr. J. R. Graves e o Ancião James Whitsitt habitando dentro de suas lindes e passando a espada da verdade de mão em mão!
“E quando a bárbara morte destruidora,
Conspirante aguarda no meio do meu caminho,
Engano-a com um torrão, um fôlego, E passo a espada de mão em mão”.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

17.44. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

O Dr. J. J. Porter no seu debate de Sumpter cita a seguinte carta do Dr. T. T. Eaton, datada de 19 de junho de 1903, quanto à posição dos Drs. Boyce e Broadus sobre a questão de Imersão Estranha.
O Dr. Boyce foi muito enfático e pronunciou-se contra a recepção de imersão estranha. Ele batizou o Dr. Weaver, apesar de o último ter sido pastor da Igreja de Chestnut Street, recebido por uma imersão metodista. Um homem que pretendeu se ter convertido antes de receber a imersão de um pregador dos Discípulos, apresentou-se para ser recebido com essa imersão na Igreja Batista de Broadway, Louisville, Kentucky, da qual era então pastor o Dr. L. L. Burrows e o Dr. Boyce membro. O Dr. Burrows estava pronto a receber o homem, mas a isso se opôs o Dr. Boyce e conseguiu desfazê-lo. Repetidamente tenho ouvido o Dr. Boyce dizer que a imersão estranha não devera ser recebida.
Fui pastor do Dr. John A. Broadus de 1 de Maio de 1881 até sua morte em 1895, quase catorze anos. Éramos íntimos como essa aliança sugere. Há muito que não tinha estado em Louisville até que lhe perguntei abertamente se ele favoreceria nossa igreja receber um caso de imersão estranha, ao que ele respondeu também abertamente: “Não”. Repetidamente conversamos sobre esse e outros assuntos afins, assim como repetidamente ele me disse que a imersão estranha não devera ser recebida”.
Abarcamos o Sul nesta investigação, mas, antes de encerrar, daremos um exemplo de Florida. Esta é tão cosmopolita que se achará nela Batistas de todas as nuances de crença, mas as igrejas no todo são ortodoxas e leais a fé de nossos pais como aos ensinos das Escrituras nesta questão de imersão estranha.
Nas atas da Associação do Condado de Pinellas, Florida, para o ano de 1933, que se reuniu com a Primeira Igreja Batista de Saint Petersburg, achamos esta afirmação: É causa de grande tristeza que certas de nossas igrejas batistas nestes últimos tempos hão mostrado uma disposição para desconsiderarem as doutrinas do Novo Testamento e a prática de nossas igrejas batistas regulares por toda a nossa época histórica com referência especialmente às ordenanças de uma igreja neotestamentária.
São os Batistas peculiares em terem sido o único povo que por todos os séculos mantiveram a posição intergiversável que o Batismo e a Ceia do Senhor são as únicas ordenanças dadas a igreja por Cristo, o fundador e Cabeça da igreja. Batalhamos sempre e sempre mantivemos que o batismo válido, ou batismo escriturístico, consiste de:
Um sujeito apropriado: um crente em Cristo.
Um desígnio apropriado: simbolizar nossa morte ao pecado e nossa ressurreição para uma nova vida.
Uma ação apropriada: a imersão do crente na água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Um administrante apropriado: um devidamente autorizado por uma igreja do Novo Testamento.
A História está repleta da mais dolorosa prova que sempre que e onde quer que os batistas enfraquecem e se compromissam a receber imersão estranha por amor de ganharem membros doutras denominações, abrem as comportas do ensino errôneo e práticas perniciosas entre nossas igrejas, todas as quais levam logicamente a comunhão livre e a abolição das igrejas do Novo Testamento, Se isto fosse possível.
A constituição da Associação Batista do Condado de Pinellas provê pela comunhão de igrejas batistas regulares; portanto, afirmamos nossa convicção nas práticas honradas pelo tempo: que a ordenança do batismo é uma ordenança do Novo Testamento, válida quando administrada devidamente por um autorizado por uma igreja do Novo Testamento. É fundamentalmente errado que qualquer indivíduo ou instituição podem usurpar a autoridade dada a uma Igreja do Novo Testamento para administrar suas ordenanças. Não temos mais direito de desconsiderar as Escrituras em referência ao administrante do que teríamos de mudar o modo de batismo”.
Nestas citações de Associações Batistas cobrimos o Norte, Leste e Sul. Não demos senão um pequeno fragmento do material em mão. Se o incluímos todo, este livro teria de ser aumentado muito além dos limites que estabelecemos para ele. Contudo, deu-se bastante para provarem-se conclusivamente três coisas:
Primeira: que os antigos patriarcas batistas americanos rejeitaram o batismo estranho e pelo que creram houve fundamentos escriturísticos.
Segunda: eles creram que os batistas, ou anabatistas, também o rejeitaram através dos séculos. Terceira: consideraram aqueles poucos que o aceitarem como trazendo uma inovação inescriturística que foi divisiva, prejudicial e que resultaria eventualmente na desintregação dos batistas.