sábado, 5 de novembro de 2011

17.27. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

SEGUNDO MÉTODO DE PROVA.
O segundo método de prova, portanto, é o processo de identidade. Devemos comparar estas duas corporações religiosas, batistas e católicos, com a igreja que Cristo estabeleceu. A que for idêntica com essa igreja em organização e doutrina, essa é a que Cristo estabeleceu, logo a que tem o direito de administrar as ordenanças.
Tomemos a igreja em Jerusalém, portanto, como um exemplo da igreja que Cristo estabeleceu, notemos suas características e comparemo-las com as dos batistas e católicos.
Características da Igreja de Jerusalém.
1. Uma Igreja do Espírito Santo. “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar: e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso e encheu toda a casa em que estavam assentados. E todos foram cheios do Espírito Santo. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas”. Atos 2:1-2, 4 e 41.
Vemos, portanto, que a Igreja de Jerusalém foi uma igreja que dependeu do Espírito Santo para preparar gente para a comunidade nela. É mesmo assim na Igreja Batista: numa Igreja Batista deve haver uma experiência de religião no coração por meio da obra do Espírito Santo no interior. Na Igreja Católica apanham-se os membros na infância, que são confirmados quando atingirem a idade da responsabilidade.
2. Uma Igreja Onde Os Crentes São Batizados. O segundo sinal da Igreja de Jerusalém é que somente crentes são batizados. “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a palavra”. Atos 2:41.
Não se arquiva aqui, nem em nenhum outro lugar da Bíblia onde o batismo fosse jamais administrado a qualquer um que não fosse crente. Filipe disse ao eunuco: “É lícito (ser batizado), se crês de todo o teu coração”. Atos 8:37. É assim mesmo na Igreja Batista. A Igreja Católica, todavia, é constituída quase inteiramente dos que foram batizados na infância, para cuja prática não há base escriturística.
3. O Batismo Era Administrado Somente por Imersão. Um terceiro sinal da Igreja de Jerusalém é que o batismo era administrado somente por imersão. Isto não carece de argumento: todos os eruditos o admitem.
Os católicos admitem que eles mudaram a ordenança do batismo no século quarto, porque a aspersão é mais conveniente. Cito “A Fé de Nossos Pais”, pgs 316 e 317, que é de autoridade católica.
“Por vários séculos depois do estabelecimento do cristianismo o batismo era usualmente conferido por imersão: mas, desde o século doze o batismo por infusão prevaleceu na Igreja Católica. O batismo é o meio essencial estabelecido para lavar a mancha do pecado original e a porta pela qual achamos admissão na igreja. Daí o batismo é tão essencial para a criancinha como para o adulto. As crianças não batizadas estão excluídas do reino do céu. O batismo nos faz herdeiros do céu e coerdeiros com Jesus Cristo”.
John Wesley, no seu comentário a Romanos 6:4, onde Paulo diz: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo”, nota: “Isto se refere ao modo antigo de batismo, o qual era por imersão”. Assim dizem todos os eruditos. Este sinal, portanto, é idêntico ao de uma Igreja Batista e diferente do da Igreja Católica.
4. Somente Crentes Batizados Vinham à Mesa do Senhor. O quarto sinal da Igreja de Jerusalém é que somente crentes batizados vinham à mesa do Senhor. “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a palavra (os que tinham crido e sido batizados); e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, e perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. Atos 2:41-42. Este sinal da Igreja de Jerusalém é idêntico ao de uma Igreja Batista no seu ensino Uma asserção principal da fé batista tem sido sempre que só os escriturísticamente batizados podiam vir à mesa do Senhor. Por amor de Cristo elas tem permanecido nesta verdade escriturística, ainda que por assim fazerem signifique serem mal-entendidos e serem chamados de egoístas e estreitos por outras denominações.
5. A Igreja de Jerusalém era uma Democracia Pura. O quinto sinal da Igreja de Jerusalém é que era uma democracia pura. Não havia autoridade eclesiástica sobre eles, nenhum papa, nenhum bispo. A palavra “bispo” na Bíblia é usada intercambiavelmente com as palavras “ancião”, “presbítero” e “pastor”. I Pedro 2:25, Tito 1:7, I Timóteo 3:12, Filipenses 1:1. A Igreja de Jerusalém elegia os seus próprios oficiais, chamava os seus próprios pastores, presbíteros ou bispos, como são variamente chamados, tendo um membro tanta autoridade na igreja como outro. Assim tem sido sempre numa Igreja Batista e assim não é na Igreja Católica.
Logo, como entre estas duas pretendentes, concluímos:
1. Que a igreja visível que Cristo estabeleceu era uma Igreja Batista.
2. Que ela tem vindo através dos séculos e está no mundo hoje.
3. Que a ela foram dadas as ordenanças para guardar e a ela só.
4. Que outros que presumem iniciar igrejas e administrar as ordenanças assim fazem sem autoridade divina.
É nossa firme convicção, independentemente de quanta verdade e erro inerem nas organizações, que José Smith tem tanto direito de começar uma igreja como Alexandre Campbell, João Wesley, Henrique VIII, João Calvino, Mrs. Eddy ou Martinho Lutero. Nossa contenção é que nenhum deles teve o direito. A afirmação de Campbell, que até ele começar a reforma a linha de sucesso estava com os batistas, era verdadeira e ainda é. Com eles tem sempre ficado, como os historiadores citados afirmam, e ainda fica, a autoridade para batizar e pôr a mesa do Senhor. Afirmamos que esta questão de autoridade deve ser resolvida antes de podermos ter uma definição do batismo e da Ceia do Senhor. A imersão de um crente em água, portanto, não servirá como uma definição de batismo, algo mais que tomar pão e vinho no lar constitui a celebração da Ceia do Senhor. Devem ser administrados, batismo e Ceia do Senhor pela devida autoridade antes que seja batismo, antes que seja Ceia do Senhor. Os anabatistas estavam direitos e os modernos batistas leite e água, que de contínuo publicam definições que negligenciam a questão de autoridade, estão errados. Todos os fatos das Escrituras mostram (e estes fatos são atestados pelos fatos da história) que Cristo estabeleceu uma igreja visível, entregou-lhe as ordenanças; que esta igreja vem descendo através dos séculos; que era uma Igreja Batista; que, imperfeita como era no princípio, imperfeita como é hoje, mesmo como um vaso de barro que levamos à fonte, serve para carregar a água doadora de vida; ainda que imperfeita como era, esta organização imperfeita tem guardado e conservado as ordenanças e as doutrinas, passando-as à posteridade, a despeito da apostasia de Roma, a despeito das perseguições, a despeito de todas as forças do maligno, e isto continuará a fazer até que Jesus venha.
Agora, se tu, meu leitor, por um estudo cuidadoso da questão com esses fatos na tua frente, pondo de lado todo prejuízo, contudo creres deve unir-te a uma Igreja Batista e receber batismo batista dado que tenhas crido para salvação de tua alma. Se tu não o creres então é teu dever procurar a Igreja que Cristo estabeleceu e unir-te com essa igreja. Não te satisfaças com menos do que isso.
“Meu Senhor, acho que nada mais servirá,
Senão seguir onde Tu guias, sentar-me aos Teus pés,
E quando não te acho, corro ainda para Te encontrar.
As rosas são sem perfume, sem esperanças as manhãs,
O descanso não é senão trabalho, o riso crepitantes espinhos,
Se as verdades Tu não as fizeres verdadeiras.
Tu és minha vida, ó Cristo, e nada mais servirá”.