quinta-feira, 10 de novembro de 2011

17.32. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 7 - OS PAULICIANOS
Estas igrejas foram de origem apostólicas e plantadas na Armênia no primeiro século, espalhadas pela Mesopotamia e Pérsia. Delas foi a forma primitiva de cristianismo. Um livro dos paulicianos, A Chave da Verdade, diz: “Submetamo-nos então humildemente a santa igreja universal. Como aprendemos do Senhor da igreja universal e apostólica, assim procedemos e estabelecemos na fé perfeita os que não têm o santo batismo, logo, conforme com a Palavra do Senhor, devemos primeiro trazê-los à fé, induzi-los ao arrependimento e dar-lhes o batismo”.
Ao comentar isto, Adeney, o historiador, diz: “Portanto, é perfeitamente arguível que eles deveriam ser considerados sobreviventes de um primitivíssimo tipo de cristianismo. Antigos, batistas orientais, este povo foi em muitos sentidos protestantes antes do protestantismo”.
Não consideravam as pessoas de outras comunhões como pertencentes a igreja. As idéias batistas prevaleciam entre eles. Sustentavam que os homens devem arrepender-se e crer, batizando-se numa idade madura, único para admissão deles na igreja. Rejeitavam o batismo infantil. batizavam por imersão e rebatizavam todos que vinham de outras comunhões.
Quanto ao número deles e sua influência, cresceram e se espalharam em muitos países. Em 690 A. D., Constantino, mestre deles, foi morto por lapidação por ordem do imperador. Mais tarde, a imperatriz, Teodora, insistiu uma perseguição na qual cem mil na Grécia armeniana perderam suas vidas. No século nono revoltaram-se, derrubaram Miguel III, e estabeleceram na Armênia o estado livre de Teprice. Aqui qualquer um era livre para agir como a consciência lhe ditasse e daqui enviaram missionários a Bulgária, Bósnia e Sérvia. O estado de Teprice durou cento e cinquenta anos, quando foi devastado pelos sarracenos. Da Bulgária espalharam-se por toda a Europa, para o Sul da França e Itália. Na ltália misturaram-se com os habitantes da Lombardia e na França identificaram-se com os Albigenses, outra seita de anabatistas.
Deles diz o Dr. Christian: “Muitos historiadores, além de Gibbon, tais como Muratori e Mosheim, consideram os Paulicianos como os precursores dos Albigenses e de fato como o mesmo povo”.
O Dr. Conybeare, uma das mais altas autoridades do mundo na história pauliciana, diz: “A igreja (Romana) aderiu sempre a idéia de regeneração espiritual no batismo, ainda que, por batizar criancinhas há muito estultificou-se e abandonou a essência do batismo. De fato, o significado do batismo de Jesus, como é apresentado a Paulo e aos evangelistas, cedo se perdeu de vista pelas igrejas ortodoxas.
“As várias seitas da idade média, que, conhecendo-se a si mesmas simplesmente como cristãos, retiveram o batismo na sua forma e sentido primitivos, recusando firmemente reconhecer como válido o batismo de criancinhas das grandes igrejas ortodoxas ou perseguidoras. E como certamente tinham razão, tanto quanto a doutrina e a tradição servem para alguma coisa. Desnecessário dizer, as igrejas que há muito perderam o batismo genuíno, não podem ter mais sacramentos, nem sacerdócio e, rigorosamente falando, nem cristianismo se reentrassem só o pálio do Cristianismo deveriam voltar, não a Roma ou Constantinopla senão a alguns dos círculos obscuros de cristãos, maxime no Oriente, que nunca perderam a verdadeira continuidade do sacramento batismal. os paulicianos da Armênia, a seita dos Bogomils em redor de Moscou. Os batistas adultos entre os sírios do Tigre superior e talvez os Menonitas e as grandes comunidades batistas da Europa.”
De que é mesmo que o Dr. Conybeare está falando? Simplesmente isto, que a Igreja Católica Romana perdera o batismo, como contendem os anabatistas, e aquelas corporações pedobatistas, vindas de Roma e trazendo o seu batismo romano com elas, não têm o verdadeiro batismo.
Melhor argumento batista não podia ser feito, nem um que melhor pudesse censurar a imersionista estranho do joelho fraco do presente dia, que está pronto a tomar a imersão de qualquer fonte, administrada por alguém ou por ninguém, e chamá-la de batismo Pouco se importam que durante mil e quatrocentos anos antes da reforma nossos pais bateram-se por este princípio através de lágrimas, sangue e sacrifício: o batismo deve ser administrado por alguém que tenha direito, agindo sob a direção e autoridade da igreja que Jesus edificou.
A começar do primeiro século, vimos o surto dos paulicianos e no correr dos séculos temos dos historiadores a afirmação de como se espalharam por quase todos os países da Europa. Nas trevas dos sécubs onze e doze sua influência foi sentida não só no Continente Europeu, mas na Inglaterra bem assim.
Deste período diz Orchard: “É indubitavelmente certo, dos mais autênticos arquivos, que um númnero considerável de paulicianos esteve estabelecido na Lombardia, na Insubria, mas principalmente em Milão, aí pelo meiado do século onze e que muitos deles levaram vida errante na França, na Alemanha e outros países, onde ganharam a estima e admiração da multidão pela sua santidade. Na Itália foram chamados Paterinos e Cataros. Na França foram denominados Búlgaros, do reino de sua emigração, também Publicanos e boni homines, bons homens, mas foram principalmente conhecidos pelo termo Albigenses, da cidade de Albi, no Languedoc superior.
Da presença deles na Inglaterra o Dr. Christian tem isto a dizer: “Após o ano 1000 os paulicianos começaram a mostrar sua presença na Inglaterra. Em 1154 um grupo de alemães emigrou para a Inglaterra, tangidos ao exílio pela perseguição. Uma porção deles estabeleceram-se em Oxford. William Newberry conta do terrível castigo aplicado ao pastor Gerhard e o povo. Seis anos mais tarde outra companhia de paulicianos entrou em Oxford. Henrique II ordenou que fossem ferreteados na testa com ferros quentes, chicoteados pelas ruas da cidade, suas roupas cortadas até a cintura e enxotados pelo campo aberto. As vilas não lhes deviam proporcionar abrigo ou alimento e eles sofreram lenta agonia de frio e fome”. Concluindo, diz Orchard: “Um sinal evidente de espírito apostólico possuído por este povo deve ser admitido por todos sem quaisquer fundos ou sociedades públicas para patrocinarem ou sustentarem a árdua empresa mais do que suas respetivas igrejas, ou paulicianos penetraram deste merosamente as partes mais bárbaras da Europa e foram desajudados e mal vistos ao conflito com toda a disposição de caráter. Em diversos casos foram mortos ou martirizados, não tendo em nada suas vidas contanto que pudessem promover a causa do seu Redentor”. Mosheim. Gibbon, Robinson, Jones e outros historiadores testificam de sua fé e zelo através dos séculos, testemunhando eles em cada país pela fé dos pais e selando o seu testemunho com o próprio sangue. E contudo uma centésima parte não se disse e não o será até que Jesus venha e os livros se abram que relembrem os justos feitos das verdadeiras testemunhas de Jesus.