sábado, 19 de novembro de 2011

17.41. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 13 - GUARDA, QUE HOUVE DE NOITE?
“Guarda, que houve de noite?
Guarda, que houve de noite?
O guarda disse: A Manhã
Vem e também a noite.
Se quereis inquirir, inquiri-vos.
Voltai, Vinde!”.
Com mil e novecentos anos de gloriosa história escrita com sangue, alguém pensaria que houve algumas coisas entre os Batistas que foram ajustadas para sempre e que uma dessas coisas seria a questão de receber-se batismo estranho, a qual foi a primeira questão que se levantou para causar uma divisão nas fileiras dos seguidores de Jesus, permanecendo uma questão divisiva através dos séculos. A vigilância eterna é, porém, o preço da liberdade. Uma geração, parece não pode aprender de outra. Cada uma deve aprender na árdua escola da experiência. Nos últimos dias há certos homens que se esgueiraram em nossas igrejas, os quais, por expediente, ou por alguma outra razão, comprometeriam este princípio que pelos séculos tem sido o reduto de nossa fé batista, princípio pelo qual nossos pais morreram.
Que tem sido e qual é a situação nos estados nordestinos da América? O Dr. J. H. Grime deu a resposta a esta pergunta nesta afirmação concisa: “Até menos que um século os Batistas da América, como denominação, ficaram solidamente contra a recepção da Imersão Estranha. Dentro da primeira metade do século dezenove o sentimento contrário deu de se impor até hoje, uma porção dentro da denominação a desculparão, enquanto alguns esposam abertamente a causa de Imersão Estranha”.
Consideremos a evidência para vermos se esta afirmação está de acordo com os fatos. A Associação de Filadélfia abarcou quase todas as igrejas da Pensylvânia, Nova Jersey, Delaware e Maryland com algumas da Virginia e Nova Inglaterra. Esta Associação foi constituída em 1707. Em 1742 adotaram a Confissão de Fé de Filadélfia. Esta, com poucas mudanças, era a antiga Confissão de Fé de Londres. O vigésimo-oitavo Artigo reza como segue: “O Batismo e a Ceia do Senhor são ordenanças de instituição positiva e soberana, indicadas pelo Senhor Jesus, o único Legislador, para serem continuadas na Sua Igreja até ao fim do mundo. Estas santas indicações são para serem administradas por aqueles somente que estão qualificados e para o fim chamados, segundo a comissão de Cristo”.
Notai a expressão empregada: “na Sua Igreja até ao fim do mundo”. Se considerarem outras denominações na Sua igreja, concederam-lhe o direito de batizar, por a mesa do Senhor e fazer qualquer outra coisa que Sua Igreja tem o direito de fazer. Se não as consideram “na Sua Igreja”, então lhes negam o direito de batizar. Como interpretaram esta linguagem?
Em 1787, quarenta e cinco anos depois de adotarem este instrumento, a Primeira Igreja Batista de Nova Iorque mandou-lhe esta pergunta: “Deveria alguém previamente imerso por uma profissão de fé em Cristo, apresentando-se à comunidade em uma de nossas Igrejas, ser recebido ao seu batismo, administrado por um que não foi batizado por imersão?” A matéria foi deixada por um ano e na próxima reunião deram esta resposta: “Julgamos tal batismo nulo e falho”. Isto porém, é um caso. Muitos outros há que podiam ser dados. Outra vez pelo tempo esta velha Associação recusou-se considerar a imersão estranha. E não só isso: recusaram-se considerar a ordenação estranha. Um tal Henry Loach, pregador presbiteriano, unido à Igreja Batista Memorial de Filadélfia, foi batizado pelo pastor, Dr. Henson. Convocou-se um concílio para considerar esta ordenação. O Dr. J. Wheaton Smith apresentou uma resolução reconhecendo e endossando a validade da ordenação presbiteriana. Isto levou a uma discussão acesa e a votação foi de dois a favor e cincquenta contra.
O Dr. Spencer H. Cone, em 1845, foi pastor da Primeira Igreja Batista da Cidade de Nova Iorque. As citações seguintes são de uma carta que ele escreveu a outra igreja sobre a mesma pergunta: “Caros Irmãos: A pergunta que fazeis me foi apresentada em julho pelo Irmão Tripp, Jr., de vossa igreja. Respondi que, na minha opinião, o batismo válido só podia ser administrado por um ministro devidamente autorizado. Também afirmei minha impressão que as igrejas batistas regulares da Inglaterra e dos Estados Unidos tinham sustentado o mesmo sentimento. Primeiro, então, que tem sido o sentimento das igrejas batistas regulares da Inglaterra e dos Estados Unidos sobre este assunto? Os ministros e mensageiros de mais de cem congregações batistas da Inglaterra e de Gales (negando o arminianismo) reunidos em Londres, de 3 a 11 de julho de 1689, publicaram o que chamam “A Confissão de Fé” e recomendaram seu exame, não só uns membros de nossas igrejas, mas a todos os outros cristãos que de nós diferiam. Entre estes ministros tendes os nomes de Knollys, Kiffin, Keach, Collins, Harris, Gifford, Vaux, Price, Finch e uma hoste de outros, cujo louvor estava em todas as igrejas batistas regulares, a saber, os opostos à redenção geral e à comunhão livre. Sob a epigrafe “batismo”, entre outras coisas, sustentaram que seja administrada somente pelos que estão qualificados e para isso chamados.
“Formou-se a Associação de Filadélfia em 1707 e adotou com alteração a Confissão de Londres de 1689, de modo que, nos E. U. A., tem ido com o nome de Confissão de Fé de Filadélfia. Desde esse período o mais das associações nos estados centrais se tem formado sobre o mesmo programa. A Associação de Nova Iorque, organizada em 1791, tem sempre sustentado as idéias que eu advogo. Em 1821, o ponto particular perante nos foi discutido e resolvido em resposta a um inquérito de uma das igrejas, igual ao contido em vossa carta. O Sr. Parkinson foi indicado para escrever uma carta-circular sobre o batismo na qual ele mantinha a imersão de crentes professantes por um ministro batista como essencial ao batismo evangélico”.
“Após adoção desta circular, passou uma resolução sustentando que, conquanto consideravam a consulta suficientemente respondida na circular, ainda assim, lembram a opinião da Associação: que as igrejas batistas fariam melhor em nunca receberem pessoas, quer como membros ou mesmo como comungantes transitórios, sobre tal batismo, a saber, por administrantes inimergidos. Muitas razões se entrozam na resolução de sustentar a opinião dada, como a desunião, inconveniência, inquietude, etc., que sempre se tem levantado nas igrejas que recebem tais membros. Mas a base de sua opinião está assim assentada em palavras plenas: “Administrantes pedobatistas, tanto quanto podemos ver, estão ignorados nas Santas Escrituras. E isso é só tanto quanto posso ver e nada mais”.
“A Primeira Igreja nesta cidade, da qual sou pastor, foi fundada em 1745 e, como a Bíblia não mudou, ela ainda adere à sua confissao de fé original. O artigo sobre o batismo, encerra-se assim: “Que nada é uma administração escriturística do batismo senão uma imersão total do candidato na água em nome da santa Trindade por um homem devidamente autorizado a administrar ordenanças evangélicas”. Mateus 28:19-20. Atos 2:40-42. A acão desta igreja durante um século tem sido a de rejeitar, como inválido, o batismo administrado por um celebrante inimergido. Durante minha residência em Maryland e Virginia, as Associações de Baltimore, Columbia e Ketocton (que eu frequentei por oito ou dez anos e fui pessoalmente conhecido por todos os ministros pertencentes a elas) sustentaram o mesmo sentimento. O assunto foi invocado na Associação quando eu era pastor da Igreja Batista de Alexandria, D. C., assim: Um Sr. Plummer, do Oriente distante, batista liberal, ou cristão, como ele a si mesmo se chamava, imergiu um número de pessoas na Virginia e fundou uma igreja batista. Batizou em o nome do Pai, do FiIho e do Espírito e todavia negava a divindade do Filho. Num ano ou dois ele partiu de nossas fronteiras, os seus discípulos debandaram. Alguns destes, realmente convertidos, desejaram ligar-se com alguma igreja batista na visinhança. A igreja e o pastor da igreja de Alexandria, estando satisfeitos com a experiência cristã e o comportamento de dois deles, recebeu-os por batismo por mim administrado em nome de nosso Deus, Pai, Filho e Espírito, coiguais e coeternos, não mas considerando o seu batismo por Plummer como batismo cristão do que deveríamos se tivessem sido batizados por um mulçumano em nome de Maomé. Estas associações, pois, sustentaram que o batismo válido deve ser administrado não só por um ministro imergido senão também em boa e regular relação dentro de nossa denominação.
Na primeira parte de nosso ministério fui intimamente conhecido de Gano, Baldwin, Holcomb, Staughton, Williams, Richards, Fristoe, Mercer e muitos outros agora na glória. Não lhes ouvi nunca insinuar, sequer, que o batismo por um ministro pedobatista abrisse a porta de uma igreja batista regular. Tratos indispensáveis obrigam-me a terminar. Que haja agora muitos pastores e igrejas opostos às minhas idéias, sei, dolorosamente o sei, mas tudo isto não me convence de que nossos pais estiveram enganados nesta matéria. Devo ser feito outra vez de novo antes que eu diga ser isso batismo válido quando nem o administrante, nem os que o ordenaram, creram no batismo de crentes como qualquer parte da comissão e nunca se submeteram ao mesmo em obediência ao mandamento do Rei de Sião.
Afetuosamente,
Vosso irmão nos vínculos do Evangelho
S. H. CONE.
Nova Iorque, 30 de setembro de 1845.
Há algumas coisas nesta carta para as quais eu especialmente chamaria vossa atenção. Uma é que aqui estava uma igreja cujo pastor afirma que, em 1845, que há cem anos ela esteve firme solidamente contra a imersão estranha. Essa foi a Primeira Igreja Batista da Cidade de Nova Iorque. Segundo, que o pastor vivera previamente em Maryland, Virginia, Baltimore, Columbia e Ketocton, nas suas Associações, conheceu delas todos os ministros e todos sustentavam a mesma idéia sobre imersão estranha. Terceiro, que em 1845 alguns dos que sustentavam idéia diferente estavam esgueirando-se na denominação. Quarto, que os nossos pais opuseram-se à imersão estranha, que a Escritura não mudara e, portanto, ainda que alguns batistas assim chamados tivessem apostatado, ele não estava convencido de que nossos pais estiveram enganados, que a Escritura deveria ser violada só para agradar aos homens e conciliar as outras denominações.
Aí, Aí de mim! A que chegamos nestes últimos dias! Quando a Igreja de Riverside na Cidade de Nova Iorque ignora inteiramente a questão do batismo, advogando a comunidade franca e por todo o Norte centenas de igrejas batistas assim chamadas que não enfatizam o administrante, mas concedem que outras denominações tanto são igrejas de Cristo como os batistas e tem tanto direito de administrarem o Batismo e a Ceia do Senhor como os batistas. Não admira que em o Norte a causa batista fornece o número de batistas não emparelha com o de outras denominações que ensinam o erro juntamente com um mínimo de verdade. “E ao anjo da igreja de Éfeso escreve: “Estas coisas diz Aquele que empunha na Sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro. Sei tuas obras, o teu trabalho, a tua paciência, e como não podes aturar os maus; e provaste os que dizem ser apóstolos e o não são; achaste-los mentirosos. Sofreste e tens paciência; trabalhaste pelo meu nome e não te cançaste. Não obstante, tenho algo contra ti; que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde decaíste e arrepende-te e pratica as primeiras obras; senão, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se te não arrependeres. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”.