domingo, 13 de novembro de 2011

17.35. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

QUARTO SÉCULO
Constantino subiu ao trono em 306 A. D. Ele procurou ganhar os novacianos de volta à Igreja Católica, mas falhou. Também aqui houve um conflito com os Donatistas. Novacianos e Donatistas batizavam a todos que lhes vinham da Igreja Romana, pelo que foram chamados anabatistas. Perto do fim deste século temos o primeiro caso arquivado de batismo infantil. Em 370 A. D., Galetes, o filho agonizante do imperador Valêncio, foi aspergido por ordem de um monarca que jurou que não seria contraditado.
QUINTO SÉCULO
O Concílio de Mela, na Numídia, África, em 416. A. D., manda os cristãos batizarem suas criancinhas para perdão do pecado e amaldiçoa a todos que negam a doutrina. Cirilo, em 412 A. D., foi ordenado bispo em Alexandria. Um dos seus primeiros atos foi trancar todas as igrejas novacianas. Recorreu-se a perseguição de todos que rebatizassem católicos. O Concílio Laterano fez um decreto de banimento para todos os anabatistas como hereges ao passo que um édito foi proclamado por Teodosio e Honório declarando a morte de todas as pessoas rebatizadas e rebatisadoras. Albano, zeloso ministro, com outros, foi posto a morte por batizar. Os Anabatistas fugiram para as montanhas do Piemonte, onde foram chamados Valdenses. Na Espanha e na França havia dezenas de milhares de Albigenses e Valdenses. Os gôdos devastaram a Itália em 476. Sua liberalidade para com os Novacianos fê-los aumentar grandemente.
SEXTO SÉCULO
Os Albigenses e os Valdenses, neste tempo, estavam muito ativos na Espanha e na França. Em 524 A. D. reuniu-se em Lérida um concílio católico no qual se declarou que quantos tivessem caído na prevariação dos anabatistas, como os Novacianos e outros, se voltassem à igreja católica, seriam recebidos.
SÉTIMO SÉCULO
Surto dos Paulicianos na Armênia, espalhando-se pela Mesopotamia e Pérsia e nas montanhas do Tauro, assinalou o começo deste século. Na Tracia foram chamados Bogomilos. Batizavam e rebatizavam somente adultos. Rejeitavam o batismo infantil e o batismo estranho de qualquer procedência. Foram anabatistas declarados. Foram contados aos milhares. Brockett, na sua história dos Bogomilos da Bulgária, diz deles: “Estas seitas eram batistas, não apenas nas suas idéias sobre o assunto de batismo e da ceia do Senhor senão também na sua oposição ao pedobatismo, a uma hierarquia de igreja e a sua adoração da Virgem Maria e os santos; na aderência a independência e liberdade de consciência no culto religioso. Em suma, força-se em mim a conclusão que nesses cristãos da Bósnia, Bulgária e Armênia temos uma sucessão apostólica de igrejas cristãs, igrejas novo-testamentinas; que, tão cedo como no século doze, essas igrejas contavam com uma comunhão de convertidos e crentes tão grande como a das igrejas batistas em todo o mundo hoje.
QITAVO SÉCULO - INVASÃO DA ESPANHA PELOS SARRACENOS
Muitos milhares de Valdenses espanhóis, um outro nome dos Paulicianos, Albigenses e Valdenses, que ali se estabeleceram devido a perseguição no Oriente, emigraram pelos Pirineus da Espanha as fraldas das montanhas francêsas e mesmo ao Piemonte. Eram todos eles anabatistas.
Bonizo, bispo de Sutrio, afirma que neste período. Os Peterinos surgiram na Itália. Sua religião pública de nada mais consistia senão oração, leitura e exposição do Evangelho. Diziam que uma igreja cristã devera consistir somente de gente boa. Só a fé salva. Por batismo só a imersão. O batismo infantil eles condenavam como um erro.
NONO SÉCULO
Aí para o final do século oitavo ficaram as coisas mais brilhantes para os Paulicianos e outros que tinham sido tão severamente perseguidos durante os séculos sétimo e oitavo. Sob o imperador Nicéforo restauraram-lhes até certo ponto seus privilégios civis e religiosos. Durante esses anos auspiciosos os Paulicianos disseminaram largamente suas opiniões e tornaram-se formidáveis no Oriente, de acordo com a Enciclopédia de Chamber no artigo sobre os Paulicianos.
“Para o fim deste século nono, aí por 845 A. D., para ser mais exato, a imperatriz Teodora lavrou decretos muitos severos contra os Paulicianos e a crueldade dos seus oficiais, ao executarem tais decretos, foi horrível além de toda expressão. Os seus sanguinários inquisidores vasculharam cidades e montanhas na Ásia Menor, confiscando bens e propriedades de cem mil desse povo. Os proprietários desse número foram postos à morte da maneira mais bárbara, feitos expirarem vagarosamente sob uma variedade das mais exquisitas torturas. Muitos foram banidos, particularmente na Bulgária. Uma porção desta gente emigrou da Trácia e suas doutrinas logo lançaram profundas raízes no solo Europeu. Os que escaparam dos inquisidores fugiram para os Sarracenos, que os receberam com compaixão, e em conjunção com os quais, sob oficiais experimentados, mantiveram uma guerra com a nação grega durante cento e cinquenta anos”, Orchard, História, pg. 137.
DÉCIMO SÉCULO
Os Paulicianos, no reinado de João Zimico, no século décimo, ganharam muita fôrça e foram por todas as partes de outras províncias pregando o Evangelho. Foram à Itália. Tornaram-se um espinho na carne dos pontífices romanos. Os Bogomilos foram um ramo dos Paulicianos que viveram na França. Tiraram o seu nome de um dos seus líderes que viveu no século décimo. A perseguição dos Bogomilos foi contínua e severa. Ainda que se fez todo o esforço para destruí-los, sobreviveram. Conybeare, o historiador, diz deles: “Eles não foram pisados, mas apenas soterrados. Suas heresias ainda emboscaram por toda a Europa, mas especialmente nos Balkans e ao longo do Reno. Nestes esconderijos parece terem conjugado suas fôrças em secreto para uma vez mais emergirem à luz do dia, quando uma oportunidade se oferecesse. A oportunidade foi a Reforma Européia, na qual, especialmente sob a forma de anabatismo e opinião Unitária, este fermento da igreja apostólica pristina se encontra livremente misturado com outras formas de fé, modificando-as”. The Key of Truth, pg. 196.
Nesta citação de Conybeare, notareis que ele os chama ana-batistas, e refere que eles continuaram até a reforma, no século dezesseis, e conservaram e perpetuaram o fermento da igreja apostólica.
Virando para o Ocidente, neste século, vemos também os Paulicianos fortemente entrincheirados na França. Gibbon, o historiador, diz: “Foi no país dos Albigenses, na província sulista da França onde os Paulicianos principalmente criaram raiz. Em várias províncias foram conhecidos por nomes diferentes”. Roman History, cap. 54.
Esses Paulicianos francêses eram da mesma fé dos Búlgaros. O batismo seguia-se à justificação. Batizavam a todos que lhes vinham dos católicos. Rejeitavam o batismo infantil. Eram, logo, anabatistas também. Se novecentos mil desse povo foram trucidados nas províncias da Grécia pela imperatriz Teodora e perante isto Gibbon diz que foi nas províncias da França sulina que os Paulicianos mais criaram raiz, deixaremos ao leitor imaginar quantos milhares deles havia na França, Itália e Espanha que permaneceram pela fé uma vez entregue aos santos, poderoso exército dos fiéis que, como as vagas do mar, quebraram séculos após séculos contra o poderio romano até a reforma no século dezesseis, quando a ressaca imensa veio e quase tragou os católicos romanos, logrando cindir do seu guante milhões daqueles que procederam dela com a Reforma Protestante.