segunda-feira, 26 de setembro de 2011

16.67. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Lc 3:3,4

E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Lc 3:3,4.

Esses que confiam em "profetas" modernos, sejam eles sonhadores, ou apóstolos, ou vendedores de milagres, ou reincarnacionistas, e todos os devotos de revelações extra-bíblicas deveriam seguir o exemplo de João o Batista que testificou Cristo como o Filho de Deus. Quando o Batista cheio do Espírito falou da vinda deste Espírito Santo, ele deixou subentendido que todo cristão deveria se render a Ele, não para os muitos falsos espíritos que “se têm levantado no mundo” (I Jo 4:1-3).
Alguns hesitam reprovar os muitos cristãos fiéis que estão servindo a Deus como melhor eles sabem nas igrejas não imersionistas. Que muitos deles são convertidos a Cristo está fora de questão. Eles também são missionários notáveis e generosos e tem uma vida exemplar de piedade e lêem a Bíblia devocionalmente. Alguns dispensacionalistas extremos têm uma convicção que João pertence ao Velho Testamento, e não com os crentes do Novo Testamento. A todos estes respeitosamente frisamos um novo estudo de João na luz de tudo aquilo que o Novo Testamento diz sobre ele e sobre o seu batismo. Eles acharão uma cadeia irrompível de continuidade de doutrina de João o Batista para Paulo e ao longo do primeiro século da cristandade. É nosso propósito tornar mais clara nossa necessidade de uma conexão doutrinária com João. Se isso for feito, Cristo se disporá mais para nós, para tudo aquilo que João disse dEle será então uma parte integrante de nossas convicções.
João Calvino apóia a visão acima (Institutes IV, xv, 7): É muito certo que o ministério de João era precisamente igual ao que depois foi executado pelos apóstolos... A uniformidade da sua doutrina mostra seu batismo para ter sido o mesmo... “Se qualquer diferença é buscada na Palavra de Deus, a única diferença que será encontrada é que João batizou no nome que estava por vir, e os apóstolos no nome que já estava manifestado”.
Batistas, de todos os povos, ignoram João o Batista. Não todos, mas a maioria o faz. Pergunte para qualquer um quantos sermões ouviu ele sobre João. Um pastor Batista fez uma coisa rara: ele deu umas séries de seis sermões sobre o batista. Mas os títulos de seus sermões não mencionaram nenhuma vez ou nomearam o seu assunto!
Por que os batistas parecem tão tímidos sobre o primeiro batista? Eles parecem temer qualquer atitude de ostentar o seu nome.
Reivindicar João como o seu fundador, enquanto que falando humanamente, pode parecer como fanatismo ou egoísmo. Eles temem distinção em uma era em que o ecumenismo é popular. Eles repugnam a controvérsia que poderia surgir se eles sugestionarem João como o seu primeiro herói. Mas nenhuma outra denominação o reivindica; por que os batistas não deveriam ter este privilégio? (Os fabricantes de barril de vinho franceses reivindicam João o Batista como o seu padroeiro; eles dedicaram uma janela nova na Catedral de Rheims para ele!).
"E não o conheceram”, disse Cristo sobre João o Batista. Isso também é verdade na geração presente relativo a João. Livros sobre ele, especialmente por batistas, estão desordenadamente escassos, nenhum tendo aparecido durante mais de cinquenta anos. Livros sobre ele de não batistas, enquanto mais em número, carecem frequentemente de perspicácia. Sermões sobre o batista por batistas são raros e os apologéticos vão até onde qualquer conexão com batistas atuais não seja tocada. Instrução de seminário segue o padrão europeu. Para degradação dos muitos Anabatistas de quinhentos anos atrás, foi igualmente desvalorizado o nome batista. A preocupação aqui é não exaltar os batistas contemporâneos; ao invés, os instruir considerando o homônimo, a sua rica herança, e mesmo o seu nome.
Eles não o conheceram. Mas o Cristo o conheceu, e o aprovou, e o honrou continuando o ministério que João tinha começado tão bem. A fé Cristã cresceu robusta sob a pregação de Cristo e os Seus apóstolos fiéis. Produziu muito fruto em sua forma na igreja primitiva do primeiro século.
Uma fonte de força foi o Espírito que ligou o radical do nome a João o Batista. Mas quando radical é cortado fora, a árvore sofre; permanece uma árvore anã. Como pode o radical ser enxertado novamente, fazendo Cristo mais efetivo, e o Novo Testamento inteiro restabelecer a sua autoridade legítima?
Tradução com autorização do PBMinistries: Edmilson de Deus Teixeira, revisores: Glailson Braga, Luiz Haroldo Araújo Cardoso e Calvin G. Gardner – 02/2010, usado com permissão:
www.pbministries.org , Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/se_anderson/cap08.html