sábado, 10 de setembro de 2011

16.51. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Lc 3:3,4

E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Lc 3:3,4.

O que é mais importante é que o batismo simboliza a grandiosa obra de Cristo na terra - Sua morte, sepultamento e ressurreição em prol dos pecadores. Parenteticamente, aspergir e verter não significam nenhum ensino deste rico Evangelho.
De fato, algo além de imersão seria enganoso; seria obscurecer o Evangelho ao invés de revelá-lo. Somente a imersão pode representar um genuíno símbolo cristão.
O leitor pode encontrar mais informação sobre o batismo no livro do autor: “Seu Batismo é Importante” (Your Baptism is Important. Published by The Bogard Press, Texarkana, Ark.—Texas, 1972).
Se João reconheceu que no batismo ele tinha uma teoria, ou uma tentativa de solucionar seu problema de encontrar um símbolo para o Evangelho, algo que indicasse todos os significados listados acima, a próxima seria testá-la. O método científico – não uma invenção recente, pelo modo proposital – seria examinar a luz de todas as Escrituras o que ele tinha, o Antigo Testamento. João o Batista viu algo como o batismo de Noé durante o dilúvio? Pedro viu! A primeira epístola de Pedro 3:21 sem a porção parentética, compara a arca de Noé (com a família de Noé a salvo) ao batismo. “Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo;” (I Pe 3:21), a ressurreição de Cristo nos salva, não o batismo.
Batismo nunca salvou alguém e nunca salvará. É essencial para obediência, mas não para a salvação; que deve vir depois da conversão, não antes (Mateus 28:19; Atos 2:41; 18:8).
Na época de Noé toda a terra merecia a morte (exceto oito). Toda a terra foi imersa e então ressuscitou (Salmos. 104:6-9; 2 Pe.3:5, 6, 13).
Que grande objeto de lição deve ser para todas as gerações posteriores!
E o batismo é ainda um objeto ideal de lições, uma grande “ajuda visual” para todos os que agora a enxergam. Ele declara que todos os pecadores merecem a morte, mas Cristo morreu e ressuscitou para todos e, portanto todos os pecadores que se arrependerem podem ter a vida eterna. João o Batista viu algum tipo de batismo na passagem de Israel pelo Mar Vermelho? Paulo viu na I Coríntios 10:1- 2: Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar”.
Isto não foi um batismo verdadeiro; foi em vários modos uma figura. Ele marcou o fim da escravidão pelos egípcios, da mesma forma que o batismo cristão marca o fim da escravidão pelo pecado. Ele marcou o começo da peregrinação de Israel até a terra prometida, da mesma forma que o batismo verdadeiro marca o começo da peregrinação cristã até o céu. Foi a marca de um novo começo e uma nova vida para Israel; ainda assim, o batismo é o sinal externo de uma nova vida no homem interior. O poder de Deus foi mostrado efetivamente ao dividir as águas do mar para permitir que Israel passasse sobre solo seco. O batismo glorifica o poder de Deus por ser um símbolo da ressurreição de Cristo. Romanos 6:4 declara: “…como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida”.
O povo que cruzou o Mar Vermelho é dito que foram “batizadas em Moisés”. Isto significa que elas agora reconheceram a Moisés como seu líder e sua antiga servidão aos faraós do Egito tinha acabado. Assim no batismo cristão, os crentes são batizados em Cristo e suas antigas associações pecaminosas são rompidas. Israel depois de cruzar o Mar Vermelho teve uma nova lealdade, novos privilégios, uma nova obra, novo alimento e uma nova perspectiva na vida.
Ao cristão, o batismo deve seguir logo em seguida a sua conversão, dentro do possível, significa que em seu batismo agora ele tem novas lealdades, novos privilégios, novo alimento para seu coração e alma, nova obra para fazer e uma perspectiva de vida sã.
Similar a passagem do Mar Vermelho foi a passagem pelo rio Jordão, relatada no terceiro capítulo do livro de Josué. Desde que o Jordão flui para o Mar Morto e termina lá – o Mar Morto não tem saída– o Jordão era considerado um tipo de morte. Uma antiga canção expressa este pensamento.
“Bem junto estou ao rio Jordão
E lanço além o olhar
Saudoso estou e anseio herdar
Meu doce, doce lar”
O Jordão foi a última barreira para Israel em sua jornada para Canaã. Estava no limite entre o deserto e o Egito de um lado e a terra prometida de outro. Poderia ter sido esta a razão que levou João a escolher este rio para começar seus batismos?
João pregou sobre a fuga de Israel do Egito e a passagem pelo Jordão como um tipo de arrependimento dos pecadores para “fugir da ira futura”? (Mateus 3:7). A. W. Pink (Exposição do Evangelho de João pg. 59) indicou sua crença que esse era o caso... sendo batizado no Jordão, eles compreenderam que a morte foi sua dívida”. (itálicos seus).
É possível que João em suas frequentes leituras do Antigo Testamento, pausasse na história de Naamã e suas imersões no Jordão. A Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, usa a palavra “batizar” para descrever suas lavagens. O nome Jordão significa “descer” e Naamã teve que descer em humildade para ter sua cura. Ele preferia os rios Abana e Farpar (II Re 5:12) que considerava “melhores do que todas as águas de Israel”. Mas diante dos insistentes pedidos de seus servos ele se rebaixou; e fez como Eliseu indicou e ficou limpo de sua lepra. Ele agiu varonilmente. Com toda a sua comitiva ele voltou a Eliseu e disse: “Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel” (vers. 15). Da mesma forma o batismo declara que não há outro Deus além de Jeová que pode ressuscitar da morte.
Quando João o Batista leu até o capítulo 53 de Isaías, ele deve ter encontrado lá – como muitos pregadores também – um rico depósito de material para sermões. Nesta extraordinária passagem sobre os sofrimentos do Servo do Senhor são descritos. Ele é comparado a um Cordeiro sacrificial (do grego amnos), a palavra que João usou para Jesus em João 1:29. Aqui era (e é) o alimento para a mente. Pode isto significar uma ressurreição como foi indicado no Salmo 16:10? Pedro citou esta profecia no Pentecostes em referência a ressurreição de Cristo (Atos 2:25-31).
De nosso atual vantajoso ponto de vista da história, algumas dessas interpretações parecem ser óbvias. Mas João como o primeiro pregador do Novo Testamento, tinha somente o Antigo Testamento como sua autoridade. Quão longe o Espírito Santo o levou ao formular as mensagens de suas pregações e seu batismo, não sabemos.
Deus pode ter falado diretamente a João como ele fez com Moisés. Sabemos o que ele fez em seu ministério público, como registrado nos quatro Evangelhos. Antes de discutirmos sua obra, uma questão a mais surge:
Capítulo 4 do livro O PRIMEIRO BATISTA de Stanley E. Anderson, tradução com autorização do PBMinistries: Edmilson de Deus Teixeira, revisores: Glailson Braga, Luiz Haroldo Araújo Cardoso e Calvin G. Gardner – 02/2010Usado com permissão:
www.pbministries.org Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/se_anderson/cap04.html