quinta-feira, 22 de setembro de 2011

16.63. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Lc 3:3,4

E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Lc 3:3,4.

Continuando o estudo, o capítulo 8, do mesmo livro “O Primeiro Batista, Stanley E. Anderson”
CAPÍTULO 8—TRAGICAMENTE IGNORADO
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“…e não o conheceram " Mateus 17:12
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Jesus disse que os líderes religiosos de Seu tempo não entenderam ou reconheceram João o Batista. O mesmo pode ser dito de cada geração posterior desde aquela época, incluindo a atual. João o Batista veio no espírito e poder de Elias, de acordo com o que disse o anjo Gabriel (Lc 1:17) e o Senhor Jesus Cristo (Mt 17:12). “Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem”. Os líderes religiosos estavam enciumados de João e tramaram um modo de tirá-lo do caminho, de modo ardiloso, conseguindo com que Herodes fizesse isso por eles. Da mesma forma, aqueles enviados pelos chefes dos sacerdotes e anciãos (Mt 27:18) conseguiram fazer com que Cristo tivesse uma vergonhosa morte.
QUEM FALHOU EM APRECIAR O BATISTA ENQUANTO ELE AQUI VIVEU?
Os fariseus, como já vimos, rejeitaram João, sua mensagem e seu batismo (Lc 7:30). Eles tinham acumulado um surpreendente número de leis humanas os quais tentavam impor sobre as pessoas. Nem João nem Jesus seguiram suas práticas insignificantes ou rígidos regulamentos. Os fariseus perguntaram uma vez aos discípulos de Cristo: “Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?” (Mt 9:11). Ainda assim, alguns cristãos são hoje criticados pelos “direitistas” por trabalharem com os “esquerdistas” e vice versa. Jesus respondeu: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes... Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. (Mt 9:12-13). João fez isso também e “os publicanos e as meretrizes o creram” (Mt 21:32). Os críticos de João foram mais condenáveis por não terem se arrependido mesmo depois de verem muitos pecadores convertidos a Deus para a vida de piedade e retidão. Jesus disse a eles: “vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer” (Mt 21:32).
Certamente, todos os convertidos de algum reavivamento não são suficientes para superar os preconceitos de seus críticos. Os saduceus eram tão arrogantemente, orgulhosos e aristocráticos para seguirem este pregador “não autorizado” em seu traje não convencional. João não tinha suas credenciais. Ele não tinha sua ordenação nem seu crédito. Pobre João! Como ele poderia ter sucesso sem tudo isso? Os doutores da lei, escribas, anciãos e chefes dos sacerdotes pouco dispostos a sepultar no batismo seu orgulho e reputação de líderes. Jesus disse deles: “E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios... E amam os primeiros lugares nas ceias... e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi”. (Mt 23:5-7). Eles preferiram a pompa e vaidade ao cristianismo de João.
Herodes e Herodias, mais imorais do que as meretrizes que se arrependeram com a pregação de João, mataram o Batista. Pela imoralidade abriram as comportas para todos os tipos de maldades, incluindo pecados sexuais. Todas essas infelizes pessoas falharam em crer em João, ainda que o próprio céu o tenha endossado de um modo espetacular (Mt 3:13-17). Em adição, haviam certas almas instáveis entre os judeus que quiseram se alegrar “por um pouco de tempo com a sua luz’ (Jo 5:35). Eles eram como a semente que foi lançada em solo pedregoso, e por não terem raízes, secaram (Mc 4:5-6). Superficiais, desinteressados, curiosos que buscavam entretenimento; eles não queriam pensar. Eles são caniços que se dobram com o vento, sendo também levados por ele. Jesus disse: “Também eu vos não direi com que autoridade faço estas coisas” aos críticos que se recusavam a reconhecer o batismo de João como vindo do céu. Robertson escreveu (John the Loyal; p. 438): “O princípio envolvido nesta recusa do Senhor é a mesma de quando Ele recusou a dar um sinal do céu (Mt 16:4), que nenhuma pessoa tem o direito de exigir superfluidade de evidência em qualquer questão de crença ou ofício e pedir mais provas de modo acumulatório é uma virtual rejeição daquelas que já tinham sido dadas; isto é a lei desta divina administração em recusar fazer tal coisa mesmo como um favor”.