domingo, 26 de abril de 2009

O julgamento 6

O julgamento do Senhor, como dito antes, nada tinha a ver com justiça, pois o interesse e objetivo estavam claros condená-lO, este foi o propósito todo o tempo: “e dali a dois dias era a páscoa, e a festa dos pães ázimos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo, e o matariam. Mas eles diziam: Não na festa, para que porventura não se faça alvoroço entre o povo.” (Marcos 14:1,2), curiosamente eles queriam adiar o plano e matar ao Senhor após a páscoa, mas tem um relógio que não adianta, nem atrasa, é o relógio de Deus, os homens podem fazer o que quiser, mas no fim a vontade de Deus que se estabelece e ela era para a morte do Senhor ser na páscoa: “bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.” (Mateus 26:2).

Diante do Sinédrio Ele foi maltratado ofendido: “eles me cercaram com palavras odiosas, e pelejaram contra mim sem causa. Em recompensa do meu amor são meus adversários; mas eu faço oração.” (Salmos 109:3,4), o que não poderia ser assim, eles até contrataram falsas testemunhas, pois agora se iniciava a atuação do poder das trevas: “tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.” (Lucas 22:53), como as testemunhas não foram eficazes eles obtiveram uma confissão de um crime criado, o Mestre ficou mudo, exceto quando perguntado se Ele era o filho de Deus.

Ele guardou silêncio para que se cumprisse as Escrituras, Ele justificou o motivo disso: “és tu o Cristo? Dize-no-lo. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis; e também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis. Desde agora o Filho do homem se assentará à direita do poder de Deus.” (Lucas 22:67,68), ou seja, por mais que Ele fosse inocente e provasse a inocência isso não serviria de nada e também as obras dEle falam por Ele: “mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou.” (João 5:36).

Ante a Pilatos e Herodes a acusação foi de subversão da ordem, mas eles mesmos reconheceram que não havia o porquê punir ao Senhor, mesmo assim Pilatos O fez chicotear, ora nenhuma lei prevê punição a inocentes, mas o objetivo dele era claro dar uma satisfação ao povo, mesmo que isso fosse contra sua própria consciência, o mais importante era manter o poder, Pilatos mesmo tomara dezenas de decisões sem nunca consultar ao povo, agora ele consulta porque lhe é interessante politicamente para se manter no poder, ele não perguntou nada ao povo quando matou alguns adoradores: “e, naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.” (Lucas 13:1), mas se agora ele toma uma decisão contra o clamor popular ele correria seriamente o risco de ser destituído.

Ocorre que no relógio de Deus previa a morte do Senhor Jesus: “porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;” (I Pedro 3:18), o Seu caminho foi a cruz para que o nosso fosse o céu, creia nEle e seja salvo.