domingo, 12 de abril de 2009

Egito, o mundo

Como falado inicialmente o Egito simboliza o mundo, faraó o inimigo, e Israel o pecador, já Moisés o libertador, que é Cristo o Senhor; a ordem de Deus foi da tirada dos israelitas do Egito: “e depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Mas Faraó disse: Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel.” (Êxodo 5:1,2).

Após algumas pragas, as três primeiras, faraó falou: “então chamou Faraó a Moisés e a Arão, e disse: Ide, e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.” (Êxodo 8:25), faraó não se oporia a tal culto dos israelitas, do mesmo jeito que o inimigo não se opõe ao pecador que eventualmente faça um culto a Deus, mas Moisés respondeu: “e Moisés disse: Não convém que façamos assim, porque sacrificaríamos ao SENHOR nosso Deus a abominação dos egípcios; eis que se sacrificássemos a abominação dos egípcios perante os seus olhos, não nos apedrejariam eles?” (Êxodo 8:26).

A resposta de Moisés é a seguinte, no Egito o touro era animal sagrado, eles adoravam ao deus ápis e um sacrifício de animais lá só aumentaria a inimizade, a lição que fica é que no mundo não há como servir a Deus sem animosidade. Outra proposta feita: “então disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao SENHOR vosso Deus no deserto; somente que, indo, não vades longe; orai também por mim.” (Êxodo 8:27), o adversário permite que a pessoa saia do mundo, mas não por muito tempo, poucos acessos de espiritualidade, nada mais.

A terceira permissão foi a de só os homens irem: “então ele lhes disse: Seja o SENHOR assim convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; olhai que há mal diante da vossa face. Não será assim; agora ide vós, homens, e servi ao SENHOR; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da presença de Faraó” (Êxodo 10:7-11), a idéia é que se os homens fossem, mas deixassem para trás seus entes queridos eles voltariam para trás, afim de buscá-los: “quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.” (Mateus 10:37), também se trata de alguns idosos, outra falácia proposta é que servir a Deus é coisa de velho, pois o jovem precisa gozar das coisas do Egito (mundo).

Como também não foi aceito houve a terceira proposta: “então Faraó chamou a Moisés, e disse: Ide, servi ao SENHOR; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.” (Êxodo 10:24), ele sabia que nós humanos somos apegados aos bem materiais, saindo do Egito com os bens deles lá eles voltariam para reaver os bens, o Senhor ensina o inverso: “mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.” (Mateus 6:20), “e haverá estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e conhecimento; e o temor do SENHOR será o seu tesouro.” (Isaías 33:6), por isso a esperança não nas riquezas: “manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;” (I Timóteo 6:17).

Por isso o crente precisa: “tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.” (Hebreus 11:26), considerar todas as coisas mundanas como escória: “e, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo,” (Filipenses 3:8).

O que espera? Saia do mundo, siga a Cristo embora exista a perseguição: “e também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (II Timóteo 3:12), crer nEle garante a vida eterna: “na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (João 5:24).