quarta-feira, 22 de abril de 2009

O julgamento 2

Após a audiência com Anás Ele foi enviado a Caifás e Sinédrio: “e Anás mandou-o, maniatado, ao sumo sacerdote Caifás.” (João 18:24), lá o Sinédrio estava reunido: “e os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.” (Mateus 26:57), o julgamento se deu da seguinte maneira:

“ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte; E não o achavam; apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas, não o achavam. Mas, por fim chegaram duas testemunhas falsas, e disseram: Este disse: Eu posso derrubar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias. E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia. Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte. Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?” (Mateus 26:59-68).

Esta foi a segunda audiência do Mestre e aconteceu também de madrugada como a anterior, a palavra julgamento presume justiça, o que passou longe de tal audiência, pois eles queriam condenar ao Senhor de qualquer jeito a ponto de conseguirem falsas testemunhas, que se auto-contradiziam, em um dos falsos testemunhos tem algo muito curioso e importante a se notar, disse a testemunha que o Senhor dissera: “Eu posso derrubar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias”, só que não foi isso o que Ele havia falado, observe: “Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.” (João 2:19), “mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito.” (João 2:21,22).

Primeiro o Mestre não falou que Ele derrubaria o Templo, falou que o templo seria derrubado, a diferença é a vontade e o poder empregado, Ele não falou que Ele derrubaria e sim advertiu que o templo seria derrubado, em ocasião adiante é explicado o motivo do templo de Israel ser derrubado, observe também que Ele se referia ao Seu próprio corpo que seria ressuscitado e não à construção do templo de Israel.

Observe também que o Mestre guardava silêncio, isso para que cumprisse as profecias: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” (Isaías 53:7), mas quando Lhe foi perguntado se Ele era o Filho de Deus Ele teve de responder para sanear qualquer dúvida, a resposta, naturalmente, foi sim, assim sendo creia em Cristo Jesus como seu Salvador e seja salvo: “quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:18).