terça-feira, 28 de abril de 2009

A cruz

A crucificação era a pior maneira de matar a pessoa, pois fazia com que o sofrimento perdurasse por bastante tempo, o condenado sentia sede, fome, dor, suplício que geralmente durava dias, quando eles queriam antecipar a morte eles quebravam as pernas do condenado, comumente também a vítima morria sufocada, era uma terrível maneira de matar, quem seria crucificado passava ainda por um ritual terrível, tinha de levar a cruz pelas principais ruas da cidade, era uma maneira de amedrontar os demais para que não cometesse crimes ou atos considerados dignos da morte de cruz, assim desestimulando, conseqüentemente era uma punição que envergonhava os que a recebiam, pois todos que viam alguém carregando uma cruz pensavam lá vai um morto.

Foi isto que o Mestre também ensinou: “então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;” (Mateus 16:24), tomar a cruz significa morrer para o mundo: “assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 6:11), “e os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” (Gálatas 5:24).

O Mestre já havia sofrido muito nas mãos dos líderes do povo e dos soldados, a tal ponto de não poder levar a cruz, daí: “e quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.” (Lucas 23:26), “e constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.” (Marcos 15:21). Várias são as lições que podemos tirar desde acontecimento, Simão era um transeunte por ali, talvez um curioso, que quisesse ver a crucificação, talvez ele nem quisesse participar daquele acontecimento, mas ele acabou se vendo perto do Senhor e mais do que isso constrangido a levar aquela cruz, isso nos mostra o qual a nossa vida pode ser surpreendente, ele jamais imaginou que levaria aquela cruz e de uma hora para outra lá estava ele.

Ao carregar aquele cruz ele sentiu o peso, o peso da vergonha do que era carregar uma cruz, pois quem o visse com aquela cruz iria imaginar que ele havia sido condenado e morreria crucificado, o peso material da cruz, pois ela pesava alguns quilos, ele com certeza aprendeu que ele não levou a cruz do Senhor Jesus, ele levou a dele mesmo, a cruz que ele deveria carregar sobre si, mas que o Senhor Jesus tomou no lugar dele.

Este fato foi marcante na vida de Simão e da família dele, a Bíblia diz que ele era pai de Rufo, que mais adiante dele e da mãe dele é dito: “saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.” (Romanos 16:13), a família dele foi abençoada. Como visto, não se pode se manter indiferente quanto a cruz, o que você fará? Enquanto depender do homem será evitada, mas posso lhe antecipar que você também carregará uma cruz, ou a da condenação ou a da redenção, que seja a de Cristo: “mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gálatas 6:14), “porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” (Romanos 1:16) e não há evangelho sem a cruz: “porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (I Coríntios 1:18).