sábado, 2 de maio de 2009

Sua crucificação 4

Décima primeira, o Mestre bradaria: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?” (Salmos 22:1), “e perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46); naturalmente este brado foi para cumprir mais esta profecia.

Décima segunda, as cusparadas no Mestre: “as minhas costas ofereci aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontavam e me cuspiam.” (Isaías 50:6), “então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam,” (Mateus 26:67), “e alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.” (Marcos 14:65); o Senhor não oferecia resistência, observe as bofetadas, obviamente na face, as cusparadas e os ferimentos.

Décima terceira, os amigos do Senhor O veriam de longe: “os meus amigos e os meus companheiros estão ao longe da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância.” (Salmos 38:11), “e todos os seus conhecidos, e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas.” (Lucas 23:49), “mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.” (Mateus 26:56), tanto fugir quanto ver o Mestre de longe eram as profecias se cumprindo.

Décima quarta, nenhum dos ossos do Senhor seria quebrado: “Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.” (Salmos 34:20), “foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas.” (João 19:32), “porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado.” (João 19:36); esta profecia tem uma significação especial, pois o cordeiro pascal não poderia ter seus ossos quebrados: “numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso.” (Êxodo 12:46), Cristo é o Cordeiro: “e, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.” (João 1:36), a nossa páscoa: “alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.” (I Coríntios 5:7), portanto não podia ter os ossos quebrados.

Décima quinta, Ele seria sepultado no túmulo de um rico: “e puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.” (Isaías 53:9), “e, vinda já a tarde, chegou um homem rico, de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado. E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol, e o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se.” (Mateus 27:57-60).

O Senhor é dono de tudo: “do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” (Salmos 24:1), o que inclui as riquezas: “minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos.” (Ageu 2:8), mas enquanto na Sua vida terrena foi pobre, nasceu numa manjedoura: “e deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” (Lucas 2:7), e não tinha casa: “e disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” (Lucas 9:58), mas foi enterrado em um túmulo de um rico, e Ele quer morar em seu coração, caro leitor.