terça-feira, 12 de maio de 2009

Na cruz 8

Durante o tempo que o Mestre ficou na cruz aconteceram algumas coisas dignas de notas, primeiro as trevas sobre a terra: “e desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.” (Mateus 27:45), naturalmente essa trevas, um eclipse, foram enviadas por Deus: “Eu visto os céus de negridão, pôr-lhes-ei um saco para a sua cobertura.” (Isaías 50:3), o Mestre falou: “enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” (João 9:5), “Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” (João 12:46), “falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12), sem Cristo as pessoas andam em trevas, Ele é a luz.

Com a Sua morte houveram mais dois fenômenos, o véu rasgou e o terremoto: “e eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;” (Mateus 27:51), com o véu rasgado, abria de vez a entrada para uma parte do templo chamada santo dos santos: “mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos,” (Hebreus 9:3), observe que o véu foi rasgado, rasgar aquele véu era obra muito difícil, ele tinha aproximadamente 10 centímetros de espessura, observe também que foi rasgado do alto para baixo para mostrar que foi Deus Quem o rasgou, mostrando que agora o acesso a Ele é possível: “pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,” (Hebreus 10:20), “a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu,” (Hebreus 6:19), agora se pode ter acesso direto a Deus: “porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.” (Efésios 2:18), “no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.” (Efésios 3:12), obviamente o meio de acesso é Cristo: “disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14:6).

Houve a ressurreição de alguns santos: “e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.” (Mateus 27:52,53), ainda temos o joelho do Senhor que não foi quebrado: “os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas.” (João 19:31-33), “porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado.” (João 19:36), como já falado o cordeiro para o sacrifício tinha de ser perfeito, intacto, Cristo é o Cordeiro de Deus, por isso não poderia ter Seus ossos quebrado: “no dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29).

A reação do centurião: “e o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.” (Mateus 27:54), ele ao ver todos aqueles fenômenos não teve alternativas senão de reconhecer que Cristo era o Filho de Deus, verdade esta fartamente ensinada na Bíblia: “e Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16); por fim a multidão: “e toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos.” (Lucas 23:48), este bater nos peitos significava que eles reconheciam que estavam errados e que receberiam a paga por isso.

Eles não haviam reconhecido o tempo da visitação deles, a oportunidade que eles tinham e por ódio, inveja e outros sentimentos ruins perdiam, por isso o Senhor Jesus anteriormente havia chorado e advertido a cidade: “e, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.” (Lucas 19:41-44).

Por não reconhecer o tempo de visitação dela, caro leitor, a cidade de Jerusalém foi a destruição pelo exército romano, aconteceu exatamente como o Senhor avisara, a data que se cumpriu foi no ano 70; agora, querido leitor, o seu isso é hoje, agora, o evangelho não conhece o dia de amanhã, amanhã pode ser muito tarde, creia em Cristo hoje.