sexta-feira, 27 de maio de 2011

4.c. O anúncio do nascimento do Messias (Lc 1:26-38) Lc 1:34-38

E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; porque para Deus nada é impossível. Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

Com esta informação, Maria creu, mas desconhecia como isso tudo se procederia, sobretudo por ser virgem, como uma virgem daria luz a um filho? Ou, nas letras bíblicas, como se fará isto, visto que não conheço homem algum? Então vem a resposta, descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus, a resposta é extraordinária, a palavra extraordinária raramente é tão bem empregada quanto aqui, é de conhecimento comum que para alguém nascer é necessário a atuação de um homem e uma mulher, pois macho e fêmea Deus criou, então Maria que não houvera tido nenhuma relação íntima não poderia engravidar, já que não haveria ajuda de homem, exceto se houvesse a intervenção de Deus, neste caso, em específico, o Santo Espírito atuou na formação do corpo do Senhor Jesus: “e, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;” (Mt 1:20), “proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.” (Sl 2:7), “por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste;” (Hb 10:5).
E justamente a atuação do Espírito Santo anulou algo comum a todos os homens, o pecado, diante da atuação divina, a natureza humana, pecaminosa de Maria, não interferiu em nada no Mestre, pois Ele foi nascido de mulher: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,” (Gl 4:4), porém sem pecado, desde Sua concepção e assim permaneceu sem pecado toda Sua vida terrena: “quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?” (Jo 8:46), “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5:21), “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.” (I Pd 2:22), com isso, Deus responde a uma pergunta feita anteriormente: “como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher?” (Jó 25:4), isso mostra novamente a situação extraordinária do nascimento dEle, o homem, devido sua natureza pecaminosa, já nasce em pecado: “eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl 51:5), face ao Seu nascimento, o Mestre é igual a todo o homem, a todo e qualquer humano, em relação à Sua humanidade, Visto que Ele também é Deus, a diferença consiste que Ele não tem pecado e todos nós temos: “porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4:15), e com isso, Ele Se ofereceu a Si mesmo: “porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.” (Hb
8:3).