quarta-feira, 18 de maio de 2011

2.d. Geração (Mt 1:1-17; Lc 3:23-38) Lc 3:23-38

E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli, e Heli de Matã, e Matã de Levi, e Levi de Melqui, e Melqui de Janai, e Janai de José, e José de Matatias, e Matatias de Amós, e Amós de Naum, e Naum de Esli, e Esli de Nagaí, e Nagaí de Máate, e Máate de Matatias, e Matatias de Semei, e Semei de José, e José de Jodá, e Jodá de Joanã, e Joanã de Resá, e Resá de Zorobabel, e Zorobabel de Salatiel, e Salatiel de Neri, e Neri de Melqui, e Melqui de Adi, e Adi de Cosã, e Cosã de Elmadã, e Elmadã de Er, e Er de Josué, e Josué de Eliézer, e Eliézer de Jorim, e Jorim de Matã, e Matã de Levi, e Levi de Simeão, e Simeão de Judá, e Judá de José, e José de Jonã, e Jonã de Eliaquim, e Eliaquim de Meleá, e Meleá de Mená, e Mená de Matatá, e Matatá de Natã, e Natã de Davi, e Davi de Jessé, e Jessé de Obede, e Obede de Boaz, e Boaz de Salá, e Salá de Naassom, e Naassom de Aminadabe, e Aminadabe de Arão, e Arão de Esrom, e Esrom de Parez, e Perez de Judá, e Judá de Jacó, e Jacó de Isaque, e Isaque de Abraão, e Abraão de Terá, e Terá de Nacor, e Nacor de Seruque, e Seruque de Ragaú, e Ragaú de Fáleque, e Fáleque de Éber, e Éber de Salá, e Salá de Cainã, e Cainã de Arfaxade, e Arfaxade de Sem, e Sem de Noé, e Noé de Lameque, e Lameque de Metusalém, e Metusalém de Enoque, e Enoque de Jarete, e Jarete de Maleleel, e Maleleel de Cainã, e Cainã de Enos, e Enos de Sete, e Sete de Adão, e Adão de Deus.

O verso fala que o Mestre era da idade de quase 30 anos, em igual idade José apareceu diante de Faraó (Gn 41:46), Davi começou a reinar (II Sm 5:4) e os sacerdotes começavam suas atividades (Nm 4:3); a seguir começa a falar da geração do Mestre, que distintamente de Mateus vai até Deus, mostrando que o Salvador é para toda a humanidade, não só os filhos de Abraão ou os judeus; o último verso, 38, diz que Adão é filho de Deus, o que claramente aqui não diz que ele é igual ao Senhor Jesus, mas foi criado por Deus não tendo assim pais naturais como os demais tiveram.
Ao se estudar a geração do Mestre é importante atentar alguns detalhes, que serão agora mencionados, primeiro, a lista, em Mateus, mostra a linha ancestral por José e a lista, em Lucas, mostra a linha de Maria, pois, nos primeiros capítulos de Lucas Maria tem proeminência maior que a de José, já em Mateus é o inverso, depois em Mateus 1:16 se diz claramente que Jacó gerou a José, já em Lucas, não se diz que Heli gerou a José e sim que José é filho de Heli, o que pode significar genro, como veremos logo mais, finalizando este ponto, em grego o artigo definido na forma genitiva aparece antes de cada nome da geração em Lucas menos no de José, o que sugere que José só foi incluído na lista por ter se casado com Maria; segundo, o termo filho, que aparece muitas vezes, ou seu equivalente gerar, nem sempre significam que se trata de pai e filho, pois, algumas vezes, os judeus usavam este termo tão somente para indicar que se trata ta mesma linha sucessória, por exemplo, o Mestre é chamado Filho de Abraão e de Davi, notadamente Ele não é Filho biológico de nenhum dos dois, isso ocorreu, por exemplo, em II Rs 18:3, onde Davi é chamado de pai de Ezequias, o que mostra claramente que a palavra não significa exatamente um imediato antecessor do sexo masculino, de igual forma a palavra irmão, por exemplo, Abraão chamou a Ló de seu irmão (Gn 14:14,16), mas na verdade ele era sobrinho dele (Gn 11:27), terceiro, ainda sobre filho e filiação, é importante ter em mente uma lei chamada dos levirato, na qual quando o irmão falecia sem deixar filhos cabia ao irmão do falecido ter engravidar sua cunhada a fim de ter um filho o qual seria considerado filho do falecido. Com isso em mente se pode entender o verso 9, onde não omissão de alguns nomes.
Quanto, a eleição de Deus é mostrada tão claramente nesta seção, pois Deus preferiu a um irmão mais novo invés do mais velho, o filho mais velho foi Esaú, mas Deus escolheu Jacó (Israel), Rúben foi o primeiro filho de Israel (Jacó), mas a tribo sacerdotal é a levita, e a real a judaica e assim sucessivamente, mostra que Deus escolheu a quem Ele quis, mudando até mesmo a ordem normal das coisas, quinto, aparecem, entre os antepassados do Mestre, 4 mulheres, que não são grandes exemplos de conduta moral, isso nos deveria chamar a atenção a dois pontos, o primeiro é que não existe algo popularizado hoje que seria a “maldição hereditária”, visto o caráter de alguns antepassados do Mestre, segundo, isso nos mostra que o pecado corrompeu toda a raça, costumamos dizer que para um grande pecador um grande Salvador, em outras palavras: “porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.” (Rm 5:19-21).
Sexto, em Mateus, esta geração é tripartida, contendo cada parte 14 gerações, sendo que eles são os três períodos da história nacional de Israel: a teocracia, monarquia e hierarquia, a divisão em 14 pode ter sido feita para melhor memorização, pode também ter sido feita para mostrar o controle divino da história da humanidade, visto ser 14 um múltiplo de 7, o número 7 tem relevante valor na Bíblia, o que será visto adiante.