quinta-feira, 30 de junho de 2011

9.5. O anúncio aos pastores (Lc 2:8-20) Lc 2:13-20

E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.

Boa vontade de Deus para com os homens, será que foi boa vontade mesmo? Para responder é só fazer um estudo prévio, o homem é uma criatura de Deus, foi criado pela Trindade, pois foi criado por uma decisão conjunta (façamos Gn 1:26), a Bíblia diz que ele foi criado pelo Pai (Gn 1:27; Is 45:12), pelo Filho (Jo 1:3; Cl 1:16) e pelo Espírito Santo (Jó 26:13; 33:4; Sl 104:30), curiosamente Deus criou o homem do pó (Gn 2:7; Jó 33:6), embora seja feito do pó da terra, Deus o criou como à Sua imagem (I Co 11:7) e semelhança (Tg 3:9), homem e mulher (Gn 1:27; 5:2). O homem é um ser moral, ou seja, é portador de intelecto, por isso, ele pode aprender, é possuidor de conhecimento (Cl 3:10), entendimento (Ef 1:18; 4:18), vontade (I Co 9:17; II Pd 1:21), afeição (I Cr 29:3; Cl 3:2), memória (Gn 41:9; I Co 15:2), consciência (Rm 2:15; I Tm 4:2), ou seja, tem a capacidade de saber o bem e o mal (Gn 3:22), por fim, vontade, o homem exerce sua vontade, em favor ou não da sua consciência. O homem vivenciou dois estados, o original, como foi criado, e o estado pós-queda.
O homem tem a natureza diferente das demais criaturas (I Co 15:39), é mais valioso (Mt 6:26; 10:31; 12:12), mais sábio (Jó 35:11), é para dominá-las (Gn 1:28; Sl 8:6-8), tanto que as nominou (Gn 2:19,20), no entanto, é comparado com: a erva do campo (Is 40:6-8; I Pd 1:24), barro nas mãos de um oleiro (Is 64:8; Jr 18:2,6), vaidade (Sl 144:3,4), sono (Sl 90:5); para demonstrar sua fraqueza, tem um breve período de vida (Jó 14:1), seus dias são comparados com uma sombra (I Cr 29:15), ignora o que vem depois dele (Ec 10:14), não pode dirigir seus passos (Pv 20:24; Jr 10:23) e andam em vã aparência (Sl 39:6), essa fraqueza, e como o homem é fraco! (Jó 4:18,19; 15:14; 22:2-5; 25:4-6; 35:2-8; 38:4,12,13; Sl 8:3,4) é para que ele dependa, em tudo, de Deus, o homem foi criado para obedecer a Deus em todas as coisas (Gn 2:16,17).
Deus mostra Seu poder, e totais condições, de ordenar ao homem, pois além de ser seu Criador, é Ele Quem o instrui (Sl 94:10), dirige os passos (Pv 5:21; 20:24), prepara o coração dele (Pv 16:1), o preserva (Jó 7:20; Sl 36:6), o provê (Sl 145:15,16), Ele também é Quem destrói a esperança (Jó 14:19), restringe a ira humana para Seu louvor (Sl 76:10), e os faz tornar em destruição (Sl 39:11); o homem respira pelo sopro de Deus (Gn 2:7; 7:22; Jó 33:4) e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido (Jó 32:8,9). Por tudo isso, o crente deve adorar a Deus, pois mesmo Deus não tendo proveito com ele (Jó 22:2; Sl 16:2), Ele misericordiosamente, derrama Seu favor sobre ele (Jó 7:17; Sl 8:4), por isso, mesmo não entendendo os desígnios de Deus, o crente deve exclamar assim: “ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Rm 11:33-36).