quinta-feira, 16 de junho de 2011

7.d. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

Então José, seu marido, ainda eles são apenas noivos, como já visto, e ele era justo, deixando claro que era um servo de Deus, que bom seria se as crentes casassem só com homens justos, servos de Deus, não passariam por diversos problemas! José tinha nas mãos dele a opção de levar Maria aos magistrados e assim fazer cumprir a lei, o que culminaria com a morte de Maria, embora fosse provável que ela não fosse executada: “disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.” (Jo 18:31), de qualquer forma, ela seria envergonhada, todos a conheceriam como adúltera, mesmo que não morta fisicamente, ela seria tratada como se morta fosse, ou seja, a morte civil. Sabedor de tudo isso “em lugar de fazer uma acusação pública de fornicação, com uma possível exigência de pena máxima, José resolveu usar as frouxas leis do divórcio e dar a Maria uma carta de divórcio particular com a acusação declarada de maneira velada. Resolveu deixá-la significa divórcio, não somente a quebra de um compromisso de casamento. Como ele devia amá-la!” (Comentário Bíblico Moody, Editora Batista Regular, Pfeiffer, Charles F.; Harrison Everett F.).
Isso que quer dizer secretamente, ele pensava em dar uma carta de divórcio a ela, para que ela pudesse se casar com quem fosse o pai do filho dela, essa era a idéia. Mas Deus interveio e mandou o anjo dar um recado a José, a primeira observação aqui, a ser feita neste verso 20 é, José era pobre, a esposa dele também, situação similar a de Maria, apesar disso o anjo começa endereçando ao filho de Davi, o trono de Israel estava vago fazia séculos, mas apesar de tudo José era da família real judáica, atualmente muitos crentes buscam riquezas até se esquecem de: “porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (I Tm 6:10), já outros passam por apertos: “como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.” (II Co 6:10), mesmo a este que passa por dificuldade, se um anjo fosse enviado a ele o chamaria de rei ou sacerdote, pois o Mestre fez dos crentes isso: “e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.” (Ap 1:6), (cf Ap 5:10).
O anjo então dá a orientação a José, com isso também fica fácil entender o motivo de Maria ter recebido a revelação previamente e José só depois, visto ter sido desnecessário, até então, ele saber de tudo isso, aqui também deixa claro que a revelação a Maria foi melhor do que a José, pois a Maria o anjo foi a ela diretamente, enquanto a José foi por sonho. Agora José não tinha mai aquele terrível dilema de ter de se separar da mulher amada, o que seria algo realmente necessário, se ela houvesse adulterado, senão ele participaria do pecado dela, Deus resolveu o dilema, agora o casal pode se unir em paz.