terça-feira, 7 de junho de 2011

6. O nascimento de João e o hino de Zacarias (Lc 1:57-80). Lc 1:57-66

E completou-se para Isabel o tempo de dar à luz, e teve um filho. E os seus vizinhos e parentes ouviram que tinha Deus usado para com ela de grande misericórdia, e alegraram-se com ela. E aconteceu que, ao oitavo dia, vieram circuncidar o menino, e lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai. E, respondendo sua mãe, disse: Não, porém será chamado João. E disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que se chame por este nome. E perguntaram por acenos ao pai como queria que lhe chamassem. E, pedindo ele uma tabuinha de escrever, escreveu, dizendo: O seu nome é João. E todos se maravilharam. E logo a boca se lhe abriu, e a língua se lhe soltou; e falava, louvando a Deus. E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as montanhas da Judéia foram divulgadas todas estas coisas. E todos os que as ouviam as conservavam em seus corações, dizendo: Quem será, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele.

Quão grande deve ter sido a festa de recepção ao filho daquele casal, amigos e parentes vieram congratular-se com eles devido à grande bênção que o Senhor havia derramado sobre aquele casal. No tempo legal, ou seja, no oitavo dia, foram nomear o menino, ao qual a mãe queria por um nome estranho aos da família, justamente essa era a idéia, João o Batista iniciava algo novo, não satisfeitos então perguntaram ao Zacarias, como a pergunta foi por acenos, então ele também estava surdo e não somente mudo, daí o pai responde a mesma coisa, o nome do menino é João. João tem um lugar de destaque nas Escrituras, depois do Sumo Senhor, ele é a pessoa, no Novo Testamento, que mais referências bíblicas tem no Velho Testamento, isso devida à grande atividade que ele exerceu, dele o Mestre disse: “em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” (Mt 11:11).
Assim que Zacarias escreveu na tábua, a língua dele se soltou, ou seja, a partir de então, ele pôde novamente falar e ouvir, ao verem isso os presentes se espantaram, pois perceberam que se tratava de algo da parte de Deus, com isso, eles temeram, é importante lembrar que a reação natural de um humano, mesmo um crente fiel e sincero é temer e tremer diante dos feitos de Deus, pois todos os homens sabem que se Deus estabelecer justiça contra qualquer um de nós, seremos imediatamente consumido, este é o motivo da oração: “SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.” (Sl 6:1), “o SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.” (Sl 38:1), o motivo é: “pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.” (Sl 103:12).Ante tais fatos, os vizinhos perguntavam a si mesmos e guardavam em seus corações que menino seria esse, o que ele faria de especial, seria ele um dos grandes profetas? Seria ele um grande sacerdote? O que seria dele, mais do que isso, o que Deus faria por intermédio daquele menino que nascia? O próprio João o Batista respondeu esta indagação: “disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” (Jo 1:23), para fazer este trabalho seria necessário a mão do Senhor sobre ele, o que se deu durante toda a vida dele.