segunda-feira, 6 de junho de 2011

5.i. Maria visita Isabel e compõe um hino de louvor (Lc 1:39-56). Lc 1:46-56

Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos. Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia; como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre. E Maria ficou com ela quase três meses, e depois voltou para sua casa.

Na terceira estrofe, que são os versos 54 e 55, é falada da fidelidade de Deus para com Israel; é importante notar como Deus Se recorda da misericórdia dEle e assim age para com os que são dEle; este cântico de Maria tem muitas semelhanças com a oração de Ana: “então orou Ana, e disse: O meu coração exulta ao SENHOR, o meu poder está exaltado no SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação. Não há santo como o SENHOR; porque não há outro fora de ti; e rocha nenhuma há como o nosso Deus. Não multipliqueis palavras de altivez, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca; porque o SENHOR é o Deus de conhecimento, e por ele são as obras pesadas na balança. O arco dos fortes foi quebrado, e os que tropeçavam foram cingidos de força. Os fartos se alugaram por pão, e cessaram os famintos; até a estéril deu à luz sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu. O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do SENHOR são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo. Os pés dos seus santos guardará, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas; porque o homem não prevalecerá pela força. Os que contendem com o SENHOR serão quebrantados, desde os céus trovejará sobre eles; o SENHOR julgará as extremidades da terra; e dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu ungido.” (I Sm 2:1-10).
Não só com a oração de Ana, o canto de Maria tem muito da Bíblia, para analisar basta uma comparação: versos 46,47 com Sl 103:1; verso 48 com I Sm 1:11; Sl 25:18; verso 49 com Sl 22:3; 71:22; 89:18; 99:3; 103:1; verso 50 com Sl 103:17; verso 51 com Sl 44:3; 98:1; Is 53:1 e com Sl 89:10; Jó 12:19; verso 52 com II Sm 22:28 e com II Sm 22:18; Jó 5:11; verso 53 com Sl 103:5; 107:9; verso 54 com Sl 98:3; 147:2, 147:19 e com Sl 25:6; 98:3; 136; verso 55 com Gn 12:2,3; 17:7; 22:15-18; Ex 2:24; II Sm 22:51; Sl 105:6-10; Mq 7:20. A lição aqui é que Maria conhecia bem as Escrituras, exemplo que todos os crentes deveriam seguir: “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mt 22:29), “examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;” (Jo 5:39) “porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” (Rm 15:4).