segunda-feira, 25 de julho de 2011

16.5. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Mt 3:1,2

E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.



A Natureza dos Cidadãos do Reino de Deus


Submissos – Lc 20:25; Lc 22:24.


É claro que o mundo preocupa-se com a sua própria satisfação (I Jo 2:16). É fato bem conhecido que a inclinação da carne é inimizade contra Deus (Rm 8:6,7). No mesmo grau de certeza, a marca que caracteriza melhor os cidadãos verdadeiros do Reino de Deus é a sua submissão ao Rei. Sem declarar verbalmente quem é seu Rei, é fato conhecido por todos pela observação a quem você sujeita-se. O apóstolo Paulo raciocina com os irmãos em Roma: “não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” (Rm 6:16). A submissão ao Rei dos reis é forte testemunho da sua cidadania no Reino de Deus como a sua submissão anterior ao “príncipe das potestades do ar” marcava sua cidadania mundana (Ef 2:2,3). Existe aquilo que pertence a César e devemos dar a ele o que a ele pertence (Lc 20:25; Rm 13:1-7). Também existe aquilo que pertence a Deus e devemos dar a Ele o que a Ele pertence (Mc 12:30, amar a Ele com todo o teu coração, tua alma, teu entendimento, e tuas forças; Ap 4:11, “glória, e honra e poder”).


Os apóstolos tinham a carne na qual habitava o pecado, como todos os integrantes do Reino de Deus hoje têm (Gl 5:17), e tal natureza sempre se evidencia pela exaltação da carne. Isso provocava contenda entre eles (Mt 20:20-28; Lc 22:24-27). A faísca desta contenda deu início quando a mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, procurou glória para seus filhos acima dos demais. A esta faísca foram adicionados os ciúmes dos outros dez. Logo o fogo ameaçava inflamar contenda tamanha que poderia consumir qualquer bom testemunho que os apóstolos teriam. Jesus usou a situação para mostrar como a submissão é a marca distintiva do Reino de Deus (Mt 20:25-28). Como sempre Ele é o melhor exemplo (v. 28).


Como é a sua reação à pregação que enfatiza seu dever a um testemunho modesto na sua vestimenta, santidade no seu linguajar, separação dos prazeres imorais da carne, investimento na obra do Senhor com as suas finanças, o seu tempo, a sua presença e as suas orações? Sentindo reprovado, procura ainda a graça de Deus para humilhar-se diante tal reprovação e aplicar essa instrução à sua vida? Ou tal pregação te irrita e sente que o pastor está mal humorado e não deve ficar invadindo o seu espaço? A sua atitude diante da instrução bíblica revela se você tem a principal marca dos cidadãos do Reino de Deus. Será que a sua submissão à verdade trará os perdidos ao conhecimento do Evangelho como a submissão de Cristo trouxe o Evangelho a nós? Por causa do propósito da salvação nos conformar à imagem de Cristo, sem dúvida nenhuma, como Cristo se deu a Si mesmo em resgate de muitos, os que estão no Seu reino devem O imitar.


Pobres em Espírito – Mt 5:3-9


Jesus afirma que o espírito do cidadão do Reino de Deus é pobre. Essa pobreza não vem da ausência de boas características pessoais, nem pela ausência de bens ou do Espírito Santo. A pobreza de espírito ao qual Jesus louva é o espírito que tem a ausência de satisfação de si mesmo. Alguns sinônimos seriam a humildade e a ausência de autoconfiança. O pobre de espírito é exemplificado pelo publicano em Lc 18:13 que diz: “o publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”


Essas duas qualidades (submissão e pobre de espírito) complementam-se. Essas duas qualidades são expressas no choro pelas falhas e pecados que reconhece em seu coração; na atitude mansa que o controla em todas as situações; no desejo ardente de crescer na graça e conhecimento do seu Senhor e Salvador Jesus Cristo; nas ações misericordiosas para com o seu próximo; pelo arrependimento contínuo e a confissão dos seus pecados a Deus. Dessa maneira se mantém um coração limpo com prontidão de perdoar tanto aos outros como pede que os outros te perdoem (Mt 5.4-9). Religião pode satisfazer o homem, mas o Reino de Deus exige do homem o que ele naturalmente não deseja, ou seja, a morte de si mesmo. Se você não passou por tal morte, é difícil de afirmar que você tem uma vida que sobreviveria muito tempo no Reino de Deus na sua forma celestial. Submete-se já à Verdade! Arrependa-se já dos seus pecados! Creia já pela fé em Cristo Jesus o Salvador Único!


Fonte http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/escatologia/cap08.html


, estudo escrito pelo pastor Calvin Gardner, correções gramaticais: Edson Basilio 11/2008 e 05/2009).