sábado, 16 de julho de 2011

12. Fuga para o Egito (Mt 2:13-15) Mt 2:13-15

E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José num sonho, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito. E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.


Esta pequena passagem chama a atenção ao controle de Deus sobre o mundo, isso fica claro no envio de um anjo que deu a ordem a José para fugir para o Egito, já sabemos que José é um servo obediente, a ordem foi simples e clara, para fugir para o Egito, e lá ficassem até a morte de Herodes, o motivo pelo qual eles fugiram para o Egito, está na própria profecia, em outras palavras, para que se cumprisse a profecia: "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho." (Os 11:1), Deus preparou o Egito para receber o Seu Filho: “nessa ordem de levantar-se apressadamente e fugir para o Egito revela-se o cuidado protetor de Deus, a crueldade de Herodes e outra etapa na humilhação do menino — para as etapas anteriores, ver Jo 1:14; II Co 8:9; Lc 2:7,24. Por que a fuga tinha de ser para o Egito? Resposta: a. o Egito não era tão longe, isto é, não tão longe como Babilônia ou Pérsia; b. muitos judeus viviam lá (Jr 43:7; 44:1; At 2:10), de modo que não se deve ignorar a possibilidade de que a sagrada família pudesse viver por algum tempo entre conhecidos; c. o Egito ficava fora da jurisdição de Herodes...” (Comentário do Novo Testamento, William Hendriksen, Editora Cultura Cristã, pg. 251). Esta passagem demonstra também como o Filho é Homem de dores, desde criança Ele é perseguido: "era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum." (Is 53:3).


O controle de Deus é mostrado em Sua presciência, essas profecias são típicas, mas não é só isso, exemplificando, eles perseguiam e, por fim, mataram a Cristo: "a qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;" (At 7:52), só que toda a perseguição e até mesmo a morte dEle só foi possível porque Deus assim o quis, é fato que os judeus O mataram por vontade própria, pois como visto, se fosse possível o homem logo mataria a Deus: "e matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas." (At 3:15), "o Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro." (At 5:30), isso foi feito pela presciência de Deus: "A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;" (At 2:23).


Relembrando, Deus estava e sempre esteve e sempre estará no controle, mesmo que nós não entendamos a direção que Ele dá, o controle pertence só a Ele, quanto à morte do Mestre, basta ler: "assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas." (Jo 10:15), “por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." (Jo 10:17,18), de modo que era essencial a morte vicária dEle no lugar do crente, assim profetizaram os profetas: "mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado; que o Cristo havia de padecer." (At 3:18), "e começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria." (Mc 8:31), "porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras." (Lc 24:26,27), "e disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos," (Lc 24:46), "expondo e demonstrando que convinha que Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo." (At 17:3), "da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir." (I Pd 1:10,11).