quinta-feira, 13 de outubro de 2011

17.4. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.



Sendo o batismo apenas um quadro do evangelho, não tem problema que ele seja por aspersão ou derramamento.



Praticar formas de batismo impróprias usando esta desculpa é uma desconsideração para com a Bíblia, e por isso, uma desconsideração para com os mandamentos de Deus. Devemos lembrar que o batismo de João era só um quadro representativo também. Nem por isso deixou de ser realizado da forma certa. O batismo de Jesus também era um símbolo, mas nosso Salvador fez questão de ser mergulhado por João. O batismo da igreja primitiva era uma ordenação simbólica de Jesus aos seus discípulos, entretanto, não temos um único relato de que alguém tenha efetuado uma mudança em sua forma original, ou seja, mergulhar o candidato na água.



Na verdade, essa desculpa de que "não tem problema", é uma desculpa original dos que preferem sua própria versão à versão de Deus. Foi pensando assim que Eva comeu da árvore proibida. Seu filho Caim achava que o jeito certo de se fazer sacrifício não era dos mais limpos. Resolveu mudar. Trouxe a Deus uma oferta sem sangue, e por isso foi rejeitado pelo Senhor. O mesmo pensamento irresponsável levou o rei Saul a fazer um sacrifício que não lhe era permitido, e naquele dia ele perdeu seu reino e o apoio de quem tanto o ajudara.



Não podemos nos esquecer da admoestação que Moisés recebeu do Senhor antes de fazer o Tabernáculo: "Faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou". (Hebreus 8,5;). O que Moisés iria construir era apenas objetos e coisas materiais. Coisas que para muitos não tinha o menor valor ou importância. Mas para Deus tinha muita importância. Era tão grande o valor de se fazer o jeito certo que ele deteve Moisés quarenta dias e quarenta noites explicando detalhadamente como ele queria. Certamente Moisés não teve por coisa pouca essa orientação de Deus. Por isso lemos nas escrituras: "Assim se acabou a obra do Tabernáculo... e os filhos de Israel fizeram conforme com tudo que o Senhor ordenara a Moisés".



Essas objeções são levantadas por igrejas ou indivíduos a elas ligados que praticam um modo incorreto de se batizar. Geralmente batizam por aspersão ou por derramamento. Lendo um Manual de Estudos Dominicais da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, chamado de "A Semente", II. Semestre de 1984, encontrei a seguinte citação a respeito do pensamento deles sobre o Modo de Batizar:



"Há muitas pessoas que fazem enormes discussões sobre a forma de se batizar, se por aspersão ou imersão. A Bíblia simplesmente omite esta preocupação..." pg. 20



Pelo que já estudamos no capitulo anterior a Bíblia não omite a forma pelo qual o candidato deve ser batizado. A própria palavra baptizo já quer dizer "mergulhado ou imergido". No mesmo manual e na mesma página ele discute o assunto dizendo:



"Documentos antigos do primeiro e segundo século da Igreja apresentam as duas formas como corretas, parecendo terem optado definitivamente pelo batismo por aspersão por considerarem-no, quem sabe uma cerimonia mais simples".



Aqui há dois erros. O primeiro de não citar as fontes pela qual ele defende a sua tese. Segundo pelas inverdades relatadas, pois, o batismo por aspersão foi conhecido pela primeira vez no século terceiro, por um homem chamado Novaciano*, o qual, depois de conscientizar de seu erro, batizou-se por imersão negando sua prática anterior. O batismo por aspersão só apareceu como regra definitiva nas igrejas no século treze**, e não nas igrejas verdadeiras, e sim, na Igreja Católica Romana, que é uma igreja excluída e considerada pagã desde 225 pelos crentes fiéis.



* Manual das Igrejas Batistas pg. 98, por T. Hiscox



** Manual das Igrejas Batistas pg. 99, por T. Hiscox



Por que muitas igrejas batizam por aspersão e não por imersão?



Essa é uma pergunta que os próprios batizadores da forma incorreta deviam responder, mais não o fazem com clareza e sinceridade. As desculpas mais conhecidas são:



1. "É mais prático fazer assim, pois a imersão dificulta o ato".



Que é mais prático não há dúvida. Ser prático não quer dizer ser bíblico. Temos o exemplo da adoração (veneração) de santos e imagens pelos católicos hoje. Quando essa prática entrou nas igrejas católicas, era mais prático para ganhar os bárbaros. (O Cristianismo Através dos Séculos pg. 129) Antes de uma igreja ser prática ela precisa ser bíblica. O batismo por aspersão é um ato antibíblico e não autorizado pelas escrituras.



2. "Não tem problema, pois, o batismo não salva mesmo".



Primeiro: Não é a forma bíblica, portanto é errada. Jesus não foi batizado por aspersão. A igreja Primitiva não batizou por aspersão, e mesmo a igreja Católica, por 1200 anos continuou a batizar por imersão até mudá-la em definitivo no século treze para aspersão.



Segundo: Batismo por aspersão foi idealizado numa idéia errada; As igrejas que o praticam pensam que o batismo tem uma ação salvadora, tendo poder de purificar e santificar a alma, tornando a salvação mais segura. Colocam o batismo à frente do sangue. Por isso começaram a batizar crianças recém-nascidas, alegando que elas são pagãs até realizaram esse ato.



Terceiro: Foi a Igreja Católica que inventou. Seu invento errado foi herdado pelas igrejas (filhas) saídas dela, ou seja, Anglicana, Presbiteriana, Luterana, Congregacional, e até pela filha de suas filhas (neta) Metodista.



Batizar alguém por aspersão seria o mesmo que mergulhar uma pessoa com meia dúzia de gotas de água. O resultado é o mesmo: Não dá.



Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html