sábado, 29 de outubro de 2011

17.20. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 2 – O MODELO DO BATISMO
Como houve um modelo divino para o tabernáculo, assim há um modelo na Bíblia para o batismo. Neste modelo há quatro elementos:
Um Sujeito Apropriado.
Um Modo Apropriado.
Um Desígnio Apropriado.
Um Administrante Apropriado.
Melhor fora apresentado:
Um Sujeito Escriturístico.
Um Modo Escriturístico.
Um Desígnio Escriturístico.
Um Administrante Escriturístico.
Como exemplo de um batismo em que achamos estes quatro elementos, vejamos o batismo de Jesus. É um dos belíssimos incidentes em toda a Bíblia: “Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: “Eu careço de ser batizado por ti e vens Tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o deixou. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele; e eis que uma vóz do céu, dizia: Este é o meu Filho amado em quem me comprazo”.
De Nazaré ao Jordão, onde João estava batizando, vão umas sessenta milhas (100 quilômetros). Nazaré fica nas fraldas das montanhas. Há muitos belos regatos e poços cristalinos por Nazaré onde alguém podia ser batizado, mas, quando Jesus no devido tempo veio para ser batizado, virou-se desses belos riachos e poços, andou 100 quilômetros para que o Seu batismo cumprisse toda a justiça.
O Jordão não é tão belo como alguns rios: é rápido, muitas vezes turvo e nalguns pontos fundo e traidor. Queixou-se Naamã de se mergulhar nele sete vezes por ordem do profeta Eliseu. Todavia, nas margens deste velho rio teve lugar uma cena igual à qual outra não houvera antes nem jamais haverá outra vez em todo o mundo. Aqui, nas águas até a cintura, esteve O Batista no seu manto de pelo de camelo; ao seu lado o Filho de Deus; pela margem a multidão que acudira para ouvir João pregar. No alto, nos céus, olhando para baixo, Deus o Pai, falando numa voz audível a todos e, descendo do céu, o Espírito de Deus, qual pomba, pousando sobre o Filho, há pouco batizado no rio. É derramado sobre todos, um azul, azul espaço de nuvens brandas e alvas flutuando, um sol brilhante difundindo sua glória sobre o rio, as montanhas distantes de Moabe, a vetusta cidade de Jericó pelas planícies, o Mar Morto, onde o rio irrequieto tombou por fim para descansar de suas furiosas quedas desde as Montanhas de Líbano.
Foi no calor da tarde, após um mergulho no Mar Morto, que uma comitiva se deteve neste famoso sítio, faz anos, e sonhou essa hora quando o Filho de Deus, o Pai e o Espírito Santo, todos por sua presença testificaram à importância deste ato transcendente, ordenado por Deus, obedecido pelo Filho, aprovado pelo Espírito Santo e mandado por nosso Senhor na grande comissão que fosse obedecido até ao fim do século.
À luz de tudo isto, quem jamais dirá. que o batismo não é importante, que pode ser observado, ou mudado, ou omitido ao talante do indivíduo, ou pela autoridade de um corpo que a si mesmo se chama igreja de Cristo? É de tremenda importância e devemos sempre ter em mente que, se qualquer um dos seus quatro elementos faltar, teremos batismo defectivo e não batismo escriturístico, tal como Deus disse a Moisés a respeito do tabernáculo: “Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”, assim ele nos diz: “retendes os preceitos como vo-los entreguei”, 1 Coríntios 11:2. Se as alterardes, desobedecereis a Deus, destruireis a verdade e trareis confusão e dissídio ao mundo cristão, onde devera haver união e paz.
Tem sido sempre o grito dos que desertaram a verdade que os que por ela se batem são culpados de causar divisão. Quem, pensais vós, são culpados, aqueles que batalham pela Fé uma vez por todas entregue aos santos, ou aqueles que desertaram a fé? Jamais teremos união pelo compromisso com os desertores; tê-la-emos somente quando os que desertaram voltarem à obediência em conformidade com o modelo que nos foi dado no batismo de Jesus. Vejamos quão claramente esses quatro elementos fundamentais do batismo se acham no de Jesus.