quinta-feira, 27 de outubro de 2011

17.18. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

INTRODUÇÃO
Eis aqui um livro de real mérito, escrito pelo Pastor W. M. Nevins, o qual não precisa de apresentação ao povo batista, tendo sido ele pastor de importantes igrejas em Louisville, Kentucky, Texas, e Washington D. C. É um ministro batista bem conhecido.
Dá-me genuíno prazer escrever a “Introdução” deste muito oportuno volume. Primeiro por que é necessário. É um livro muitíssimo precisado no tempo atual, pois muitos de nosso povo não estão familiarizados com a luta, o sofrimento e as privações de nossos pais em nos dar a herança da liberdade de consciência que desfrutamos hoje.
Dá-me prazer, em segundo lugar, por causa do tratamento inteiriço e completo do assunto pelo autor. Este é o único livro sobre o assunto de “Imersão Estranho” vindo à minha observação e tenho diversos que tocam o assunto inteiramente, dando sua “Origem”, sua “História” e seus “Frutos”; mas, neste livro, estes estão todos bem desnvolvidos e perfeitamente estabelecidos por indiscutível evidência histórica.
Dr. Nevins, o autor fez uma peça mestra de trabalho ao produzir este volume. Ele pesquizou a história da igreja até ao princípio do cristianismo e o estabelecimento da igreja do Novo Testamento; seguindo então o assunto em ordem cronológica através de muitis séculos, em muitos países, até hoje, mostrando que muitas centenas de milhares de santos fiéis, dos quais o mundo não era digno, foram postos à morte por nenhum outro crime que suas convicções da verdade e sua lealdade a Cristo e à Sua Palavra, as quais lhes foram mais caras do que a vida e mais fortes do que o temor da morte. “O Rasto de Sangue” por toda a história cristã é verdadeiramente deprimente e o número de que perderam sua vidas pela “Fé uma vez por todas entregue aos santos” está positivamente chocante. Este rasto de Sangue e o seu consequente sofrimento do trato atrocíssimo, cruel e desumano jamais perpetrado numa gente inocente e temente a Deus foi o resultado de um simples desvio dos ensinos claros da Palavra de Deus e determinação daqueles que se lançaram a esmagar “A Verdade” por destruírem os que a professaram e praticaram, porque sua fé e prática censuraram suas próprias vidas pecaminosas e ensinos heréticos.
Qualquer deserção dos ensinos claros da Palavra de Deus está pesada de perigos, destruição e morte. Sempre que nos afastamos das antigas lindes dos pais, estamos indo à matroca para mares turbulenets e sem carta náutica. A especificação de uma qualquer coisa numa lei, ordem ou contrato é, virtualmente, a proibição de toda outra coisa. Se isto não fosse verdade, não haveria exatidão nas leis, ordens ou contratos. Quando Deus mandou Noé construir a arca de madeira de gofer, a especificação de madeira de gofer foi a proibição de toda outra madeira. Não foi necessário a Deus proibir o que Ele não quis, porque a especificação do que Ele quis foi por si mesma a proibição do que Ele não quis. Isto é sempre verdade ou então não há exatidão na linguagem.
Quando o Senhor deu a comissão para fazer discípulos e batizá-los, Ele os especificou os que devem ser batizados e também os que devem administrar a ordenança. O único lugar na Palavra de Deus em somos autorizados a batizar é nesta comissão e ela autoriza o batismo de discípulos somente. A especificação de “os” em “batizando-os”, os discípulos, é a proibição de todos os outros não discípulos. Contudo, não só se especificam os sujeitos do batismo senão também o administrador. Ele disse: “Portanto ide, fazei discípulos, e batizando-os”. Então disse: “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. Jesus estava aqui autorizando alguém ou alguma coisa a administrar a ordenança do batismo e prometeu estar com este administrador até ao fim do mundo. Jesus estava aqui, evidentemente, dando sua comissão aos seus discípulos na capacidade orgânica, como uma eclesia, ou assembleia e não como indivíduos. Se a comissão tivesse sido dada aos discípulos presentes como indivíduos, quando o último deles presente morresse, morta teria estado a comissão; mas, para mostrar que ele não lhes estava falando como indivíduos, disse: “Eis que estou convosco até a consumação dos séculos”. Aqueles discípulos individuais presentes não viveram até ao fim do mundo e portanto Jesus não podia estar com eles até ao fim do mundo no seu ensino e batismo. A promessa de Jesus, então, era algo que deve perpetuar-se até ao fim do mundo, a saber, sua assembléia, sua igreja. Esta promessa ele tem cumprido que Jesus entregou a ordenança do batismo a uma corporação específica, sua igreja, para ser administrada a uma classe específica, discípulos, num ato específico, imersão, para simbolizar verdades do Evangelho específicas, um sepultamento e imersão.
Se para constituir um batismo escriturístico, tomam-se quatro coisas, autoridade escriturística, sujeito escriturístico, ato escriturístico e um batismo escriturístico, podia eliminar uma delas e ainda ter um batismo escriturístico? Se pudesseis eliminar um desses elementos e ainda terdes um batismo escriturístico, por que não eliminar dois, três e ainda ter um batismo escriturístico? Ou, digamos, todos os quatro? E isto é justamente o que tal desgaste da autoridade divina traz. Quando alguém decide que pode eliminar este elemento, ou aquele elemento do batismo e ainda ter tudo que é necessário ao batismo, logo decide que nada dele é necessário. E isto é a consequência lógica de sua premissa. E só esta coisa está acontecendo a muitas igrejas hoje. Algumas já deram de mão ao batismo inteiramente como um pré-requisito à qualidade de membro. Claro, se não faz diferença sobre a autoridade, não faz diferença sobre o sujeito; se não faz diferença sobre o sujeito, não faz diferença sobre o ato; se não faz diferença sobre o ato, não faz diferença sobre o desígnio. Isto leva a velha afirmação: “Uma igreja é só tão boa como outra, um batismo é só tão bom como outro, uma doutrina é só tão boa como outra”. Logo, o erro é só tão bom como a verdade. Meus irmãos, em o nome de nosso Senhor e em o nome da religião, há qualquer coisa deixada que importa? Se há, que é? Seria bom parar e dar balanço, ver o que restou que valha a pena pugnar por ela.
O autor mostra claramente neste livro que o ponto em foco entre os anabatistas e os católicos romanos não foi o ATO de batismo, mas a autoridade; porque o anabatismo florescia enquanto Roma ainda estava praticando só imersão como batismo, sim, muito antes de Roma inventar a aspersão ou o derramamento como batismo as perseguições aos anabatistas rugiam. O ponto nevrálgico dos anabatistas era que Roma era uma igreja apóstata e portanto, sem autoridade para administrar o batismo escriturístico. Á mente deste escritor, a premissa deles era sã e lógica sua conclusão. “Somente uma igreja escriturística pode administrar o batismo escriturístico” é uma doutrina batista secularmente honrada.
A circulação ampla e a leitura cuidadosa deste livro, em oração, fortificarão a fibra moral e doutrinária do nosso povo batista. Far-lhe-ão verificar apenas a nossa liberdade religiosa, de consciência e de alma, a herança gloriosa que gozamos hoje, custou aos nossos pais em sangue e sofrimento inaudito, mas cujas consciências foram livres e cujas almas foram impolutas.
Este livro deve estar na biblioteca de todo pregador batista na terra. Deveria estar na biblioteca de toda Escola Dominical, ensinado em toda escola de treino para nossa juventude. Eles apreciarão nossas doutrinas mais quando aprenderem quanto custou a nossos pais mantê-las.
Esteja sobre este volume e sobre o autor a aprovação de nosso Senhor, nosso irmão que tão fielmente, conscienciosa e laboriosamente preparou o material para este livro.
Este é o septuagésimo-quarto aniversário do meu nascimento.
10 de março de 1938.
Vosso fraternalíssimamente.
William D. Nowlin Plant City, Florida, EUA