domingo, 30 de outubro de 2011

17.21. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

1. UM CANDIDATO APROPRIADO.
Jesus foi um candidato apropriado. Sem pecado, não precisou, portanto, de arrepender-se. ele teve fé absoluta no Pai e no plano de redenção do mundo. Ele teve fé absoluta em si mesmo. João podia tergiversar (Ω o tradutor protesta solenemente contra esta idéia) e do fundo de sua prisão sombria mandar um recado a Jesus, perguntando: “És Tu o que havia de vir, ou esperamos outro?” Mateus 11:2-3. Mas jamais uma nuvem de dúvida escureceu a mente de Jesus. “Eu sou o pão da vida. Eu sou a água da vida. E se alguém tem sede, venha a mim e beba. Mas aquele que beber da àgua que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salta para a vida eterna. Eu sou a porta: se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará e sairá e achará pastagens. Dou-lhes vida eterna, e nunca hão de perecer, e nem ninguém as arrebatará da minha mão. Então disse-lhe: embainha a tua espada; ou pensas tu que não poderia orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?” João 7:37. 4:14. 10:9. Mateus 26:52-53. E assim podíamos continuar, tomar todas as palavras de Jesus, vê-Lo nas horas mais escuras de Sua vida, quando todos O desampararam, todas as mentes perto dele nubladas de dúvida e desespero, contudo Sua Fé no Pai e no divino empreendimento nunca se toldou da mais simples dúvida ou manchou por um só temor. E assim veio ele a João de acordo com o divino propósito de Deus através dos séculos para “cumprir toda a justiça”, e para firmar um exemplo para todos que se tornassem Seus discípulos. É isto um caso de batismo de crente. Não há aqui conforto para os que perpetram o batismo infantil. Trinta anos ou quase trinta de idade quando se batizou. Não há conforto para os que pugnam pela salvação batismal, dizendo que vimos ao batismo um pecador perdido e no batismo nossos pecados são tirados.
Em Christian Baptism (Batismo Cristão), por Alexander Campbell, página 521, lemos: “A remissão dos pecados não pode ser gozada por pessoa alguma antes da imersão. A crença deste testemunho é o que nos impele à água, sabendo que a eficâcia do Seu sangue é para ser comunicada a nossa consciência da maneira que Deus Se agradou indicar: não vacilamos ante a promessa, mas fugimos para a sagrada ordenança que trouxe o sangue de Jesus em contato com as nossas consciências. Sem saber isto e crer nisto, a imersão é uma noz vazia: a casca está lá, mas o miolo está faltando”.
No Concílio de Trento a Igreja Católica Romana fez este articulado: “O batismo é um sacramento instituído por Cristo para lavar o pecado original e todos os que tenhamos cometido; para comunicar a humanidade a regeneração espiritual e a graça de Jesus Cristo e para uni-lo a cabeça viva. Se alguém disser que o batismo não é essencial a salvação, seja amaldiçoado. Os nossos pecados não são redimidos no batismo senão também toda a punição de pecado e impiedade.
John Wesley nas suas obras, volume 6, seção 4, fala pelos metodistas: “É certo que a nossa igreja supõe que todos quantos são batizados na sua infância são ao mesmo tempo nascidos outra vez. Se as crianças são culpadas de pecado original, não podem ser salvas na maneira comum a menos que se lavem pelo batismo”.
O Dr. J. R., Graves, comentando a posição de outras corporações cristãs, diz: “Esta é a doutrina que nos distingue a nós batistas de outras denominações: pomos o sangue antes da água em qualquer caso; não ensinamos que o batismo é essencial à salvação”.
Todos os outros ensinam através da água ao sangue. Os batistas ensinam através do sangue à água. Quem, pensais vós, está mais perto da posição escriturística como esboçada aqui no batismo de Jesus?
Consideremos agora o segundo elemento fundamental do batismo.