quarta-feira, 19 de outubro de 2011

17.10. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.



TODOS OS BATISMOS DO NOVO TESTAMENTo TINHAM ADMINISTRANTES APROPRIADOS E DEVIDAMENTE AUTORIZADOS POR UMA IGREJA CORRETA E ORIGINAL


Em todos os batismos realizados no Novo Testamento podemos ver que o administrante era uma pessoa autorizada para o ato, e que esta mesma pessoa estava em plena comunhão com uma igreja verdadeira.


No batismo do dia de pentecostes temos uma multidão de três mil almas sendo batizadas. Os administrantes destes batismos eram homens autorizados? Vejamos. Na possibilidade de somente os doze realizarem os batismos fica inquestionável que os administrantes eram autorizados. Mas, e se outros membros da igreja primitiva também batizaram (desde que havia quase cento e vinte membros na ocasião - vide Atos 1,39), eram eles autorizados? Sim, pois, se fosse em comum acordo entre os irmãos que os apóstolos poderiam ser ajudados a realizar os batismos, os membros eleitos para esse fim estariam também autorizados. Nunca devemos esquecer que a autoridade do batismo não está em quem administra, mas na igreja que ordenou o administrante.


Também verificamos essa autoridade da igreja na ocasião do evangelho pregado aos samaritanos por Filipe. Filipe era um membro em plena comunhão com a igreja de Jerusalém. Foi eleito diácono numa igreja que já possuía mais de cinco mil membros. Assim como Estevão tornou-se um grande pregador. Devido a perseguição contra a igreja após a morte de Estevão precisou sair de Jerusalém. Disperso acabou por descer a Samaria. Lá abriu um trabalho missionário. Atos 8,12; nos informa que muitos foram por ele batizados. Formou-se então uma grande igreja nessa cidade. Era Filipe um administrante autorizado? Sim. Ele não saiu de sua igreja por disciplina. Saiu por necessidade. Ao abrir um trabalho missionário abriu-o não às escondidas ou por meio de divisões. Fê-lo pelo Espirito Santo. Na primeira oportunidade que a Igreja de Jerusalém teve, enviaram para lá os apóstolos Pedro e João os quais testificaram que o seu trabalho era verdadeiro. A igreja autorizada de Jerusalém, através de seus enviados especiais, concordou com esse trabalho maravilhoso de Filipe (Atos 8,14 e 25). A Igreja de Samaria foi uma verdadeira filha da Igreja de Jerusalém.


Pedro, uma das colunas da Igreja, não ousou batizar os gentios de Cesaréia sem antes participar o fato aos irmãos de sua igreja. E porque não os batizou sem consultá-los já que era um apóstolo? Porque não estava nele a autoridade e sim na igreja de Jesus Cristo (Atos 10,47;).


Quando foi formada a igreja de Antioquia aconteceu a mesma coisa. Poderia ter sido ela uma igreja independente e sem nenhuma ligação com alguma igreja já autorizada. Mas não! Logo após a abertura do trabalho a igreja de Jerusalém enviou para lá o irmão Barnabé, que assim como Estevão e Filipe, tornou-se um grande pregador da Palavra. (Atos 11,22;). Barnabé foi o aval de aprovação ao trabalho evangelístico que estava sendo feito em Antioquia. Assim, tornou-se esse trabalho um campo missionário apto para pregar, batizar e ensinar o Evangelho.


Paulo e Barnabé, antes de saírem para o campo missionário, foram devidamente ordenados pela igreja de Antioquia (Atos 13,3;). Todas as igrejas formadas por eles estavam recebendo uma autorização correta do batismo, autorização esta que tinha uma linhagem que vinha da Igreja de Jerusalém - Jesus - o Pai.


Paulo, ao escolher Silas, seu novo companheiro, iniciou suas novas viagens missionárias. Novamente vemos os irmãos autorizando e abençoando essas jornadas (Atos 15,40;). Nada foi feito às escuras ou sem a autorização de uma igreja escriturística. Mesmo a escolha de Timóteo para ser um novo ajudante (Atos 16,2;) precisou do aval dos irmãos da igreja o qual ele pertencia. Assim, Timóteo também foi um homem autorizado a pregar, a batizar e a ensinar junto com os outros apóstolos.


Não vemos em todo o Novo Testamento um só exemplo de que algum pastor excluído, ou mesmo independente das igrejas já autorizadas, que tenha tido autoridade bíblica para batizar e recebido o consentimento de Deus para o ato. Nenhuma igreja foi aberta sem o conhecimento e consentimento de outra que já estivesse em plena comunhão com as igrejas de Cristo.


Prova irrefutável é a de Paulo ao chegar em Éfeso. Muito surpreso ficou quando ao chegar ali ter encontrado uma igreja com no mínimo doze discípulos. Por ali passaram pessoas importantes como Áquila e Priscila. Também por essa pequena igreja tinha passado um grande pregador, Apolo. Mas isso não implicou que a Igreja por eles formada fosse uma igreja verdadeira. Ao contrário, Paulo recusou o batismo deles. Apesar do administrante ser apropriado; apesar do modo ter sido apropriado; apesar dos candidatos terem sido apropriados; Porém, o desígnio não era apropriado. Paulo não teve dúvidas e batizou-os outra vez. Caso não o fizesse teríamos uma igreja totalmente independente daquela fundada por Jesus. Feito isso ela passou a ser um verdadeiro Corpo, cuja cabeça é Jesus, e não João Batista.


Vemos nesse caso de Éfeso que devido a uma só quebra dos quatro elementos para o batismo (que são: candidato, modo, desígnio e administrante apropriados), era motivo para exercer-se o rebitamos sobre qualquer que fosse a pessoa.


Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html