quarta-feira, 10 de agosto de 2011

16.21. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Mt 3:1,2

E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.



O REINO DE DEUS NO FUTURO - I O ARREBATAMENTO – PRIMEIRA PARTE


Leitura: I Ts 4:13-18


Versículo para Memorizar: I Ts 4:16: “porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”


Introdução – Por entrarmos nas fases da segunda vinda de Jesus Cristo, uma área que parece ser preferida entre diversos grupos de religiosos e, portanto com várias explicações, a sabedoria pede que lembremos que Deus é o Autor da Bíblia e o espírito da profecia contida nela é o Seu Filho (Ap 19:10). Não é propício buscar entendimento além daquele que engrandece Cristo nem deleitar naquilo que não promove a submissão dos Seus súditos a Ele. Infelizmente muitos estão zelosamente interessados nos eventos e detalhes do futuro Reino de Deus, mas, estão sem nenhum desejo de submeter-se ao Rei deste Reino no presente tempo. Como sempre, Deus deseja a submissão interna mais do que as aparências exteriores (I Sm 16:7: “porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.”). Não seja levado pelo embalo de sensacionalismo escatológico. Procure o entendimento que leva a maior submissão a Cristo e melhor obediência à Palavra de Deus.


O Literalismo e A Espiritualização


A maneira da sua interpretação da profecia determina a sua preparação para os eventos dela. Se a profecia é espiritualizada, a responsabilidade prática será minimizada. Porém, se a profecia for interpretada literalmente, a obediência ativa é estimulada. Somos literalistas, ou textualistas, por que cremos que quando Deus deu a revelação, Ele a deu para ser observada. O Pastor Huckabee salientou na primeira lição “cremos que a obscuridade deliberada é impensável numa revelação”. Se para Deus pertencem as coisas encobertas e se as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre (Dt 29:29) devemos procurar o entendimento que Ele deixou para nós, ou seja, aquilo que é claramente revelado. O oposto da interpretação literal é a espiritualização. Essa não sempre faz jus ao intento do Autor, pois envolve interpretação particular. Mas, sabemos que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (II Pd 1:20). É observado que a prática de preferir a espiritualização das passagens bíblicas tende a encher o ego do pregador e muitas vezes é a causa da sua popularidade. O pregador que faz a espiritualização do seu método preferível de interpretar as Escrituras incentiva a sua própria popularidade. Logo ele é conhecido como alguém que percebe o conhecimento que não foi descoberto por todos os eruditos na antiguidade. A popularidade de um pregador não é uma base adequada para incentivar qualquer estilo de estudo bíblico (I Co 2:1-5; Gl 1:10: “porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”). Uma base melhor é a fidelidade Àquele que deu a Palavra. Portanto, busque a Jesus Cristo na profecia e procure conformar-se à Sua imagem, pronto para obedecer-lhe e incentivar os outros a obedecer também.


Mesmo entendendo que Deus nos revelou a Si mesmo e a Sua vontade ao homem usando termos que o homem pode entender, não descartamos a verdade que a interpretação dessa clara revelação de Deus não é sempre imediata. É necessário olhar o contexto, as situações culturais e históricas do instrumento humano bem como fazer investigações gramaticais do texto. Sensitividade às regras e aos princípios de interpretação que levam à consideração da totalidade das Escrituras não deve ser inimiga de literalismo. Como fomos relembrados antes “se o sentido comum de uma palavra faz sentido, então não busque outro sentido” queremos entender que pode ter aplicações individuais em textos literais que são edificantes, mas “o senso divino prevalece primeiro e a nossa aplicação deve ser respeitada somente se estiver em harmonia com outras porções das Escrituras Sagradas” (C. H. Spurgeon, tradução livre).


Existem fases, ou estágios na segunda vinda de Cristo. A ordem correta destes estágios não sempre é aceitável entre os irmãos. As convicções fortes não devem ofuscar, ou eliminar o amor cristão para com os que não concordam conosco. Se o testemunho de Jesus é o espírito da profecia (Ap 19:10), devemos procurar-lO em tudo e não a concordância de outros à nossa interpretação.




Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/escatologia/cap22.html , estudo escrito por Calvin Gardner, edição gramatical Edson Basílio 1/2009 e 05/2009.