domingo, 7 de agosto de 2011

16.18. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Mt 3:1,2

E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.



Por Que Jesus Usava Parábolas?


Jesus usava parábolas porque alguns dos Seus ouvintes eram contra a verdade – Mt 13:10-13: “e, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundáncia; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem”. Pode ser que Jesus usasse as parábolas para fazer-nos mais estudiosos. O capítulo dois de Provérbios nos ensina a “clamar” por conhecimento, “buscar” a sabedoria como a tesouros escondidos e assim acharemos o temor do Senhor (Pv 2:1-6). Por causa de ensinos espirituais estarem escondidos nas parábolas, somos forçados a estarmos muito atentos à sabedoria.


Creio que Jesus usava as parábolas para conscientizar-nos da nossa necessidade do Espírito Santo para entendermos a Palavra de Deus. Hebreus 5:14 nos ensina que o mantimento sólido é para os experimentados, os que têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal. Quando encontramos uma parábola, convém que oremos buscando o auxilio do Senhor, e devemos meditar mais tempo no contexto em que se encontra a parábola. Aplicando à passagem que contém a parábola às seguintes perguntas, podemos conhecer a verdade escondida nela: a quem foi dada a lição; quando foi proferida; onde foi instruída, e por qual razão foi dita. Jesus usava as parábolas para cumprir a profecia – Mt 13:34,35: “tudo isto disse Jesus, por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas; Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a minha boca; Publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo” (Sl 78:2).


Pode ser que Jesus usava parábolas para acostumar-nos a ver lições espirituais nas coisas naturais do nosso dia a dia. Quando usamos uma vela e a colocamos no velador podemos ser lembrados que devemos ser iluminados por Deus, a Sua Palavra, Seu Espírito e como o cristão é uma luz útil para o mundo conhecer a verdade. Também quando na vida cotidiana o nosso alimento falta sal, ou quando vemos alguém firmando um alicerce sobre a rocha ou quando observamos a terra naturalmente produzindo as ervas daninhas, somos relembrados das lições espirituais das parábolas para nosso melhor crescimento.


Cuidados Que Devemos Ter Com As Parábolas


Quando tratamos as parábolas devemos considerar o seu alvo principal que o autor avisa. Não busque nada além deste alvo para entender a desejada verdade. O próprio alvo da parábola é geralmente determinado na própria passagem, ou antes, ou depois. Na interpretação da parábola não podemos tomar liberdades além do alvo principal, mas na aplicação dela podemos usar maior liberdade. Considere a história e cultura do povo mencionado. Conhecendo as verdades das plantas, do clima, e dos costumes do país em qual a parábola é dada ajuda muito. Quanto maior conhecimento do povo a quem é dada a parábola, tanto maior entendimento aproveitaremos. Nem cada pessoa, ação, ou coisa mencionada na parábola deve representar uma verdade. Por exemplo, a vassoura usada para varrer o chão para achar a moeda perdida (Lc 15:8-10) não deve esconder uma grande verdade espiritual para nós. Tenha cuidado para não desenvolver algo além do proposto. As interpretações das parábolas não devem ferir nenhuma doutrina. Nunca permita que o ensino da parábola seja contrario à fé. Portanto, peça a orientação do Espírito Santo no seu estudo bíblico. Tenha cuidado de não espiritualizar o literal ou o histórico, ou aquilo que é claramente proposto como verdade. Seja estudioso. Busque o entendimento da Escritura alegórica pelas parábolas.



Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/escatologia/cap14.html , estudo escrito por Calvin Gardner, edição gramatical Edson Basílio 1/2009 e 05/2009.