terça-feira, 9 de agosto de 2011

16.20. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Mt 3:1,2

E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.



A Aplicação Dupla das Parábolas


Já estudamos que o Reino de Deus e a Igreja de Deus não são iguais. Têm similaridades entre eles, mas similaridades não fazem com que duas coisas sejam a mesma. Se alguém crê que a nação de Israel foi substituída pela Igreja no Novo Testamento será necessário que esta pessoa também aplique as parábolas do Reino de Deus sempre à Igreja. Se alguém mantém a posição de que a Igreja e o Reino são iguais seria indubitavelmente necessário que este também aplicasse as parábolas do Reino de Deus à Igreja. Todavia, a nação de Israel no Velho Testamento não foi substituída pela igreja no Novo Testamento nem é representada necessariamente pelas parábolas do Reino de Deus. A nação de Israel no Velho Testamento continua sendo a nação de Israel no Novo Testamento e é ainda hoje. Reveja o estudo da lição doze para lembrar esse fato. Também, como estudada na lição onze, o Reino de Deus não é igual à Igreja que Jesus organizou antes da Sua crucificação. Apesar do Reino de Deus não ser igual à Igreja nem à nação de Israel, nas parábolas sobre o Reino de Deus, existem muitas lições para os Cristãos que fazem parte de uma igreja neotestamentária. Então esteja atento às parábolas!


As Lições das Parábolas Sobre o Reino de Deus


As Parábolas sobre o Reino de Deus ensinam verdades que de outra maneira não seriam enfatizadas. As Parábolas do Reino de Deus explicam a suposta falha na mensagem do Evangelho. Quando evangelizamos os entes-queridos, vizinhos e todos em geral, parece a nós que poucos ouvem o que estamos dizendo. Por isso existe uma tendência entre líderes eclesiásticos de trocar a mensagem para algo mais agradável para o povo em geral. Mas nem todos sabem que quando trocam a mensagem por algo mais agradável, o verdadeiro Evangelho cessa de ser declarado. Para os que querem ser fiéis não existe opção de trocar a mensagem. Para ser fiel devem apenas continuar pregando a Palavra de Deus. Todavia, pela mensagem não ser popular, os fiéis freqüentemente têm uma síndrome de ser vencido. Alguns razoavam: Será que assim é a vontade de Deus? A parábola do semeador (Mt 13) indica que é assim mesmo. A maior parte dos ouvintes não tem fruto que glorifique a Deus. O mundo vê isso como uma derrota. Todavia, há fruto garantido. É o fruto que agrada Nosso Senhor. É o fruto da Palavra na terra boa que foi preparada pelo Espírito Santo usando os Seus meios (Mc 4:26-29). Há garantia que a Palavra cumprirá o propósito pela qual ela foi enviada (Is 55:11). Todavia, saiba que Deus não dá prêmios pela preguiça. O fruto desejado vem somente depois de semear (Tg 5:7).


Somos ensinados pelas Parábolas sobre o Reino que Deus permite que haja joio entre o trigo e que o julgamento futuro é inevitável (Mc 4:26-29). O agricultor não gosta que tenha joio entre o trigo, mas no Reino de Deus isso acontece, ou seja, isso acontece na vida do cristão verdadeiro. Pela igreja ser composta dos que são no Reino, essa é uma verdade para ela também. Ninguém gosta de ser membro de uma igreja onde há hipócritas ou outros tipos de falsos. Todavia, aqui na terra, a igreja sempre terá este problema, pois é assim no Reino enquanto não esteja no seu estado celestial. Veja a primeira igreja (Jo 6:70). Se tiver joio no seu coração, saiba que Deus, ao Seu tempo, meterá a foice e o joio será queimado (Rm 14:10) e o trigo ajuntado pelo Senhor. Você está pronto para o julgamento?


Outra lição importante contida nas parábolas sobre o Reino é a verdade que Deus usa coisas pequenas para fazer grandes coisas (Mc 4:30-34). O mundo é atraído às coisas de destaque, de grandeza, de popularidade. Há ministrantes da Palavra que caem nesse modo de pensar também. Pela parábola do grão de mostarda aprendemos que os caminhos de Deus não são os do mundo e Ele deleita em usar as coisas pequenas (I Sm 16:7; Zc 4:10; I Co 1:26-29). Não seja acanhado pelas falhas que você tem na sua vida crendo que Deus não possa usá-las. Deus te fez junto com as falhas (Ex 4:11; I Co 4:7). E saiba isto: as falhas pessoais não eliminam as responsabilidades de proclamar o Evangelho. Antes procure a graça de Deus para servir com aquilo que tem (Ec 9:10; II Co 8:12).


Como as coisas pequenas são úteis na mão do Senhor, também as coisas ruins, mesmo pequenas, são perigosas para a obra de Deus (Mt 13:33; Ct 2:15). Um pouco de fermento na vida do cristão, na família, ou na igreja logo espalha e toma conta da massa toda. Portanto a mínima doutrina falsa ou um pouco de práticas mundanas merecem cuidadosa vigilância. A verdade nunca é fortalecida pelo descuido dela, mesmo que o descuido seja por amor. O amor que sacrifica a verdade no seu altar não pode ser o amor verdadeiro. Não seja enganado, o amor verdadeiro não folga com a injustiça, mas com a verdade (I Co 13:4-6; Jo 14:15). Podemos ter verdade sem o amor, como a igreja em Éfeso (Ap 2:1-7), mas não há como ter o amor verdadeiro sem o maior respeito com a verdade.


A importância da responsabilidade pessoal é ensinada pelas parábolas. Deus entrega responsabilidades a cada um de nós conforme as capacidades particulares e somos responsáveis de usá-las para a Sua glória (Mt 25:14-30). As capacidades individuais são nos dadas por Deus (I Co 4:7; 12:4-11) e haverá prestação de contas de como foram investidas para a Sua glória. Portanto seja vigilante em como usa aquilo que Deus lhe deu seja oratória, posses, capacidade musical, aptidão para ensinar, administrar, servir ou outras capacidades. A salvação da alma é parte integrante das parábolas, pois não há como perceber nem entrar no Reino de Deus sem ter nascido de novo (Jo 3:3-8). Você já renasceu? Já se arrependeu dos pecados e confiado em Jesus Cristo como seu sacrifício pelos seus pecados? Você conhece o Rei do Reino? Seu coração já se prostra diante deste Rei? Ou vive em rebeldia contra Ele ainda? Os verdadeiros súditos reconhecem a soberania do Rei e submetem-se a ela.



Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/escatologia/cap15.html , estudo escrito por Calvin Gardner, edição gramatical Edson Basílio 1/2009 e 05/2009.