sábado, 6 de agosto de 2011

16.17. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Mt 3:1,2


E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.


O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – I


Leitura: Mateus 13.33-35


Versículo para Memorizar: Sl 78:2: “abrirei a minha boca numa parábola; falarei enigmas da antiguidade”.
Introdução: Às vezes as parábolas parecem misteriosas. Também o ensino sobre o Reino de Deus pode ser difícil de entender. Mesmo sendo difíceis, são proveitosos, como veremos. Nem tudo que o homem qualifica de parábola é chamada assim por Jesus.
O Que a Bíblia Chama Parábolas?
Palestras (Nm 23:5-7), dizeres (Mc 7:17), enigmas (Sl 49:4; 78:2; Ez 17:2; 18:2; Mt 13:34,35; Jo 16:29) e provérbios (Hc 2:6) são chamados parábolas pela Bíblia. Examinadas por um aluno sério, será descoberto que as parábolas são cheias de sabedoria e doutrina.

A Palavra ‘Parábola’ em Hebraico e em Grego
A palavra hebraica traduzida “parábola” (4912, mashal) tem a sua raiz numa outra palavra hebraica (4910, mashal). Essa raiz significa “governar” ou “reinar”. São chamados parábolas por que ‘governam’ ou ‘controlam’ os espíritos de homens sábios. Nisso percebemos a importância das parábolas. Sendo algo que governa o homem entendemos que elas comunicam regras e verdades absolutas. Sendo axiomas, ou seja, verdades absolutas, são propícias para julgar as ações e pensamentos dos homens. Portanto, se desejamos ser sábios, as parábolas devem ser seriamente consideradas. Em grego, a palavra ‘parábola’ (3850, parabolei) que significa: similitude, narração fictícia da vida cotidiana que tem um moral; um ditado. A raiz dessa palavra grega (3846, parabollo) significa: por ao lado, como uma ajuda para chegar ao destino; ou comparar. Portanto uma parábola, como usada no Novo Testamento é algo dito para ajudar o entendimento de algo difícil através de uma comparação. As parábolas são muito importantes, mesmo sendo alegorias, metáforas e analogias, por que carreguam a imagem da sabedoria moral do autor.

As Figuras e Tipos são Diferentes das Parábolas
Parábolas como são conhecidas, geralmente não são figuras, tipos ou símbolos. Símbolos, figuras e tipos apontam a uma historia real. Por exemplo: O primeiro Adão aponta a Jesus Cristo; o sacerdote do Velho Testamento aponta a Jesus Cristo; Jonas aponta ao sepultamento de Jesus Cristo. Assim entendemos que as figuras apontam à historia verdadeira. As figuras apontam à fatos reais. Por exemplo, o cordeiro da Páscoa aponta ao Cordeiro de Deus, ou seja, Jesus Cristo A nossa Páscoa (I Co 5:7). Os símbolos e figuras são tipos por que têm um antítipo, ou seja, um cumprimento. Uma vez que o tipo se cumpra no seu antítipo, cessa a sua utilidade. Por exemplo, a serpente de bronze tem cumprimento como tipo no seu antítipo, ou seja, Jesus na cruz (Jo 3:14). Tudo no Tabernáculo é símbolo, e o antítipo é Cristo. Parábolas, como conhecidas pela maioria, são diferentes de figuras, símbolos e tipos porque não usam pessoas ou eventos reais. Se a passagem tiver o nome de uma pessoa literal ou um evento histórico não deve ser considerada como uma parábola. Um exemplo de parábola seria o semeador (Mt 13:1-13). Não temos o nome do semeador nem o lugar da sua atuação. É fictícia. Mas isso não minimiza a importância da lição que a parábola está ajudando-nos a aprender e que deve ser aplicada às nossas vidas. Parábolas são diferentes de figuras, pois tratam de uma doutrina ou prática, ou seja, um moral que Deus deseja levar à consciência do homem. Um exemplo disso seria a parábola usada por Natã ao Rei Davi (II Sm 12:1-9).

Identificando uma Parábola
Podemos distinguir uma parábola clássica quando ela é chamada “parábola”. É estimado que existem trinta parábolas proferidas por Jesus. Cada uma sendo precedida por palavras semelhantes a estas de Mt 13:3, “E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear”. Podemos distinguir a natureza de uma parábola clássica quando o senso literal não edifica. Sabemos que a lição do semeador seria uma parábola mesmo se Jesus não a chamasse de parábola porque o senso literal seria meramente uma lição sobre agricultura. Pelo senso literal não ser edificante podemos saber que a passagem é uma parábola.

Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/escatologia/cap14.html , estudo escrito por Calvin Gardner, edição gramatical Edson Basílio 1/2009 e 05/2009.