sexta-feira, 5 de agosto de 2011

16.16. Pregação de João o Batista (Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-18) Mt 3:1,2

E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.



O Reino de Deus no Céu e Na Terra


Estudamos que o Reino de Deus não é a Igreja de Deus (lição 11). Devemos lembrar a verdade: mesmo não sendo iguais, têm semelhanças. Nossos versículos para memorizar (Mt 16:18,19) mostram o fato que Cristo dá à igreja que Ele determinou “a minha igreja” “as chaves do Reino de Deus”. Jesus ensinou essa relatividade. Portanto, quando se trata do assunto da igreja trata-se também do assunto do Reino de Deus. Pelo uso dos verbos ‘ligar’ e ‘desligar’ Jesus ensina que Deus efetua o Seu trabalho celestial pelo Seu tipo de igreja na terra. Mesmo que a igreja não seja o Reino de Deus, estes termos são associados. A missão das igrejas neotestamentárias é pregar o Reino de Deus. Sei que devemos pregar o Evangelho (Mc 16.15: “e disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”, Lc 24.47: “e em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados”). Mas a pregação do Evangelho é a pregação do Reino de Deus. João o Batista pregou o Reino de Deus (Mt 3:1-3). Jesus pregou o Reino de Deus (Mt 4:17, 23). Filipe pregou o Reino de Deus (At 8:12). O apóstolo Paulo pregou o Reino de Deus (At 20:25; 28:31). Se o evangelho não é a pregação do Reino de Deus, estes citados negligenciaram a missão da igreja pela qual Jesus derramou o Seu sangue (At 20:28). Mas não desviaram do Evangelho.


Para ver ou entrar no Reino de Deus é necessário nascer de novo (Jo 3:3-8). Para nascer de novo é necessário a pregação da Palavra de Deus, a “semente incorruptível” (Rm 10:17; I Pd 1:23-25). Cristo é a Palavra de Deus (Jo 1:1,14). Pregando Cristo, o Evangelho, pregamos o Reino de Deus. Já ouviu do Evangelho? O evangelho anuncia a mensagem da condenação do pecado e do pecador. O evangelho declara a mensagem da substituição do pecador pela Pessoa de Jesus Cristo na Sua morte, sepultamento e ressurreição. O evangelho testifica do fato que as justiças de Cristo são imputadas ao pecador que se arrependa e creia na obra efetuada por Cristo na cruz. O evangelho prega a responsabilidade do homem pecador de arrepender-se e crer pela fé em Cristo. Você já submeteu-se ao evangelho? Somente pelo evangelho se pode entrar no Reino de Deus.


Mesmo que o Reino de Deus não seja a igreja de Deus, estes dois estão relacionados. Os que rejeitam o Evangelho agora serão tirados fora do Reino de Deus. Os que rejeitam Cristo e a Sua mensagem pregada pela igreja serão rejeitados por Deus no ultimo dia. Os que sujeitem-se a Cristo e à Sua mensagem são os mesmos que sujeitam-se ao Rei do Reino de Deus.


Presta atenção ao verbo “sujeitar”. O evangelho ordena o arrependimento e a fé em Cristo. O evangelho manda obediência. A nossa mensagem não procura levar o pecador a fazer uma oração simples ou fazer mera aceitação de fatos sobre a salvação. O evangelho não intenta oferecer prosperidade e sucesso para com Deus sem a sujeição à ordem do Rei: Arrependei-vos! Se o evangelho não custa nada, muitos querem. Muitos querem o céu no além se puder ter o pecado no presente. Pela sujeição ao Rei e ao Seu Cristo são identificados os verdadeiros cidadãos do verdadeiro Reino de Deus. A própria sujeição não os coloca no Reino de Deus, mas é a regeneração que os traz à conversão, e a conversão pela sua vez, manifesta-se pela sujeição ao Rei, uma sujeição que cresce mais e mais. Convém observar que o único tipo de organização eclesiástica que Deus liga e desliga é uma igreja neotestamentária. A igreja de Deus é o meio exclusivo que Deus usa para edificar o Seu Reino. Deus deseja que a Sua igreja seja ativa em ligar os homens no Seu Reino pela pregação da Palavra de Deus. Você já foi ligado a Deus pelo Evangelho? Seja batizado e como membro servirá o Rei do Reino de Deus.



Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/escatologia/cap13.html , estudo escrito por Calvin Gardner, edição gramatical Edson Basílio 1/2009 e 05/2009.