segunda-feira, 28 de novembro de 2011

17.50. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

A seguir tem livros, infelizmente a maioria é em inglês, mas têm alguns em português também, para quem quiser se aprofundar no estudo da história das igrejas de Deus, e com isso cumpre a palavra: “a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” (Ef 3:21):

Armitage, Thomas,
A History of the Baptists, 1887
Benedict, David,
Fifty Years Among the Baptists, 1860 [Text Format]. Benedict, David History of the Donatists, 1875.
Booth, Abraham,
An Apology for the Baptists, 1808.
Cramp, J. M.,
Baptist History: From the Foundation of the Christian Church to . . . ,
Algumas datas históricas importantes Um guia histórico
http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/BatistasNosSeculosEBrasil-Montgomery.htm
Batistas Através dos Séculos, e no Brasil [história dos] -- Montgomery
The Church that Jesus Built Roy Mason, Th.D 6th edition Baptist History and Succession Chas. B. Stovall 1945 O Rasto de Sangue J. M. Carroll
The Origin and Perpetuity of the Baptist-Baptist Examiner A History of the Baptists, Vol. 1 by Christian, John T., A.M., D. D., LL. D A History of the Baptists, Vol. 2 by Christian, John T., A.M., D. D., LL. D
The Origin of the Baptists by S. H Ford
Baptist Churches in all Ages by Paul Goodwin & Bob Frazier
History of the Church of God by C. B & Sylvester Hassell
Baptist Doctrines and History by D. N. Jackson
The Perpetuity of the Church by Laurence A. Justice
The Anabaptists: Neither Catholics or Protestants by William R. McGrath
The History of the Waldenses by J. A. Wylie
The Origin of the Baptists by S. H Ford
N. H. Pius, D.D.
An Outline of Baptist History, 1911
Antiguidade E Sucessao dos Batistas, a -- J. Henry
Nomes Dados Aos Batistas Desde o Século I -- Hélio.
A BRIEF HISTORY OF BAPTIST ORIGINS By Dr. Larry Landis
THE NEW TESTAMENT CHURCH By T. T. Martin (1862-1939)
A CONCISE HISTORY OF THE BAPTISTS – 1855 By G. H. Orchard
A VINDICATION OF THE CONTINUED SUCCESSION OF THE PRIMITIVE CHURCH OF JESUS CHRIST - 1652 By John Spittlehouse and John More
SHORT HISTORY OF THE BAPTISTS – 1907 By Henry C. Vedder
A BRIEF HISTORY OF THE BAPTISTS By Norman H. Wells
Authentic Details of the Valdenses Leonard B. Zike
IN DEFENSE OF BIBLICAL, HISTORICAL CHRISTIANITY By Dr. Thomas Cassidy
A HISTORY OF THE BAPTISTS - 1922By John T. Christian Volume I THE DANBURY BAPTISTS & THOMAS JEFFERSON LETTERS By Nehemiah Dodge, Ephraim Robbins, Stephen S. Nelson & Thomas Jefferson THE ORIGIN OF THE BAPTISTS By Samuel Howard Ford A LANDMARK OUR FATHERS SET By J. R. Graves (1820-1892) OLD LANDMARKISM, WHAT IS IT? By J. R. Graves TRAIL OF TRUTH By Hawkins & Ramsey LANDMARK BIBLE BAPTIST BELIEF By John Henry BELIEFS, ANTIQUITY AND SUCCESSION OF THE BAPTISTS By John Henry WHAT IS A CHRISTIAN CHURCH? - 1859 By Edward T. Hiscox CONVERT'S GUIDE TO FIRST PRINCIPLES

domingo, 27 de novembro de 2011

17.49. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
A vós da língua de prata Crisóstomo cessou a muitos séculos Paulo não mais trovejará sua mensagem da colina de Marte. Foi-se Spurgeon, foi-se Graves e todo-candura Broadus, tão simples, contudo tão grande, foi-se. Logo as vezes dos grandes pregadores desta geração, também elas, serão emudecidas pela morte; mas a vóz do batismo nas verdades que ele proclama, se nos atermos ao modelo, irá mais e mais adiante como silente testemunha por Cristo até que Jesus volte.
Doutro lado, suponde que mudemos a ordenança do batismo, destruimos a verdade que ele apresenta; não mais serão que Deus quer que seja, silente vóz proclamando as verdades do Evangelho por todos os séculos. Suponde que mudemos o modelo quanto ao batizando como a Igreja de Roma tem feito: removemos e destruimos a doutrina da salvação pela fé e regeneração pelo Espírito Santo, enchemos nossas igrejas de gente incrédula. Suponde que mudemos o modo; destruimos a verdade que o crente está morto para o pecado e seu antigo regime, levantado para uma nova vida em Cristo Jesus.
Suponde que mudemos o desígnio, como fez Alexandre Campbell: pregamos salvação ritualística e deshonrosa a Deus. Suponde que abramos as portas à imersão estranha de qualquer e toda procedência; quebramos o exemplo de Jesus, vamos contra o ensino pleno da Palavra de Deus, admitimos que os que são estranhos e inimigos da verdadeira igreja de Cristo, desobedientes à Sua vontade e aos seus mandamentos, tem a mesma autoridade como Sua própria igreja, podem oficiar para Ele do mesmo modo como se fossem discípulos obedientes.
O Dr. A. C. Dayton deu esta ilustração que apresenta aptamente a falácia de semelhante posição: “Nenhum estrangeiro está qualificado a votar até que se tenha tornado cidadão. O governo designa a maneira de se tornar cidadão e comissiona certas pessoas para administrarem o juramento. Qual a força desta comissão. Ela autoriza o estrangeiro, que pensa que sabe bastante, que está seguro de que ama o país, a ir a quem lhe agrada a ter o juramento administrado, e por esse ato inautorizado, realizado por um homem incomissionado, sem qualquer autoridade que seja do governo pretender que é um cidadão de nosso país? A comissão não era ele ser compromissado como pensou ser melhor e por quem lhe agradasse mais. Ela não o tocou absolutamente exceto por outro e foi esse outro, o oficial do governo, que foi comissionado, e o único poder sobre o candidato é que lhe exige ir a esse oficial e a ninguém mais para ser investido dos direitos de cidadania. “E assim a respeito desta comissão de Cristo: foi endereçada a alguém. Ela supõe que havera alguém a ser batizado e autoriza alguém a batizar esse alguém. Se, por mandar que alguém batize, a outros manda implicitamente que sejam batizados, a comissão tão a im-plicitamente manda que os batizandos sejam batizados pelas que batizam e somente por quem manda batizar”.
Se alguém diz, “O Dr. Dayton está aqui arrazoanda num círculo”, nossa resposta é: isso é justamente o que a grande comissão é, um círculo fechado para os batizadores e batizandos. Todos fora deste círculo fechado são estranhos, sem a autoridade de Cristo.
Uma Inovação Perigosa! quão perigosa, os derradeiros cem anos tem em parte revelado. As Escrituras violadas, a fé de nossos pais desafiada, o sangue dos mártires tratado como desnecessário, a Igreja invadida por administrantes estranhos, comunhão livre e fraternidade livre em sítios onde prevalece a imersão alheia, a causa batista decaindo onde ela prevalece, as igrejas divididas por causa dela, associações perturbadas e votando resoluções, todas as espécies de falsas noções e teorias sobre a questão da igreja, a invasão de nossas igrejas e escolas pelo que não são batistas e que escarnecem dos crentes que buscam tê-los conforme com os princípios e as práticas batistas.
Deveríamos tomar cuidado com este cavalo de Troja dentro de nossas portas. Um inimigo dentro é muito pior do que um inimigo fora. Há muito disto entre os batistas do Norte e da Inglaterra. A infiltração começou no Sul e como guardas nas muralhas de Sião compete-nos dar o brado de aviso, fazendo refluir estas ondas de frouxidão e invasão estranha que nos tragarão se não estivermos alertas.
Há duas perguntas que eu proporia a todos os batistas pensantes em toda a parte. A primeira é: Por que deveria qualquer um vir a comunhão dos batistas, a menos que repudie a fé que sustenta e aceite a fé que os batistas sustentam? E se repudia a primeira fé, por que não está também disposto a repudiar o batismo que foi a expressão da primeira fé e a aceitar o batismo que é a expressão da fé batista?
A segunda pergunta é: Se as outras organizações são igrejas de Cristo tanto como as mesmas como igrejas batistas, a mesma autoridade para administrar as ordenanças e fazer tudo o mais que as igrejas batistas estão autorizadas a fazer, há qualquer razão para a existência de igrejas batistas, especialmente naquelas comunidades onde essas outras organizações existem? Por que não ajuntar-se a elas na pregação do Evangelho e propagação da obra do reino, cessando de manter uma organização separada e de dividir o povo de Cristo?
É nossa contenção que isso não podemos fazer, porque elas não são a igreja que Jesus edificou e não tem esta autoridade dEle; portanto, prosseguiremos como nossos pais fizeram, batalhando pela fé que uma vez foi entregue aos santos, até que Jesus volte e O ouçamos dizer: “Bem feito, bom e fiel servo, bem feito, bem feito”.
“Com toda tua alma, com todo o teu coração e tua mente
Tu deves amá-lO e todos os Seus preceitos abraçar
Todos os outros amores com os quais o mundo cega em
fraca fantazia e ao mesmo tempo atiça vis feições
Deves renunciar e por completo deslocar
E dar-te a Ele tanto cabal como livremente,
Que cabal e livremente Se deu por ti”. “Ora vem, Senhor Jesus!”.

sábado, 26 de novembro de 2011

17.48. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Não admira que o Ancião James Whitsitt do Tennessee e os irmãos do seu tempo chamou a isto brincar com a Palavra de Deus e a fé de nossos pais uma inovação perigosa. Tudo quanto for inescriturístico será perigoso. As Escrituras são um guia completo para a vida religiosa de qualquer um, vida de negócio, vida social, física e intelectual. Se uma coisa é ordenada, as estranhas são proibidas. Se nas Escrituras Deus deu um plano para financiar o reino, outros planos são inescriturísticos, deshonrosos e perigosos a Deus.
Temos grupos hoje que estão buscando financiar o reino de Deus por prostituírem a fins comerciais a igreja que Jesus edificou. Deus removerá de tais igrejas o castiçal de ouro e retirará delas o Seu espírito, a menos que se arrependam. Tais igrejas se tornarão organizações sem poder espiritual, tendo perdido a paixão pelas almas. Nosso Senhor não endereçou a uma tal igreja em Éfeso, quando Ele fez João escrever ao anjo da igreja de Éfeso?
“Tenho algo contra ti, porque deixaste o teu primeiro amor. Arrepende-te e pratica as primeiras obras, ou então virei a ti e removerei o castiçal de ouro, a menos que te arrependas”. A primeira obra de qualquer igreja, ou de qualquer alma salva, para essa matéria, é buscar o perdido. É um dia triste para qualquer igreja quando perderam a paixão pelas almas, quando suas organizações gastarão horas em seguir esquemas inescriturísticas, comerciais para levantarem dinheiro e não darão uma hora a oração e buscar o perdido.
Temos igrejas e grupos assim que um dia despertarão e saltarão do colo comercial de Dalila, cortados na sua energia e no seu poder e como Sansão não perceberão que o Espírito do Senhor partiu deles.
O que é verdadeiro neste caso de financiar o reino é verdade de toda a coisa estranha que fazemos no Reino de Deus que não está de acordo com o modelo dado na Palavra. Deus disse a Moisés quando ele estava prestes a edificar o tabernáculo: “Fique seguro que o faças segundo o modelo a ti mostrado no monte”.
Assim com o batismo. Deus nos deu um plano a seguirmos. O batizando deve ser um crente. O ato deve ser a imersão. O desígnio deve se mostrar a fé do batizando, mas, mais especialmente, a fé da igreja administrante. O administrante deve ser um autorizado por Cristo mesmo. Isto é o modelo. Qualquer saída deste modelo é desonra a Cristo e operará desastre, como com Uzá quando estendeu a mão para deter a arca.
Falamos de união da igreja, contudo todas as divisões na cristandade ocorreram por causa das partidas do plano escriturístico do batismo. Primeiro veio a divisão entre as igrejas post-apostólicas que se chamaram anabatistas e as que depois foram para formarem as igrejas Católica Romana e Católica Grega, quando a corporação post-apostólica negou o direito de uma corporação corrupta administrar batismo válido e insistiu em batizar todos que lhe viessem dessa corporação corrupta. Esta divisão alargou-se quando aí uns cem anos mais tarde esta mesma corporação Católica Romana começou a batizar criancinhas, quebrando o modelo escriturístico que o batizando deve ser um crente. Cem anos mais tarde alargou-se ainda mais, quando esta mesma corporação mudou o modo de batismo de imersão para aspersão, porque este era mais conveniente, e estabeleceu a doutrina perigosa que a igreja tem mais autoridade do que as Escrituras e pode mudar as Escrituras se ela o quiser. É assim a apostasia prosseguiu e porque os anabatistas protestaram contra essas coisas os rios da Europa correram vermelhos com o seu sangue, que morreram antes que fazerem compromisso com a Palavra de Deus.
Foram-se mil e trezentos anos, vindo então a Reforma protestante. De uma Roma corrupta vieram os luteranos, os calvinistas (presbiterianos) e, um pouco mais tarde, os seguidores de Henrique VIII, os episcopais, purgados de muito que era corrupto, mas trazendo com eles a forma corrompida de batismo da igreja de Roma, que se corrompera em todos os quatro essenciais: o administrante, o modo, o desígnio e o sujeito.
A tragédia da reforma foi que essas corporações protestantes, quando vieram de Roma, não andaram o caminho todo até aos anabatistas, aceitando o batismo de suas mãos, repudiando o seu batismo infantil e a aspersão que tinham recebido das mãos de Roma. Teríamos então apenas duas corporações religiosas: anabatistas e católicos.
Quem é o responsável pela divisão da cristandade; o batista que tem permanecido com um batismo escriturístico desde o tempo dos apóstolos, ou os seguidores dessas corporações protestantes que vieram só até uma parte do caminho de volta à posição escriturística?
Há os que estão proclamando unionismo e dizendo que a nossa posição contra a imersão estranha está dividindo a Cristandade: mas, mesmo assim, que cederemos para virmos para eles? Cederemos a Bíblia com o princípio pelo qual nossos pais morreram, que Cristo edificou Sua igreja e lhe deu as ordenanças para guardar e administrar? Que outros não tem autoridade oficial para batizarem e que sem autoridade o seu batismo é inválido? Ou cederemos o modo de batizar ou o ensino escriturístico que o candidato deve ser um crente, aceitando o batismo infantil? Ou nos uniremos com Alexandre Campbell e Roma apóstata em mudar o desígnio? Aceitando a doutrina que o batismo é essencial a salvação, que a água vem antes do sangue, que alguém entra na água alma perdida e emerge nascido da água e do Espírito? Quais dessas doutrinas bíblicas cederemos? E quando os cedemos por amor da união, não nos unimos com o cristianismo apóstata em negar a fé e destruir o modelo que Deus nos deu?
Por que Deus quis que Moisés estivesse certo de fazer o tabernáculo segundo o modelo? Passaria Moisés e todos que então viviam passariam, mas o tabernáculo prosseguiria de geração em geração testemunhando a verdade que Deus queria ensinar na construção peculiar do tabernáculo.
“Que importa tanto sobre o batismo, seja como for”, diz um, “desde que o batismo nada tem a ver com a salvação? Por que não despedí-lo inteiramente, se é o batismo que divide a cristandade?” Porque o batismo apresenta a verdade divina que Deus quer apresentada dessa maneira através dos séculos: uma fé pessoal, morte para o pecado e ressurreição para uma nova vida em Cristo, uma organização que Ele edificou pessoalmente e continuará até que Jesus venha, mais forte que todas as forças do inferno arregimentadas contra ela. Se os batistas cederem esta fé, Deus não terá uma igreja na terra que sustente a verdade e Jesus fez uma declaração falsa quando disse que as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

17.47. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

A Enciclopédia de Conhecimento Religioso tem isto a dizer: “Os batistas, que foram primeiramente chamados anabatistas, e mais tarde menonitas foram os originais valdenses que por muito tempo na história receberam a honra dessa origem. Por causa disto, os batistas podem ser considerados a única comnunidade cristã que têm permanecido desde os apóstolos e que tem conservado puras as doutrinas do Evangelho por todos os tempos”.
Que testemunho aos batistas, não só quanto à sua sucessão apostólica com à sua conservação e transmissão das grandes doutrinas bíblicas por todos os tempos.
O grande historiador luterano, Mosheim, escreve: “A verdadeira origem dessa seita, que adquiriu o nome de anabatistas, por administrar de novo o rito do batismo aos que lhe vinham à sua comunhão, esconde-se nas profundezas remotas da antiguidade e é, consequentemente, extremamente difícil de ser acertada”.
Com esse testemunho de nossos inimigos perante nós, seguramente nenhum batista negaria outra vez em tempo algum a sucessão batista, ou trataria com indiferença, ou se oporia às grandes doutrinas de nossos pais que os levaram a dar suas vidas para que elas se perpetuassem e mantivessem.
Um estudo da história mostra que, cronologicamente, o ataque ao modelo divino se deu como segue: primeiro, ao administrante; Segundo, ao candidato e ao desígnio e, finalmente, ao modo. O primeiro é um ataque à autoridade; o segundo à salvação pela fé, introduzindo a salvação batismal e o batismo infantil; o terceiro, um ataque ao Evangelho como proclamado no ato, destruindo tanto o modelo como a verdade que ele proclama ao mundo.
Todos estes são importantes. Sempre que achamos um “Assim diz o Senhor”, não nos compete dizer que um mandamento é mais importante que outro. Contudo, há batistas, escritores, que devotaram volumes a defesa do modo, mas não tiveram nada a dizer sobre o administrante. Outros há que pretendem ficar neutros no assunto do administrante. Neutro num assunto em que a Bíblia fala com tanta autoridade! Neutro no assunto pelo qual nossos pais deram aos milhares seu sangue vital e foram queimados vivos! Ó Pai misericordioso! quando os contemplamos tangidos a morrerem de fome e frio nas montanhas, suas criancinhas na penúria, gélidas, agarrando-se aos peitos maternos, ou empaladas e agonizantes pelas espadas de ímpios emissários enviados de Roma, ou, talvez, atiradas de um precipício para se desfazerem em pedaços nas rochas embaixo, tornando-se alimento de corvos famintos; quando contemplamos tudo isto, devemos concluir com estes modernos inovacionistas que nossos pais foram fanáticos, ignorantes sucumbindo por uma fé para a qual não há fundamento nas Escrituras? Que por quase mil e oitocentos anos de história cristã estiveram enganadas, leram errado suas Bíblias, morreram em vão quando foram enxotados e gelaram nas frias montanhas, afogaram-se em rios furiosos, frigiram vivos nas chamas?
Sim. triste de dizer, há os que nestes tempos modernos nos ensinariam isto, ou, se não isto, diriam que, porque o Dr. Cheirafungo ou o professor Medroso-de-Sua-Sombra crê assim e assado, melhor faríamos nós em guardar silêncio e em não açularmos divisão.
“E veio a mim a Palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: quando eu fizer vir a espada sobre a terra e o povo da terra tomar um homem de suas costas e o constituir por seu atalaia e ele vir que a espada vem sobre a terria, e tocar a trombeta, e avisar o povo, e aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado; o seu sangue cairá sobre ele; mas o que se dá por avisado, salvará a sua vida. Porém, quando o atalaia vir que vem a espada e não tocará a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, porém o seu sangue demandarei da mão do atalaia. A ti, pois, ó filho do homem, te constitui por atalaia sobre a casa de Israel, dizendo eu, pois, ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu lhe não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o demandarei da tua mão; mas, quando tiveres dissuadido ao ímpio do seu caminho, para que se converta dele e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, porém tu livraste a tua alma”.
Não é melhor livrar a alma de alguém, mesmo que alguém morra por ela, se preciso for, do que compromissar a verdade eterna de Deus e ter o sangue de outros sobre nossas mãos? “E um dos anciãos respondeu, dizendo-me: “Estes que estão vestidos de trajos brancos, quem são e donde vieram? E eu lhe disse: Senhor, tu sabes. E ele me disse a mim: estes são os que vieram de grande tribulação e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. Não mais terão fome, nem mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles; porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima”.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

17.46. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
CAPÍTULO 16 - ESTA INOVAÇÃO PERIGOSA
Esta inovação perigosa é o que o Ancião James Whitsitt chamou a imersão estranha ao falar dela quase há um século. Neste capítulo final reveremos o solo que palmilhamos nas páginas precedentes e finalmente temos algo a dizer desta inovacão perigosa. Daríamos, logo, como um esboço destas últimas páginas, o seguinte:
1. A Imersão Estranha é Inescriturística.
2. A Imersão Estranha é Contrária à Fé de Nossos Pais.
3. É Uma Inovação Perigosa.
A imersão estranha é inescriturística.
O artigo código Juliano usou desta expressão: “Specificatio unius exclusio alterius”. A especificação de uma coisa é a exclusão de toda outra coisa. O próprio sentido da palavra “estranha” a condena. Estranha a que? Respondemos: estranha ao que está ensinado na Palavra de Deus, estranha à igreja que Jesus edificou. Se estranha, então, sem autoridade. Se sem a autoridade de Cristo, então, absolutamente sem batismo.
Seria estranho, na verdade, se Cristo tivesse mandado o povo em todo o mundo ser batizado e no mesmo tempo deixasse de fazer provisão para aqueles que fossem efetuar o batismo. Mas Ele fez provisão, como procedemos a mostrar e, com a especificação de algum meio, a exclusão de todos os outros. São estranhos e como estranhos são sem autoridade.
Estudemos os exemplos de batismo em o Novo Testamento e vejamos se foram administrados de acordo com esta posição. Todos estes exemplos mostrarão que o administrante em todo caso estava agindo diretamente pela autoridade de Cristo, ou pela Igreja que Ele edificou.
O primeiro exemplo é o de João Batista. Ele não o tomou por sua conta, mas diz que foi enviado de Deus para aquele propósito: “E eu não O conhecia, mas o que me mandou a batizar na água, o mesmo me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito e pousar sobre ele, o mesmo é o que batiza no Espírito Santo”. João 1:33. Jesus, para que pudesse ser batizado por um que tivesse autoridade, andou umas sessenta milhas até João que estava batizando no Jordão. Jesus, evidentemente, pensou que era importante um administrante apropriado.
O exemplo seguinte é aquele dos discípulos de Jesus. Fala-se do seu ato de batismo como atos de Jesus mesmo e os de Jesus como deles. João 4:1-2. Eles devem ter batizado, portanto, por Sua autoridade.
O terceiro exemplo está no dia de Pentecostes. Aqui a Igreja estava em ação. O pregador estava pregando com poder, o Espírito Santo estava convencendo do pecado, milhares estavam sendo batizados, milhares estavam sendo salvos e todos que foram salvos foram batizados. É impensável e não há um tiquinho de evidência que os salvos foram batizados por alguém a quem Cristo não dera autoridade.
O quarto exemplo é o dos samaritanos que foram batizados após a pregação de Filipe. Filipe batizou o eunuco mais tarde e ele deve ter batizado os samaritanos também, quer sob a autoridade direta do Espírito, que o mandou pregar ao eunuco, ou, mais provavelmente sob a autoridade da Igreja de Jerusalém, da qual ele era membro e diácono.
Outro exemplo é o de Saulo de Tarso. Foi-lhe mandado pelo Senhor Jesus mesmo pregar-lhe. Quando o enviado disse: “Levanta-te e sê batizado”, é inimaginável que Paulo foi a algum outro para ser batizado.
Temos então o batismo de Cornélio. Certos irmãos, provavelmente da Igreja de Jerusalém, foram de Jope a Cesaréia com Pedro. Quando Pedro pregou e Cornélio com sua casa se converteu, Pedro submeteu ao voto desses irmãos a questão de os batizar, os quais irmãos estavam revestidos de autoridade para decidirem a matéria pela igreja de Jerusalém, da qual eram membros; após a votação, ou Pedro os batizou, ou foram batizados por alguém da comitiva autorizada a fazê-lo. Impensável é que foram batizados por algum estranho não da comitiva de Pedro que nada soubesse do sentido e da significação do batismo.
Vimos agora a conversão e batismo de Lídia. Paulo e Silas estavam ambos presentes. Um deles a deve ter batizado com a autoridade da igreja que os mandara. O mesmo é verdade do carcereiro e sua família.
O último exemplo é o dos doze em Éfeso, que se converteram pela pregação de Apolo de Alexandria, e não tinham sido batizados na fé devida. Também aqui o batismo foi executado por alguém com autoridade divina.
Estudai estas passagens cuidadosamente e confirmar-se-á a convicção que Deus não mandou que os salvos fossem batizados e então deixou de prover batizadores com autoridade a quem pudessem dirigir-se tanto como Jesus foi a João. E tanto pelos exemplos achados nas Escrituras.
A Imersão Estranha É Contrária à Fé de Nossos Pais.
Agora, que há sobre a fé de nossos pais? Pela história temos mostrado claramente que eles foram armados cavalheiros anabatistas e sofreram durante mil seiscentos anos porque ousaram dizer a Roma e aos protestantes que a ordenança do batismo foi dada à igreja que Jesus edificou: que outras que não foram Sua igreja não tiveram o direito de admimistrar Sua ordenança e, não tendo o direito, o seu batismo era inválido. A história não foi escrita pelos anabatistas mesmo, mas pelos seus inimigos. Zuínglio, reformador suiço, contemporâneo de Lutero, diz: “A instituição do anabatismo não é nenhuma novidade, mas por mil e trezentos anos tem causado grande perturbação na igreja e adquiriu tal energia que a tentativa nesta época de batalhar com ela pareceu fútil por algum tempo”.
Foi isto escrito em 1525 e leva a história batista, segundo este historiador, ao ano 225 A. D.
O Cardeal Hosius, presidente do Concílio de Trento, o mais culto e poderoso católico do seu tempo, escreveu em 1560: “Se a verdade da religião fosse para ser verdadeira pela prontidão e alegria com que um homem de qualquer seita mostra no sofrimento, então a opinião de persuasão de nenhuma seita pode ser mais verdadeira e segura do que essa dos Anabatistas, desde que não tem havido ninguém durante este mil e duzentos anos que haja sido mais geralmente punidos, ou que tenha mais alegre e firmemente provado, e mesmo se oferecido à mais cruéis espécies de castigos do que essa gente”. Esta declaração deste inimigo católico leva a história batista até 360 A. D.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

17.45. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
CAPÍTULO 15 - OS BATISTAS DO TENNESSEE
Os Batistas do Tennessee merecem menção especial, porque aqui viveu e trabalhou durante a última metade do século dezenove aquele sublime e distinto caráter, igual ao qual outro não se tem visto na História Batista Americana e muito duvidamos que se veja outra vez. Referimo-nos ao Ancião J. R. Graves, mestre, Editor, autor e pregador.
J. R. Graves nasceu em Chester, Vermont, a 10 de abril de 1820, e, por causa da morte prematura do seu pai, foi sua mãe deixada viúva com pequenos recursos; seus primeiros anos esvairam-se em régida disciplina na luta contra a pobreza. Converteu-se na idade de 15 anos e uniu-se a Igreja Batista de Springfield do Norte. Lecionou dois anos na Academia de Kingsville, Ohio, e então foi para Kentucky, onde tornou o encargo da Academia de Clear Creek, perto de Nicholasville. Durante quatro anos deu seis horas por dia à aula e oito ao estudo, atravessando um curso colegial sem um mestre. Da Bíblia fez o seu estudo principal, mas, além disto, cada ano dominou uma língua moderna.
Em 1835 mudou-se para Nashville, Tennessee, onde abriu uma escola conhecida por The Vine Street Classical and Mathematical Academy. No mesmo ano tornou-se pastor da Segunda Igreja Batista dessa cidade. Enquanto pastor desta igreja, tornou-se editor do Tennessee Baptist e cotinuou a publicar este jornal durante uns quarenta e cinco anos. Como redator era revelante e exerceu uma tremenda influência. “Tres vezes armado é o que tem seu pleito justo”. J. R. Graves teve uma causa justa a defender e ele a defendeu com uma lógica que foi irresistível. Homens como o Dr. Bright, do New York Baptist Examiner deu de mão a velhas falácias e aceitou a verdade como Graves a defendeu. O Tennessee Baptist numa ocasião teve a maior circulação de qualquer jornal religioso no mundo.
Ele também foi conspícuo como autor. No meio dos seus hercúleos labores escreveu uma quantidade de livros abarcando as maiores discussões polêmicas do século, havendo, nesse sentido, “gigantes naqueles dias”. Eis aqui uma lista de alguns dos seus livros:
O Desejo De Todas As Nações.
O Trilema.
A Resposta do Guarda.
A Primeira Igreja Batista na America.
A Rodinha de Ferro.
A Roda Grande de Ferro.
A Doutrina Bíblica da Vida Mediana.
Exposição do Espiritismo Moderno.
O Velho Balisamento de Terras - Que é ele?
Exposição das Parábolas.
O Batismo de João.
Intercomunhão: Inescriturístico, Contraditório e Apenas Mau.
Sermões Denominacionais.
Além desses, ele compilou numerosos panfletos e tratados, dois hinários, reimprimiu e publicou A História do Batismo de Robinson, A História do Batismo Infantil de Wall, História dos Batistas de Orchard, Batismo de Stewart e, coroando tudo, escreveu e publicou Seven Dispensations, um capo lavoro de Teologia Sistemática. Na verdade, dele se pode dizer o que Shakespeare disse de César:
“Ó glorioso César! ainda és poderoso,
Teu espírito perambula e vibra nossas espadas
Em nosso próprio ser”.
Julius Caesar, 5:3, 94.
O seu “A Roda Grande de Ferro” moveu poderosa influência e levou não há dúivida, a Igreja Metodista a mudar o seu governo de igreja, de modo que os leigos pudessem ser admitidos a Conferência Geral. Milhares de pedobatistas passaram para os batistas como resultado de sua pena tranchante e de sua poderosa pregação.
A quem quer que tenha dúvidas sobre a questão da imersão estranha e comunhão livre, sugerimos a leitura dos seus livros. Aventuramo-nos a afirmar que, quando aquele um se acabou, se o leitor for esclarecido, não restará vestígio de suas primeiras dúvidas quanto à escrituralidade da posição dos batistas sobre essas questões.
Falamos de Graves como redator e autor, mas a sua major força foi a de pregador. No seu tempo só houve um homem que dele se aproximou no poder do púlpito e esse foi Richard Fuller. Graves era preeminentemente doutrinário, crendo que as vidas dos homens deveriam ser governadas por grandes princípios como base para grandes ações. “Salvação Pela Graça” era o tema de sua pregação. “Sangue Antes de Água”, “Cristo Antes da Igreja” foi o seu brado de guerra na sua guerra contra o romanismo, campbelismo e o batismo infantil dos pedobatistas.
Ao passo que pregava as grandes doutrinas, era também um pregador emocional; tinha tremendo poder sobre uma audiência. Num momento os ouvintes rompiam em riso, logo noutro estariam banhados em lágrimas. Há dois exemplos que ilustram o seu grande poder em pregar e que daremos.
Em Waco, Texas, estava em sessão a Convenção Batista do Sul. A casa em que se reunia a convenção estava tão inconfortavelmente ocupada que se fez a sugestão para que a pregação fosse anunciada numa das casas de culto das imediações. De acordo se anunciou que dentro de vinte minutos um proeminente pregador pregaria na Igreja Metodista. Só uns poucos foram, não bastantes para uma congregação. Um segundo pregador foi experimentado com o mesmo resultado. Por fim, o Dr. B. H. Carroll, naquele tempo pastor da Primeira Igreja em Waco, levantou-se e anunciou que o Dr. J. R. Graves pregaria dentro de dez minutos na Igreja Metodista. Houve imediatamente um reboliço e em cinco minutos o grande salão estava repleto até às portas, a casa da convenção quase vazia.
A Convenção Batista do Sul reuniu-se na Igreja Batista do Leste, Louisville, Ky., em 1857. Nessa reunião o Dr. Graves pregou sobre o texto: “O véu do templo rasgou-se em dois, de cima abaixo”. O Dr. S. H. Ford ouviu-o e descreve este sermão no “Repositório” de Fevereiro, 1900: “Depois de descrever o Santo dos Santos, o propiciatório, o dever anual do sumo sacerdote, o véu, etc., dirigiu o pensamento à subida do Calvário visto do templo, observado pelos sacerdotes, o ar trevoso, as rochas se partindo, o terremoto, fazendo o véu e o templo tremerem; então a súbita rotura do vasto véu. Foi sucinto, gráfico e tocante. Prosseguiu para mostrar que o véu fendido foi uma declaração visível e ocular que todas as formas sacerdotais e todos os impedimentos ou intervenções cerimoniais, sacrifícios e purificações foi tudo varrido pela morte de Cristo. O propiciatório foi posto à mostra. Não uma igreja, não um santo ou anjo, pessoa ou pregador, sacerdote ou ordenança, absolutamente ninguém interveio entre a alma contrita e o trono da graça, o propiciatório aspergido de sangue.
“O escritor não tomou nota, mas os seus efeitos foram duradouros. A única vez na sua retentiva em que o seu cabelo pareceu levantar-se atualmente na sua cabeça foi quando ouviu esse sermão. Foi poderoso, positivamente. Graves encerrou numa explosão de eloquência. Pausando, aparentemente sobrecarregado com suas emoções, ou carecendo de palavras com que expressá-las, de mãos erguidas, erguidos olhos, ele exclamou:
“O tu, bendito propiciatório! Escondido através dos séculos pela nuvem de pecado, o véu da ira, o caminho para o lugar santo está aberto, a glória que te coroa pode ser aproximada e obtida a bênção. Ouço a voz do Eterno provinda dos mistérios recessos, dizendo: Vinde a Mim, não o anjo ou santo, ou sacerdote, ou pregador, ou igreja, ou ordenança, vinde a Mim e sede salvos, vós, todos os confins da terra, e, Ó Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho!”
“O sermão foi ouvido pelos maiores homens na convenção, tais como Boyce, Jeter, Burrows, Howell, Manly e outros, que disseram ser o melhor jamais pregado aos seus ouvidos”.
A 26 de junho de 1893 o Dr. Graves dormiu. Sua posição sobre o batismo e a imersão estranha foi claramente exposta em muitos dos seus sermões e publicações.
No seu sermão sobre o batismo ele diz: “Agora, que o batismo cristão tem sido e ainda é considerado como o ato da parte do professando a fé da igreja batizante, se verdadeiro ou falso, está provado pelo fato que, do terceiro século em diante, os catecúmenos, aqueles sob instrução para o batismo, requeria-se-lhes repetir o credo da igreja e então fazia-se-lhes invariavelmente a pergunta: “Quereis ser batizado nesta fé?” isto é: “Desejais professar aquilo a que vos prendeis, receber e para vossa salvação descansar sobre ela?” Só pela resposta do candidato: “Quero” é que o batismo era administrado. O sujeito do batismo, então, não professa qualquer fé particular que ele possa entreter, mas sempre a fé da denominação que o batiza”.
Inquiramos agora em que batiza a Igreja Cristã dos Discípulos. Diz o Sr. Alexandre Campbell: “Por e pelo ato do batismo, logo que nossos corpos são postos sob a água, nesse mesmo instante todos os nossos primeiros ou velhos pecados se lavam”. Christian baptism, pg. 100.
“A crença deste testemunho é o que nos impele para água, sabendo que a eficácia do Seu sangue é para ser comunicada as nossas consciências no modo que Deus se agradou indicar. Não vacilemos na promessa, mas fugimos para a sagrada ordenança que trouxe o sangue de Jesus em contato com as nossas consciências. Sem saber e crer isto e nisto, a imersão é uma noz quebrada: lá está a casca, mas o miolo está faltando”. Ob. cit, pg. 521.
“Os discípulos da Igreja Cristã, dos Discípulos, portanto, unem-se com os mestres de um cristianismo apóstata em colocarem a água antes do sangue, trazendo assim um pecador não perdoado e não regenerado ao batismo dágua como o sacramento da salvação. Seguramente nenhuma igreja de Cristo pode endossar esta doutrina perniciosa por receber os imergidos por católicos ou “discípulos” como escrituristicamente batizados sem que ela mesma rejeite a fé evangélica”.
Tais são a entrega e o ultimatum de J. R. Graves sobre o assunto da imersão alheia. Estiveram os batistas do Tennessee de acordo com esta idéia do Dr. Graves sobre o assunto do batismo? Examinemos os arquivos.
A Associação de Salem, em 1844, adotou o seguinte: “Ao passo que a Associação Freedom de Kentucky propôs uma correspondência conosco; resolvido, portanto, que mandemos uma carta amistosa e delegados para os informar que estamos prontos em nos correspondermos com eles, provido que corrijam o erro de uma de suas igrejas de receberem na sua comunhão membros que foram imergidos por administradores desautorizados”.
Outra vez, em 1850, a mesma Associação de Salem adotou o seguinte: “Resolvido que as igrejas sejam avisadas a não receberem aqueles senão os que tiverem sido batizados por profissão de sua fé em Cristo por um administrador legal; que consideramos legal só o que age sob a autoridade de uma igreja batista regular organizada segundo o modelo do Evangelho”.
O leitor notará que a primeira ação desta Associação foi tomada um ano antes da vinda do Dr. Graves ao Tennessee de modo que os batistas do Tennessee eram sãos mesmo antes de sua vinda, não podendo ele ser acusado de influenciá-los em contrário à sua prévia fé.
A Associação Western District foi constituída em 1823. No artigo XII de sua constituição acha-se o seguinte: “Ninguém senão quem tenha sido batizado por um ministro batista regularmente ordenado tem o direito à fraternidade ou comunhão da igreja”.
O ancião James Whitsitt foi o avô do falecido Dr. William Whitsitt, do Seminário de Louisville. Foi considerado como o historiador dos batistas antigos do Tennessee. Morreu em idade avançada e logo antes de morrer, aí por 1848, escreveu um hábil trabalho sobre a imersão estranha para a Southern Baptist Review. Entre outras coisas, disse: “Objetamos ao recebimento do batismo de pedobatistas, porque o achamos uma inovação perigosa. Não nos lembramos de a história dos batistas fornecer um exemplo de tal espécie e estamos bem seguros que o senso comum e a piedade dos batistas foram tão fortes há um século como são agora.
Esta questão que temos perante nós deve ser uma recém-vinda. Esperamos que não será muito obstrusiva. Dizemos outra vez, pensamos que esta é uma inovação perigosa”.
Assim este grande e piedoso historiador batista do Tennessee diz que não havia exemplo dela na história batista e que era perigosa inovação. Ele escreveu e estava pronto para morrer quando J. R. Graves veio ao Tennessee, de modo que o Dr. Graves não pode ser acusado das convicções dele, antes tornou o manto do defensor da fé caído dos seus ombros quando ele passou à glória, Ilustrado e honrado Tennessee, ter tido dois homens tais como o Dr. J. R. Graves e o Ancião James Whitsitt habitando dentro de suas lindes e passando a espada da verdade de mão em mão!
“E quando a bárbara morte destruidora,
Conspirante aguarda no meio do meu caminho,
Engano-a com um torrão, um fôlego, E passo a espada de mão em mão”.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

17.44. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

O Dr. J. J. Porter no seu debate de Sumpter cita a seguinte carta do Dr. T. T. Eaton, datada de 19 de junho de 1903, quanto à posição dos Drs. Boyce e Broadus sobre a questão de Imersão Estranha.
O Dr. Boyce foi muito enfático e pronunciou-se contra a recepção de imersão estranha. Ele batizou o Dr. Weaver, apesar de o último ter sido pastor da Igreja de Chestnut Street, recebido por uma imersão metodista. Um homem que pretendeu se ter convertido antes de receber a imersão de um pregador dos Discípulos, apresentou-se para ser recebido com essa imersão na Igreja Batista de Broadway, Louisville, Kentucky, da qual era então pastor o Dr. L. L. Burrows e o Dr. Boyce membro. O Dr. Burrows estava pronto a receber o homem, mas a isso se opôs o Dr. Boyce e conseguiu desfazê-lo. Repetidamente tenho ouvido o Dr. Boyce dizer que a imersão estranha não devera ser recebida.
Fui pastor do Dr. John A. Broadus de 1 de Maio de 1881 até sua morte em 1895, quase catorze anos. Éramos íntimos como essa aliança sugere. Há muito que não tinha estado em Louisville até que lhe perguntei abertamente se ele favoreceria nossa igreja receber um caso de imersão estranha, ao que ele respondeu também abertamente: “Não”. Repetidamente conversamos sobre esse e outros assuntos afins, assim como repetidamente ele me disse que a imersão estranha não devera ser recebida”.
Abarcamos o Sul nesta investigação, mas, antes de encerrar, daremos um exemplo de Florida. Esta é tão cosmopolita que se achará nela Batistas de todas as nuances de crença, mas as igrejas no todo são ortodoxas e leais a fé de nossos pais como aos ensinos das Escrituras nesta questão de imersão estranha.
Nas atas da Associação do Condado de Pinellas, Florida, para o ano de 1933, que se reuniu com a Primeira Igreja Batista de Saint Petersburg, achamos esta afirmação: É causa de grande tristeza que certas de nossas igrejas batistas nestes últimos tempos hão mostrado uma disposição para desconsiderarem as doutrinas do Novo Testamento e a prática de nossas igrejas batistas regulares por toda a nossa época histórica com referência especialmente às ordenanças de uma igreja neotestamentária.
São os Batistas peculiares em terem sido o único povo que por todos os séculos mantiveram a posição intergiversável que o Batismo e a Ceia do Senhor são as únicas ordenanças dadas a igreja por Cristo, o fundador e Cabeça da igreja. Batalhamos sempre e sempre mantivemos que o batismo válido, ou batismo escriturístico, consiste de:
Um sujeito apropriado: um crente em Cristo.
Um desígnio apropriado: simbolizar nossa morte ao pecado e nossa ressurreição para uma nova vida.
Uma ação apropriada: a imersão do crente na água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Um administrante apropriado: um devidamente autorizado por uma igreja do Novo Testamento.
A História está repleta da mais dolorosa prova que sempre que e onde quer que os batistas enfraquecem e se compromissam a receber imersão estranha por amor de ganharem membros doutras denominações, abrem as comportas do ensino errôneo e práticas perniciosas entre nossas igrejas, todas as quais levam logicamente a comunhão livre e a abolição das igrejas do Novo Testamento, Se isto fosse possível.
A constituição da Associação Batista do Condado de Pinellas provê pela comunhão de igrejas batistas regulares; portanto, afirmamos nossa convicção nas práticas honradas pelo tempo: que a ordenança do batismo é uma ordenança do Novo Testamento, válida quando administrada devidamente por um autorizado por uma igreja do Novo Testamento. É fundamentalmente errado que qualquer indivíduo ou instituição podem usurpar a autoridade dada a uma Igreja do Novo Testamento para administrar suas ordenanças. Não temos mais direito de desconsiderar as Escrituras em referência ao administrante do que teríamos de mudar o modo de batismo”.
Nestas citações de Associações Batistas cobrimos o Norte, Leste e Sul. Não demos senão um pequeno fragmento do material em mão. Se o incluímos todo, este livro teria de ser aumentado muito além dos limites que estabelecemos para ele. Contudo, deu-se bastante para provarem-se conclusivamente três coisas:
Primeira: que os antigos patriarcas batistas americanos rejeitaram o batismo estranho e pelo que creram houve fundamentos escriturísticos.
Segunda: eles creram que os batistas, ou anabatistas, também o rejeitaram através dos séculos. Terceira: consideraram aqueles poucos que o aceitarem como trazendo uma inovação inescriturística que foi divisiva, prejudicial e que resultaria eventualmente na desintregação dos batistas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

17.43. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

O esboço dos seus argumentos é como segue:
1. A Igreja Apostólica marcha por todos os séculos até ao fim do mundo e é a única verdadeira igreja evangélica.
2. Desta igreja Cristo é o único Cabeça e a verdadeira fonte de toda a autoridade eclesiástica.
3. Os ministros do Evangelho são servos da igreja, são todos iguais e não tem poder de senhorio sobre a herança do Senhor.
Tendo estabelecido estas proposições, ele infere o seguinte:
1. Que todas as igrejas e todos os ministros que se originaram desde os apóstolos, e não sucessivamente a eles, não estão na ordem do Evangelho e, portanto, não podem ser reconhecidos como tais.
2. Todos que se ordenaram para a obra do ministério sem o conhecimento e a chamada da igreja, por papas, concílios, etc., são as criaturas dos que os constituíram e não são servos de Cristo ou de Sua igreja; logo, não tem direito de lhes administrar.
3. Que os que puseram de lado a disciplina do Evangelho e deram leis a igreja, exercendo domínio sobre ela, são usurpadores do lugar e do ofício de Cristo, são contra Ele; logo, não podem ser aceitos nos seus cargos.
4. Que os que administram contrariamente à sua própria fé, ou a fé evangélica, não podem administrar para Deus; uma vez que, sem a fé evangélica eles nada tem a administrar e, sem a sua própria, Deus não aceita nenhum serviço; portanto, as administrações de tais são imposições sem garantia de qualquer modo.
Nossas razões, portanto. para rejeitarmos o batismo por imersão, quando administrados por ministros pedobatistas, são:
1. Que se ligam a igrejas claramente fora da sucessão apostólica, portanto, claramente fora da comissão apostólica.
2. Que derivaram sua autoridade por ordenação dos bispos de Roma ou de indivíduos que tomaram a si mesmos dá-la.
3. Que sustentam nas igrejas mais elevada posição do que os apóstolos sustentaram, não são responsáveis a elas e, por consequência, não julgáveis por elas, mas a si mesmos e entre si mesmos se entendem.
4. Que todos eles, como pensamos, administram contrariamente ao paradigma do Evangelho e alguns, onde a ocasião se ofereça, agirão contrariamente a sua fé professada”.
Ao claro, doutrinário, histórico e irrespondível estatuto supra do Dr. Jessie Mercer ele acrescenta polêmicamente, antecipando as objeções que alguns pudessem levantar ao seu argumento Gibraltar pela fé de nossos pais.
“Mas dir-se-ia que a sucessão apostólica não pode ser firmada e então é próprio agir sem ela. Dizemos que a perda da sucessão nunca pode prová-la fútil, nem justificar alguém fora dela. Os pedobatistas em suas próprias histórias admitem que são dela; nós não, e não nos julgamos a nós mesmos com direito à pretenção até que o contrário seja mostrado claramente. E pensaria alguém que autoridade derivada da Mãe das Meretrizes basta para qualificar para administrar uma ordenança do Evangelho? Serão tão caridosos de não condenar-nos por professarmos o que se deriva de Cristo. E fosse alguém defender ainda mais absurdamente que a ordenação recebida de um indivíduo basta, deixamo-los mostrarem qual é o uso da ordenação e porque ela existe. Se alguém pensar que uma administração que não tem o modelo evangélico é suficiente, deixarão que ajamos segundo a ordem divina impunemente. E se se disser que a fé do candidato é tudo que se necessita, pedimos para exigí-la onde as Escrituras a exigem, isto é, em toda a parte”. Querendo dizer sem dúvida, no administrante bem como no candidato, na igreja que autoriza bem como no administrante”.
Encerramos este recorde concernente aos Anabatistas e à imersão estranha no Estado de Georgia com este pronunciamento da Convenção Batista de Georgia, reunida em Macon em 1872: “Batismo é a imersão do crente em Jesus Cristo por um administrante autorizado, em nome da Trindade. Semelhante batismo é prerequisito à comunhão da igreja e à admissão à mesa do Senhor. Pessoas não batizadas, não sendo membros da igreja, não podem ser investidas de autoridade para administrarem ordenanças; logo, imersões executadas por elas são nulas e inúteis. A sinceridade do candidato não pode suprir a falta de autoridade do administrante”.
Viramos agora dos Batistas da Georgia para os da Louisiana. A Associação de Louisiana Concord foi constituída em 1832 e nesse mesmo ano escreveu o seguinte na sua constituição: “Cremos que crentes são os únicos sujeitos próprios e a imersão o único ato escriturístico de batismo. E os únicos administrantes legais da ordenança são os regularmente ordenados, ministros do Evangelho, em ampla comunhão com os batistas unidos”.
A Associação de Red River de Louisiana foi constituída em 1848 e entrosou nos seus artigos de fé o seguinte: “Resolvido: Que na opinião desta Associação um administrante apropriado e qualificado é essencial ao batismo escriturístico”.
“Resolvido: Que a autoridade de uma igreja batista ordenadamente é uma qualificação essencial para autorizar alguém a administrar o batismo".
“Resolvido: Que as imersões executadas por administrantes não autorizados por uma tal igreja não deveriam ser recebidos pelos batistas”.
Virando para Mississippi, a Associação do Mississippi foi constituída em 1806. Em 1839 escreveram nas suas atas: “Resolvido: Que na opinião desta Associação há tres coisas necessárias para constituírem batismo evangélico, a saber, administrante autorizado, um crente em Cristo e imersão em o nome da Santa Trindade; que aqueles ministros que foram excluídos de nossa comunhão por imoralidade ou heresia não são administrantes apropriados e, consequentemente, imersões admimstradas por campbelitas, ou mestres reformados (como a si mesmos se chamam) não são batismos válidos”.
Kentucky, o campo de batalha da guerra entre os estados, brancos e índios, foi também o campo de batalha dos batistas. Aqui se infiltram do Norte essas heresias modernas que em o Norte são tão prevalecentes, imersão estranha, comunhão livre e livre fraternidade. Estas ondas de maré alta tem sido rebatidas de tempo em tempo e Kentucky no Sul como uma verdadeira Verdun, afastando estas marés de invasão. Devera o Sul ser grato a Kentucky por repudiar e afastar estas vagas recurreites de heresia moderna.
Antes de assumirmos a história dos Batistas de Kentucky na questão da imersão estranha, desejamos chamar a atenção para o fato que tão tarde como 1784 os Batistas de Kentucky foram chamados Anabatistas pelos historiadores. O Dr. W. D. Nowlin na sua História Batista de Kentucky faz esta interessante exposição: “John Filson, na sua história de Kentucky, data da qual é 1784 diz na página 301, ao falar das maneiras e costumes do povo de Kentucky: Eles tem uma diversidade de maneiras, costumes e religiões que em tempo podem, talvez, ser modificadas para uma só”. Ele então ajunta: “Os Anabatistas foram os primeiros que promoveram culto público no Kentucky”. Vale a pena notar que os Batistas, tão tarde como 1784, foram chamados Anabatistas por este historiador. Isto mostra que a gente agora chamada Batista foram uma vez chamados Anabatistas”.
Elkhorn, a mais velha Associação no Estado, constituiu-se em 1785. Em 1802 vem a esta associação esta pergunta da Igreja Batista de Elkherton do Sul: “Que constitui batismo válido?”
Resposta pela Associação: “O administrante devera ter sido ele mesmo batizado por imersão, legalmente chamado para pregar o Evangelho e ordenado como a Escritura dita; o candidato ao batismo faria uma profissão de fé em Jesus Cristo e seria batizado em o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo por mergulhar o corpo inteiro em água”.
A Associação de Long Run constituiu-se em 1803. Em 1804 veio uma pergunta da Igreja de Union Spring: “E coerente com a ordem do Evangelho qualquer igreja que for membro desta Associação convidar e permitir a um pregador admimstrar às ordenanças, se não estiver em união conosco, e negar a doutrina sobre a qual estamos constituídos?”
A Associação respondeu inequivocamente: “Não”.
A Associação de Russell Creek, constituída em 1804, passou em 1871 o seguinte: “Resolvido: Que a Associação não considere qualquer pessoa batizada a menos que tenha sido imergida na água em nome da Trindade pela autoridade de uma Igreja Batista regularmente organizada”.
A Associação de West Union, constituída em 1834, trouxera perante ela, em 1846, o assunto da imersão estranha. As igrejas foram avisadas de não receberem aplicantes à fraternidade a menos que tivessem sido legalmente batizados por um ministro batista.
A Associação de Little Bethel, constituída em 1836, teve em 1854 a questão trazida perante eles pela Igreja Liberty e respondeu: “Avisamos as igrejas de nossa Associação de não receberem a ninguém na sua comunhão que não tiver sido batizado por um ministro batista regularmente ordenado”.
A Associação Liberty, constituída em 1840, diz em 1867: “Como algumas igrejas batistas tem reconhecido a validade do batismo de pedobatistas e Campbelitas, recebendo membros dessas congregações sem reimergí-los, resolveu, portanto, que avisemos e aconselhamos nossos irmãos da Associação de Liberty que se abstenham desse erro e que não deixem de entrar com o seu protesto contra o erro de tais imersões”.
A Associação Greenup, constituída em 1841, passou o seguinte em 1880: “Resolvido: que não nos corresponderemos com outras Associações que receberem imersões estranhas”. A Associação de North Concord, organizada em 1843, adotou o seguinte em 1873: “Resolvido: que não receberemos nem comungaremos com igrejas que recebem membros de outras denominações sem rebatizá-los".

domingo, 20 de novembro de 2011

17.42. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 14 - RETENDE ATÉ QUE EU VENHA
Falamos dos batistas das Associações de Filadélfia e Nova Iorque, sua atitude para com a imersão alheia até 1850. Viemos agora falar de outras seções do país. Da Associação de Dover, Virginia, reunida em 1844, temos este arquivo: “Pelos que muitos indivíduos que foram imersos por um ministério pedobatista desejam unir-se com a Igreja Batista Africana em Williamsburg, e a igreja deseja conselho quanto à propriedade de sua recepção: Resolve, portanto, que, em vista do conselho buscado pela Primeira Igreja Batista Africana de Williamsburg, recomendamos, segundo decisão desta Associação na sua reunião em Clark’s Neck, e subsequentemente era Emaus, que os indivíduos referidos não sejam recebidos”. Esta é a Associação a que pertenceram Broadus, Jeter e Ryland.
A Associação de Sandy Creek na Carolina do Norte, foi constituída em 1758 e é a terceira mais velha nos E. U. A. Em 1839 veio-lhes esta consulta da Igreja de Pleasant Grove: “É consistente com o espírito do Evangelho e segundo as Escrituras qualquer Igreja Batista Regular receber na sua comunhão qualquer membro ou membros de outra denominação que tenham sido batizados por imersão, sem rebatizá-los”?
Resposta: “Pensamos que não é. O voto deste inquérito foi unânime. Os batistas são a única denominação que não estão culpados de cisma, de fazerem divisão quando vieram a existir. Eles existem antes de qualquer denominação pedobatista agora em existência. Os batistas nunca bandearam de qualquer outra denominação. Todas as outras bandearam de Roma ou doutra: fizeram uma divisão quando vieram a existir: em vez de receberem o seu batismo como válido, são para serem marcados e evitados por causarem divisões. Romanos 16:17.
Não podemos admitir a validade do seu batismo sem admitirmos que eles são verdadeiros escriturísticos, igrejas evangélicas; se fazemos isto, nós nos desigrejamos, porque Deus jamais estabeleceu ou autorizou senão uma só denominação cristã. Ele não é autor de confusão, ou de igrejas antagonísticas. Os batistas são a única denominação que pode pretender descendência das igrejas apostólicas, ainda que a igreja perseguida e testemunhante que fugiu para o deserto por 1260 anos. Apocalipse 12:6 e 14.
Que os Batistas descenderam desta verdadeira igreja suscetível é da mais clara prova. Isto não é verdade de qualquer outra denominação. Sabemos todos, o dia quando, e o homem ou homens que as levantaram, e nenhuma existiu antes de 1500 AD. As ordenanças não podem ser validamente administradas ao mesmo tempo por batistas e pedobatistas. Deus não é autor senão de um deles, consequentemente não podemos receber batismo administrado por eles sem repudiamos as ordenanças administradas por nós mesmos”.
Não é necessário comentário; todavia, adicionaríamos uma consulta; Se essa é a fé de nossos pais, e a Associação da Carolina do Norte assim o diz, é essa vossa fé?
Tão cedo como 1773 estabeleceu-se uma colônia de batistas no que eram então conhecidos como êrmos da Georgia, dos quais o Rev. Lewis de Margate, Inglaterra disse: “Estes são os descendentes dos Anabatistas moravianos nas novas plantações da Georgia”. A primeira igreja estabelecida na Georgia foi conhecida por Igreja Anabatista Kioka. A Associação mais antiga no Estado. A Associação de Georgia, permaneceu sempre contra a imersão estranha. A Yellow River, uma das mais antigas associações no Estado, tem na sua confissão de fé este estatuto: “O Batismo na água e a Ceia do Senhor são ordenanças do Evangelho para serem continuadas até à segunda vinda do Senhor e para serem administradas só por ministros batistas ordenada e regularmente ordenados”. Em 1789 Jessie Mercer foi ordenado para o ministério batista. Dr. J. H. Grime diz dele: “Por um longo período de tempo foi ele modorador da velha Associação de Georgia. Foi ele que estabeleceu o Index Cristão. Foi ele que estabeleceu a Universidade de Mercer. Foi ele que depôs os seus milhares no altar para educação e missões, iniciando assim a influência que fez da Georgia o grande Estado Missionário que é. Em 1811 ele escreveu a carta circular da Associação de Georgia sobre A Iqreja e Suas Funções.

sábado, 19 de novembro de 2011

17.41. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 13 - GUARDA, QUE HOUVE DE NOITE?
“Guarda, que houve de noite?
Guarda, que houve de noite?
O guarda disse: A Manhã
Vem e também a noite.
Se quereis inquirir, inquiri-vos.
Voltai, Vinde!”.
Com mil e novecentos anos de gloriosa história escrita com sangue, alguém pensaria que houve algumas coisas entre os Batistas que foram ajustadas para sempre e que uma dessas coisas seria a questão de receber-se batismo estranho, a qual foi a primeira questão que se levantou para causar uma divisão nas fileiras dos seguidores de Jesus, permanecendo uma questão divisiva através dos séculos. A vigilância eterna é, porém, o preço da liberdade. Uma geração, parece não pode aprender de outra. Cada uma deve aprender na árdua escola da experiência. Nos últimos dias há certos homens que se esgueiraram em nossas igrejas, os quais, por expediente, ou por alguma outra razão, comprometeriam este princípio que pelos séculos tem sido o reduto de nossa fé batista, princípio pelo qual nossos pais morreram.
Que tem sido e qual é a situação nos estados nordestinos da América? O Dr. J. H. Grime deu a resposta a esta pergunta nesta afirmação concisa: “Até menos que um século os Batistas da América, como denominação, ficaram solidamente contra a recepção da Imersão Estranha. Dentro da primeira metade do século dezenove o sentimento contrário deu de se impor até hoje, uma porção dentro da denominação a desculparão, enquanto alguns esposam abertamente a causa de Imersão Estranha”.
Consideremos a evidência para vermos se esta afirmação está de acordo com os fatos. A Associação de Filadélfia abarcou quase todas as igrejas da Pensylvânia, Nova Jersey, Delaware e Maryland com algumas da Virginia e Nova Inglaterra. Esta Associação foi constituída em 1707. Em 1742 adotaram a Confissão de Fé de Filadélfia. Esta, com poucas mudanças, era a antiga Confissão de Fé de Londres. O vigésimo-oitavo Artigo reza como segue: “O Batismo e a Ceia do Senhor são ordenanças de instituição positiva e soberana, indicadas pelo Senhor Jesus, o único Legislador, para serem continuadas na Sua Igreja até ao fim do mundo. Estas santas indicações são para serem administradas por aqueles somente que estão qualificados e para o fim chamados, segundo a comissão de Cristo”.
Notai a expressão empregada: “na Sua Igreja até ao fim do mundo”. Se considerarem outras denominações na Sua igreja, concederam-lhe o direito de batizar, por a mesa do Senhor e fazer qualquer outra coisa que Sua Igreja tem o direito de fazer. Se não as consideram “na Sua Igreja”, então lhes negam o direito de batizar. Como interpretaram esta linguagem?
Em 1787, quarenta e cinco anos depois de adotarem este instrumento, a Primeira Igreja Batista de Nova Iorque mandou-lhe esta pergunta: “Deveria alguém previamente imerso por uma profissão de fé em Cristo, apresentando-se à comunidade em uma de nossas Igrejas, ser recebido ao seu batismo, administrado por um que não foi batizado por imersão?” A matéria foi deixada por um ano e na próxima reunião deram esta resposta: “Julgamos tal batismo nulo e falho”. Isto porém, é um caso. Muitos outros há que podiam ser dados. Outra vez pelo tempo esta velha Associação recusou-se considerar a imersão estranha. E não só isso: recusaram-se considerar a ordenação estranha. Um tal Henry Loach, pregador presbiteriano, unido à Igreja Batista Memorial de Filadélfia, foi batizado pelo pastor, Dr. Henson. Convocou-se um concílio para considerar esta ordenação. O Dr. J. Wheaton Smith apresentou uma resolução reconhecendo e endossando a validade da ordenação presbiteriana. Isto levou a uma discussão acesa e a votação foi de dois a favor e cincquenta contra.
O Dr. Spencer H. Cone, em 1845, foi pastor da Primeira Igreja Batista da Cidade de Nova Iorque. As citações seguintes são de uma carta que ele escreveu a outra igreja sobre a mesma pergunta: “Caros Irmãos: A pergunta que fazeis me foi apresentada em julho pelo Irmão Tripp, Jr., de vossa igreja. Respondi que, na minha opinião, o batismo válido só podia ser administrado por um ministro devidamente autorizado. Também afirmei minha impressão que as igrejas batistas regulares da Inglaterra e dos Estados Unidos tinham sustentado o mesmo sentimento. Primeiro, então, que tem sido o sentimento das igrejas batistas regulares da Inglaterra e dos Estados Unidos sobre este assunto? Os ministros e mensageiros de mais de cem congregações batistas da Inglaterra e de Gales (negando o arminianismo) reunidos em Londres, de 3 a 11 de julho de 1689, publicaram o que chamam “A Confissão de Fé” e recomendaram seu exame, não só uns membros de nossas igrejas, mas a todos os outros cristãos que de nós diferiam. Entre estes ministros tendes os nomes de Knollys, Kiffin, Keach, Collins, Harris, Gifford, Vaux, Price, Finch e uma hoste de outros, cujo louvor estava em todas as igrejas batistas regulares, a saber, os opostos à redenção geral e à comunhão livre. Sob a epigrafe “batismo”, entre outras coisas, sustentaram que seja administrada somente pelos que estão qualificados e para isso chamados.
“Formou-se a Associação de Filadélfia em 1707 e adotou com alteração a Confissão de Londres de 1689, de modo que, nos E. U. A., tem ido com o nome de Confissão de Fé de Filadélfia. Desde esse período o mais das associações nos estados centrais se tem formado sobre o mesmo programa. A Associação de Nova Iorque, organizada em 1791, tem sempre sustentado as idéias que eu advogo. Em 1821, o ponto particular perante nos foi discutido e resolvido em resposta a um inquérito de uma das igrejas, igual ao contido em vossa carta. O Sr. Parkinson foi indicado para escrever uma carta-circular sobre o batismo na qual ele mantinha a imersão de crentes professantes por um ministro batista como essencial ao batismo evangélico”.
“Após adoção desta circular, passou uma resolução sustentando que, conquanto consideravam a consulta suficientemente respondida na circular, ainda assim, lembram a opinião da Associação: que as igrejas batistas fariam melhor em nunca receberem pessoas, quer como membros ou mesmo como comungantes transitórios, sobre tal batismo, a saber, por administrantes inimergidos. Muitas razões se entrozam na resolução de sustentar a opinião dada, como a desunião, inconveniência, inquietude, etc., que sempre se tem levantado nas igrejas que recebem tais membros. Mas a base de sua opinião está assim assentada em palavras plenas: “Administrantes pedobatistas, tanto quanto podemos ver, estão ignorados nas Santas Escrituras. E isso é só tanto quanto posso ver e nada mais”.
“A Primeira Igreja nesta cidade, da qual sou pastor, foi fundada em 1745 e, como a Bíblia não mudou, ela ainda adere à sua confissao de fé original. O artigo sobre o batismo, encerra-se assim: “Que nada é uma administração escriturística do batismo senão uma imersão total do candidato na água em nome da santa Trindade por um homem devidamente autorizado a administrar ordenanças evangélicas”. Mateus 28:19-20. Atos 2:40-42. A acão desta igreja durante um século tem sido a de rejeitar, como inválido, o batismo administrado por um celebrante inimergido. Durante minha residência em Maryland e Virginia, as Associações de Baltimore, Columbia e Ketocton (que eu frequentei por oito ou dez anos e fui pessoalmente conhecido por todos os ministros pertencentes a elas) sustentaram o mesmo sentimento. O assunto foi invocado na Associação quando eu era pastor da Igreja Batista de Alexandria, D. C., assim: Um Sr. Plummer, do Oriente distante, batista liberal, ou cristão, como ele a si mesmo se chamava, imergiu um número de pessoas na Virginia e fundou uma igreja batista. Batizou em o nome do Pai, do FiIho e do Espírito e todavia negava a divindade do Filho. Num ano ou dois ele partiu de nossas fronteiras, os seus discípulos debandaram. Alguns destes, realmente convertidos, desejaram ligar-se com alguma igreja batista na visinhança. A igreja e o pastor da igreja de Alexandria, estando satisfeitos com a experiência cristã e o comportamento de dois deles, recebeu-os por batismo por mim administrado em nome de nosso Deus, Pai, Filho e Espírito, coiguais e coeternos, não mas considerando o seu batismo por Plummer como batismo cristão do que deveríamos se tivessem sido batizados por um mulçumano em nome de Maomé. Estas associações, pois, sustentaram que o batismo válido deve ser administrado não só por um ministro imergido senão também em boa e regular relação dentro de nossa denominação.
Na primeira parte de nosso ministério fui intimamente conhecido de Gano, Baldwin, Holcomb, Staughton, Williams, Richards, Fristoe, Mercer e muitos outros agora na glória. Não lhes ouvi nunca insinuar, sequer, que o batismo por um ministro pedobatista abrisse a porta de uma igreja batista regular. Tratos indispensáveis obrigam-me a terminar. Que haja agora muitos pastores e igrejas opostos às minhas idéias, sei, dolorosamente o sei, mas tudo isto não me convence de que nossos pais estiveram enganados nesta matéria. Devo ser feito outra vez de novo antes que eu diga ser isso batismo válido quando nem o administrante, nem os que o ordenaram, creram no batismo de crentes como qualquer parte da comissão e nunca se submeteram ao mesmo em obediência ao mandamento do Rei de Sião.
Afetuosamente,
Vosso irmão nos vínculos do Evangelho
S. H. CONE.
Nova Iorque, 30 de setembro de 1845.
Há algumas coisas nesta carta para as quais eu especialmente chamaria vossa atenção. Uma é que aqui estava uma igreja cujo pastor afirma que, em 1845, que há cem anos ela esteve firme solidamente contra a imersão estranha. Essa foi a Primeira Igreja Batista da Cidade de Nova Iorque. Segundo, que o pastor vivera previamente em Maryland, Virginia, Baltimore, Columbia e Ketocton, nas suas Associações, conheceu delas todos os ministros e todos sustentavam a mesma idéia sobre imersão estranha. Terceiro, que em 1845 alguns dos que sustentavam idéia diferente estavam esgueirando-se na denominação. Quarto, que os nossos pais opuseram-se à imersão estranha, que a Escritura não mudara e, portanto, ainda que alguns batistas assim chamados tivessem apostatado, ele não estava convencido de que nossos pais estiveram enganados, que a Escritura deveria ser violada só para agradar aos homens e conciliar as outras denominações.
Aí, Aí de mim! A que chegamos nestes últimos dias! Quando a Igreja de Riverside na Cidade de Nova Iorque ignora inteiramente a questão do batismo, advogando a comunidade franca e por todo o Norte centenas de igrejas batistas assim chamadas que não enfatizam o administrante, mas concedem que outras denominações tanto são igrejas de Cristo como os batistas e tem tanto direito de administrarem o Batismo e a Ceia do Senhor como os batistas. Não admira que em o Norte a causa batista fornece o número de batistas não emparelha com o de outras denominações que ensinam o erro juntamente com um mínimo de verdade. “E ao anjo da igreja de Éfeso escreve: “Estas coisas diz Aquele que empunha na Sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro. Sei tuas obras, o teu trabalho, a tua paciência, e como não podes aturar os maus; e provaste os que dizem ser apóstolos e o não são; achaste-los mentirosos. Sofreste e tens paciência; trabalhaste pelo meu nome e não te cançaste. Não obstante, tenho algo contra ti; que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde decaíste e arrepende-te e pratica as primeiras obras; senão, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se te não arrependeres. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

17.40. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
A Virginia foi fundada por sustentadores da Igreja de Inglaterra em 1606 e durante cento e oitenta anos, até 1786, os Batistas sofreram perseguição e não gozaram de liberdade religiosa. A carta provia: “Os presidentes, concílios e ministros proverão para que a verdadeira Palavra e serviço de Deus sejam pregados e usados segundo os ritos e doutrinas da Igreja da Inglaterra”.
O sanguinário código do 1611 exigia que homens e mulheres na colônia fossem ao pároco e dessem conta de sua fé e religião, a qual, se não satisfatória, fossem requeridos virem mais vezes a ele para instrução. Se recusassem. O governador tê-los-ia açoitados pela primeira ofensa. Por uma segunda recusa era para serem açoitados duas vezes e reconhecerem sua falta no domingo à congregação. Pela terceira ofensa era para serem açoitados todos os dias até que concordassem.
Em 1662 foi passada a seguinte lei: “Enquanto muitos cismáticos, por sua aversão à religião ortodoxa estabelecida, ou por novos conceitos de suas próprias invenções heréticas, recusam ter seus filhos batizados: Seja portanto sencionado que todas as pessoas que em desprezo do divino sacramento do batismo recusarem levar seus filhos a um ministro legal no país para os terem batizados, sejam multadas em duas mil libras de tabaco, metade ao público”.
O feroz antagonismo aos batistas na Virginia levantou a indignação tanto de James Madison como de Thomas Jefferson. Madison escreveu: “Esse princípio diabólico, de concepção infernal, de perseguição, ruge entre alguns e para sua eterna infâmia o clero pode fornecer sua quota de imposições para tais fins. Há agora no país adjacente nada menos de cinco ou seis homens bem esclarecidos em cárceres fechados por publicarem seus sentimentos religiosos, as quais, no todo, são muito ortodoxos”.
Em 1785 os Batistas apresentaram a Madison sua declaração de princípios e rogaram-lhe que ele os encorporasse num memorial à legislatura. A influência de Madison, juntamente com a de Jefferson, prevaleceu, e em 1786, Jefferson preparou e conseguiu a passagem pela Assembléia Geral de Virginia do Ato de Liberdade Religiosa, do qual uma parte é como segue: “Seja portanto sancionado pela Assembléia Geral que nenhum homem será obrigado a frequentar ou sustentar qualquer culto religioso, lugar ou ministério sejam quais forem; nem será forçado, restringindo, molestado ou onerado no seu corpo ou bens, nem sofrerá doutra maneira devido suas opiniões ou crenças; nem por seus argumentos manter suas opiniões em matérias de religião, e que as mesmas de modo algum diminuirão, alargarão, ou afetarão suas capacidades civis”.
Conquanto O Senhor Jefferson não fosse batista e, na verdade, nem crente nos eventos milagrosos recordados na vida de Jesus, estava ele profundamente impressionado e influenciado pelo espírito de democracia e liberdade religiosa que prevalecia entre os batistas.
Foi o seguinte comunicado ao Christian Watchman há quase cem anos pelo Rev. Dr. Fishback de Lexington, Kentucky: “Sr. Redator: as seguintes circunstâncias ocorridas no Estado de Virginia, relativas ao Senhor Jefferson, foram a mim pormenorizadas pelo Ancião Andrew Tribble, faz uns seis anos, o qual depois morreu quando na idade de noventa e dois ou tres anos. Os fatos podem interessar alguns dos seus leitores. Andrew era pastor de uma pequena igreja batista com reuniões mensais a pequena distância da casa do Senhor Jefferson, oito ou dez anos antes da Revolução Americana. Senhor Jefferson frequentou as reuniões da igreja várias meses em sucessão. Depois de uma delas Jefferson pediu ao Ancião Tribble para ir à sua casa e jantar com ele, com o que concordou.
O Senhor Tribble perguntou ao Senhor Jefferson se estava satisfeito com o governo da sua igreja. Jefferson respondeu que isso o tocara com grande força e muito o interessara, que considera isso a única forma de democracia pura que então existia na terra, que concluira que isso seria o melhor plano de governo para as colônias da América. Foi isto diversos anos antes da Desclaração de Independência”.
O Juiz Story, no seu tempo o mais eminente dos juristas americanos, diz: “A Roger Williams pertence a fama de estabelecer neste pais, em 1636, um código de leis em que lemos pela primeira vez, desde que o cristianismo subiu ao trono dos césares, a declaração que a consciência deverá ser livre e o homem não deveria ser punido por adorar a Deus de qualquer maneira em que ela fosse persuadida que Ele requeresse”.
Bancroft, o historiador, diz: “Roger Williams tinha então um pouco mais de trinta anos, mas sua mente já tinha maturado a doutrina que lhe assegura a imortalidade da fama, pois sua aplicação deu paz religiosa ao mundo americano”.
Gervino, o mais astuto historiador da Alemanha no seu tempo, ajunta este testemunha: “De acordo com estes princípios, Roger Williams insistiu, no Massachusetts, em conceder inteira liberdade de consciência, inteira separação da igreja e do estado. Foi, porém, obrigado a fugir e em 1636 formou em Rhode Island uma pequena e nova sociedade em que se concedia perfeita liberdade de fé e em matérias de fé e em que regulava a maioria nos negócios civis. Aqui, num pequeno estado, os princípios fundamentais de liberdade política e eclesiástica prevaleceram antes de serem ensniados em qualquer das escolas de filosofia da Europa. Naquele tempo o povo predizia apenas uma vida efêmera para estes princípios democráticos: sufrágio universal, eligibilidade universal ao ofício, mudança de regentes anualmente, perfeita liberdade religiosa e a doutrina miltoniana dos cismas. Mas estas idéias e estas formas de governo não só se mantiveram aqui, mas precisamente deste pequeno estado estenderam-se por todos os Estados Unidos, conquistaram as tendências aristocráticas na Carolina e Nova Iorque, a Alta Igreja na Virgínia, a teocracia no Massachusetts e a monarquia em toda a América. Deram leis ao continente e, formidáveis pela sua influência moral, jazem no fundo de todos os movimentos democráticos que agora estão abalando as nações da Europa”.
Revendo esta sombria história da América, somos constrangidos a perguntar: estas atrocidades tiveram lugar na América, a terra dos livres e o lar dos bravos? Somos constrangidos a fazer esta observação: que o despotismo no governo e o despotismo na religião caminham de mãos dadas, e sempre que rendemos nossa democracia no governo, rendemos nossa liberdade na religião. Testemunhem Stalin na Rússia, Hitler na Alemanha, Mussolini na Itália e admoestem-se firmai com os Anabatistas, os rebatizadores dos séculos, que sempre batalharam pela democracia no governo e pela liberdade na religião.
Eles galgaram a subida íngreme ao céu
Através de perigo, luta e dor;
Ó Deus, graça nos seja dada, a nós, Para seguirmos nas suas pegadas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

17.39. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 12 - OS ANABATISTAS DEPOIS DA REFORMA
Por uns cem anos depois da reforma a igreja da Inglaterra batizou por imersão. Contudo, a despeito disto, os batistas da Inglaterra objetaram ao seu batismo sobre os fundamentos que os anglicanos vieram de Roma, era uma igreja apóstata, logo, não qualificada para administrar o batismo.
Quando os brownistas deixaram a Igreja Inglesa, objetaram a sua hierarquia, litúrgica, constituição e governo, mas aceitaram-lhe o batismo. Houve um John Smyth que se separou deles neste ponto, discutindo com eles que se a igreja era apóstata, como filha de Roma, não estava, portanto qualificada para administrar o Batismo e a Ceia do Senhor. O bispo Hall pulou na controvérsia entre Smyth e os brownistas e enquanto esfolava Smyth, repreendia os brownistas com estas palavras: “Vós que não podeis aturar uma igreja falsa, por que vos contentais com um sacramento falso, uma vez que, especialmente, (como disputais) a Igreja Inglêsa não é igreja e o seu batismo, portanto, uma nulidade? Ele (Smyth) diz-vos a verdade, vossa condição é insegura: ou deveis adiantar-os para ele ou voltar-vos para nós. Deveis adiantar-vos para os anabatistas ou voltar-vos para nós. Todos os vossos rabinos não podem responder a essa acusação do vosso irmão rebatizado”.
Há uma história que Smyth, desacreditando todo o batismo na Inglaterra, foi a Holanda para descobri-lo e, finalmente, batizou-se. Esta história esta desmentida tanto por Orchard como por Christian. Se verdadeira ou não, mostra que a questão tanto na Inglaterra como na Holanda estava acesa por este tempo. Para se saber definitivamente como os batistas ingleses estavam nesse tempo na questão da imersão estranha, só temos de olhar a sua afirmação doutrinária escrita em 1689: “O Batismo e a Ceia do Senhor são ordenanças de instituição positiva e soberana, indicadas pelo Senhor Jesus, o único legislador, para serem continuadas na Sua agreja até ao fim do mundo, Estas santas indicações são para serem administradas por aqueles que estão qualificados e portanto chamados, segundo a comissão de Cristo”.
Um dos nomes afixados a esse documento doutrinário é o de William Kiffin, que foi pastor de uma igreja batista no Devonshire durante sessenta e um anos até sua morte em 1701.
Atos de perdão geral foram publicados na Inglaterra em 1538, 1540 e 1550. Ladrões e vagabundos receberam o favor real, mas os batistas foram excluídos. Sob Maria Sanguinária jorrou sangue de veias batistas e a Rainha Isabel seguiu o exemplo do seu ímpio pai e, como ele, baniu batistas, dando-lhes vinte dias para deixarem o reino. Por duzentos anos, segundo arquivos forenses, os batistas foram perseguidos na Inglaterra.
Froude, historiador, falando de alguns batistas, queimados vivos, diz: “Foram-se os pormenores, foram-se os seus nomes. Pobres holandeses e é tudo. Escassamente o fato parece digno de menção, tão brevemente esta contado num parágrafo passageiro. Por eles não se agitou a Europa, nenhuns tribunais guardaram luto, nenhuns corações reais tremeram de indignação. Na sua morte o mundo contemplou complacente, indiferente, ou exultante. Todavia, aqui, também, dentre 25 pobres homens e mulheres, acharam-se catorze que por nenhum terror da fogueira ou da tortura puderam ser tentados a dizer que criam no que não creram. Para eles a História não tem uma palavra de louvor; contudo, eles também, não estavam dando o seu sangue em vão. Suas vidas podiam ter sido tão inúteis como as da maioria de nós. Na sua morte ajudaram a pagar o preço para aquisição da liberdade inglesa”.
E assim a batalha contra os anabatistas passou de século a século. Os católicos podiam perseguir episcopais e estes no poder perseguir católicos, mas ambos fundiram-se na sua animosidade e perseguição dos batistas. Nem a Alemanha, nem a Inglaterra lhes deram pouso aos seus pés, ao passo que a Espanha, a França e a Itália foram um holocausto de perseguição. Pensamos na crueldade de Herodes que trucidou as crianças masculinas de Judá, e nos arrepiamos só de pensar, mas isso foi só uma pequena província. Pelos séculos afora, por todo o continente europeu, bem assim na Inglaterra, centenas de milhares de crianças sucumbiram a fome e ao frio, enquanto suas mães peregrinaram para perecerem nas florestas e montanhas, e por sobre todo o continente podia ser ouvido o clamor das Raquéis lamentando por seus filhos. E por que? Porque esses anabatistas afirmaram que eles era a única igreja escriturística e o seu batismo o único batismo escriturístico.
Morreram eles em vão? Foram mártires do fanatismo, ou de um princípio tão velho como o próprio cristianismo? Vós, que hoje vos chamais a vós mesmos batistas, atirareis fora essa herança sem apreço que os de ontem conservaram para vós a custa de perseguição, martírio e morte? Quando procedeis assim, não só os marcais com ferro em braza como fanáticos, mas abdicais o princípio que nos distingue e os batistas se tornam apenas um ramo da Igreja Universal, sem outra autoridade para administrarem as ordenanças que Roma apóstata ou sua filha, a igreja da Inglaterra, nascida na mente perversa de Henrique VIII.
Mais que cem anos prévias a este período a América fora descoberta, mas foi um longo período antes da colonização assumir quaisquer proporções e tornar-se permanente. Mas, por esse tempo, quando a perseguição estava tão comum no continente e na Inglaterra, multidões, buscando escapar das perseguições de Roma, de Calvino, de Lutero e da Igreja Inglesa, e achar liberdade religiosa e livramento das perseguições do novo mundo, de vários portos embarcaram em navios e cruzaram os mares. Aqui vieram os peregrinos, os irmãos de Plymouth, os huguenotes, e aqui vieram, como tiveram oportunidade, os pobres e oprimidos anabatistas, os quais não encontraram lugar na Europa onde pudessem adorar a Deus segundo os ditames de suas próprias consciências.
Mas é a irônia da história que, em o novo mundo, os perseguidos tornaram-se perseguidores, de fato todos, salvo os batistas. O mundo está familiarizado com a história de Roger Williams, vagando pelas neves da Nova Inglaterra com o seu inverno, mas há alguns outros fatos da história americana a respeito dos batistas com os quais não estamos tão familiarizados. O governador Winthrop conta de uma senhora Moody, a qual comprou uma plantação em Lynn, a dez milhas ao Nordeste de Boston. Diz que ela era uma mulher sábia, amável e religiosa, mas dada ao erro de negar o batismo às crianças. Foi ela lidada pelas autoridades e foi para Long Island e estabelecida entre os holandeses. Então ele ajunta: “Muitos outros, infeccionados de anabatismo, foram removidos também para lá”.
Em 1644 um homem de nome Painter virou anabatsista e recusou-se a consentir que o seu filho recém nascido fosse batizado. Sendo mandado pelo tribunal a batizar a criança, recusou ainda dizendo-lhes que o batismo infantil era uma ordenança anti-cristã. Por isso foi atado e açoitado.
Por este tempo o governador Winthrop relata terem os Anabatistas aumentado e se disseminado por todo o Massachusetts. Em 1644 o Tribunal Geral passou uma lei para supressão dos Anabatistas. A lei segue em parte: “Tanto quanto a experiência tem provado abundantemente e muitas vezes, que desde o primeiro surto dos Anabatistas tem sido os incendiários da comunidade e os contagiadores de pessoas nas principais matérias de religião, os transtornadores de igrejas em todos os lugares onde tem estado, considerando como ilegal o batismo de crianças, costumeiramente sustentado outros erros de heresias concomitantes; é ordenado e concordado, (portanto) que se qualquer pessoa ou pessoas nesta jurisdição condenar abertamente ou opor-se ao batismo de crianças, ou andar secretamente para seduzir a outros da apropriação de usar ou separar deliberadamente a congregação da administração da ordenança, toda pessoa tal será sentenciada ao banimento”.
Embaixo ajuntamos uma carta que o Tribunal Geral escreveu aos irmãos de Plymouth: “Honrados e amados irmãos: ouvimos já há tempo de diversos Anabatistas surgirem na vossa jurisdição e nela conviverem; mas sendo só uns poucos, bem esperamos que agradasse a Deus pelos esforços de vos mesmos e dos fiéis anciãos convosco, ter reduzido tais errados ao caminho direto. Mas agora, para nosso pezar, estamos crivelmente informados que pela vossa paciente atenção a tal gente, o efeito produzido é outro, a saber, a multiplicação e aumento de tais erros, e tememos sejam de outros erros também, se oportuno cuidado não se tomar para suprimir os mesmos”.
Obadias Holmes, acusado de ser Anabatista, foi encarceirado e então açoitado publicamente, do que ele escreve: “O homem bateu com toda a sua força (sim, cuspindo nas suas mãos tres vezes, como muitos afirmaram) com um chicote de tres cordas, com ele deu-me trinta pancadas. Quando ele me soltou do poste, tendo gozo no meu coração, alegria no meu semblante, como os circunstantes observaram, disse eu aos magistrados: Tendes me açoitado com rosas”.
O castigo foi tão severo que o governador Jenckes disse: “O Senhor Holmes foi açoitado com trinta açoites e de tal maneira cruel que, por muitos dias, se não por algumas semanas, não podia descançar, mas amparar-se nos seus joelhos e cotovelos, não podendo deixar que qualquer parte do seu corpo tocasse o leito em que se deitava”. O julgamento e açoitamento de Holmes levou Henry Dunster, presidente de Harvard, a tornar-se batista. Pregou um sermão sobre o batismo infantil que deu na organização de uma igreja batista em Boston. Os magistrados exigiram que os membros desta igreja frequentassem a Igreja Estabelecida. O tribunal geral os desprivilegiou e os entregou a prisão, perseguindo-os com multas e prisão durante 3 anos. O Tribunal Geral em 1668 setenciou Shands Giould, William Turner e John Farnum a serem banidos e porque não queriam ir foram presos quase um ano. A separação entre a igreja e o estado não constou da constituição de Massachusetts até 1833, mais de cinquenta anos depois da Declaração de Independência.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

17.38. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
CAPÍTULO 11 - LUTERO, CALVINO E OS ANABATISTAS
Aí pelo meado do século quinze, pessoas de idéias largamente diferentes, mas unidas na sua oposição aos ensinos e à corrupção da Igreja Católica, agruparam-se juntamente num corpo na Boêmia e se chamaram Unitas Fratru, os Irmãos Unidos. A despeito de perseguição, aumentaram rapidamente e pelo começo do século dezesseis somavam por duzentas congregações. Muitos condes, barões e nobres juntaram-se às suas igrejas, que construíram casas de culto nas cidades e vilas. Entre eles houve muitos Anabatistas. Tiveram a Bíblia traduzida em língua boêmia e impressa em Veneza e Nuremberg. Mais tarde fundaram tres tipografias em que publicaram Bíblias, uma em Praga, outra em Beinslav e a terceira em Kralitz, na Moravia. Em 1507 o Rei da Boêmia cedeu a pressão e principiou a perseguição dos seus irmãos.
Alguns deles emigraram, outros retiraram-se para as florestas e covas, outros foram trazidos perante sacerdotes, onde, recusando-se a renunciar sua fé, foram refutados e queimados. Mais tarde, quando Lutero apareceu, cançados de perseguição, engraçaram-se com ele, concordaram em deixar o rebatizamento e entraram na comunidade luterana. Contudo, os batistas entre eles, recusando, foram ainda uma comunidade esparsa e foram chamados agora Anabatistas, ou Calvinistas Picardos. O imperador expressou seu espanto ante a quantidade deles. Viviam em quarenta e cinco divisões chamadas colégios, exatamente como seus antecessores tinham feito na França quatrocentos anos antes. O imperador então lavrou um édito de banimento contra eles sob pena de morte. De novo se espalharam, Os morávios disputam que são descendentes dessas igrejas.
Na Alemanha, onde Lutero começou a reforma, no princípio do século dezesseis, o período está marcado por dois eventos importantes: o trabalho de Tomás Munzer e a rebelião Munster. Tomás era de Mulhausen, na Turingia. Tinha sido padre, mas fez-se discípulo de I.utero. Lutero o chamou o seu Absalão e o povo o chamou cura de Lutero. Mais tarde, diz Orchard, tornou-se um anabatista, mas diz Christian que ele nunca foi batista. Seja como for, era um grande pregador entre o povo comum. Enquanto Lutero estava caçando, escrevendo e confabulando com príncipes, Munzer estava pregando no país e observando a condição dos foreiros. Ele viu seu cativeiro miserável. Lutero no seu plano queria livrar os sacerdotes de obediência ao Papa, mas consentir que os oficiais do estado tiranizassem o povo. Munzer viu isto e protestou. Como diz Voltaire: “Lutero lograra em atiçar os príncipes, nobres e magistrados contra o Papa e bispos, mas Munzer atiçou os camponeses contra eles. Ele e seus companheiros foram indo dirigindo-se aos habitantes das vilas cantonais na Suabia, Misnia, Turingia e Franconia. Proclamaram essa verdade perigosa que está implantada em todo peito, que todos os homens nascem iguais, dizendo: que se os papas tinham tratado os príncipes como seus súditos, os príncipes tinham tratado o povo comum como bestas”.
Quando Lutero soube do sucesso de Munzer, seu ciúme não conheceu limites. Conquanto primeiro parecera favorável aos anabatistas, ele não podia aturar a quem quer que fosse liderando a reforma senão ele mesmo. Carlostadt, um rebatizador, seguiu-o de lugar em lugar e o teve expulso. Ao ouvir do sucesso de Munzer, escreveu aos magistrados de Mulhausen, pedindo-lhes para exigirem que Munzer provasse seu chamado de Deus pela operação de um milagre. O povo ressentiu-se do insulto e expulsou os emissários de Lutero, os magistrados elegeram novos senadores dos quais Munzer era um. Os batistas tornaram-se objetos comuns da perseguição de Católicos, Luteranos e Calvinistas tanto na Alemanha como na Suíça. Muitos batistas foram afogados e queimados na pira. Munzer redigiu um memorial expressivo de suas aperturas, enviado à Alemanha toda. Consistiu de doze artigos sobre liberdade civil e religiosa, do qual Voltaire exclama: “Um Licurgo o teria assinado”. No final deste memorial os camponeses apelaram para Lutero. Respondeu que era tolice botar toda a humanidade num mesmo nível, que Abraão teve escravos, publicou um decreto dirigido aos príncipes e nobres para unirem todas as suas forcas para supressão da sedição e para destruirem a todos quantos resistissem ao governo. Os camponeses oprimidos foram acordemente postos à espada e derrotados, e Munzer, seu amigo e líder, foi condenado à morte.
Dez anos mais tarde a cidade de Munster na Westfália tornou-se a cena de levante e rebelião. Outra vez, como antes, está revolta foi iniciada por um ministro pedobatista da persuação luterana ajudado por outros ministros da Reforma Protestante. Esta ocorreu sobre a religião protestante e foi principiada entre católicos e protestantes. Mais tarde, muitos anabatistas foram atraídos para ela. O povo em delírio, dele muitos ignorantes camponeses, buscando liberdade civil por causa da opressão, começou a erigir uma nova república, chamando-a Nova Jerusalém. Esta conduta sediciosa dessa gente, incluindo um punhado de anabatistas, refletiu sobre o resto deles, inocentes ou culpados, a ira dos príncipes e nobres. Cassander, um papista, diz que muitos anabatistas opuseram-se aos atos dos de Munster e ensinaram a doutrina contrária. Não obstante, como fossem unânimes pela liberdade civil e religiosa, opostos ao mesmo tempo ao batismo infantil, as mais severas leis foram promulgadas contra eles. Mosheim diz que inaudita quantidade de batistas sofreram a morte, não porque fossem súditos rebeldes, mas porque foram julgadas como hereges incuráveis.
Por este tempo, Menno Simon tornou-se um grande líder entre os Anabatistas. Nasceu em Witmarsum, na Frislândia, em 1496. Foi educado para o sacerdócio católico e em 1524 tornou-se ministro dessa fé. Não sabia nada da Bíblia e não pegaria nela, a menos que fosse seduzido pelos seus ensinos. Sua primeira dificuldade mental foi sobre a doutrina da transubstanciação, mas ele atribuiu a impressão ao diabo. Continuou a gastar o seu tempo em divertimentos mundanos, mas estava inquieto na sua mente. Por este tempo decidiu estudar a Novo Testamento e, quando o fez, viu o erro do papismo. Começou a pregar o verdadeiro evangelho.
Por este tempo, entre muitos milhares de outros que foram postos à morte, estava um Sicke Snyden, anabatista, decapitado em Lewarden. Sua fé, preferível morrer que renunciar à sua fé, levou Menno a examinar o assunto do batismo, pelo que se tornou convencido de que não havia batismo infantil ensinado na Bíblia, e que os Anabatistas, ou batistas, estavam sendo perseguidos por amor da verdade. Estudou a Bíblia de novo, convenceu-se dos seus pecados, converteu-se e foi imergido, tornou-se batista. Ele afirmou neste tempo: “Não acharemos nenhum outro batismo na Bíbila fora do mergulho na água, que é aceitável a Deus e mantido na Sua Palavra”. Levou um ano em estudo e escrevendo quando foi chamado como pastor de uma igreja batista. Em todo redor ele viu os batistas sofrendo perseguição e morte após horrenda tortura, mas aceitou o cargo. Teve grandes provas e privações, muitas vezes foi obrigado a mudar-se de uma província para outra com sua esposa e família, mas onde quer que fosse era maravilhosamente abençoado no seu trabalho.
Ele assentou o seu plano de doutrina e prática inteiramente tirado das Escrituras em forma de catecismo, do qual tudo estava de acordo com a prática dos anabatistas em todos os tempos. Essas doutrinas incluíam a rejeição do batismo infantil, a aproximação imanente do milênio, a abolição da guerra, a proibição dos juramentos, a vaidade da ciência humana, a piedade prática dos membros como o sinal da verdadeira igreja.
O sucesso de Menno levantou a ira do estado e em 1543 ofereceram uma recompensa pela sua prisão, mas ele achou refúgio por algum tempo sob o patrocínio do senhor de Fresenburg e Lubeck. Formaram-se igrejas, chamaram-se pastores e aqui, pela folha impressa, Menno levou avante o seu ensino da verdade.
Em 1560 saiu um decreto contra os anabatistas que proibiu a quem quer que fosse unir-se com eles. Em Hamburg aditou-se que nenhuma pessoa rebatizada fosse empregada ou seguisse qualquer profissão. Ainda assim os batistas aumentaram, apesar de tangidos de província a província, como foi Menno. Este continuou sua obra até 1561, quando morreu e foi sepultado no seu próprio jardim. Como resultado de perseguição muitos batistas por este tempo emigraram para a Holanda, onde tiveram liberdade religiosa, para onde também vieram muitos batistas da Inglaterra, fugindo das perseguições sob a Rainha Isabel. Da Holanda também muitos emigrantes neste período buscaram asilo na América, para que pudessem desfrutar a liberdade religiosa desta nova terra da promessa.
Não encerraremos este capítulo sem duas citações concernentes aos anabatistas, uma do Cardeal Hosius, que certamente não pode ser prejudicada em benefício dos batistas. Diz Hosius: “Se a verdade da religião fosse para ser julgada pela prontidão e alegria que um homem de qualquer seita mostra no sofrimento, então as apiniões e a persuação de nenhuma seita podem ser mais verdadeiras e certas do que as dos anabatistas, uma vez que nestes mil e duzentos anos não tem havido nenhuma que tenha sido mais asperamente punida”.
A outra citação é do historiador luterano Mosheim, que também não pode certamente ser prejudicada em favor dos batistas. Diz Mosheim: “Antes de Lutero e Calvino permaneceram escondidas em quase todos os países da Europa muitas pessoas que aderiram tenazmente às doutrinas dos batistas holandêses”. E assim temos da história prova dada pelos inimigos desta desprezada seita que eles existiram pelo menos mil e duzentos anos antes da reforma protestante, que a sua máxima ofensa foi que eram a verdadeira igreia de Cristo e a única verdadeira igreja a quem foram dadas as ordenanças, que ensinou que ninguém tinha o direito de administrar o batismo e por a mesa do Senhor senão eles.