segunda-feira, 31 de outubro de 2011

17.22. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

2. UM MODO APROPRIADO.
Não é nosso propósito demorarmo-nos muito sobre este elemento, não porque não é importante, mas porque tanto já foi dito sobre o assunto que o achamos desnecessário. Tem-se dito que há dois lados em toda questão.
Eis aqui uma questão da qual isso não se pode dizer verdadeiramente. Há nesta questão só um lado. Á luz das Escrituras, à luz dos eruditos gregos, na concessão dos que não praticam a imersão, mas dizem que foi o único batismo conhecido na igreja primitiva; à luz de tudo isto, qualquer que contendesse pela aspersão como doutrina escriturística tanto seria um ignorante como um que sabe ser uma inverdade o que diz saber.
Ninguém disputaria, depois de ler esta simples história do batismo de Jesus com um espírito imparcial que o seu batismo se realizou por outra forma que por imersão. “Ora, João batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas àguas… E sendo Jesus batizado, saiu logo da água”. Os artistas da idade média, subservientes à sua mestra a igreja de Roma, encheram as galerias da Europa com quadros representando Cristo e João com água pelos joelhos no rio e João derramando de uma concha água na cabeça de Jesus tirada do rio. Quem quer que possa ler este relato bíblico do batismo de Jesus, sabe que, conquanto belo seja o quadro, não é verdadeiro às Escrituras. Aceitar uma semelhante interpretação e negligenciar a relação bíblica é a própria palavra baptizar, que é, sem dúvida, uma palavra grega e nada mais significa senão imergir ou mergulhar.
Quando o Rei Tiago quis traduzir a Bíblia, reuniu os eruditos do seu tempo para fazerem a tradução. Fizeram magnificamente peça de trabalho; mas, quando toparam a palavra grega baptizar, sabendo que ela significava “imergir”, não ousaram traduzí-la assim sem conferirem com o rei, pois bem sabiam que a Igreja da Inglaterra batizava por aspersão. O resultado foi, a pedido do Rei, que não traduzissem a palavra de modo algum: que a anglicanizassem. E assim temos a palavra grega baptizo ou batizar nas Bíblias Inglesas (e portuguesas), quando, se tivesse sido traduzida, tem sido imergir.
O Dr. John T. Christian escreveu aos principais eruditos gregos da América e da Inglaterra, fazendo-lhes a seguinte pergunta: “Há qualquer léxico grego-inglês que defina a palavra baptizo por aspergir ou derramar?”
Respostas americanas:
“Não há nenhum léxico grego-inglês que dá aspergir ou derramar como um dos sentidos da palavra grega baptizo”. Prof. H. W. Humphreys, Universidade Vanderbilt.
“Não sei de nenhum léxico que dá aspergir como uma versão de baptizo”. Prof. W. S. Tyler, Colégio Amherst.
“Não há nenhum léxico grego-inglês padrão que dê quer aspergir quer derramar como um dos significados da palavra grega baptizo”. Prof. Dodge, Universidade de Michigan.
“Não conheço léxico algum que dê os significados de que o senhor fala por baptizo.” Prof. Flag, Universidade de Cornell.
Respostas inglesas:
“A palavra baptizo quer dizer afundar, ou mergulhar na água, Não respingar. Não sei de nenhum léxico que dê respingar por batizar”. Prof H. Kynaton, D.D. Universidade de Durhan.
“Certamente, o significado clássico de baptizo é mergulhar, não respingar ou derramar”. Prof. C. C. Warr, M. A., King’s College.
“Nunca, que eu saiba, encontrei a palavra no sentido literal de respingar e duvido que ela tenha qualquer sentido semelhante”. Prof. John Stracham, M. A., Owens College.
“Não sei de qualquer léxico grego-inglês que dê o significado de respingar ou derramar. Se alguém o fizer, eu diria que se enganou”. Prof. G. E. Mamdin, Universidade de Londres.
“Não sei se há qualquer léxico autorizado grego-inglês que faz a palavra significar respingar ou derramar. Apenas posso dizer que semelhante palavra nunca pertence a baptizo no grego clássico”. Prof. R. C. Jebb, Universidade de Cambridge. Mas, por que multiplicar provas? Não admira que o Rei Tiago e seus tradutores ficassem perplexos e não souberam o que fazer. Não somente o ato do batismo de Jesus, mas o próprio sentido da palavra faz a imersão imperativa como o segundo elemento do batismo escriturístico.

domingo, 30 de outubro de 2011

17.21. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

1. UM CANDIDATO APROPRIADO.
Jesus foi um candidato apropriado. Sem pecado, não precisou, portanto, de arrepender-se. ele teve fé absoluta no Pai e no plano de redenção do mundo. Ele teve fé absoluta em si mesmo. João podia tergiversar (Ω o tradutor protesta solenemente contra esta idéia) e do fundo de sua prisão sombria mandar um recado a Jesus, perguntando: “És Tu o que havia de vir, ou esperamos outro?” Mateus 11:2-3. Mas jamais uma nuvem de dúvida escureceu a mente de Jesus. “Eu sou o pão da vida. Eu sou a água da vida. E se alguém tem sede, venha a mim e beba. Mas aquele que beber da àgua que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salta para a vida eterna. Eu sou a porta: se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará e sairá e achará pastagens. Dou-lhes vida eterna, e nunca hão de perecer, e nem ninguém as arrebatará da minha mão. Então disse-lhe: embainha a tua espada; ou pensas tu que não poderia orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?” João 7:37. 4:14. 10:9. Mateus 26:52-53. E assim podíamos continuar, tomar todas as palavras de Jesus, vê-Lo nas horas mais escuras de Sua vida, quando todos O desampararam, todas as mentes perto dele nubladas de dúvida e desespero, contudo Sua Fé no Pai e no divino empreendimento nunca se toldou da mais simples dúvida ou manchou por um só temor. E assim veio ele a João de acordo com o divino propósito de Deus através dos séculos para “cumprir toda a justiça”, e para firmar um exemplo para todos que se tornassem Seus discípulos. É isto um caso de batismo de crente. Não há aqui conforto para os que perpetram o batismo infantil. Trinta anos ou quase trinta de idade quando se batizou. Não há conforto para os que pugnam pela salvação batismal, dizendo que vimos ao batismo um pecador perdido e no batismo nossos pecados são tirados.
Em Christian Baptism (Batismo Cristão), por Alexander Campbell, página 521, lemos: “A remissão dos pecados não pode ser gozada por pessoa alguma antes da imersão. A crença deste testemunho é o que nos impele à água, sabendo que a eficâcia do Seu sangue é para ser comunicada a nossa consciência da maneira que Deus Se agradou indicar: não vacilamos ante a promessa, mas fugimos para a sagrada ordenança que trouxe o sangue de Jesus em contato com as nossas consciências. Sem saber isto e crer nisto, a imersão é uma noz vazia: a casca está lá, mas o miolo está faltando”.
No Concílio de Trento a Igreja Católica Romana fez este articulado: “O batismo é um sacramento instituído por Cristo para lavar o pecado original e todos os que tenhamos cometido; para comunicar a humanidade a regeneração espiritual e a graça de Jesus Cristo e para uni-lo a cabeça viva. Se alguém disser que o batismo não é essencial a salvação, seja amaldiçoado. Os nossos pecados não são redimidos no batismo senão também toda a punição de pecado e impiedade.
John Wesley nas suas obras, volume 6, seção 4, fala pelos metodistas: “É certo que a nossa igreja supõe que todos quantos são batizados na sua infância são ao mesmo tempo nascidos outra vez. Se as crianças são culpadas de pecado original, não podem ser salvas na maneira comum a menos que se lavem pelo batismo”.
O Dr. J. R., Graves, comentando a posição de outras corporações cristãs, diz: “Esta é a doutrina que nos distingue a nós batistas de outras denominações: pomos o sangue antes da água em qualquer caso; não ensinamos que o batismo é essencial à salvação”.
Todos os outros ensinam através da água ao sangue. Os batistas ensinam através do sangue à água. Quem, pensais vós, está mais perto da posição escriturística como esboçada aqui no batismo de Jesus?
Consideremos agora o segundo elemento fundamental do batismo.

sábado, 29 de outubro de 2011

17.20. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 2 – O MODELO DO BATISMO
Como houve um modelo divino para o tabernáculo, assim há um modelo na Bíblia para o batismo. Neste modelo há quatro elementos:
Um Sujeito Apropriado.
Um Modo Apropriado.
Um Desígnio Apropriado.
Um Administrante Apropriado.
Melhor fora apresentado:
Um Sujeito Escriturístico.
Um Modo Escriturístico.
Um Desígnio Escriturístico.
Um Administrante Escriturístico.
Como exemplo de um batismo em que achamos estes quatro elementos, vejamos o batismo de Jesus. É um dos belíssimos incidentes em toda a Bíblia: “Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: “Eu careço de ser batizado por ti e vens Tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o deixou. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele; e eis que uma vóz do céu, dizia: Este é o meu Filho amado em quem me comprazo”.
De Nazaré ao Jordão, onde João estava batizando, vão umas sessenta milhas (100 quilômetros). Nazaré fica nas fraldas das montanhas. Há muitos belos regatos e poços cristalinos por Nazaré onde alguém podia ser batizado, mas, quando Jesus no devido tempo veio para ser batizado, virou-se desses belos riachos e poços, andou 100 quilômetros para que o Seu batismo cumprisse toda a justiça.
O Jordão não é tão belo como alguns rios: é rápido, muitas vezes turvo e nalguns pontos fundo e traidor. Queixou-se Naamã de se mergulhar nele sete vezes por ordem do profeta Eliseu. Todavia, nas margens deste velho rio teve lugar uma cena igual à qual outra não houvera antes nem jamais haverá outra vez em todo o mundo. Aqui, nas águas até a cintura, esteve O Batista no seu manto de pelo de camelo; ao seu lado o Filho de Deus; pela margem a multidão que acudira para ouvir João pregar. No alto, nos céus, olhando para baixo, Deus o Pai, falando numa voz audível a todos e, descendo do céu, o Espírito de Deus, qual pomba, pousando sobre o Filho, há pouco batizado no rio. É derramado sobre todos, um azul, azul espaço de nuvens brandas e alvas flutuando, um sol brilhante difundindo sua glória sobre o rio, as montanhas distantes de Moabe, a vetusta cidade de Jericó pelas planícies, o Mar Morto, onde o rio irrequieto tombou por fim para descansar de suas furiosas quedas desde as Montanhas de Líbano.
Foi no calor da tarde, após um mergulho no Mar Morto, que uma comitiva se deteve neste famoso sítio, faz anos, e sonhou essa hora quando o Filho de Deus, o Pai e o Espírito Santo, todos por sua presença testificaram à importância deste ato transcendente, ordenado por Deus, obedecido pelo Filho, aprovado pelo Espírito Santo e mandado por nosso Senhor na grande comissão que fosse obedecido até ao fim do século.
À luz de tudo isto, quem jamais dirá. que o batismo não é importante, que pode ser observado, ou mudado, ou omitido ao talante do indivíduo, ou pela autoridade de um corpo que a si mesmo se chama igreja de Cristo? É de tremenda importância e devemos sempre ter em mente que, se qualquer um dos seus quatro elementos faltar, teremos batismo defectivo e não batismo escriturístico, tal como Deus disse a Moisés a respeito do tabernáculo: “Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”, assim ele nos diz: “retendes os preceitos como vo-los entreguei”, 1 Coríntios 11:2. Se as alterardes, desobedecereis a Deus, destruireis a verdade e trareis confusão e dissídio ao mundo cristão, onde devera haver união e paz.
Tem sido sempre o grito dos que desertaram a verdade que os que por ela se batem são culpados de causar divisão. Quem, pensais vós, são culpados, aqueles que batalham pela Fé uma vez por todas entregue aos santos, ou aqueles que desertaram a fé? Jamais teremos união pelo compromisso com os desertores; tê-la-emos somente quando os que desertaram voltarem à obediência em conformidade com o modelo que nos foi dado no batismo de Jesus. Vejamos quão claramente esses quatro elementos fundamentais do batismo se acham no de Jesus.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

17.19. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

CAPÍTULO 1 - O MODELO DO TABERNÁCULO
Moisés foi admoestado por Deus quando esteve para fazer o tabernáculo. “Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”. Hebreus 8:5.
Há quarenta capítulos no livro do Êxodo e dezesseis e meio deles tem que ver com a edificação do tabernáculo somente. Deus chamou Moisés ao monte para lhe dar instrução quanto a como construí-lo. No monte esteve ele quarenta dias e noites, em cujo tempo Deus deu a Moisés direções explícitas até o mínimo pormenor. Nada foi desprezado ou omitido. Essas minúcias parecem tão triviais ao leitor que é tentado a saltar parte delas como se nemhum valor e prosseguir para algo de mais interesse. Mas não foram triviais na mente de Deus, porque por quarenta dias e noites Ele deteve Moisés no monte cuidando desses pormenores, dando-lhe instruções definitas, confeccionando um modelo, do que, quando terminara, deu a Moisés uma solene incumbência, a qual temos colocado no alto deste capítulo.
“Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”.
Certamente Moisés não teve por triviais aos pormenores. Quando a solene tarefa estava pronta, Moisés fala dela nestas palavras: “Assim se acabou toda a obra do tabernáculo da tenda da congregação e os filhos de Israel fizeram conforme com tudo que o Senhor ordenara a Moisés; assim o fizeram. Trouxeram o tabernáculo a Moisés, a tenda, toda a sua mobília, seus colchetes, suas tábuas, seus varais, suas colunas e as suas bases; a coberta de peles de carneiros tingidas de vermelho, a coberta de peles de texugos, o véu da coberta; a arca do testemunho, os seus varais, o propiciatório; a mesa com todos os vasos e os pães da proposição; o castiçal puro com suas lâmpadas, as lâmpadas da ordenança com todos os seus vasos e o azeite para a luminária; também o altar de ouro e o azeite de unção, o incenso aromático e a tela para a porta da tenda; o altar de cobre e o seu crivo de cobre, os seus varais, todos os seus vasos, a pia e a sua base; as cortinas do pátio, suas colunas, suas bases, a tela da porta do pátio, suas cordas, seus pregos, todos os vasos do serviço do tabernáculo, para a tenda da congregação; os vestidos do ministério para ministrar no santuário, os santos vestidos de Aarão, o sacerdote, os vestidos dos seus filhos para ministrarem o sacerdócio. Conforme com tudo que o Senhor ordenara a Moisés assim os filhos de Israel fizeram toda a obra. Viu pois Moisés toda a obra e eis que a tinham feito: como o Senhor ordenara, assim a fizeram igual e Moisés os abençoou”.
Suscitam-se muitas perguntas ao passo que meditamos nesta cena da edificação do tabernáculo. Porque Deus deteve a Moisés no monte quarenta dias e noites? Por que um modelo divino até explícitas minúcias. Por que um encargo solene de fazer todas as coisas conforme com o modelo? Por que o extremo cuidado de Moisés de conferir quando a obra se acabara e ver que tudo fora segundo o modelo divino? Outra vez, podíamos parar para perguntar, que seria tivesse deixado Moisés de cumprir as instruções divinas? Teria havido duas consequências trágicas: Moisés teria sido culpado de um ato de desobediência e modelo divino corporificado no tabernáculo teria sido destruído. Chamei-as consequências trágicas. Quão trágicas, paremos e consideremos. Olhai a primeira: ELE TERIA SIDO CULPADO DE UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA.
A raça humana teve de aprender na árdua escola da experiência as consequências da desobediência aos mandamentos de Deus. Milton no seu imortal “Paraíso Perdido” faz isto o tema do seu poema trágico, quando, nas primeiras linhas, diz: Da primeira desobediência do homem e o fruto daquela árvore proibida, cujo gosto mortal trouxe a morte ao mundo e toda a nossa desgraça, com a perda do Éden, até que um homem mais forte nos restaure e recobre a sede bendita, ‘Canta ó musa celestial”.
Era para Moisés aprender mais tarde as consequências trágicas da desobediência na sua própria vida. Disse-lhe Deus para falar à rocha no deserto para os filhos de Israel pudessem ter água para beberem. Na sua ira, ao contrário, ele bateu na rocha. Deus não o descredita perante o povo, recusando dar água. A água jorrou, mas Deus recusou a Moisés o privilégio de entrar na terra prometida, que tinha sido o sonho de sua vida. Um dos quadros mais tristes de toda a Bíblia é esse de Moisés em pé na crista do Monte Nebo, comtemplando a terra: “Então subiu Moisés das campinas de Moabe ao Monte Nebo, ao cume de Psiga, que está em frente a Jericó e o Senhor mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã; e todo Naftali, a terra de Efraim e Manassés, e toda a terra de Judá, até ao mar ocidental; e o Sul, e a campina do vale de Jericó, a cidade das palmeiras, até Zoar. E disse-lhe o Senhor: Esta é a terra que jurei a Abraão, Isaque e Jacó, dizendo: À tua descendência a darei: eu te faço vê-la com os teus olhos, porém lá não passarás. Assim morreu ali Moisés, o servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor. E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura”. Deuteronômio 34:1-6.
“Pela solitária montanha do Nebo,
Neste lado da torrente do Jordão,
Num vale na terra de Moabe,
Jaz uma sepultura isolada.
Mas nenhum homem levantou esse sepulcro,
E nenhum jamais o viu:
Porque o anjo de Deus revirou a relva
E lá deixou deitado o defunto”.
Quantos milhares desde então tem sido privados da realização dos seus mais acariciados desejos por causa de desobediência à vontade de Deus? Só a eternidade pode dizer. Se verificássemos as consequências horrendas, examinaríamos as Escrituras dia e noite para aprendermos mais cabalmente qual é a vontade de Deus.
Outro exemplo das consequências da desobediência é o caso de Acã. Depois da morte de Moisés e sob a liderança de Josué, Israel atravessou o Jordão, capturou o reduto de Jericó e marchou triunfante para a conquista de Ai. Jactancioso da vitória, esperaram numa fácil captura, mas foram ignominosamente derrotados e expulsos com grande mortandade. Por que? A resposta está numa só palavra: desobediência. Deus lhes proibira tomar do espólio, mas Acã, vendo uma linda capa babilônica e uma cunha de ouro, cobiçou-as e as levou e as escondeu no chão de sua tenda. E até que Acã e sua família inteira caíram completamente fulminados sob o montão de pedras que empilharam sobre o seu corpo, passou a ira de Deus, podendo o exército de Deus marchar à vitória.
O pecado de Acã não só lhe trouxe desastre e morte a si mesmo, mas à sua família também e a todo o exército de Israel. Com que cuidado deveríamos estar para cumprirmos o que parece ser trivialíssimo mandamento de Deus! A decisão de Cotton Mather devera ser a de cada um de nós: “Jamais seja um preceito tão difícil e desagradável à carne e ao sangue; se é de Deus a ordem, minha alma diz: “É bom, obedeça-O eu até que morra”.
Outra vez, se Moisés tivesse falhado, a verdade divina corporificada na construção do tabernáculo teria sido destruída. Tudo que Deus teve em mente para personificar naquele modelo nenhuma mente finita pode compreender inteiramente; mas podemos descansar na certeza de que houve um propósito divino em tudo quanto estava no modelo. As medidas, os materiais, o arranjo dos pátios, cada peça de mobília, cada barra, pino, parafuso, tinha sua significação e sentido divinos. Permiti uma sugestão de ao menos uma ou duas coisas que estavam no quadro:
Primeira, a santidade de Deus em contraste com a pecaminosidade do homem e a dificuldade consequente de aproximação do homem pecaminoso do Deus santo. Em síntese, o arranjo do tabernáculo era este: um pátio aberto, um lugar santo e o santo dos santos. Ao pátio vinha o povo com as suas ofertas per delitos e pecados. Ao lugar santo só os sacerdotes podiam vir. No santo dos Santos só o sumo sacerdote podia ir, então só uma vez por ano, não sem sangue, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados do povo. Esse quadro, por todos os tempos, foi para demonstrar a santidade de Deus e a excessiva pecaminosidade do homem, a extrema dificuldade do homem pecaminoso aproximar-se de um Deus Justo e Santo.
Oh! quão necessária é essa lição ao mundo hoje! Deus não é mais elevado, exaltado e santo como Isaías O viu quando o Rei Usias morreu: O homem não está cônscio de sua excessiva pecaminosidade aos olhos de Deus. Bom foi então para Israel, como bom é para nós hoje, que temos este quadro divino: que Moisés foi fiel ao mandamento de Deus em executar a edificação do tabernáculo até aos seus mínimos pormenores.
Outra coisa que estava no modelo é: não há aproximação de Deus senão pelo sangue de Cristo. Típico foi do sangue de Cristo o sangue derramado sobre o altar. O Deus santo não pode ser aproximado por homem pecaminoso a menos que se purgue a seu pecado. “Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado”. Desde o princípio tem estado o diabo tentando afastar o sangue de Jesus. Ele induziu Caim a trazer um sacrifício incruento e Deus não se agradou dele. Ele fez o melhor que pode para conseguir que Moisés mudasse o plano do tabernáculo e o sangue fosse omitido. E através dos séculos tem ele estado proclamando salvação pelo caráter, salvação pelas obras, salvação pelo batismo, salvação pela união com a igreja. Tivesse Moisés deixado omisso o sangue, destruída teria o modelo e teria estado brincando nas mãos do diabo. O que é verdade do tabernáculo é por igual eminentemente certo do batismo. Temos o modelo divino e a ele devemos ser fiéis nos menores pontos, ou deveremos ser culpados de desobediência, deveremos destruir a verdade por que o batismo permanece e representa. Nos capítulos seguintes estudaremos o modelo do batismo e veremos como através dos anos os seguidores de Cristo tem cumprido as instruções dadas para a observância do batismo. Temos sido fiéis ou infiéis na guarda desta ordenança como Deus no-la entregou?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

17.18. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

INTRODUÇÃO
Eis aqui um livro de real mérito, escrito pelo Pastor W. M. Nevins, o qual não precisa de apresentação ao povo batista, tendo sido ele pastor de importantes igrejas em Louisville, Kentucky, Texas, e Washington D. C. É um ministro batista bem conhecido.
Dá-me genuíno prazer escrever a “Introdução” deste muito oportuno volume. Primeiro por que é necessário. É um livro muitíssimo precisado no tempo atual, pois muitos de nosso povo não estão familiarizados com a luta, o sofrimento e as privações de nossos pais em nos dar a herança da liberdade de consciência que desfrutamos hoje.
Dá-me prazer, em segundo lugar, por causa do tratamento inteiriço e completo do assunto pelo autor. Este é o único livro sobre o assunto de “Imersão Estranho” vindo à minha observação e tenho diversos que tocam o assunto inteiramente, dando sua “Origem”, sua “História” e seus “Frutos”; mas, neste livro, estes estão todos bem desnvolvidos e perfeitamente estabelecidos por indiscutível evidência histórica.
Dr. Nevins, o autor fez uma peça mestra de trabalho ao produzir este volume. Ele pesquizou a história da igreja até ao princípio do cristianismo e o estabelecimento da igreja do Novo Testamento; seguindo então o assunto em ordem cronológica através de muitis séculos, em muitos países, até hoje, mostrando que muitas centenas de milhares de santos fiéis, dos quais o mundo não era digno, foram postos à morte por nenhum outro crime que suas convicções da verdade e sua lealdade a Cristo e à Sua Palavra, as quais lhes foram mais caras do que a vida e mais fortes do que o temor da morte. “O Rasto de Sangue” por toda a história cristã é verdadeiramente deprimente e o número de que perderam sua vidas pela “Fé uma vez por todas entregue aos santos” está positivamente chocante. Este rasto de Sangue e o seu consequente sofrimento do trato atrocíssimo, cruel e desumano jamais perpetrado numa gente inocente e temente a Deus foi o resultado de um simples desvio dos ensinos claros da Palavra de Deus e determinação daqueles que se lançaram a esmagar “A Verdade” por destruírem os que a professaram e praticaram, porque sua fé e prática censuraram suas próprias vidas pecaminosas e ensinos heréticos.
Qualquer deserção dos ensinos claros da Palavra de Deus está pesada de perigos, destruição e morte. Sempre que nos afastamos das antigas lindes dos pais, estamos indo à matroca para mares turbulenets e sem carta náutica. A especificação de uma qualquer coisa numa lei, ordem ou contrato é, virtualmente, a proibição de toda outra coisa. Se isto não fosse verdade, não haveria exatidão nas leis, ordens ou contratos. Quando Deus mandou Noé construir a arca de madeira de gofer, a especificação de madeira de gofer foi a proibição de toda outra madeira. Não foi necessário a Deus proibir o que Ele não quis, porque a especificação do que Ele quis foi por si mesma a proibição do que Ele não quis. Isto é sempre verdade ou então não há exatidão na linguagem.
Quando o Senhor deu a comissão para fazer discípulos e batizá-los, Ele os especificou os que devem ser batizados e também os que devem administrar a ordenança. O único lugar na Palavra de Deus em somos autorizados a batizar é nesta comissão e ela autoriza o batismo de discípulos somente. A especificação de “os” em “batizando-os”, os discípulos, é a proibição de todos os outros não discípulos. Contudo, não só se especificam os sujeitos do batismo senão também o administrador. Ele disse: “Portanto ide, fazei discípulos, e batizando-os”. Então disse: “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. Jesus estava aqui autorizando alguém ou alguma coisa a administrar a ordenança do batismo e prometeu estar com este administrador até ao fim do mundo. Jesus estava aqui, evidentemente, dando sua comissão aos seus discípulos na capacidade orgânica, como uma eclesia, ou assembleia e não como indivíduos. Se a comissão tivesse sido dada aos discípulos presentes como indivíduos, quando o último deles presente morresse, morta teria estado a comissão; mas, para mostrar que ele não lhes estava falando como indivíduos, disse: “Eis que estou convosco até a consumação dos séculos”. Aqueles discípulos individuais presentes não viveram até ao fim do mundo e portanto Jesus não podia estar com eles até ao fim do mundo no seu ensino e batismo. A promessa de Jesus, então, era algo que deve perpetuar-se até ao fim do mundo, a saber, sua assembléia, sua igreja. Esta promessa ele tem cumprido que Jesus entregou a ordenança do batismo a uma corporação específica, sua igreja, para ser administrada a uma classe específica, discípulos, num ato específico, imersão, para simbolizar verdades do Evangelho específicas, um sepultamento e imersão.
Se para constituir um batismo escriturístico, tomam-se quatro coisas, autoridade escriturística, sujeito escriturístico, ato escriturístico e um batismo escriturístico, podia eliminar uma delas e ainda ter um batismo escriturístico? Se pudesseis eliminar um desses elementos e ainda terdes um batismo escriturístico, por que não eliminar dois, três e ainda ter um batismo escriturístico? Ou, digamos, todos os quatro? E isto é justamente o que tal desgaste da autoridade divina traz. Quando alguém decide que pode eliminar este elemento, ou aquele elemento do batismo e ainda ter tudo que é necessário ao batismo, logo decide que nada dele é necessário. E isto é a consequência lógica de sua premissa. E só esta coisa está acontecendo a muitas igrejas hoje. Algumas já deram de mão ao batismo inteiramente como um pré-requisito à qualidade de membro. Claro, se não faz diferença sobre a autoridade, não faz diferença sobre o sujeito; se não faz diferença sobre o sujeito, não faz diferença sobre o ato; se não faz diferença sobre o ato, não faz diferença sobre o desígnio. Isto leva a velha afirmação: “Uma igreja é só tão boa como outra, um batismo é só tão bom como outro, uma doutrina é só tão boa como outra”. Logo, o erro é só tão bom como a verdade. Meus irmãos, em o nome de nosso Senhor e em o nome da religião, há qualquer coisa deixada que importa? Se há, que é? Seria bom parar e dar balanço, ver o que restou que valha a pena pugnar por ela.
O autor mostra claramente neste livro que o ponto em foco entre os anabatistas e os católicos romanos não foi o ATO de batismo, mas a autoridade; porque o anabatismo florescia enquanto Roma ainda estava praticando só imersão como batismo, sim, muito antes de Roma inventar a aspersão ou o derramamento como batismo as perseguições aos anabatistas rugiam. O ponto nevrálgico dos anabatistas era que Roma era uma igreja apóstata e portanto, sem autoridade para administrar o batismo escriturístico. Á mente deste escritor, a premissa deles era sã e lógica sua conclusão. “Somente uma igreja escriturística pode administrar o batismo escriturístico” é uma doutrina batista secularmente honrada.
A circulação ampla e a leitura cuidadosa deste livro, em oração, fortificarão a fibra moral e doutrinária do nosso povo batista. Far-lhe-ão verificar apenas a nossa liberdade religiosa, de consciência e de alma, a herança gloriosa que gozamos hoje, custou aos nossos pais em sangue e sofrimento inaudito, mas cujas consciências foram livres e cujas almas foram impolutas.
Este livro deve estar na biblioteca de todo pregador batista na terra. Deveria estar na biblioteca de toda Escola Dominical, ensinado em toda escola de treino para nossa juventude. Eles apreciarão nossas doutrinas mais quando aprenderem quanto custou a nossos pais mantê-las.
Esteja sobre este volume e sobre o autor a aprovação de nosso Senhor, nosso irmão que tão fielmente, conscienciosa e laboriosamente preparou o material para este livro.
Este é o septuagésimo-quarto aniversário do meu nascimento.
10 de março de 1938.
Vosso fraternalíssimamente.
William D. Nowlin Plant City, Florida, EUA

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

17.17. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

PREFÁCIO
A História do Batismo Estranho reflui até no ano 200 A. D., aproximadamente. É uma história penetrante que tem que ver com a história dos batistas de então até hoje. Anos faz ao autor se pediu pela Junta de Missões do Estado de Kentucky para preparar um tratado sobre Por Que Sou Batista e Não Católico Romano. Descobriu ele, na preparação desse tratado, que não havia livro algum existente que abarcasse completamente a história do batismo estranho desde o princípio e decidiu preparar um livro assim. Este livro é o resultado do seu estudo e de sua investigações.
Em 1854 a Assembleia Geral Presbiteriana reuniu-se em Buffalo e esta pergunta seguinte lhe foi apresentada para uma decisão: “São válidos os batismos e as ordenações de Roma?” Houve acalorada discussão sobre esta pergunta. A maioria da comissão relatou que todas as ordenações pelas mãos dos sacerdotes romanos eram inválidas, porque a Igreja Católica Romana não era igreja de Cristo, mas anti-cristã e portanto os batismos e as ordenações de uma tal corporação apóstata são nulas e vãs.
O relatório da minoria, por outro lado, contestou que negassem ser a igreja de Roma uma verdadeira igreja de Cristo, eles mesmos (presbiterianos) se excluíam, desde que de Roma vieram e receberam dela os seus batismos e ordenações. Percebendo que não podiam desembaraçar-se do dilema, propuseram um adiamento da questão indefinito.
Os batistas são e sempre tem sido enfrentados pela mesma pergunta, “Os batismos e ordenações de Roma e dos pedo-batistas são válidos?” Mas, desde que os batistas não vieram de Roma, nem de corporações protestantes, a contenção do relatório da minoria não nos toca e podemos responder corretamente, “Não”. Esta tem sido a resposta batista por mais de 1.600 anos de maravilhosa história. Se estais interessados nesta história, lereis estas páginas e o autor espera que recebereis tanto prazer lendo-as como teve ele em as preparar.
O autor se reconhece devedor aos seguintes livros e seus autores por muito da informação contida nestas páginas:
História Batista – G. H. Orchard
Uma História dos Batistas – John T. Christian
Histórias do Batismo Estranho – J. H. Grime
O Pedo-batista e a Imersão Cambelita – A. C. Dayton
Batismo Regular – S. M. Brown
O Batismo – J. R. Graves
Debate Brown-Porter – J. J. Porter
Os Batistas na História – W. P. Harvey
História Batista de Kentucky – W. D. Nowlin
A Igreja Que Jesus Edificou – Roy Mason
Pilares da Ortodoxia – Ben M. Bogard
Em adição podiam ser mencionadas aquelas histórias padrões que podem ser achadas nas livrarias: Os Patrologos Antinicenos, Gibbons, História de Mosheim e muitas outras numerossísimas demais para se mencionarem.

W. M. Nevins

terça-feira, 25 de outubro de 2011

17.16. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

BATISMO ESTRANHO E OS BATISTAS
Por: W. M. Nevins
“Eles galgaram a subida íngreme ao Céu
Através de perigo, luta e dor;
Ó Deus, graça nos seja dada a nós,
Para seguirmos nas suas pegadas”
Tradução do E. W. Kerr
Dedicado aos mártires cristãos de todos os tempos que batalharem pela Fé uma vez por todas entregue aos santos.
Editado pela:
Primeira Igreja Batista do Jardim das Oliveiras
Rua Dr. João Maciel Filho, 207; 60.821-500 Fortaleza, Ceará
Pastor David Alfred Zuhars, Jr.
APRESENTAÇÃO
“Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo”. Filipenses 3:16.
Em nossos dias há muitos doutores que querem negar a existência dos batistas desde os tempos de Jesus Cristo na terra, aceitando o episódio de John Smith, que os batistas começaram no século 17, mas o livro do Dr. Nevins, aqui, mostra a sucessão batista (ana-batista) desde 200 A. D. até o estabelecimento dos anabatistas nos sertões dos Estados Unidos, atestado pelo cardeal Hosius e muitos historiadores pedo-batistas.
Este livro o responde, conclusivamente das Escrituras, às perguntas: “Cristo estabeleceu Sua igreja sobre Pedro, e edificou uma igreja universal, invisível, ou uma igreja local e visíve!?”
O Dr. Robert G. Lee ex-presidente da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos disse:
“O Batismo Estranho e os Batistas, por Dr. W. M. Nevins é um raro livro que todo pregador batista e todos os batistas devem possuir e considerar cuidadosamente com oração. É interessante e informativo do começo ao fim. É um livro importantíssimo, escristuristicamente prudente, historicamente correto, dando evidência de esforço e exame erudito e de escrito cuidadoso. Com humildade de mente, o autor dá forte argumentação, fortalecida pelas Escrituras e pelos fatos históricos contra a imersão estranha. Leitura e estudo cuidadosos deste livro darão aos nossos corações uma maior apreciação de nossos batistas antepassados, que mesmo correndo o risco de prisão e morte contenderam pela “a fé uma vez entregue” e que escreveram a história com seu sangue antes que fosse escrita com tinta”.
O Dr. John W. Bradbury redator do Watchman Examiner, um Jornal Batista Nacional, de Nova York, Estados Unidos, disse: “Finalmente temos lido cuidadosamente seu livro, O Batismo Estranho e Os Batistas. Tem sido um estudo digno de nosso tempo e suas evidências documentárias são mais convencedoras e eficazes. Não vejo como alguém pode errar seus argumentos. Ele leva perante as igrejas e nosso povo batista, bem como perante os outros, um assunto vitalmente importante que deve ser bem raciocinado. Gostamos de sua ênfase sobre o padrão do Novo Testamento de fé e prática como o padrão cristão”.
ORAÇÃO É minha oração que a leitura deste livro faça os leitores verem que “estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumidor da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

17.15. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.



Seria Bíblico as Divisões Causadas Pelo Pentecostalismo?


Temos de lembrar que todas as igrejas pentecostais nasceram de uma divisão. No caso da Assembléia de Deus a divisão foi desonesta. Sua origem é uma origem cheio de erros. Tinham mais intenção de pregar aos batistas que aos incrédulos. Por onde passavam deixavam um rasto de divisões e mágoas dentro das igrejas de Cristo. Seria isso correto? Vejamos o que a Bíblia diz sobre divisões no Corpo de Cristo (que é sua Igreja).


I Co 1,10; "Rogo-vos, porém irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos a mesma coisa, e que não haja entre vós divisões, para que sejais unidos no mesmo sentido e no mesmo parecer".


Efésios 4,3; "Procurando guardar a unidade do Espírito no vinculo da paz"


Mas entre os fundadores do pentecostalismo havia uma palavra de ordem: Divida-os! Não meus irmãos. Não é assim que aprendemos de Cristo. Vejamos o caso das igrejas batistas renovadas, ou do evangelho pleno como algumas são chamadas. As renovadas saíram de nosso meio em 1965, justamente no ano da grande campanha evangelística. Pergunto: Deus estava no meio dessa divisão? É evidente que não. Naquele ano as igrejas batistas estavam empenhadas a evangelizar o Brasil! Porém, algumas delas, lideradas pelo pastor Enéias Tognini, estavam preocupadas em dividir o corpo de Cristo. Essas igrejas foram excluídas da comunhão das igrejas batistas e se foram excluídas seus pastores não tinham mais a autoridade de batizar nem dar autoridade para o ato. Mesmo levando o nome de batistas, devem ser tidas como as outras igrejas pentecostais. Porque se são chamadas batistas? Primeiro porque foram excluídas. Segundo porque nasceram de divisões, e Deus não está no meio de divisões.


Já as igrejas batistas do Evangelho Pleno, só pelo nome ofende nossas co-irmãs das quais elas se originaram. Se intitulam-se do evangelho pleno é porque a outra não é. Então, que tipo de evangelho tem a outra? Pelo que dizem temos um evangelho pela metade. Notem, além de saírem excluídos por causarem divisões, tem a coragem de colocar um nome ofensivo às igrejas verdadeiras.


CONCLUSÃO


Chegamos ao fim desse estudo. Tentamos informar o leitor o que é, o que representa, o modo, e quem pode receber e praticar o batismo cristão. Minha oração é que todos aqueles que lerem este estudo possa compreender que nosso objetivo não é a condenação desse ou daquele, mas a informação completa a respeito do batismo cristão. Considero que há muitas pessoas salvas nas igrejas denominadas de cristãs, pois a salvação é pela graça e não pelo batismo. Mas o fato dessas pessoas serem sinceras e verdadeiras crentes, não supre a falta dos quesitos necessários ao batismo que é ser batizado por imersão, representando a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, mostrando ao mundo que morre e velho homem e nasce o novo, e que só uma pessoa autorizada por uma igreja verdadeiramente bíblica o pode realizar.


Talvez você tenha chegado à conclusão que seu batismo não é válido e se chegou a essa conclusão é preciso que você seja batizado outra vez. Seu coração vai dizer que está errado. O simples fato de alguém estar em dúvida é uma das provas que seu coração está indeciso. Procure uma igreja batista verdadeira e converse com seu pastor, ele poderá lhe ajudar a entender mais sobre o assunto. Deus vos abençoe!



Se você deseja saber mais sobre a origem das igrejas cristãs escreva para:


Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html

domingo, 23 de outubro de 2011

17.14. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.



Os Pentecostais


Os pentecostais estão divididos em três grandes grupos. Os históricos que são: Assembléia de Deus e Cristã no Brasil; Os da segunda geração: Quadrangular, Brasil Para Cristo, Deus é Amor, Casa da Benção, entre outras; e os Neopentecostais: Os que vieram das igrejas renovadas (batistas, presbiterianos, metodistas, luteranos e católicos), e os que nasceram na década de 70 e 80, Igreja Vida Nova, IURD, Internacional da Graça, entre outras. São tantos os grupos pentecostais que fica muito difícil generalizar em questão doutrinárias, porém, não em questão disciplinar.


COMO ANALISAR A VALIDADE DO BATISMO PENTECOSTAL?


Observando sobre os quatro elementos básicos do batismo, em pelo menos um é quase uma unanimidade, que é a prática do modo correto, ou seja, por imersão. Já na questão de um candidato apropriado há grandes diferenças. É mais fácil encontrar um candidato que está se batizando porque já aceitou Jesus numa Assembléia, do que numa das igrejas neopentecostais, às quais, pregam a teologia da prosperidade. Quanto ao desígnio há grandes controvérsias entre eles. Enquanto alguns pregam que o batismo é uma ordenança, outras (como a Cristã no Brasil) pregam que o batismo é um sacramento essencial a salvação. Mas é na questão do administrante apropriado que vamos encontrar o fator determinante de uma igreja batista não aceitar os seus batismos como válido.


PODEM SER VÁLIDOS SEUS BATISMOS?


As igrejas pentecostais tem duas origens distintas. A primeira origem é a que veio das Igrejas Holiness Weslyanas. Essas igrejas são uma divisão das igrejas metodistas originais. A ordenança de seus pastores para batizar esbarra no mesmo problema que sua igreja mãe, a metodista. Notemos. A igreja Metodista nasceu da igreja Anglicana. A igreja Anglicana nasceu da igreja Católica. A Igreja Católica é a igreja Apóstata, por isso, sem a autorização de ordenar pastores. A ordenação de um pastor holiness weslyano veio de pastores metodistas, e os dos metodistas dos anglicanos, e o dos anglicanos dos padres. Se aceitarmos dos holiness weslyanos teremos por justiça de ter que aceitar o batismo católico, pois o catolicismo é bisavô de um dos braços do pentecostalismo. Já que é inaceitável a ordenação católica, não podemos aceitar a de seus bisnetos, os holiness.


A segunda origem do pentecostalismo está das igrejas que saíram dos grupos reformados. Muitos pastores pentecostais eram ex-luteranos, ex-metodistas, ex-presbiterianos, e os tais se encontram no mesmo problema dos holiness weslyanos. Porém, a maior igreja pentecostal, principalmente no Brasil, que é a Assembléia de Deus, nasceu dentro da Igreja Batista de Belém do Pará. E então, aceitamos ou não o seu batismo como válido?


O Caso da Assembléia de Deus


O caso da Assembléia é muito importante, pois ela é a mãe e avó da maioria das igrejas pentecostais no Brasil (com exceção da Cristã do Brasil). Se entendermos porque não aceitamos o seu batismo como válido, valerá para os pentecostais da segunda geração e os neopentecostais. Vejamos abaixo como surgiu a Assembléia de Deus no Brasil. As informações abaixo são tiradas dos livros A História dos Batistas e do Diário de Gunnar Vingren e Daniel Berg, fundadores das Assembléias de Deus no Brasil.


Em 1909 desembarcaram no Brasil dois pastores batistas. Chamavam-se: Gunnar Vingren e Daniel Berg. Estes dois foram pastores batistas nos Estados Unidos, mas devido se unirem ao movimento pentecostal realizado na Rua Azuza 312, em Los Angeles, precisaram ser excluídos das igrejas batistas que ministravam por causarem a divisão dos membros e distúrbios da ordem na igreja. Ao chegarem no Brasil foram apresentados ao pastor Justus Nelson, o pastor da Igreja Batista de Belém do Pará. Pediram entrada nessa igreja, entrada esta que foi de princípio negada por não terem carta de transferencia (e nem poderiam ter, pois tinham sido excluídos). Omitindo que eram membros excluídos, apresentaram-se como verdadeiros pastores batistas, e isso lhes deu o privilégio de morarem no porão da igreja até conseguirem se instalar em outro lugar. Por aquele tempo o pastor Justus Nelson precisou viajar para o Sudeste do país, pois veio a uma Convenção Batista. Foi neste tempo que esses dois pastores agiram de má fé e causaram um grande problema ao pastor que gentilmente os recebeu.


Sem a presença do pastor, e ajudado por um co-moderador da igreja, José Plácito da Costa, eles conseguiram filiação na igreja, mesmo sem as cartas de transferência. Começaram então a induzir alguns membros a ficarem após o culto a assistir suas reuniões, às quais, eram feitas sem o conhecimento da igreja e no porão onde estavam instalados. Em seus cultos havia muito barulho e êxtases, e alguns começaram a dizer que tinham recebido dos dois pastores o que eles chamam de "batismo com fogo".


Um irmão da igreja, o evangelista Raimundo Nobre, descobriu o caso, e logo comunicou a igreja. Foi feita uma reunião para apurar o caso, e nessa reunião os dois pastores e mais onze membros da igreja foram excluídos, isso no ano de 1910. Segundo o historiador da Igreja Batista de Belém, Antônio B Almeida, Vingren e Berg continuaram a realizar trabalho de proselitismo entre os membros da Igreja, em lugar de evangelizarem os descrentes (é típico deles). O proselitismo perdurou por toda a sua vida. Em seu diária Vingren diz: "Por onde iam, buscavam nas igrejas e casas dos batistas infundirem o novo batismo".


Pois bem. Os fundadores das igrejas Assembléias de Deus no Brasil tiveram duas exclusões. Uma em suas igrejas originais dos Estados Unidos, e outra aqui no Brasil pelos irmãos da Igreja Batista do Pará. Perguntamos: É válido o batismo de um membro excluído? É bíblico um membro excluído abrir uma nova igreja e sair batizando as pessoas? Se é bíblico qual é a necessidade das exclusão dentro de uma igreja? Não, não é bíblico uma pessoa sob a disciplina da Igreja sair por aí abrindo novas igrejas. Se hoje aceitarmos um batismo de uma pessoa vindo da Assembléia, estamos dizendo que as igrejas de Cristo não tem necessidade de disciplina. Em nenhum versículo do Novo Testamento temos uma igreja sendo aberta por um membro que tenha sido excluído da Igreja de Jesus Cristo. Vimos nos estudos anteriores que todas as igrejas eram abertas por homens que estavam em plena comunhão com uma igreja de Cristo.


O que os fundadores da Assembléia de Deus fizeram foi desonesto. Mentiram que eram batistas quando não eram. Diziam estar em comunhão quando na verdade foram excluídos. Esperaram um pastor viajar para poderem agir de forma uma sorrateira. E pior, dividiram um corpo de Cristo. A Bíblia é clara sobre esse assunto de divisão: "Quem comigo não ajunta se espalha". Dividir a Igreja de Cristo é dividi-lo, e a maioria das igrejas pentecostais que saíram dos grupos reformados deixaram para trás grandes divisões e mágoas contra pessoas que simplesmente amavam Jesus da mesma maneira que se amou a dois mil anos atrás.


Quando uma Igreja Batista aceita o batismo praticado por uma igreja pentecostal, ela está dizendo que sua co-irmã, a Igreja Batista de Belém, cometeu um erro ao excluir aquelas onze pessoas. Ora, seria justo, se em uma de nossas igrejas batistas atuais, por motivos de disciplina e até doutrinária (que foi o caso dos fundadores da Assembléia), chegasse a excluir onze irmãos, e estes onze irmãos iniciarem uma nova igreja, pergunto novamente, seria justo aceitar essa igreja como sendo bíblica? De que serviria a exclusão? A exclusão serve para que o membro excluído, ao ficar fora da comunhão, sinta falta dela, arrependa-se do seu erro, e ingresse novamente na igreja, e assim, o problema disciplinar foi resolvido.


Um pastor batista alegou o seguinte motivo para aceitar o batismo praticado pela Assembléia. Disse ele que por eles ter crescido mais que os batistas já é motivo de aceitarmos, pois isso mostra que Deus está abençoando. Cuidado! Se for assim então temos que aceitar o batismo praticado pelo catolicismo, pois, ela também é uma igreja excluída, e é a igreja que mais cresce no mundo. Este mesmo pastor sofreu em sua igreja uma pequena divisão. Alguns membros resolveram se rebelar e abriram uma nova igreja batista. Perguntei a ele se a sua igreja estava em comunhão com a que foi fundada através de divisões e mágoas. A resposta foi áspera: De jeito nenhum! Perguntei porque, e a resposta foi que eram excluídos. Ora meus irmãos batistas, se não temos comunhão com nossos excluídos atuais, porque a daremos aos que foram excluídos a quase cem anos atrás? Sim, pois estes jamais voltaram ao seio da igreja, antes, continuaram a dividir nossos trabalhos. Está certo um membro excluído abrir uma nova igreja? Onde encontramos isso na Bíblia? Rebatizá-los é a forma única de manter a disciplina e a comunhão sincera entre as igrejas co-irmãs. Além do que, na maioria das vezes, os membros vindos das igrejas pentecostais, quase sempre são batizados para lavarem seus pecados, e só isso já invalida totalmente o seu batismo. O batismo praticado pela Assembléia é tão inválido quanto seria o batismo praticado por uma igreja formada por membros excluídos de uma de nossas igrejas batistas atuais.


A Assembléia é mãe de quase todas as igrejas pentecostais no Brasil e no mundo, com raras exceções (que é o caso da Congregação Cristã). Ela é mãe da Quadrangular, Brasil Para Cristo, Deus é Amor, Só o Senhor é Deus, Casa da Benção e aí a fora. Estas igrejas, por sua vez, são mães de outras igrejas como a IURD, Vida Nova, Internacional da Graça entre muitas outras consideradas neopentecostais. Portanto, se um membro excluído não tem autoridade para realizar o batismo, teria ele autoridade para ordenar pastores? São estes pastores ordenados? Por quem? Por membros excluídos? Qualquer igreja batista de verdade que se preze há de zelar pela comunhão verdadeira e negará a validade dos batismos pentecostais, pois são igrejas nascidas da divisão, discórdia e contendas. Atrás do nascimento dessas igrejas existe muitas mágoas e pecados a serem confessos.



Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html

sábado, 22 de outubro de 2011

17.13. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.



SERIAM AS OUTRAS DENOMINAÇÕES!


A Igreja Metodista


Teria essa igreja a autoridade do batismo? Passaria no teste dos quatro elementos básicos do batismo bíblico? Eram seus candidatos apropriados? Sim, eram. O conhecedor da história sabe que o principio do metodismo trouxe uma grande transformação da vida de seus crentes. Eram batizados da forma correta? Aos metodistas originais não. Eram batizados por aspersão. Mas há casos de metodistas batizados por imersão, e assim o modo torna-se correto. Eram batizados pelo desígnio correto? Não. Basicamente o batismo era para eles um sacramento e não uma ordenança. Mas já vi livros que indicam que entre os Metodistas Livres há uma aceitação de que o batismo é uma ordenança e não um sacramento. E o administrante? Eis aí o problema dos metodistas. Wesley foi batizado por imersão pelos irmãos morávios em um navio. Esses irmãos morávios eram verdadeiros anabatistas. O problema foi que Wesley não se desligou da igreja da Inglaterra, e tanto é que a igreja Metodista só foi fundada após a sua morte. Devido a isso não podemos considerar os batismos administrados por ele ou por seus pastores um batismo completamente bíblico (ele mesmo batizava por aspersão). Assim, a igreja metodista não participa de erros grotescos como as outras denominações protestantes históricas, mas também traz o epíteto de neta da Igreja de Roma, o que invalida a sua ordenança batismal.


As Igrejas Adventistas, Mórmons, e Testemunha de Jeová


Não podemos falar dessas igrejas como falamos das igrejas que vieram da reforma ou pós reforma que é o caso dos metodistas. Assim como temos de fazer diferença entre a origem das igrejas reformadas com os metodistas, é preciso fazer diferença entre as reformadas e metodistas com as igrejas adventistas, Mórmons e testemunhas de Jeová. E porque? Quando falamos de uma igreja presbiteriana, metodista, e outras reformadas, estamos falando de igrejas que possuem erros, às vezes grotescos, porém, encontramos nelas pregadores que anunciam a salvação pela graça, base da remissão do pecador. Apesar de uma origem errada, encontramos em seu seio uma grande massa de salvos pelo sangue de Jesus. Já as igrejas Adventistas por exemplo, pregam a salvação por guardar a Lei, ou o Sábado. Isso não é erro, é pura heresia. Os Testemunhas de Jeová nem ao menos crêem em Jesus como parte da Trindade, heresia sem fundamento. Os Mórmons são uma aberração do cristianismo. Assim, nem discutiremos os elementos básicos de seu batismo, pois, são tão grandes as heresias que não podemos chamá-las de igrejas erradas, e sim, seitas abomináveis.



Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

17.12. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.


SERIAM AS IGREJAS QUE VIERAM DA REFORMA?


No início do século XVI a Igreja Católica teve pelo menos três grandes divisões. A divisão Luterana na Alemanha e países Nórdicos. A divisão Calvinista na Europa Central. E a divisão Anglicana na Inglaterra. Hoje essas igrejas são chamadas de: Luteranas, Presbiterianas, Reformadas da Holanda, Anglicana e Congregacionalistas. São estas as igrejas que vieram do Protestantismo Histórico. Tinham elas a autoridade de realizar batismos? Vamos analisar isso usando como base os quatro elementos básicos para se realizar um batismo:


O Candidato delas Eram Apropriados?


Na Alemanha quem era católico tornou-se luterano. Na Escócia quem era católico tornou-se presbiteriano. Na Holanda quem era católico tornou-se membro da Igreja reformada da Holanda. Na Inglaterra quem era católico tornou-se membro da igreja Anglicana. Será que eles tinham idéia das palavras de Paulo aos Coríntios, de que: "Quem está em Cristo, é nova criatura, as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo". II. Co 5,17;


Eram crentes nascidos de novo? Um crente nascido de novo pegaria em armas para instituir sua Igreja? Jesus ensinou a amar e a orar pelos nossos inimigos, e não matá-los à espada. E como explicar as guerras que houveram para se impor essas novas religiões? Jesus disse que pelos frutos se conhece a árvore, e que tipo de fruto deram esses novos crentes? Seus frutos estão até hoje dando resultados negativos. Olhe-se o exemplo da cidade de Belfaste, capital da Irlanda do Norte. Quanto ódio dos protestantes pelos católicos daquela região? E mais, quem começou a II. guerra mundial? Não foram justamente os alemães, que é um país majoritariamente luterano? Eram apropriados os candidatos que apenas mudaram o nome da religião e nunca experimentaram o novo nascimento? Um simples historiador da época do século XVI pode nos dizer que tipo de crentes eram aqueles protestantes, e do que eles foram capaz para impor sua nova fé. Morte aos católicos! Morte aos anabatistas!


O Modo de Batizar Eram Apropriados?


Todas estas denominações protestantes batizavam e ainda batizam por aspersão. E porque batizavam assim? É porque foi assim que aprenderam da Mãe Roma. É bom lembrar que não temos registros de que pessoas foram "rebatizadas" quando entraram nessas igrejas protestantes. Elas foram aceitas, mesmo possuindo o batismo católico. A questão foi mais política do que teológica. As igrejas da reforma não evangelizavam, e sim, recrutavam membros do catolicismo.


O Desígnio de Seus Batismos São Apropriados?


Para a Igreja Católica o batismo é um meio de salvação, ou como eles mesmo chamam "sacramento". Foi visto já neste estudo que para a igrejas Luteranas, Presbiterianas, Congregacionais, Anglicanas e as reformadas da Holanda, o batismo tem como desígnio não um quadro simbolizando a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, mas é um sacramento também, e se é sacramento é um meio de Salvação. Para eles o batismo não é uma ordenança e sim um sacramento, e isso mantiveram da Mãe Roma.


Os Administrantes Eram Apropriados?


Você já ouviu falar quando Lutero, Calvino, Zwinglio e outros reformadores foram batizados? Ou, por quem foram batizados? Será que algum pastor anabatista batizou-os, já que os anabatistas foram os únicos a não participar das heresias romanas? Não. Os chefes da reforma nunca foram batizados, a não ser pelos padres católicos. E então perguntamos: Pode valer o batismo administrado por Lutero ou Calvino, desde que os mesmos nunca foram batizados? Se aceitarmos o batismo deles como válido, temos que aceitar o batismo dos católicos também, já que foram os padres católicos que lhes administraram o batismo. E se aceitarmos o batismo católico como ficaremos diante de Deus? Como explicar as heresias? Que tal a idolatria, a Inquisição, o Purgatório, as Indulgências? Se aceitarmos o batismo católico estamos aceitando que a igreja de Jesus é uma Igreja antibíblica.


Se o batismo de Calvino ou Lutero não podiam valer, que autoridade suas igrejas tinham de ordenar pastores para a ordenança do batismo? Não estou aqui condenando a sinceridade de seus membros da atualidade, ou a profissão de fé dos mesmos, pois basta-lhes a fé para ir para o céu. Estou expondo um problema que já dura quase quinhentos anos e os seus membros nem tem idéia disso, muito menos culpa.


Os anabatistas do século XVI não aceitaram como válido os batismos dos protestantes históricos. E tinham plena razão. Devido a essa não aceitação que Lutero ordenou a morte de mais de cem mil anabatistas em um só dia na Alemanha. Calvino também, irado por não ser aceito pelos anabatistas como um pastor bíblico (pois não era) perseguiu e ordenou a morte de alguns anabatistas na cidade de Genebra.


Se o leitor estudar cuidadosamente esse assunto verá que as igrejas protestantes históricas também não tem a autoridade do batismo, pois sua mãe era a Mãe Roma, uma igreja excluída em 225 d.C.


Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

17.11. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.


SERIA BÍBLICO OS BATISMOS DAS IGREJAS CRISTÃS HOJE?


Foi possível constatar em nosso estudo que o batismo para ser válido precisa ser autorizado por uma igreja escriturística, que não tenha nascido de uma divisão, exclusão ou independente de uma igreja que tenha sua ligação direta com as igrejas neotestamentárias.


Alguém já refutou esse comentário dizendo que quero provar com meus estudos que nossa igreja se assemelharia a católica, pois quero mostrar uma sucessão apostólica nas igrejas batistas.


Ora, eu acredito fielmente que há uma sucessão, porém, não apostólica, pois os apóstolos já morreram e não podiam ser substituídos por ser um grupo fechado de doze homens. Acredito na sucessão neotestamentária para a Igreja de Jesus, e que é justamente as igrejas batistas que estão na linha dessa sucessão. Não acreditar na sucessão neotestamentária das igrejas é duvidar de uma promessa de Jesus em Mateus 16,18:


"...Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".


Se a igreja morreu em 313 e só nasceu na reforma como dizem alguns historiadores do cristianismo, então Cristo mentiu. Sim, pois, por mil e duzentos anos a igreja permaneceu derrotada por Satanás, e assim, as portas do inferno prevaleceram contra ela. Teria acaso Satanás fechado a porta da igreja de Jesus por mil e duzentos anos? Não! De forma alguma, pois Cristo fez outra promessa em Apocalipse 3,7:


"Isto diz o que é Santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre"


Ninguém jamais poderá fechar a porta da igreja de Cristo. Ela sempre sobreviveu e nunca deixou de existir nestes dois mil anos de existência sobre a face da terra. Apesar de Satanás ter plantado a Igreja Infiel e Prostituta, mesmo assim a Igreja de Jesus Cristo sempre permaneceu fiel aos princípios bíblicos. Houve uma linha paralela entre as duas igrejas. Nossa história não conta isso, mas o sangue dos mártires estão clamando a Deus, como clamou o sangue de Abel.


UMA ANALISE SOBRE A VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO


SERIA O CATOLICISMO?


A Igreja Católica julga-se a herdeira apóstolica da sucessão. Mentira! Sua sucessão, não a apostólica, mas a neotestamentária, acabou no ano de 225 d.C. Nessa data, as igrejas que nos séculos seguintes formariam a hierarquia papal, foram excluídas da comunhão por erros doutrinários e heréticos: Foram dois estes erros:


- Buscar primazia entre irmão e igrejas co-irmãs;


- Pregar a salvação através do batismo;


Depois de excluídas, após a subida de Constantino no Trono de Roma, essas igrejas casaram-se com o Império, sua cabeça deixou de ser Cristo para ser o Imperador, e foram chamadas de Católicas. Seus erros continuaram a aumentar, e as heresias também. Exemplo:


- Prática do batismo infantil; 370 d.C.


- Mariolatria; 451 d.C


- Ensinamento do Purgatório; 590 d.C.


- Venda de Indulgências; Desde o século VII até os dias atuais;


- Adoração de Santos e Imagens;


Isso sem mencionar uma grande multidão de outros erros. Já pensou se essas igrejas não fossem excluídas a tempo da comunhão pelas igrejas fiéis? É essa uma igreja de Jesus Cristo? Estaria Cristo sendo a cabeça de um corpo tão deplorável como este? Historiadores como Neander e McCintock e Strong comentaram como se deu essa exclusão das igrejas erradas pelas igrejas fiéis. Vejamos um pequeno trecho documentário de Neander, V.I. pg. 318:


"Outra vez um bispo romano, Estevão, que instigado pelo espirito de arrogância eclesiástica, dominação e zelo, sem conhecimento, ligou a este ponto (salvação pelo batismo), uma importância dominante. Daí, para o fim do ano de 253 d.C. lavrou uma sentença de excomunhão contra os bispos (ou pastores) da Ásia Menor, Capadócia, Galáxia, e Cilicia, estigmatizando-os (dando-lhes o apelido) de anabatistas, um nome, contudo, que eles podiam afirmar que não mereciam por seus princípios: porque não era o seu desejo administrar um segundo batismo aqueles que tinham sido batizados, mas disputavam que o prévio batismo dado por hereges não podia ser reconhecido como verdadeiro. Isto induziu Cipriano, o bispo a propor o ponto para a discussão em dois sínodos reunidos em Cartago em 225 d.C. um composto de 18, outro de 71 pastores, Ambas as assembléias declarando-se a favor da idéia de que o batismo de heréticos não devia ser considerado como válido".


As Igrejas fiéis que excluíram as erradas da comunhão foram chamadas de anabatistas pelas igrejas erradas. E porque foram chamadas assim? O motivo foi que não mais aceitaram o batismo de um pastor que fosse ordenado por uma igreja sem a comunhão das demais. Por isso começaram a rebatizar os membros vindos das igrejas erradas. A própria palavra anabatista é uma palavra grega que significa "batizar outra vez".


Estas igrejas que foram chamadas de anabatistas foram duramente perseguidas pelas igrejas erradas após o ano de 313 d.C. Isso pode ser visto em qualquer enciclopédia honesta. Basta o leitor procurar a palavra Inquisição e verá com seus próprios olhos o que a Igreja católica fez para tentar exterminar os anabatistas da face da terra. Só que cumpriu-se as escrituras. As portas do inferno não prevaleceram, e sempre, sem interrupção de tempo, houve igrejas anabatistas esparramadas por todos os lugares. Viveram escondidos, humilhados e perseguidos por mais de mil e quatrocentos anos, mas nunca deixaram de existir. Sempre levaram o sobrenome de anabatista.


Este sobrenome só caiu no começo do século XVII, quando o prefixo "ana" deixou de ser usado, e ficando apenas o apelido de "batistas". Os batistas são os verdadeiros descendentes espirituais da igreja primitiva do Novo Testamento.



Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

17.10. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.



TODOS OS BATISMOS DO NOVO TESTAMENTo TINHAM ADMINISTRANTES APROPRIADOS E DEVIDAMENTE AUTORIZADOS POR UMA IGREJA CORRETA E ORIGINAL


Em todos os batismos realizados no Novo Testamento podemos ver que o administrante era uma pessoa autorizada para o ato, e que esta mesma pessoa estava em plena comunhão com uma igreja verdadeira.


No batismo do dia de pentecostes temos uma multidão de três mil almas sendo batizadas. Os administrantes destes batismos eram homens autorizados? Vejamos. Na possibilidade de somente os doze realizarem os batismos fica inquestionável que os administrantes eram autorizados. Mas, e se outros membros da igreja primitiva também batizaram (desde que havia quase cento e vinte membros na ocasião - vide Atos 1,39), eram eles autorizados? Sim, pois, se fosse em comum acordo entre os irmãos que os apóstolos poderiam ser ajudados a realizar os batismos, os membros eleitos para esse fim estariam também autorizados. Nunca devemos esquecer que a autoridade do batismo não está em quem administra, mas na igreja que ordenou o administrante.


Também verificamos essa autoridade da igreja na ocasião do evangelho pregado aos samaritanos por Filipe. Filipe era um membro em plena comunhão com a igreja de Jerusalém. Foi eleito diácono numa igreja que já possuía mais de cinco mil membros. Assim como Estevão tornou-se um grande pregador. Devido a perseguição contra a igreja após a morte de Estevão precisou sair de Jerusalém. Disperso acabou por descer a Samaria. Lá abriu um trabalho missionário. Atos 8,12; nos informa que muitos foram por ele batizados. Formou-se então uma grande igreja nessa cidade. Era Filipe um administrante autorizado? Sim. Ele não saiu de sua igreja por disciplina. Saiu por necessidade. Ao abrir um trabalho missionário abriu-o não às escondidas ou por meio de divisões. Fê-lo pelo Espirito Santo. Na primeira oportunidade que a Igreja de Jerusalém teve, enviaram para lá os apóstolos Pedro e João os quais testificaram que o seu trabalho era verdadeiro. A igreja autorizada de Jerusalém, através de seus enviados especiais, concordou com esse trabalho maravilhoso de Filipe (Atos 8,14 e 25). A Igreja de Samaria foi uma verdadeira filha da Igreja de Jerusalém.


Pedro, uma das colunas da Igreja, não ousou batizar os gentios de Cesaréia sem antes participar o fato aos irmãos de sua igreja. E porque não os batizou sem consultá-los já que era um apóstolo? Porque não estava nele a autoridade e sim na igreja de Jesus Cristo (Atos 10,47;).


Quando foi formada a igreja de Antioquia aconteceu a mesma coisa. Poderia ter sido ela uma igreja independente e sem nenhuma ligação com alguma igreja já autorizada. Mas não! Logo após a abertura do trabalho a igreja de Jerusalém enviou para lá o irmão Barnabé, que assim como Estevão e Filipe, tornou-se um grande pregador da Palavra. (Atos 11,22;). Barnabé foi o aval de aprovação ao trabalho evangelístico que estava sendo feito em Antioquia. Assim, tornou-se esse trabalho um campo missionário apto para pregar, batizar e ensinar o Evangelho.


Paulo e Barnabé, antes de saírem para o campo missionário, foram devidamente ordenados pela igreja de Antioquia (Atos 13,3;). Todas as igrejas formadas por eles estavam recebendo uma autorização correta do batismo, autorização esta que tinha uma linhagem que vinha da Igreja de Jerusalém - Jesus - o Pai.


Paulo, ao escolher Silas, seu novo companheiro, iniciou suas novas viagens missionárias. Novamente vemos os irmãos autorizando e abençoando essas jornadas (Atos 15,40;). Nada foi feito às escuras ou sem a autorização de uma igreja escriturística. Mesmo a escolha de Timóteo para ser um novo ajudante (Atos 16,2;) precisou do aval dos irmãos da igreja o qual ele pertencia. Assim, Timóteo também foi um homem autorizado a pregar, a batizar e a ensinar junto com os outros apóstolos.


Não vemos em todo o Novo Testamento um só exemplo de que algum pastor excluído, ou mesmo independente das igrejas já autorizadas, que tenha tido autoridade bíblica para batizar e recebido o consentimento de Deus para o ato. Nenhuma igreja foi aberta sem o conhecimento e consentimento de outra que já estivesse em plena comunhão com as igrejas de Cristo.


Prova irrefutável é a de Paulo ao chegar em Éfeso. Muito surpreso ficou quando ao chegar ali ter encontrado uma igreja com no mínimo doze discípulos. Por ali passaram pessoas importantes como Áquila e Priscila. Também por essa pequena igreja tinha passado um grande pregador, Apolo. Mas isso não implicou que a Igreja por eles formada fosse uma igreja verdadeira. Ao contrário, Paulo recusou o batismo deles. Apesar do administrante ser apropriado; apesar do modo ter sido apropriado; apesar dos candidatos terem sido apropriados; Porém, o desígnio não era apropriado. Paulo não teve dúvidas e batizou-os outra vez. Caso não o fizesse teríamos uma igreja totalmente independente daquela fundada por Jesus. Feito isso ela passou a ser um verdadeiro Corpo, cuja cabeça é Jesus, e não João Batista.


Vemos nesse caso de Éfeso que devido a uma só quebra dos quatro elementos para o batismo (que são: candidato, modo, desígnio e administrante apropriados), era motivo para exercer-se o rebitamos sobre qualquer que fosse a pessoa.


Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html

terça-feira, 18 de outubro de 2011

17.9. Batismo do Senhor Jesus (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-23) Mt 3:13

Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.


O EXEMPLO DE JOÃO BATISTA


João batista é um exemplo da necessidade do administrante ser autorizado. Na ocasião do batismo de nosso Salvador, João fez uma declaração sobre quem o autorizou a realizar batismos:


"Eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água, aquele me disse: Sobre quem vires descer o Espirito e que permanecer sobre ele, esse é que batiza com o Espirito Santo." Jo 1,33;


Quem enviou (ou autorizou) João de batizar? Foi o próprio Deus Pai Todo Poderoso. Deus deu a João batista a autoridade de batizar com o batismo do arrependimento, o qual, era um prenuncio da vinda de Cristo. Essa autoridade foi reconhecida pelos homens que vieram ao batismo de João e também pelo próprio Senhor Jesus. Nosso Salvador andou dezenas de quilômetros para poder ser batizado por um administrante autorizado por Deus. Se ele não se importasse com essa questão do administrante, então porque sairia de Nazaré, andaria até o Jordão e seria batizado justamente por João, o batista? Jesus deixou claro que em fazendo isso ele estaria "cumprindo toda a Justiça". Para Jesus, ser batizado pelo administrante autorizado, era cumprir a vontade de Deus. Veja o trecho bíblico:


"Então Jesus veio a Galiléia a João no Jordão, para ser batizado por ele. Mas João se opunha, dizendo: Eu necessito ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa agora porque convém que cumpramos toda a justiça. Então João o permitiu" Lucas 3,13-16;


Até João achava-se não autorizado a um batismo tão importante. Mas Jesus lhe acalmou o coração dizendo que ele era autorizado para o ato. Quando somos batizados precisamos saber se o pastor que nos batizou é um pastor que estava em plena comunhão com sua igreja naquele momento. Não só isso, mas se esta igreja é uma igreja escriturística, que não tenha vindo da linhagem romana ou de divisões.


O EXEMPLO DA IGREJA PRIMITIVA


O pensamento de uma unidade em torno da validade do batismo esteve presente desde o princípio na igreja primitiva. A autoridade do administrante como alguém autorizado para o ato foi um fundamento essencial para os apóstolos. Na ocasião em que os onze escolheram um substituto para Judas Iscariotes achamos a primeira prova disso. Poderiam eles ter escolhido qualquer pessoa entre as cento e vinte almas que pertenciam a igreja. Mas não! O escolhido teria que ter algumas marcas que o distinguissem dos demais. O cargo só poderia ser preenchido por alguém que cumprisse as exigências mencionadas em Atos 1,21-22;


"É necessário pois que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até o dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça testemunha da sua ressurreição".


Os onze apóstolos concordaram entre si que para ser um substituto do lugar deixado por Judas Iscariotes era preciso ter começado desde o batismo de João. Fica esclarecido neste trecho que para a base da igreja de Cristo o batismo de João foi fundamental. Este batismo tinha a autoridade de Deus. Já o batismo que seria administrado pela igreja tinha a autoridade dada por Cristo. O ultimo não eliminava o primeiro, antes, era um meio pelo qual a verdade e a justiça de Deus se estabelecia neste mundo. Assim como o Novo Testamento não elimina o Velho, da mesma forma o batismo da Igreja de Jesus não elimina a importância que teve o batismo de João. O batismo de João foi um aio que conduziu até o batismo da Igreja de Jesus. Da mesma forma que não podemos ser salvos pela Lei hoje, também não podemos aceitar o tipo de batismo administrado por João. Porém como a Lei pertenceu às Escrituras, da mesma forma o batismo de João. Verifica-se portanto que para a igreja primitiva a autoridade do administrante era um elemento fundamental.


A igreja primitiva não foi uma igreja dividida, inventada ou renovadora. Era uma igreja que estava destinada a cumprir a já estabelecida vontade de Deus. Foi a vontade de Deus que João fosse o precursor de Cristo e o batista dos primeiros cristãos e o do próprio Cristo. Foi a vontade de Deus que Jesus formou sua igreja, e que a base de sua igreja fosse os doze apóstolos, e que estes doze apóstolos fossem todos batizados por João. Foi da vontade de Deus que Jesus desse a autoridade de batismo para sua Igreja, e que sua igreja ficasse responsável pela escolha do administrante apropriado para o ato.


Autor: Pr. Gilberto Stefano, Igreja Batista de Gália, Av. São José, n. 156, Gália, São Paulo, CEP 17.450.000, Fonte: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/micelanea/cap04.html