quinta-feira, 30 de junho de 2011

9.5. O anúncio aos pastores (Lc 2:8-20) Lc 2:13-20

E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.

Boa vontade de Deus para com os homens, será que foi boa vontade mesmo? Para responder é só fazer um estudo prévio, o homem é uma criatura de Deus, foi criado pela Trindade, pois foi criado por uma decisão conjunta (façamos Gn 1:26), a Bíblia diz que ele foi criado pelo Pai (Gn 1:27; Is 45:12), pelo Filho (Jo 1:3; Cl 1:16) e pelo Espírito Santo (Jó 26:13; 33:4; Sl 104:30), curiosamente Deus criou o homem do pó (Gn 2:7; Jó 33:6), embora seja feito do pó da terra, Deus o criou como à Sua imagem (I Co 11:7) e semelhança (Tg 3:9), homem e mulher (Gn 1:27; 5:2). O homem é um ser moral, ou seja, é portador de intelecto, por isso, ele pode aprender, é possuidor de conhecimento (Cl 3:10), entendimento (Ef 1:18; 4:18), vontade (I Co 9:17; II Pd 1:21), afeição (I Cr 29:3; Cl 3:2), memória (Gn 41:9; I Co 15:2), consciência (Rm 2:15; I Tm 4:2), ou seja, tem a capacidade de saber o bem e o mal (Gn 3:22), por fim, vontade, o homem exerce sua vontade, em favor ou não da sua consciência. O homem vivenciou dois estados, o original, como foi criado, e o estado pós-queda.
O homem tem a natureza diferente das demais criaturas (I Co 15:39), é mais valioso (Mt 6:26; 10:31; 12:12), mais sábio (Jó 35:11), é para dominá-las (Gn 1:28; Sl 8:6-8), tanto que as nominou (Gn 2:19,20), no entanto, é comparado com: a erva do campo (Is 40:6-8; I Pd 1:24), barro nas mãos de um oleiro (Is 64:8; Jr 18:2,6), vaidade (Sl 144:3,4), sono (Sl 90:5); para demonstrar sua fraqueza, tem um breve período de vida (Jó 14:1), seus dias são comparados com uma sombra (I Cr 29:15), ignora o que vem depois dele (Ec 10:14), não pode dirigir seus passos (Pv 20:24; Jr 10:23) e andam em vã aparência (Sl 39:6), essa fraqueza, e como o homem é fraco! (Jó 4:18,19; 15:14; 22:2-5; 25:4-6; 35:2-8; 38:4,12,13; Sl 8:3,4) é para que ele dependa, em tudo, de Deus, o homem foi criado para obedecer a Deus em todas as coisas (Gn 2:16,17).
Deus mostra Seu poder, e totais condições, de ordenar ao homem, pois além de ser seu Criador, é Ele Quem o instrui (Sl 94:10), dirige os passos (Pv 5:21; 20:24), prepara o coração dele (Pv 16:1), o preserva (Jó 7:20; Sl 36:6), o provê (Sl 145:15,16), Ele também é Quem destrói a esperança (Jó 14:19), restringe a ira humana para Seu louvor (Sl 76:10), e os faz tornar em destruição (Sl 39:11); o homem respira pelo sopro de Deus (Gn 2:7; 7:22; Jó 33:4) e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido (Jó 32:8,9). Por tudo isso, o crente deve adorar a Deus, pois mesmo Deus não tendo proveito com ele (Jó 22:2; Sl 16:2), Ele misericordiosamente, derrama Seu favor sobre ele (Jó 7:17; Sl 8:4), por isso, mesmo não entendendo os desígnios de Deus, o crente deve exclamar assim: “ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Rm 11:33-36).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

9.4. O anúncio aos pastores (Lc 2:8-20) Lc 2:13-20

E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.


O hino continua: Paz na terra, o que isso quer dizer? Por evidente se refere à Pessoa da paz, não só Pessoa, mas Príncipe da paz, o motivo é claro, Deus é o Deus de paz: "graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor;" (II Pd 1:2), "ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas," (Hb 13:20), "e o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (I Ts 5:23), "o que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco." (Fp 4:9), "porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos." (I Co 14:33), "e o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém." (Rm 16:20), "e o Deus de paz seja com todos vós. Amém." (Rm 15:33).
Deus trazia a proposta da paz, a paz é iniciativa dEle: "graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." (I Co 1:3), "graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo." (II Co 1:2), "graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo," (Gl 1:3), "a vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!" (Ef 1:2), "paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo." (Ef 6:23), "graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo." (Fp 1:2), "aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo." (Cl 1:2), "graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo." (II Ts 1:2), "a Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor." (I Tm 1:2), "a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador." (Tt 1:4), "graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." (Fm 1:3), "graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor." (II Jo 1:3), "graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor." (II Jo 1:3).
Esta paz é a mesma pregada no evangelho, motivo pelo qual o evangelho também é chamado de evangelho da paz: "e, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto;" (Ef 2:17), "e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;" (Ef 6:15), "e como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas." (Rm 10:15), esta paz é através do sangue do Senhor Jesus: "E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus." (Cl 1:20), "tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;" (Rm 5:1) "a palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos);" (At 10:36), de modo que todo crente tem paz com Deus, por intermédio do Filho, a questão é, se houve a propositura de paz é porque havia guerra entre Deus e o crente? A resposta é sim: "porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida." (Rm 5:10), este tema será melhor abordado em breve.

terça-feira, 28 de junho de 2011

9.3. O anúncio aos pastores (Lc 2:8-20) Lc 2:13-20

E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.


Eu fico imaginando esta situação, fico me perguntando como deve ter sido esta falange de anjos entoando hinos a Deus, observem que subitamente apareceu a multidão e anjos, que se somou ao anjo que trazia o anúncio aos pastores, porém eu gosto de pensar como deve ter sido momentos antes do Filho Se encarnar, eu penso que os anjos discutiram entre si, ao verem o Menino alguns devem ter pensado este é o Senhor, o Supremo, Criador dos céus e da terra, penso que outros já discordaram e falaram não pode ser, nós sabemos que a presença do Senhor enche os céus e a terra: "esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR." (Jr 23 24), como é que Ele pode estar ali, aparentemente tão indefeso? Penso que eles ficaram na dúvida, devemos ou não adorá-lO? Até que veio a ordem mais incomum da Bíblia: "e outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem." (Hb 1:6), com isso esta multidão veio, vieram todos o anjos e louvaram ao Senhor Jesus.
O cântico deles foi assim: glória a Deus nas maiores alturas, a Deus pertence toda a glória, "e ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã," (At 7:2), "e no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou." (At 12:23), "se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém." (I Pd 4:11), "para que o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo seja em vós glorificado, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo." (II Ts 1:12), "porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." (I Co 6:20), "e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto eu te louvarei entre os gentios, E cantarei ao teu nome." (Rm 15:9), "para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo." (Rm 15:6), "e, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei." (At 21:20), "e, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida." (At 11:18), "mas eles ainda os ameaçaram mais e, não achando motivo para os castigar, deixaram-nos ir, por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera;" (At 4:21), "portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." (I Co 10:31).
A glória do crente é em Deus, tanto pela salvação, exaltação, louvor de Deus: "mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação," (Tg 1:9), "e dizei: Salva-nos, ó Deus da nossa salvação, e ajunta-nos, e livra-nos das nações, para que louvemos o teu santo nome, e nos gloriemos no teu louvor." (I Cr 16:35), "porém alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome." (Sl 5:11), "salva-nos, SENHOR nosso Deus, e congrega-nos dentre os gentios, para que louvemos o teu nome santo, e nos gloriemos no teu louvor." (Sl 106:47), em outras palavras: "assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR." (Jr 9:23,24), "para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor." (I Co 1:31), "aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor." (II Co 10:17).

segunda-feira, 27 de junho de 2011

9.2. O anúncio aos pastores (Lc 2:8-20) Lc 2:8-12

Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura.

O sinal que identificaria este Menino de qualquer outra criança seria onde Ele estava e Sua roupa, é possível que os pastores já conhecessem o lugar onde o Mestre estava, também é possivel que os pastores passaram a procurá-lO, olhando várias crianças, especialmente por a cidade estar lotada de gente, mas eles encontraram, graças a Deus! Este verso nos traz algumas lições, um delas é que para reconhecer ao Senhor Jesus é necessária ajuda divina, esses pastores seguramente eram servos de Deus, mas sem a intervenção divina eles não reconheceriam ao Messias. Então há o sinal distintivo dEle, neste ponto há um contraste incrível, o Senhor Jesus, que é Senhor e Criador daquele anjo mensageiro, estava deitado, veio sem todo o esplendor de um Rei ao mundo, enquanto o Seu mensageiro havia chegado cerdado pela glória de Deus.
A narrativa fala que o Menino, mesmo sendo Deus, ali era o Menino, o Senhor Jesus, na natureza humana dEle, passou por todas as fases da humanidade, como Menino, Ele precisou mamar, etc, Ele é homem tão pleno como qualquer homem o é, a diferença reside na natureza pecaminosa, enquanto todos os homens são pecadores, Ele é plenamente sem pecado, e entrou no mundo como todos entram, de modo ainda mais humilde: “foi assim que Maria trouxe ao mundo seu primogênito, que o anjo havia prenunciado como herdeiro do trono de Davi, seu pai (Lc 1.32). Naquela época, esse herdeiro do trono de Davi possuía uma estrebaria como salão real, uma manjedoura como trono, feno e palha como lugar de repouso, uma lanterna de galpão como lustre, duas pessoas desabrigadas como séquito.” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança Rienecker, Fritz, Editora Evangélica Esperança, 2005).
Outra lição que os mensageiros de Deus levam as pessoas até a Cristo: "estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus." (Jo 12:1), para tanto ele busca o lugar dele, para que Cristo fique no lugar dEle: "é necessário que ele cresça e que eu diminua." (Jo 3:30), já o falso obreiro, que vem se alastrando muito pelo mundo, age de modo diferente: "porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples." (Rm 16:18), "acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." (Mt 7:15), "e Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus." (Mt 16:6), "ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia." (Lc 12:1), "porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo." (II Co 11:13), "e também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição." (II Pd 2:1), "amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (I Jo 4:1).

domingo, 26 de junho de 2011

9.1. O anúncio aos pastores (Lc 2:8-20) Lc 2:8-12


Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura.

A mensagem que o anjo trouxe é fantástica:
“Uma segunda tríade está contida na mensagem do anjo no v. 11a: 1) é que nasceu, 2) para vós, 3) hoje. 1) Ele nasceu. O nascimento é sempre a primeira realidade de um ser humano de carne e sangue (cf. Jo 1:14). Esse Redentor “nasceu”. Ele nasceu, e não apareceu como esse anjo que o anuncia com as vestimentas de luz da glória de Deus. Não, esse Salvador tornou-Se nosso irmão de sangue, osso dos nossos ossos, carne de nossa carne, para que soubesse como nos sentimos neste pobre corpo carnal, e viesse a ser nosso misericordioso sumo sacerdote, para expiar nosso pecado e nos atrair para o alto como membros de Seu corpo, de Sua carne e Seus ossos (Ef 5:30). 2) Para vós, diz o anjo. Essa é a mais gloriosa palavra em toda a primeira pregação de Natal. “Para vós”, diz o anjo, “para vós”, para os humanos, não para nós, os anjos, é que Ele nasceu, Se tornou ser humano. Lutero diz: “Os anjos não precisam do Redentor, e os diabos não o querem. Ele veio por nossa causa, nós é que precisamos dele.”. 3) Hoje! O Redentor, que é de eternidade a eternidade, entrou no tempo. A palavra “hoje” define Seu nascimento como fato histórico. A encarnação do Filho de Deus não é um pensamento, uma idéia, um produto da fantasia que se construiu em personalidades ansiosas e esperançosas, mas um fato histórico que provocou um efeito imenso. Desde aquele “hoje” passaram-se séculos, mas será que a palavra do anjo não continua sempre ressoando em nosso coração, como se fosse hoje? A história de nosso Redentor, por mais verdadeira e real que tenha sido no tempo, não é como a história de outras pessoas, pertencente apenas ao tempo. Aqui o passado se torna presente, porque essa história pertence à eternidade e se renova incessantemente, prolongando-se todas as vezes que seu poder animador é experimentado por um coração humano.” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança Rienecker, Fritz, Editora Evangélica Esperança, 2005).
O anjo descreve o Menino com três títulos, o Salvador, Cristo, o Senhor: “quanto a Salvador, o AT fala diversas vezes de redentores, de salvadores. por exemplo, os juízes são chamados de “salvadores”, pessoas que o Senhor convocou em épocas difíceis para salvar Seu povo (Jz 3:9; II Rs 13:5: Ne 9:27; Ob 21). – Acima de tudo, porém, desde os primórdios a palavra “Redentor” é um título de honra de Javé (I Sm 14:39; Sl 17:7; 51:14; Is 4:3,11). Agora, no entanto, Deus enviou um Redentor que é simultaneamente o próprio Deus Redentor. Por essa razão, Ele é o Redentor, e em nenhum outro há salvação e redenção (soteria), e tampouco há outro nome no qual os humanos serão bem-aventurados... Que é Cristo. Por meio da palavra Salvador, o anjo anunciou a grande obra de Jesus. Agora ele cita Seu título. Ele é Cristo, i. é, o Ungido, em hebraico o “Messias”. No AT esse nome ocorre somente em Daniel 9:25s, mas desde então se tornou tão predominante entre o povo judeu que o anjo foi imediatamente compreendido quando usou esse termo. Em Israel o sacerdote era ungido (Ex 29:7; Lv 4:3,5; Lv 8:12 e Sl 105:15). A unção com óleo anunciava ao sacerdote que ele precisava do “óleo”, i. é, do Espírito no seu serviço sumamente importante. Mais tarde o Ungido em Israel é o rei (I Sm 2:10,35; 10:1; Sl 2:2 e Is 45:1). Jesus, portanto, passa a ser simultaneamente Sacerdote e Rei. Ele é um Rei Sacerdote com o Espírito profético, como Israel o necessita. Unicamente por intermédio desse Cristo, o Ungido no sentido real e pleno da palavra, os filhos de Israel e todos os que pela fé lhe foram acrescentados, podem tornar-se cristãos... Senhor (kyrios). O anjo acrescenta a Cristo ainda o termo kyrios = Senhor. Essa correlação é única no NT. De At 2.36, “Senhor e Cristo”, depreende-se que cada palavra possui um significado determinado, delimitado... A última coisa que o anjo tem a dizer é que o nascimento aconteceu “na cidade de Davi”. Isso não é apenas uma confirmação de que Jesus é realmente o Rei Messias, que deveria ser oriundo da casa de Davi, mas dessa forma também se explicita a peculiaridade do cumprimento da profecia messiânica. Por mais que as revelações da nova aliança suplantassem a velha aliança, todos esses cumprimentos literais visam demonstrar com que profundidade a nova aliança está enraizada na antiga.” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança Rienecker, Fritz, Editora Evangélica Esperança, 2005).

sábado, 25 de junho de 2011

9. O anúncio aos pastores (Lc 2:8-20) Lc 2:8-12

Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura.


Aqui há um fato digno de nota, o Senhor Jesus foi anunciado aos pastores, que, como classe, não era muito bem vinda, pois normalmente não eram honestos e estavam cerimonialmente impuros, é possível que esses pastores estivessem guardando o rebanho que seria sacrificado no templo, pois a lei judáica exigia animais perfeitos, para garantir isso, algumas autoridades do templo tinha seu próprio rebanho, que eram cuidados por pastores, se assim o foi, então eles que cuidavam de cordeiros, foi-lhes anunciado o Cordeiro a Quem os demais cordeiros eram tão somente tipo, este Cordeiro é diferente, pois Ele é o Cordeiro de Deus: "no dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (Jo 1:29), "e, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus." (Jo 1:36). Enquanto eles estão trabalhando aparece o anjo, que anuncia a maravilhosa nova, eles temiam, claro, a glória de Deus estava lá, com isso “o pecado, a imperfeição e impotência do ser humano destacam-se nítida e grotescamente à luz do dia da revelação celestial, provocando pavor, como se o próprio juiz celestial tivesse vindo e quisesse trazer à luz tudo o que ainda resta de pecados ocultos. Também o crente treme e estremece diante dessa manifestação de luz vinda da eternidade. Ele se atemoriza enquanto ainda vive no crer e não no ver (Dn 10:15s; Ap 1:17; Lc 1:12,29).” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança Rienecker, Fritz, Editora Evangélica Esperança, 2005).
Diante disso é claro que os homens devem temer, mas o anjo diz, não temais, afinal ele não veio anunciar juízo e sim trazer a grande nova, este destemor é justamente para todos os que ouvem a palavra de Deus, trazida por Seus mensageiros, havia muito o que temer, afinal Deus é Santo: "porque eu sou o SENHOR vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra; porque eu sou o SENHOR, que vos fiz subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo." (Lv 11:44,45), "fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo." (Lv 19:2), "portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus." (Lv 20:7), "e ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus." (Lv 20:26), "e não profanareis o meu santo nome, para que eu seja santificado no meio dos filhos de Israel. Eu sou o SENHOR que vos santifico;" (Lv 22:32), "Eu sou o SENHOR, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei." (Is 43:15), "assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.” (Is 48:17), "e farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou o SENHOR, o Santo em Israel." (Ez 39:7).
Deus também é Justo: "então Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão, e disse-lhes: Esta vez pequei; o SENHOR é justo, mas eu e o meu povo ímpios." (Ex 9:27), "porque o SENHOR é justo, e ama a justiça; o seu rosto olha para os retos." (Sl 11:7), "o temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente." (Sl 19:9), "Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia." (Sl 116:5), "Justo és, ó SENHOR, e retos são os teus juízos." (Sl 119:137), "o SENHOR é justo; cortou as cordas dos ímpios." (Sl 129:4), "Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras." (Sl 145:17), "anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim." (Is 45:21), "mas, ó SENHOR dos Exércitos, justo Juiz, que provas os rins e o coração, veja eu a tua vingança sobre eles; pois a ti descobri a minha causa." (Jr 11:20).
E, para piorar, somos todos pecadores: "como está escrito: Não há um justo, nem um sequer." (Rm 3:10), "porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;" (Rm 3:23), "portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram." (Rm 5:12), a mensagem do evangelho, para os que creem em Cristo como Salvador, é de paz: "tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;" (Rm 5:1), por isso, o evangelho é chamado de evangelho da paz: "e como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas." (Rm 10:15), "e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;" (Ef 6:15).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

8.1. O nascimento de Jesus em Belém (Lc 2:1-7). Lc 2:3-7

E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.

Segue aquele casal, José e Maria, estando Maria grávida e próximo de dar à luz, se considerar que os meios de locomoção eram diferentes, não tão confortáveis como o é atualmente e que a viaggem durou dias, então não foi das mais agradáveis para Maria, pois “Nazaré está situada a 525 metros acima do nível do mar, e Belém a 777 metros acima do nível do mar. Em cerca de cinco dias de caminhada era possível chegar a Belém partindo de Nazaré! A distância entre Nazaré e Belém era de 170 km.” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança Rienecker, Fritz, Editora Evangélica Esperança, 2005), mas lá iam eles, esta passagem inicialmente ensina que Deus é Quem estabelece as autoridades humanas e Ele rege sobre elas: "o SENHOR reina; tremam os povos. Ele está assentado entre os querubins; comova-se a terra." (Sl 99:1).
José era judeu, naquela ocasião os romanos subjugavam o mundo inteiro, assim mesmo ele foi obediente à ordem recebida, pois esta é a vontade de Deus, que as autoridades humanas sejam reverenciadas: "admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra;" (Tt 3:1), "toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei." (Rm 13:1-8).
A autoridade civil foi instituída por Deus, de modo que é necessário obedecê-la com isso obedecendo ao próprio Deus, alguém pode se indagar e quando houver conflito entre os ordenamentos humanos e o de Deus ao qual o crente deve seguir? A resposta é clara, a obediência que o crente deve às autoridades, no frigir dos ovos, é ao próprio Deus, pois ele reconhece que sobre toda e qualquer autoridade está Deus, de modo que se houver conflito, então a resposta do crente deve ser: "porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." (At 5:29).
Há então o fato mais importante narrado de maneira mais simples, o nascimento do Senhor Jesus, curiosamente, apesar de ser o Dono de tudo, Ele nasceu numa manjedoura, é curioso este fato, não houve lugar para Ele, Ele nasceu numa manjedoura e posteriormente foi crucificado, a razão dEle ter nascido em um lugar tão sujo quanto a manjedoura é para que Ele posso morar no coração daquele que nEle crê, há lugar para Cristo em seu coração?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

8. O nascimento de Jesus em Belém (Lc 2:1-7). Lc 2:1,2

E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse (este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria).

A frase naqueles dias remete ao tempo da circuncisão de João o Batista, nesses dias saiu um decreto para fim de pagamento de imposto, a Bíblia menciona este fato histórico, ainda do primeiro César romano, então é importante traçar uma breve linha do tempo da história com o tempo bíblico, César Augusto reinou de 27 a.C. a 14 d.C., ele foi quem ordenou o censo em Lc 2:1; Tibério (14 a 37), no período de seu reinado foi que Cristo desenvolveu o ministério terreno dEle, a ele se referem as seguintes citações: Lc 3:1; 20:22,25; 23:2; Jo 19:12,15; depois tem Calígula (37 a 41); depois Cláudio (41 a 54) no tempo de seu reinado houve uma grande fome (At 11:28), ele também foi o responsável pela expulsão dos judeus de Roma, incluindo Áqüila e Priscila (At 18:2); depois Nero (54 a 68) ele perseguiu os cristãos, época dos martírios de Pedro e Paulo, foi a ele a quem Paulo apelou, quando foi julgado (At 25:8,10-12,21; 26:32; 27:24; 28:19); depois Galba (68 a 69), Otho (69), Vitelo (69); Vespasiano (69 a 79), ele foi responsável pela destruição d revolta judaica e seu filho Tito, que era general foi o responsável por destroçar Jerusalém no ano 70.
Este ponto é o mais importante da história, o nascimento do Senhor Jesus Cristo, que como já visto nem sequer a data foi colocada de modo preciso, provavelmente para que a data do nascimento dEle comemorada fosse não a que Ele veio ao mundo, mas a que Ele nasceu no coração de cada um dos Seus, aos reis e homens ilustres da época haviam a preocupação de deixar a data mais precisa possível, aqui consiste mais um grande contraste; para o mundo, aquela era a época do reinado de César Augusto, para Deus aquela era a plenitude dos tempos: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gl 4:4,5), era o momento exato de vir o Messias: “de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;” (Ef 1:10).
Naquele momento “o tempo estava cumprido sob o aspecto político, lingüístico e de comunicações. Um reino (o Império Romano), uma língua (o idioma grego), uma rede de comunicação (estradas e conexões de navegação) unia o império mundial no mar Mediterrâneo. Em nenhuma outra época anterior os apóstolos teriam sido capazes de disseminar com tanta rapidez a palavra da cruz. Os canais estavam preparados. Sob a fiel direção de Deus o mundo havia trabalhado a favor do reino de Deus. O tempo estava cumprido. Ao elemento poderoso apresentado em Gl 4:4, sob o aspecto da história universal, agrega-se Rm 5:21: Onde o pecado passou a reinar… O pecado havia eclodido vigorosamente no judaísmo...O pecado havia eclodido poderosamente no mundo gentio: O livre-pensamento filosófico havia ridicularizado amplamente a velha fé nos deuses. Uma mistura de antigas e novas religiões substitutas (sincretismo) havia se alastrado. Acontece, pois, que o humanamente impraticável (tanto para os judeus como para os gentios) foi feito por Deus – enviando por sua iniciativa a libertação (a salvação), a saber, no menino de Belém.” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança Rienecker, Fritz, Editora Evangélica Esperança, 2005).
Ainda há outra referência histórica, a de Quirino, “P. Sulpicius Quirinius [nascido nas cercanias de Lanuvium, em Tusculum, na Itália] foi eleito governador da Síria em 6 d.C., e realizou um recenseamento na Judéia naquela ocasião. Há boas evidências de que ele foi governador duas vezes, e que o seu primeiro governo foi de 4 a.C. a 1 d.C. O recenseamento anterior devia estar terminando quando ele assumiu o governo pela primeira vez. (Comentário Bíblico Moody, Editora Batista Regular, Pfeiffer, Charles F.; Harrison Everett F.).

quarta-feira, 22 de junho de 2011

7.j. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:22-25

Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco. E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.

José, sendo servo de Deus, fez conforme a ordem recebida, ele realizou a segunda parte do casamento e trouxe Maria para morar consigo, de modo que pôde exercer o direito legal de paternidade sobre o Senhor Jesus, mas apesar de casado não conheceu intimamente a Maria até o nascimento do Senhor Jesus, de modo que Maria foi virgem durante toda a gravidez, justamente para que se cumprisse a profecia mencionada em Isaías 7:14, ou seja, o nascimento virginal do Senhor Jesus. O anjo continuou na narrativa falando do Emanuel, a saber, ao contrário do que muitos pensam e ensinam, Deus Se importa com Sua criação, sendo benévolo até mesmo com o mais réprobo pecador, pois Ele é bom, agora o Senhor do mundo inteiro virá à terra, estando aqui pessoalmente, por isso, o nome de Emanuel: “ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28:20), “o SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá.)” (Sl 46:7), “o SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá.)” (Sl 46:11), “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is 9:6), “e o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1:14).
Encerrando este ponto precisa-se novamente lembrar de algo simples, mas que tem sido esquecido ao longo dos tempos, que é a obediência a Deus: “quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos. Comprazo-me, pois, em vós; e quero que sejais sábios no bem, mas simples no mal. E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém.” (Rm 16:19,20), a obediência conduz às bênçãos de Deus: “portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.” (Sl 101:2, e faz dos crentes irrepreensíveis: “para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” (Fp 2:15).
Pois a obediência demonstra a fé, que também deve ser grande e inabalável, que de todos os servo de Deus se pudesse dizer que: (Rm 1:8) “primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.”, “porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma; porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro,” (I Ts 1:8,9), “por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;” (Ef 1:15-17), “sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai,” (I Ts 1:2,3), “graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós, porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade; como aprendestes de Epafras, nosso amado conservo, que para vós é um fiel ministro de Cristo, o qual nos declarou também o vosso amor no Espírito. Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;” (Cl 1:3-9).

terça-feira, 21 de junho de 2011

7.i. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:22-25

Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco. E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.

Estes versos demonstram algo impar o controle de Deus sobre a história, tanto é fato que Ele disse, mediante o profeta, o que iria acontecer antes, muito antes que isso efetivamente acontecesse: “Quem anunciou isto desde o princípio, para que o possamos saber, ou desde antes, para que digamos: Justo é? Porém não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste, nem tampouco quem ouça as vossas palavras.” (Is 41:26), “anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim.” (Is 45:21), “apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó. Tragam e anunciem-nos as coisas que hão de acontecer; anunciai-nos as coisas passadas, para que atentemos para elas, e saibamos o fim delas; ou fazei-nos ouvir as coisas futuras. Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; ou fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o vejamos.” (Is 41:21-23), “todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isto, e fazer-nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem, e se ouça, e se diga: Verdade é.” (Is 43:9), “e quem proclamará como eu, e anunciará isto, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as que ainda hão de vir. Não vos assombreis, nem temais; porventura desde então não vo-lo fiz ouvir, e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Porventura há outro Deus fora de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça.” (Is 44:7,8), “anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim.” (Is 45:21), “lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.” (Is 46:9,10), “as primeiras coisas desde a antiguidade as anunciei; da minha boca saíram, e eu as fiz ouvir; apressuradamente as fiz, e aconteceram.” (Is 48:3), “ajuntai-vos todos vós, e ouvi: Quem, dentre eles, tem anunciado estas coisas? O SENHOR o amou, e executará a sua vontade contra Babilônia, e o seu braço será contra os caldeus.” (Is 48:14).
Como se pode observar da leitura dos versos acima Deus é o Senhor da história, pois Deus está fora do tempo como conhecemos, nós todos envelhecemos, Ele não: “desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.” (Sl 102:25-27), “mas tu, SENHOR, permanecerás para sempre, a tua memória de geração em geração.” (Sl 102:12), em outras palavras, Deus é eterno, algo que é demonstrando grandemente na Bíblia: “o Deus eterno é a tua habitação, e por baixo estão os braços eternos; e ele lançará o inimigo de diante de ti, e dirá: Destrói-o.” (Dt 33:27), “assim diz o SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.” (Is 44:6), “Tu, SENHOR, permaneces eternamente, e o teu trono subsiste de geração em geração.” (Lm 5:19), “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” (Hb 13:8), “e eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pós sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap 1:17,18), “o teu nome, ó SENHOR, dura perpetuamente, e a tua memória, ó SENHOR, de geração em geração.” (Sl 135:13), “e Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração.” (Ex 3:15), (veja Gn 21:33 [Rm 16:26]; Ex 3:15; Dt 32:40; 33:27; I Cr 16:36; 29:10; Ne 9:5; Jó 36:26; Sl 9:7; 33:11; 41:13; 55:19; 68:33; 90:1,2,4; 92:8; 93:2 [Mq 5:2]; 102:24-27; 104:31; 111:3; 135:13; 145:13; 146:10; [Ex 15:18]; Pv 8:23-25; Is 26:4; 40:28; 41:4; 43:13; 44:6; 46:4; 48:12; 57:15; 63:16; Jr 10:10; 17:12; Lm 5:19; Dn 4:3,34; Hc 1:12; 3:6; Rm 1:20; Ef 3:21; I Tm 1:17; 6:15,16; Hb 1:8; 9:14; II Pd 3:8; I Jo 2:13; Ap 1:4,6 [4:8-10]; 5:14; 11:17; 15:7 [10:6]; 16:5).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

7.h. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

Quanto à natureza da salvação, é bom ver o estudo do professor Simmons que diz:

OS TRÊS TEMPOS DA SALVAÇÃO
Salvação é um termo muito amplo. C. I. Scofield, no seu comentário sobre Rom. 1:16, diz muito aptamente: “As palavras hebraicas e gregas para salvação implicam as idéias de livramento, segurança, conservação, cura e santidade”. Salvação é a grande palavra inclusiva do Evangelho, reunindo em si todos os atos e processos redentivos: como justificação, redenção, graça, propiciação, imputação, perdão, santificação e glorificação.
Salvação, portanto, no seu sentido lato, tem que ver tanto com a alma como com o corpo, com a vida presente bem como com a futura. Ela faz referência não só à remissão da penalidade do pecado e à remoção de sua culpa, mas também à conquista do hábito do pecado e a remoção final da presença do pecado no corpo. É só pelo reconhecimento disto que alguém pode agarrar o alcance completo da doutrina bíblica de salvação. E é só por se poder classificar cada passagem que trata da salvação na base dos fatos precedentes que alguém pode evitar a confusão na mente do crente mediano. Podemos realizar este fim melhor notando que se fala da salvação em três tempos e considerando cuidadosamente cada tempo. Todos os três tempos estão rascunhadamente somados em II Cor. 1:10 “Que nos livrou (passado) de uma tão grande morte e livra ainda (presente); em Quem confiamos que ainda nos livrará (futuro)”.
I. O TEMPO PASSADO DA SALVAÇÃO
Notai as seguintes passagens:
“A tua fé te salvou” (Lc. 7:50). “Pela graça fostes salvos por meio da fé” (Ef. 2:8). “... que nos salvou e chamou com uma santa vocação” (II Tim. 1:9). “... salvou-nos segundo Sua misericórdia” (Tito 3:5).
Toda estas passagens e muitas outras como elas falam da salvação como uma obra terminada no passado. Este tempo de salvação coincide com a santificação passada do crente, como considerada no capítulo anterior. Ela tem que ver (1) com a alma; (2) com a remissão da penalidade do pecado, a remoção da culpa e mesmo a remoção da presença do pecado da alma.
Neste sentido a salvação do crente está completa. Como dissemos da justificação, assim podemos dizer deste tempo da salvação: é um ato e não um processo: ocorre e se completa no momento em que o indivíduo crê; não admite graus nem estágios.
É sob este tempo de salvação que devemos classificar as passagens que falam do crente como possuindo vida eterna agora. Vide João 5:24, 6:47, 17:2,3; 1 João 3:13, 5:11,13. Isto quer dizer, simplesmente, como expresso em João 5:24, que o crente passou de sob todo perigo de condenação e do poder da segunda morte.
II. O TEMPO PRESENTE DA SALVAÇÃO
“A palavra da cruz é loucura para os que se perdem; mas, para nós que estamos salvos (marg., estamos sendo salvos) é o poder de Deus” (I Cor. 1:18).
O particípio grego na passagem supra está no tempo presente e denota “aqueles sendo salvos, o ato... estando em progresso, não completado” (E. P. Gould).
É com referência ao tempo presente da salvação que Fil. 2:12 fala, quando diz: “Operai a vossa própria salvação com temor e tremor.” O sentido desta passagem é que os crentes filipenses tiveram de efetivar em suas vidas a nova vida que Deus implantara nos seus corações .
Outras passagens há nas quais a salvação não está mencionada , as quais, não obstantes, referem o processo presente de salvação, tais como Rom. 6:14; Gal. 2:19,20; II Cor. 3:18.
No tempo presente da salvação os crentes estão sendo salvos, através da obra do Espírito morador, do hábito e domínio do pecado. A salvação é assim equivalente à santificação progressiva: não tem que ver com a alma nem com o corpo, mas com a vida.
III. O TEMPO FUTURO DA SALVAÇÃO
Nas passagens seguintes a salvação é falada como algo ainda futuro: Rom. 5:9,10, 8:24, 13:11; I Cor. 5:5; Efe. 1:13,14; I Tess. 5:8; Heb. 10:36; I Ped. 1:5; I João 3:2,3.
Em Rom. 8:23 Paulo nos fala do que é, em geral esta salvação futura. É a redenção de nosso corpos”, o que ele quer dizer a aplicação da redenção ao corpo de crente. Isto terá logar na ressurreição dos que dormem em Cristo (I Cor. 15:52-56; I Tess. 4:16) e no rapto dos que estiverem vivos na vinda de Cristo no ar (I Tes. 4:17). É só então que o espírito regenerado entrará em completa fruição da salvação. Assim lemos que o espírito é para ser salvo “no dia do Senhor Jesus” (I Cor. 5:5). Este tempo de salvação tem que ver principalmente com o corpo e a presença do pecado no corpo.
É sob esta epígrafe que devemos classificar todas as passagens que tratam da vida eterna como de alguma coisa que o crente receberá no futuro. Vide Mat. 25:46; Mar. 10:30; Tito 1:2, 3:7.
Temos assim a bela harmonia que existe entre todas as passagens que tocam o assunto da salvação. Não há conflito entre estas passagens, porque elas se referem a diferentes fases da salvação. Absurdo é e herético qualquer homem tirar um grupo das três, não importa que grupo ele tire, e procurar negar ou nulificar um ou outro, ou ambos, dos dois grupos restantes. O modo da verdade é tomar todos eles corretamente divididos.
Seja observado ao encerrar que a salvação em todos os seus tempos e fases é do Senhor. Paulo dá-nos o método de Deus no trabalho da salvação, do princípio ao fim em Fil. 1:6 e 2:13. Deus inicia a obra da salvação e a levará até sua consumação. E por toda a caminhada Ele opera em nós “tanto o querer como o fazer Seu bom prazer”. E mais, é tudo de graça pela fé. “Porque nEle se revela a justiça de Deus de fé em fé; como está escrito: O justo viverá pela fé.” (Rom. 1:17).
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Luis Antonio dos Santos – 10/12/05
Fonte:
www.PalavraPrudente.com.br

Este é o capítulo 28, do livro Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica, endereço
http://www.palavraprudente.com.br/estudos/tpaul_s/doutrinabiblica/cap28.html

domingo, 19 de junho de 2011

7.g. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

Tem algo que o Senhor requer dos Seus, se chama santidade: “mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu.” (II Ts 3:6), “todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade.” (II Tm 2:19), isso porque Ele Santo é, e quem O segue não pode viver de modo dissoluto. Sendo esta a regra para o crente: “e, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Cl 3:17), “para que o nome de nosso Senhor Jesus Cristo seja em vós glorificado, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.” (II Ts 1:12), ou seja, glorificar a Cristo com a vida, e Ele glorifica o crente também.
Há outro fato ligado ao nome do Senhor, Ele é o Senhor, de modo que todos se ajoelharão a Ele: “pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,” (Rm 1:5), “por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,” (Fp 2:9,10), “e no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.” (Ap 19:16).
Finalizando o verso 21, o anjo diz o ministério de Cristo, fala que Ele veio salvar o povo dEle dos pecados deles, deixando claro que o pecado é do povo do Senhor e não do Senhor do povo, Ele não veio fazer uma tentativa de salvação e sim salvar: “porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido.” (Mt 18:11), “porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lc 19:10), “e se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.” (Jo 12:47), “esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” (I Tm 1:15), “portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hb 7:25) e veio salvar o mundo todo, ou seja, pessoas de todas as nações, tribos, língua, povo: “e cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;” (Ap 5:9).
Esta mesma verdade é dita de outra forma: “e bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.” (I Jo 3:5), “vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef 5:25-27), “e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus. A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.” (Cl 1:20-23).

sábado, 18 de junho de 2011

7.f. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

É em Cristo que os crentes se cercam, de modo que a identificação de Cristo com Seus servos é grande: “e qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe.” (Mt 18:5), “porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mt 18:20), “e tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (Jo 14:13,14), “mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14:26), “não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” (Jo 15:16), “mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.” (Jo 15:21), “e naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.” (Jo 16:23).
Esta identificação faz os crentes se prevenirem dos falsos cristos e professores: “porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.” (Mt 24:5); não só isso, como também, faz do crente odiado, sob pena de sofrimentos e até mesmo a morte: “e odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mt 10:22), “então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” (Mt 24:9), mas ao contrário do que pareceria, ao verdadeiro servo é uma honra sofrer pelo nome do Senhor: “retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.” (At 5:41), “homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” (At 15:26), “mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.” (At 21:13), “se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado.” (I Pd 4:14).
O Mestre anda no meio dos crentes, de modo que todo o sofrimento não Lhe é alheio, Ele sabe de tudo isso, conhece cada pesar de Seus discípulos: “e sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.” (Ap 2:3), “conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.” (Ap 2:13), “conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.” (Ap 3:8), “e estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.” (Ap 19:13).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

7.e. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

O anjo continua, ele diz o sexo do bebê, se trata de um menino o qual não será um simples menino, longe disso, e o anjo diz a José que exerça o direito de pai legal e que ponha o nome do Menino de JESUS, e dá o motivo, este nome não foi dado à toa ao Menino e sim porque Ele salvará o povo dEle dos pecados do próprio povo, esta é a razão então de se ter este nome, o Salvador. Não existe nenhum nome mais doce que este nome, é o nome no qual todo crente espera, é o nome que acalma o coração, é o nome do Redentor Jesus, nome que efetivamente Lhe foi dado: “e, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.” (Lc 2:21).
O nome no Senhor é tão especial que precisaria de muito tempo para falar dele de modo introdutório, a Bíblia ensina que é o único nome de salvação: “e no seu nome os gentios esperarão.” (Mt 12:21), “e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.” (Lc 24:47), “mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;” (Jo 1:12), “quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18), “seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós.” (At 4:10), “e em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4:12), este verso deixa claro que além deste ser o nome da salvação é o único, pois não há mais ninguém que possa salvar, exceto o Senhor Jesus.
A Palavra continua: “porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10:13), “e é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.” (I Co 6:11), “filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados.” (I Jo 2:12), “e o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.” (I Jo 3:23), “estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.” (I Jo 5:13), “a este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.” (At 10:43), “estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20:31), “e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (At 2:21).
Nome que tem autoridade para salvar, obviamente também o tem para operar maravilhas, ao qual todos se sujeitam, mesmo as hostes espirituais malignas: “muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” (Mt 7:22), “e João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.” (Mc 9:38,39), “e voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.” (Lc 10:17), “e disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.” (At 3:6), “e pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.” (At 3:16), “e isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.” (At 16:18).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

7.d. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

Então José, seu marido, ainda eles são apenas noivos, como já visto, e ele era justo, deixando claro que era um servo de Deus, que bom seria se as crentes casassem só com homens justos, servos de Deus, não passariam por diversos problemas! José tinha nas mãos dele a opção de levar Maria aos magistrados e assim fazer cumprir a lei, o que culminaria com a morte de Maria, embora fosse provável que ela não fosse executada: “disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.” (Jo 18:31), de qualquer forma, ela seria envergonhada, todos a conheceriam como adúltera, mesmo que não morta fisicamente, ela seria tratada como se morta fosse, ou seja, a morte civil. Sabedor de tudo isso “em lugar de fazer uma acusação pública de fornicação, com uma possível exigência de pena máxima, José resolveu usar as frouxas leis do divórcio e dar a Maria uma carta de divórcio particular com a acusação declarada de maneira velada. Resolveu deixá-la significa divórcio, não somente a quebra de um compromisso de casamento. Como ele devia amá-la!” (Comentário Bíblico Moody, Editora Batista Regular, Pfeiffer, Charles F.; Harrison Everett F.).
Isso que quer dizer secretamente, ele pensava em dar uma carta de divórcio a ela, para que ela pudesse se casar com quem fosse o pai do filho dela, essa era a idéia. Mas Deus interveio e mandou o anjo dar um recado a José, a primeira observação aqui, a ser feita neste verso 20 é, José era pobre, a esposa dele também, situação similar a de Maria, apesar disso o anjo começa endereçando ao filho de Davi, o trono de Israel estava vago fazia séculos, mas apesar de tudo José era da família real judáica, atualmente muitos crentes buscam riquezas até se esquecem de: “porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (I Tm 6:10), já outros passam por apertos: “como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.” (II Co 6:10), mesmo a este que passa por dificuldade, se um anjo fosse enviado a ele o chamaria de rei ou sacerdote, pois o Mestre fez dos crentes isso: “e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.” (Ap 1:6), (cf Ap 5:10).
O anjo então dá a orientação a José, com isso também fica fácil entender o motivo de Maria ter recebido a revelação previamente e José só depois, visto ter sido desnecessário, até então, ele saber de tudo isso, aqui também deixa claro que a revelação a Maria foi melhor do que a José, pois a Maria o anjo foi a ela diretamente, enquanto a José foi por sonho. Agora José não tinha mai aquele terrível dilema de ter de se separar da mulher amada, o que seria algo realmente necessário, se ela houvesse adulterado, senão ele participaria do pecado dela, Deus resolveu o dilema, agora o casal pode se unir em paz.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

7.c. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

A situação é bem simples, José é noivo de Maria, que se encontrava grávida, ele sabia que não tinha mantido relações íntimas com ela, é importante observar uma coisa sobre relações sexuais, qual o momento correto para a prática? A Bíblia ensina que é dentro do casamento, situação à qual diz: “o marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” (I Co 7:3-5), antes do casamento a Bíblia chama de insensatez: “e vieram os filhos de Jacó do campo, ouvindo isso, e entristeceram-se os homens, e iraram-se muito, porquanto Siquém cometera uma insensatez em Israel, deitando-se com a filha de Jacó; o que não se devia fazer assim.” (Gn 34:7), e de loucura: “porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça, então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti.” (Dt 22:20,21).Mathew Poole ensina que Deus escolheu Maria para gerar nela o Messias em cumprimento da profecia em Is 7:14, e para tanto o Espírito Santo interveio de modo que ela não pôde transmitir ao Senhor Jesus o pecado: “e, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lc 1:35), diferentemente do que acontece com todos os homens na tradução: “eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl 51:5), ele continua dizendo que, Deus teve outros propósitos ao escolher uma mulher quando estava noiva, entre outros: a) para que o Senhor Jesus não fosse reprovado com ilegitimidade, no sentido de ser taxado de um filho sem pai ou adulterino, b) para que Maria não fosse sujeita às punições da lei judaica, c) para que Maria ficasse aos cuidados de José, d) para que o Mestre tivesse um guardião em Sua infância. (Poole, Matthew. Matthew Poole's Commentary on the Holy Bible, Hendrickson Publishers, 1985).

terça-feira, 14 de junho de 2011

7.b. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

A narrativa é clara, José era noivo desposado de Maria, em outras palavras, ele era praticamente marido dela, mas sem relação marital, como já podemos ver nesta série de estudos, pois o casamento judeu tinha duas partes, a primeira é esta, na qual se diz marido desposado, ou seja, contratado, pois se dava por um contrato de casamento e depois, normalmente um ano (veja Gn 24:55; Dt 20:7; Jz 14:8; Mt 25), é que havia a segunda parte do casamento, onde ocorria a cerimônia propriamente dita e assim os desposados passavam a morar juntos e ter relações maritais, sendo esta parte muito mais séria que o noivado habitual entre os ocidentais, para uma exemplificação disso: “e qual é o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro homem a receba.” (Dt 20:7), deixando claro as duas fases.
Neste intervalo, de uma à outra parte do casamento, foi que Maria foi achada grávida, aqui convém lembrar que ela visitara a prima dela Isabel: “e Maria ficou com ela quase três meses, e depois voltou para sua casa.” (Lc 1:56), depois desse tempo ela retorna para casa, de alguma forma José descobriu que ela estava grávida, lembrando que com o tempo de três meses já se pode observar a gravidez: “e aconteceu que, quase três meses depois, deram aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está grávida do adultério. Então disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada.” (Gn 38:24), pela narração é mais provável que ela nada disse a José, neste ponto é importante lembrar que Maria, ao ser informada que seria a mãe do Messias, ela obedeceu, de pronto, e disse “eis-me aqui”.Ocorre que, por ela ser a mãe do Messias e sendo já desposada, ela teria alguns problemas, por exemplo, a sociedade pensaria mal dela, até mesmo o seu noivo pensaria que ela o havia enganado, e a conseqüência para Maria seria não mais se casar com José, pois isso dava a ele o direito de se divorciar dela, mas não só isso, a lei previa pena de morte para estes casos: “quando houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade, e se deitar com ela, então trareis ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim tirarás o mal do meio de ti.” (Dt 22:23,24). Maria, serva de Deus, não se preocupou muito com isso ela sabia que teria um grande problema para resolver, mas deixou por conta do próprio Deus, e como se viu, Ele resolveu aquela situação angustiante, que era muito dura, pois não restava saída, mas Deus resolveu esta situação.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

7. Um anjo aparece a José (Mt 1:18-25). Mt 1:18-21

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

Agora a narrativa é para o primeiro grande milagre, a vida humana, em si, já poderia ser considerada um milagre, os 5 sentidos humanos, a conservação da natureza e a atuação de Deus intervindo em prol da humanidade, restringindo a depravação humana e os planos ímpios; atualmente muitos buscam milagre, que para tanto seria cura, emprego, uma salvação financeira, uma vida melhor; este é o primeiro grande milagre, a saber, a encarnação do Senhor Jesus, o segundo grande milagre é a salvação humana, visto que o homem não tem como se salvar e salvação envolve tantas coisas que trata de impossibilidade do homem se salvar.
Neste mesmo verso 18, a Bíblia ensina que Maria tinha concebido do Espírito Santo, isso cumpre a profecia: “e porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3:15), justamente a semente da mulher, Cristo, o Mestre não era filho legítimo e sim legal de José, Filho legítimo Ele é de Deus: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gl 4:4,5).
A profecia em Gênesis ainda continua falando da inimizade entre a semente da mulher, que como visto, se trata do Senhor Jesus e da semente da serpente: “vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo 8:44), a Bíblia faz distinção entre as duas filiações, a de Deus, ou seja, os que nasceram de novo, e os que não receberam a Cristo: “nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.” (I Jo 3:10), como diz as Escrituras, o Senhor pisaria na cabeça da serpente, que é o diabo, assim sendo, vencendo-o: “quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” (I Jo 3:8), “e, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.” (Cl 2:15), “agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. E dizia isto, significando de que morte havia de morrer.” (Jo 12:31-33).
Encerrando esta primeira abordagem, este verso 18 tem relação direta com o verso 16, que antes dele tem uma seqüência de um pai gerando ao filho, aqui passa a ser diferente, o Messias é filho de mulher, Maria e filho legal de José, por isso que no verso 16, tanto quanto aqui, no verso 18, a Bíblia é clara em dizer que o é filho de Maria, de modo que o verso começa explicando então como foi esta exceção à regra, daí o motivo de começar falando “ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim...”.

domingo, 12 de junho de 2011

6.f. O nascimento de João e o hino de Zacarias (Lc 1:57-80). Lc 1:76-80

E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, Porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos; para dar ao seu povo conhecimento da salvação, Na remissão dos seus pecados; pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos visitou; para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte; A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz. E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel.

Com esta mesma misericórdia então Deus vem à terra, o oriente aqui mencionado se refere ao Senhor Jesus, que estava gerado no ventre de Maria: “levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti. (Is 60:1,2), ‘Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.” (Ap 22:16), “mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.” (Ml 4:2), o Mestre veio para iluminar, deixando claro que Ele é Luz: “ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.” (Jo 1:9), “falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8:12), “enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” (Jo 9:5), “Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” (Jo 12:46), como falado no Velho Testamento: “para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas.” (Is 42:7), “e guiarei os cegos pelo caminho que nunca conheceram, fá-los-ei caminhar pelas veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles, e as coisas tortas farei direitas. Estas coisas lhes farei, e nunca os desampararei.” (Is 42:16), “disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.” (Is 49:6), “levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti. E os gentios caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu.” (Is 60:1-3).
O Messias que também guiará pela paz: “Bom e reto é o SENHOR; por isso ensinará o caminho aos pecadores. Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho. Todas as veredas do SENHOR são misericórdia e verdade para aqueles que guardam a sua aliança e os seus testemunhos.” (Sl 25:8-10), “qual é o homem que teme ao SENHOR? Ele o ensinará no caminho que deve escolher.” (Sl 25:12), “a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram. A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde os céus. Também o SENHOR dará o que é bom, e a nossa terra dará o seu fruto. A justiça irá adiante dele, e nos porá no caminho das suas pisadas.” (Sl 85:10-13), “assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.” (Is 48:17), “mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR.” (Is 48:22), “assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” (Jr 6:16). Deus foi com João e ele crescia e se robustecia em espírito.

sábado, 11 de junho de 2011

6.e. O nascimento de João e o hino de Zacarias (Lc 1:57-80). Lc 1:76-80

E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, Porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos; para dar ao seu povo conhecimento da salvação, Na remissão dos seus pecados; pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos visitou; para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte; A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz. E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel.

Agora a profecia se dirige a João, que seria um profeta do Altíssimo, consistindo seu ministério de ser precursor do Senhor Jesus, com o objetivo de dar aos que confiariam no Messias o conhecimento da salvação, pela remissão, ou seja, perdão dos pecados: “e jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado. (Hb 10:17,18), (At 2:38; 10:36,43; 13:38,39; 26:16-18; Rm 4:7,8; Ef 4:32; Cl 2:13; Hb 8:12; 9:22; 10:2,17,18; I Jo 1:7,9; 2:1,2,12; 5:16; Ap 1:5) e o que leva a isso é a entranhas da misericórdia de Deus, Deus é Misericordioso: “passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade;” (ex 34:6), “e recusaram ouvir-te, e não se lembraram das tuas maravilhas, que lhes fizeste, e endureceram a sua cerviz e, na sua rebelião, levantaram um capitão, a fim de voltarem para a sua servidão; porém tu, ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em beneficência, tu não os desamparaste.” (Ne 9:17), “mas pela tua grande misericórdia os não destruíste nem desamparaste, porque és um Deus clemente e misericordioso.” (Ne 9:31), “vai, pois, e apregoa estas palavras para o lado norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, diz o SENHOR, e não farei cair a minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o SENHOR, e não conservarei para sempre a minha ira.” (Jr 3:11), “e rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.” (Jl 2:13), “sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.” (Lc 6:36), “eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” (Tg 5:11).
Ele usa justamente dessa misericórdia para a salvação: “porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.” (Rm 11:32), “mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,” (Ef 2:4), “não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,” (Tt 3:5), “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,” (I Pd 1:3), (Sl 18:50; 25:6,8; 30:5; 31:7; 32:1,2,5; 36:5; 50:21; 57:10; 62:12; 65:3; 69:16; 78:4-72; 106:43-46; 85:2,3,10; 86:5,13,15; 89:2,14,28; 99:8; 100:5; 103:3,8-14,17; 106:1; 107:1; 136:3-26; 108:4; 111:4; 116:5; 117:2; 118:1-4,29; 119:64,156; 130:3,4,7,8; 135:14; 138:2; 145:8,9; 146:7,8).

sexta-feira, 10 de junho de 2011

6.d. O nascimento de João e o hino de Zacarias (Lc 1:57-80). Lc 1:67-74

E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo: Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo, E nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo; para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para manifestar misericórdia a nossos pais, E lembrar-se da sua santa aliança, e do juramento que jurou a Abraão nosso pai, de conceder-nos que, Libertados da mão de nossos inimigos, o serviríamos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.

A finalidade desta libertação é um povo santo a Deus: “mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (I Pd 2:9), “que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;” (II Tm 1:9), “então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.” (Ez 36:25-27), “como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;” (Ef 1:4), “e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Ef 4:24), “finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais.” (I Ts 4:1), “mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;” (II Ts 2:13), tudo isso “porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.” (I Ts 4:7).
Justamente, por Deus chamar todos os crentes à santidade (Mt 5:6,8,29,30,48; 12:33; Mc 9:49,50; Lc 1:74,75; 6:45; Jo 1:47; 4:14; 5:14; 6:35; 15:19; 17:23; At 24:16; Rm 2:28,29; 6:1-23; 7:4,6; 8:1,4,12; 11:16; 12:1,2,9; 13:12-14; 14:17; 16:19; I Co 3:16,17; 5:7; 6:12,13,19,20; 7:23; 8:12; 10:21,31-32; 12:31; 15:34; II Co 6:14-17; 7:1; 10:3,5; 11:2; 13:7,8; Gl 2:17; 5:22-25; 6:15; Ef 1:4,13,14; 2:21,22; 4:20-24; 5:1,3,8-11; Fp 1:10,11; 2:15; 4:8; Cl 1:22; 3:5-10, 3:12-15; I Ts 2:12; 3:13; 4:3,4,7; 5:5,22,23; II Ts 2:13; I Tm 1:5; 4:8,12; 5:22; 6:6,11,12; II Tm 2:19,21,22; 3:17; Tt 1:15; 2:9,10,12; Hb 4:3,9; 10:22; 12:1,10,14,15; 13:9; Tg 1:21,27; 3:17; 4:4; I Pd 1:14-16; 2:1,2:5,9,11,12,24; 3:11; 4:1,2,6,7; II Pd 1:2-8; 3:11,12,14; I Jo 1:6,7; 2:1,5,29; 3:3,6-10; 5:4,5,18,21; II Jo 1:4; III Jo 1:11; Ap 14:4,5; 18:4; 19:8)Povo que é santo e está a serviço de Deus, pois já que está livre dos inimigos, este serviço não é por medo e sim por amor e gratidão ante a nova vida dada por Cristo: “porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (II Co 5:14,15), “Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” (Rm 14:7,8), “ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (I Co 6:19,20), “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20), com esta nova vida está incluído o serviço ao Senhor.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

6.c. O nascimento de João e o hino de Zacarias (Lc 1:57-80). Lc 1:67-74

E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo: Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo, E nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo; para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para manifestar misericórdia a nossos pais, E lembrar-se da sua santa aliança, e do juramento que jurou a Abraão nosso pai, de conceder-nos que, Libertados da mão de nossos inimigos, o serviríamos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.

Livrar-nos dos inimigos e da mão de todos que nos rodeiam, assim continua Zacarias, basicamente esta é a suma das profecias, o livramento divino dos inimigos do Seu povo; os principais inimigos dos crentes são o pecado, a morte e o diabo; o primeiro grande inimigo é o pecado, visto que todos sabem que o pecado é um grande inimigo da espiritualidade, “amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma;” (I Pd 2:11), “porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.” (Rm 8:13), “porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” (Gl 5:17), “de onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (Tg 4:1).
Ainda há o diabo e seus filhos que se opõem à Deus: “porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo,” (Fp 3:18), “vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo 8:44), “sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;” (I Pd 5:18), contra ele e os filhos dele o Senhor Jesus veio para desfazer essas obras malignas de oposição aos planos de Deus: “quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” (I Jo 3:8).
O derradeiro inimigo tem relação com os dois inimigos anteriores, é a morte: “ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.” (I Co 15:26), a morte “onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (I Co 15:55), “aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse.” (Is 25:8), “Eu os remirei da mão do inferno, e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento está escondido de meus olhos.” (Os 13:14), “e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho;” (II Tm 1:10), “e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Ap 21:4).
Ainda sobre a morte é importante ler o que segue: “e, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.” (Hb 2:14-18).

quarta-feira, 8 de junho de 2011

6.b. O nascimento de João e o hino de Zacarias (Lc 1:57-80). Lc 1:67-74

E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo: Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo, E nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo; para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para manifestar misericórdia a nossos pais, E lembrar-se da sua santa aliança, e do juramento que jurou a Abraão nosso pai, de conceder-nos que, Libertados da mão de nossos inimigos, o serviríamos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.

O verso 67 começa com algo interessante, Zacarias agora está vazio de incredulidade e cheio do Espírito Santo, com isso ele profetizou, esta profecia, também é um cântico conhecido como Benedictus, devido à primeira palavra da tradução para o latim; Zacarias profetizou, é importante aqui lembrar que profecia, ao contrário do que a maioria acredita, não significa inicialmente predizer o futuro, é evidente que muitas profecias são de fatos futuros, mas, de fato, profecia significa a revelação da Palavra de Deus, em outras palavras, profetizar significa revelar algo que estava escondido e que com a diligência humana não seria descoberto, daí Deus intervêm e revela, tanto é fato que os soldados romanos tinham batido no Senhor Jesus e falaram a Ele: “dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?” (Mt 26:68), “e, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto, e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza, quem é que te feriu?” (Lc 22:64), em resumo, profecia “significa a proclamação da mente e conselho de Deus (pro, para frente, phemi, falar: veja PROFETA)… Embora boa parte da profecia do Antigo Testamento seja puramente de previsão, veja Mq 5:2, por exemplo, e confira Jo 11:51, a profecia não é necessariamente, nem mesmo principalmente, prognosticadora. É uma declaração daquilo que não se pode conhecer por meios naturais, Mt 26:68, é a proclamação da vontade de Deus, quer com referência ao passado, ao presente ou ao futuro, veja Gn 20:7; Dt 18:18; Ap 10:11; 11:3” (Vine, W. E. Expository Dictionary of New Testament Words, Vol. P. 221, Thomas Nelson Publishers, May 15 2003).A profecia de Zacarias começa bendizendo a Deus porque visitou, quer dizer, teve um favor em especial com o Seu povo, esta visita é prévia a redimir, e que remição seria essa? A própria passagem explica, pois o verso 77 diz: “para dar ao seu povo conhecimento da salvação, Na remissão dos seus pecados;”, com esta redenção, Deus levantou uma poderosa Salvação, que é, de fato, o Salvador, Cristo o Senhor, na casa de Davi, deixando claro a descendência davídica do Messias, como o próprio Deus falou por Seus santos profetas no Velho Testamento: “sim, e todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também predisseram estes dias.” (At 3:24), “mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;” (Rm 3:21), “Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado; que o Cristo havia de padecer.” (At 3:18), “O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.” (At 3:21), “a este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.” (At 10:43).deixando claro que o Inspirador dos profetas, ou seja, Quem falou pelos profetas foi o próprio Senhor: “porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (II Pd 1:21) “para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador.” (II Pd 3:2).