terça-feira, 31 de maio de 2011

5.c. Maria visita Isabel e compõe um hino de louvor (Lc 1:39-56). Lc 1:46-56

Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos. Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia; como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre. E Maria ficou com ela quase três meses, e depois voltou para sua casa.
Ela continua, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; ela demonstra a alegria no Salvador dela, com isso reconhece que não pode sequer salvar a si mesma, visto precisar de um Salvador: “eis que Deus é a minha salvação; nele confiarei, e não temerei, porque o SENHOR DEUS é a minha força e o meu cântico, e se tornou a minha salvação.” (Is 12:2), “anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. (Is 45:21,22), “não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.” (Tt 2:10), “mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,” (Tt 3:4). Essa alegria é porque Deus atentou para a baixeza dela, de Maria, e não, como alguns pensam, a grandeza dela, Maria era uma pessoa humilde, ela reconhecia que não havia nada nela, absolutamente nada pelo qual Deus devesse notá-la, assim mesmo, Deus a agraciou com uma bênção grandiosíssima.
Este é o espírito que Deus quer de Seus servos: “Ele atenderá à oração do desamparado, e não desprezará a sua oração.” (Sl 102:17), “levanta o pobre do pó, e do monturo levanta o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes, mesmo com os príncipes do seu povo.” (Sl 113:7,8), “que se lembrou da nossa baixeza; porque a sua benignidade dura para sempre;” (Sl 136:23), “ainda que o SENHOR é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe.” (Sl 138:6), “porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra.” (Is 66:2), “porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;” (I Co 1:26-28), “ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?” (Tg 2:5).

segunda-feira, 30 de maio de 2011

5.b. Maria visita Isabel e compõe um hino de louvor (Lc 1:39-56). Lc 1:46-56

Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos. Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia; como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre. E Maria ficou com ela quase três meses, e depois voltou para sua casa.

Agora Maria responde a Isabel, com isso, ela louva a Deus, antes de abordar o cântico, chamado de Magnificat, pois é a primeira palavra na tradução do latim, este canto é repleto de citações bíblicas, como veremos adiante, feita esta consideração, observemos o cântico, que é dividido em três partes, na primeira, versos 46-49 ela magnífica a Deus pela misericórdia dEle para com ela; na parte intermediária, versos 50-53, ela exalta ao Senhor pelo poder e misericórdia sobre aqueles que O temem; finaliza com a exaltação a Deus pela fidelidade dEle para com Israel, 54-56. A primeira estrofe começa no verso 46, que diz que a alma de Maria engrandece a Deus, alma aqui significa todo o ser dela, quanto a engrandecer não significa que ela faz Deus maior, ou seja, o engrandece, pois Ele já é o Grandioso: “portanto, grandioso és, ó SENHOR Deus, porque não há semelhante a ti, e não há outro Deus senão tu só, segundo tudo o que temos ouvido com os nossos ouvidos.” (II Sm 7:22), “Grande é o SENHOR, e muito digno de louvor, e a sua grandeza inexcrutável.” (Sl 145:3), significa sim numerar, declarar e falar das grandezas de Deus, das obras, graça, misericórdia, poder dEle, reconhecendo-O assim como o único Digno de adoração, o que ela faz de todo coração.
Esta exaltação ocorre na Bíblia como um todo, tanto no Velho: “então orou Ana, e disse: O meu coração exulta ao SENHOR, o meu poder está exaltado no SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação.” (I Sm 2:1), “a minha alma se gloriará no SENHOR; os mansos o ouvirão e se alegrarão. Engrandecei ao SENHOR comigo; e juntos exaltemos o seu nome.” (Sl 34:2,3), “e a minha alma se alegrará no SENHOR; alegrar-se-á na sua salvação.” (Sl 35:9), “salmo de Davi Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.” (Sl 103:1,2), “por isso glorificai ao SENHOR no oriente, e nas ilhas do mar, ao nome do SENHOR Deus de Israel.” (Is 24:15), “mas no SENHOR será justificada, e se gloriará toda a descendência de Israel.” (Is 45:25), “regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias.” (Is 61:10), “porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.” (Hc 3:17,18).
Quanto no Novo Testamento: “e não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.” (Rm 5:11), “para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.” (I Co 1:31), “e graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.” (II Co 2:14), “porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” (Fp 3:3), “regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.” (Fp 4:4), “ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;” (I Pd 1:8).

domingo, 29 de maio de 2011

5. Maria visita Isabel e compõe um hino de louvor (Lc 1:39-56). Lc 1:39-45

E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.

Maria, como bem lhe indicara o anjo, vai visitar sua prima, Isabel, com quem ela podia conversar, se aconselhar e falar da grande bênção que havia recebido, que era de gestar o Sumo Senhor Jesus, pode também ter sido com o intuito de evitar o falatório entre seus vizinhos, daí ela vai até às montanhas, ao saudar Isabel, até mesmo esta serva foi cheia do Espírito Santo e aconteceu algo, uma prévia do que seria durante à vida daquelas duas crianças, que ainda estavam nos ventres, João, saltaria sempre de alegria ao ver o Senhor dele, o Senhor Jesus, neste momento também ocorreu algo curioso, Deus tirou uma venda dos olhos de Isabel e ela pôde reconhecer que ali estava o Supremo Senhor dela e do mundo inteiro. Ainda falando sobre o estar cheio do Espírito, nos relatos, até então, três pessoas foram cheias do Espírito Santo, elas estão neste capítulo 1, são elas, Maria, Isabel e Zacarias, não à toa eles louvarem ao Senhor com cânticos espirituais, visto ser esta também uma das conseqüências do encher do Espírito: “e não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;” (Ef 5:18,19).
Este enchimento do Espírito foi especial, pois ela pôde saber de algo, que não poderia ser sabido, que Maria havia concebido o Messias, revelação, esta da parte de Deus: “e Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mt 16:17) “mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” (I Co 2:9,10), “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;” (Ef 1:17,18). Em seguida, Isabel exclamou com grande voz, é o caso de os crentes também exclamarem e pregarem o evangelho, a grande voz pode ser trocada por uma via digna e correta diante de Deus e dos homens, pois com o testemunho se fala com grande voz também: “semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; considerando a vossa vida casta, em temor.” (I Pd 3:1,2).
Toda a exclamação de Isabel foi mediante o Santo Espírito, Bendita és tu entre as mulheres, e nem poderia ser diferente, afinal, Maria foi aquela escolhida, por Deus, para dar à luz ao Messias, e bendito o fruto do teu ventre, justamente por ter no ventre o Bendito que ela também era bendita; Isabel ainda faz uma pergunta, onde reconhece que sua prima, Maria, recebeu uma bênção maior que a dela, afinal Maria era mãe do meu Senhor que remonta ao fato único, ou seja, à dupla natureza de Cristo, que é simultaneamente Deus-Homem, isso de modo integral, Ele é 100% Deus e 100% Homem, justamente, por ser homem, e somente no que toca à humanidade dEle, ele tem mãe, no que se refere à divindade Ele não teve, nem poderia ter mãe humana, até porque Ele é o Criador de toda a humanidade. Por fim, a primeira, em ordem cronológica, bem-aventurança do Novo Testamento, bendita a que creu, o que se verifica em todo o Novo Testamento, todos os crentes são benditos: “disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” (Jo 20:29).

sábado, 28 de maio de 2011

4.d. O anúncio do nascimento do Messias (Lc 1:26-38) Lc 1:34-38

E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; porque para Deus nada é impossível. Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

O Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus; o anjo reprisa que o Messias é Santo: “porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre. (Hb 7:26-28), e, como já visto, chamado Filho de Deus, não que só será chamado e sim que Ele será agora conhecido e proclamado como Filho de Deus, Filho de Deus Ele já é desde a eternidade: “então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.” (Mt 14:33), “Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.” (Mt 26:63,64), “e o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.” (Mt 27:54), “princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus;” (Mc 1:1), “e eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus.” (Jo 1:34), “Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.” (Jo 1:49), “estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20:31), “e disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.” (At 8:37), “já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20).
Porque para Deus nada é impossível, justamente por isso que ele fez nascer de Maria Seu Filho, sendo, este nascimento, algo extraordinário, especialíssimo, afinal deus pode tudo fazer, tanto uma mulher em idade avançada dar à luz, como o fez no caso de Isabel, bem como gerar Cristo em uma mulher e fazê-lO nascer sem pecado. Com isso, Maria responde que ela estava pronta para fazer o que deus estabeleceu, ou, eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra, aqui há algo que merece um destaque, Maria era virgem, como ela contaria aos demais que estava grávida? Como ela diria isso a José, seu noivo? Como ela poderia dizer que ela gestava o Filho de Deus, o Messias, o rei de Israel? Apesar de tudo isso ela concordou imediatamente em obedecer a palavra de Deus sem se preocupar com o que viesse acontecer, mesmo assim, ela ficaria sem ter com quem se comunicar, mas o anjo já havia dito que a prima dela, Isabel estava grávida, então ela vai até lá, Isabel é esposa de sacerdote, é serva fiel a Deus, não haveria melhor indicação de pessoa para ela procurar senão essa sua prima, isso demonstra a necessidade de comunhão entre os santos: “e, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassi-vos, amando os irmãos, entranha-velmente misericordiosos e afáveis.” (I Pd 3:8), e também a importância de se aprender com irmãos mais experientes e fiéis a Deus, com Isabel, Maria pôde receber bons ensinamentos de Deus.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

4.c. O anúncio do nascimento do Messias (Lc 1:26-38) Lc 1:34-38

E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; porque para Deus nada é impossível. Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

Com esta informação, Maria creu, mas desconhecia como isso tudo se procederia, sobretudo por ser virgem, como uma virgem daria luz a um filho? Ou, nas letras bíblicas, como se fará isto, visto que não conheço homem algum? Então vem a resposta, descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus, a resposta é extraordinária, a palavra extraordinária raramente é tão bem empregada quanto aqui, é de conhecimento comum que para alguém nascer é necessário a atuação de um homem e uma mulher, pois macho e fêmea Deus criou, então Maria que não houvera tido nenhuma relação íntima não poderia engravidar, já que não haveria ajuda de homem, exceto se houvesse a intervenção de Deus, neste caso, em específico, o Santo Espírito atuou na formação do corpo do Senhor Jesus: “e, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;” (Mt 1:20), “proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.” (Sl 2:7), “por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste;” (Hb 10:5).
E justamente a atuação do Espírito Santo anulou algo comum a todos os homens, o pecado, diante da atuação divina, a natureza humana, pecaminosa de Maria, não interferiu em nada no Mestre, pois Ele foi nascido de mulher: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,” (Gl 4:4), porém sem pecado, desde Sua concepção e assim permaneceu sem pecado toda Sua vida terrena: “quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?” (Jo 8:46), “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5:21), “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.” (I Pd 2:22), com isso, Deus responde a uma pergunta feita anteriormente: “como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher?” (Jó 25:4), isso mostra novamente a situação extraordinária do nascimento dEle, o homem, devido sua natureza pecaminosa, já nasce em pecado: “eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl 51:5), face ao Seu nascimento, o Mestre é igual a todo o homem, a todo e qualquer humano, em relação à Sua humanidade, Visto que Ele também é Deus, a diferença consiste que Ele não tem pecado e todos nós temos: “porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4:15), e com isso, Ele Se ofereceu a Si mesmo: “porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.” (Hb
8:3).

quinta-feira, 26 de maio de 2011

4.b. O anúncio do nascimento do Messias (Lc 1:26-38) Lc 30-33

Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.

Além de grande, Ele será chamado filho do Altíssimo: “e, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.” (Mc 5:7), título pertencente só a Deus: “para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Sl 83:18), o Senhor Jesus é chamado Filho de Deus “não por criação, como anjos e homens, não por adoção, como os crentes, não por ministério, como os magistrados são chamados: “eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.” (Sl 82:6), mas por natureza, sendo o Filho eterno de Deus, da mesma natureza dEle e igual a Ele, pois Ele não passaria agora a ser chamado de Filho de Deus, pois já o era desde antes, desde toda eternidade, o sentido é que agora Ele passaria a ser conhecido como sendo o Filho de Deus, tendo manifestado na natureza humana e deveria ser provado assim ser pelas obras que Ele realizaria e declarado filho de Deus com poder, por Sua ressurreição dentre os mortos.” (Gill, Jhon. Exposition of the Old and New Testaments: Complete and Unabridged. Baptist Standard Bearer, 2006.): “declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,” (Rm 1:4).
E o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, cumprindo as promessas messiânicas: “e desde o dia em que mandei que houvesse juízes sobre o meu povo Israel; a ti, porém, te dei descanso de todos os teus inimigos; também o SENHOR te faz saber que te fará casa. Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.” (II Sm 7:11-13), “o SENHOR jurou com verdade a Davi, e não se apartará dela: Do fruto do teu ventre porei sobre o teu trono.” (Sl 132:11), “eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.” (Jr 23:5,6), “naqueles dias e naquele tempo farei brotar a Davi um Renovo de justiça, e ele fará juízo e justiça na terra. Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome com o qual Deus a chamará: O SENHOR é a nossa justiça. Porque assim diz o SENHOR: Nunca faltará a Davi homem que se assente sobre o trono da casa de Israel;” (Jr 33:15-17).
Ocorre que todos os reinos tiveram início e fim, todos os reis morrem e com isso acaba o reinado dele, porém, com o Messias será diferente, Ele reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim: “mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,” (Dn 2:44), “quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.” (Dn 4:3), “mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.” (Dn 4:34),“da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim.” (Dn 6:26), “eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.” (Dn 7:13,14), “o teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura em todas as gerações.” (Sl 145:13), “e habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, em que habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre, e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.” (Ez 37:25), “e da que coxeava farei um remanescente, e da que tinha sido arrojada para longe, uma nação poderosa; e o SENHOR reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.” (Mq 4:7), “respondeu-lhe a multidão: Nós temos ouvido da lei, que o Cristo permanece para sempre; e como dizes tu que convém que o Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem?” (Jo 12:34), “e o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” (Ap 11:15), sendo que este reino só será plenamente estabelecido no retorno do Mestre a esta terra
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

4. O anúncio do nascimento do Messias (Lc 1:26-38). Lc 26-29

E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta.

No sexto mês de gestação de Isabel, o mesmo anjo Gabriel, que anunciara o nascimento de João o Batista, vai até Nazaré, na Galiléia, cujo “nome completo dessa parte do território era “círculo dos gentios”, por causa dos muitos gentios que habitavam essa região (cf. Is 9.1, onde se fala da Galiléia dos gentios). Por isso essa terra de fronteira era desprezada pelos judeus ortodoxos.” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança Rienecker, Fritz, Editora Evangélica Esperança, 2005.), ele vai até lá e anuncia o momento mais solene, mais importante de toda a história humana, aquilo que os profetas ansiavam a ver, o Senhor da glória encarnado, o Filho de Deus, o Senhor Jesus, o nascimento do Messias. O anjo aparece a Maria, que era virgem e desposada, ou seja, noiva de José, ocorre que desposar uma mulher para os judeus é muito mais sério e formal que noivar em outras culturas, como a do Brasil, de modo que desposar envolvia uma seriedade maior, pois “a lei judaica considerava o compromisso do noivado tão válido quanto o casamento. O noivado era completado depois de negociações realizadas pelo representante do noivo e depois de pago o dote ao pai da moça. Depois de assumido o noivado, o noivo podia reclamar a noiva a qualquer momento. O aspecto legal do casamento estava incluído no compromisso de casamento; o casamento propriamente dito era apenas um reconhecimento do compromisso que já fora estabelecido. José tinha todo o direito de viajar com Maria a Belém.” (Comentário Bíblico Moody, Editora Batista Regular, Pfeiffer, Charles F.; Harrison Everett F.).
Ele foi ao encontro de uma virgem desposada, Maria, isso deixando claro que ela não havia tido nenhuma relação sexual, isso é enfatizado no verso 27, onde duas vezes aparece a palavra virgem, o comprometido dela era José, da casa de Davi, em outras palavras, descendente de Davi, pela redação grega tanto José, como Maria poderia ser referido como descendente, o que, de fato, ambos eram, tanto José, como se pode ver em Mt 1:1-18, como Maria, relatado em Lucas mesmo, Lc 3:23-38; outro fato que corrobora com Maria não ter tido relação, nem ser efetivamente casada com José é que o anjo se dirigiu a ela, após o casamento a direção divina foi entregue a José, marido e a cabeça dela: “mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.” (I Co 11:3), “porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.” (Ef 5:23), e quando o anjo foi anunciar o nascimento de João, foi direto a Zacarias.
Então o anjo a chama de agraciada, é de se observar que o anjo não a adorou ele a saudou, sendo que esta palavra aparece mais uma vez no Novo Testamento, agora se referindo a todo o crente: “para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,” (Ef 1:6), ela achou graça diante de Deus, é objeto e não fonte de graça, e que graça ela alcançou! Foi a mãe do Redentor! Entre todas as mulheres ela foi a escolhida para gestar o Filho de Deus, por isso, ela é bendita entre todas as mulheres; ao ver o anjo ela turbou-se, isso já demonstra que ela era pecadora, igual a todos os homens, ela tinha pecado, ela também ponderava que saudação seria aquela.

terça-feira, 24 de maio de 2011

3.f. O anúncio do nascimento do precursor (Lc 1:5-25) Lc 1:18-25.

Disse então Zacarias ao anjo: Como saberei isto? pois eu já sou velho, e minha mulher avançada em idade. E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas. E eis que ficarás mudo, e não poderás falar até ao dia em que estas coisas aconteçam; porquanto não creste nas minhas palavras, que a seu tempo se hão de cumprir. E o povo estava esperando a Zacarias, e maravilhava-se de que tanto se demorasse no templo. E, saindo ele, não lhes podia falar; e entenderam que tinha tido uma visão no templo. E falava por acenos, e ficou mudo. E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa. E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.

A resposta de Zacarias a tudo o que o anjo disse não foi uma resposta muito entusiasta, pelo contrário demonstrou a incredulidade dele, como saberei isto? Esta resposta demonstra algo também necessário abordar aqui, existem coisas muito difíceis de acontecerem, algumas são verdadeiros milagres, e o homem é tendencioso a olhar para a sua pequeneza, fraqueza, debilidade... e achar que Deus é igual a ele: “estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos:” (Sl 50:21), para o homem, de fato, existe impossível, não para Deus, para Quem tudo é possível: “e Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mt 19:26). Decido a incredulidade de Zacarias ele ficou mudo até o nascimento de João isso servia como punição e também como um sinal, a partir de então ele não mais duvidaria que a esposa dele daria à luz ao precursor do Senhor, com isso também ele teria mais tempo para se adaptar a chegada do mensageiro e do Messias.
E o povo estava esperando a Zacarias, e maravilhava-se de que tanto se demorasse no templo, o povo ficou preocupado com a segurança do sacerdote, pois já havia acontecido na história de Israel de alguns sacerdotes terem morrido enquanto ofereciam sacrifícios: “e os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.” (Lv 10:1,2), isso ocorreu, pois Deus é Santo e Ele estabeleceu Seus mandamentos para que sejam cumpridos à risca: “Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.” (Sl 119:4), os sacerdotes oficiavam no tempo necessário e saiam, mas ele se durava lá e o povo ficou maravilhado, o povo esperava dele a bênção sacerdotal: “fala a Arão, e a seus filhos dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes: O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.” (Nm 6:23-26).
E, saindo ele, não lhes podia falar; daí eles entenderam que ficariam sem a bênção sacerdotal e entenderam que tinha tido uma visão no templo. E falava por acenos, e ficou mudo. Daí o povo foi disperso, aqui há algo importante, que merece destaque: “a mudez de Zacarias, no entanto, igualmente explicita o aspecto salvífico: quando a voz do que clama no deserto é anunciada, o sacerdócio do AT emudece. Cala-se a bênção levita quando vem “a descendência em que serão benditas todas as nações da terra” [cf. Gn 12.3].” (Evangelho de Lucas: comentário Esperança, Rienecker, Fritz; Editora Evangélica Esperança, 2005).
O verso 24 fala que Isabel se escondeu por 5 meses, a razão deve ter sido que se ela apenas dissesse estar grávida, já sendo em idade avançada só seria motivo de gozações e escárnios, porém, com a barriga já crescida todos podiam ver que ela estava gestante.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

3.e. O anúncio do nascimento do precursor (Lc 1:5-25) Lc 1:14-17.

E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.

Continuando o relato o verso 17 ainda o iguala a Elias, pois seu ministério incluía converter os corações dos pais aos filhos, ou seja, restauraria a sinceridade que os patriarcas tinham no servir a Deus, fazer com que aquela geração se voltasse a Deus como fora feito antes: “sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: O SENHOR Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração.” (I Rs 18:36,37), esta é uma citação do Velho Testamento: “e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.” (Ml 4:6), o verso continua e rebeldes à prudência dos justos, aqui pode significar que os rebeldes fosse aquela geração, em contraste com os patriarcas ou mesmo que também seriam trazidos não judeus à justiça de Cristo pelo evangelho.
A outra finalidade do mensageiro era preparar ao Senhor um povo bem disposto, isso tem relação direta com o trabalho do mensageiro, que vinha preparar o povo para recepcionarem o Senhor, ele trabalhou com este propósito, preparar o caminho do Senhor Jesus, afinal de contas o reino de Deus estava próximo, foi esta a tônica da mensagem do Batista, por isso, a necessidade de arrependimento, “portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.” (Am 4:12), mesmo hoje, o crente precisa estar preparado, pois o fim está próximo: “havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” (II Pd 3:11,12).
Nesta passagem há algo ainda que precisa ser notado, falando do trabalho do mensageiro, diz: converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, considerando que o mensageiro, João o Batista, estava preparando o caminho do Senhor Jesus e a Ele o povo deveria se converter, então só resta entender que o Senhor Jesus é o Senhor Deus de Israel, a divindade do Mestre já foi abordada nessa série, porém sempre é bom recordar que o Senhor Jesus é Deus manifestado em carne: “e, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” (I Tm 3:16).

domingo, 22 de maio de 2011

3.d. O anúncio do nascimento do precursor (Lc 1:5-25) Lc 1:14-17.

E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.

Agora o anjo começa a falar de João o Batista dizendo a Zacarias que ele teria prazer e alegria, visto ter sua oração ouvida, o filho dele ser um profeta do Altíssimo e por ser também precursor do Messias, o anjo continua dizendo, a Zacarias, que muitos se alegrariam no nascimento do filho dele, que é João o Batista, cujo nome já demonstra a graça de Deus, o nascimento dele foi uma graça divina e ele pregou, que após a mensagem dele se iniciou o domínio da graça, tempo chamado de plenitude da graça: “se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada;” (Ef 3:2); para desenvolver esta atividade, ou seja, o ministério de ser o precursor do Senhor Jesus, João precisou duma intervenção de Deus, por isso, ele foi cheio do Espírito Santo, já desde o ventre da mãe dele.
O anjo diz que João converteria muitos dos filhos de Israel, isso é uma nota triste, pois Israel, o povo escolhido agora é o povo impenitente, tanto que é necessário que haja a conversão deles, não a toa que a maior tônica da mensagem do João foi a do arrependimento: “e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 3:2), arrependimento aqui não é o operado pelo homem, mas sim por Deus: “agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” (II Co 7:9,10), de modo que João o Batista seria um instrumento de Deus para a execução desta atividade.
No espírito e virtude de Elias, aqui não se trata de reencarnação, João não foi Elias reencarnado, primeiro, pois não existe reencarnação: “e, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,” (Hb 9:27), “todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.” (Ec 3:20), “porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Ec 9:9,10), “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12:7), e o próprio João respondeu, quando perguntado: “e perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.” (Jo 1:25), se ele não é Elias por qual motivo se fala do espírito de Elias e em algumas partes se diz que Elias viria antes do Messias? A resposta é simples, os judeus esperavam a volta pessoal de Elias, pois ele foi numa carruagem de fogo, então eles esperavam que ele mesmo retornasse à terra para anunciar o advento do Messias, por isso, quando perguntaram a João se ele era o Elias, nestes termos, ele respondeu não e esta resposta foi sincera, ele não era Elias, que voltava em pessoa, o verso 17 explica que João teria o espírito e virtude de Elias e isso se vê, ambos tiveram o mesmo espírito e disposição, poder, vida e zelo esta é a razão dele ser o Elias, o mensageiro que prepararia o caminho do Senhor Jesus.

sábado, 21 de maio de 2011

3.c. O anúncio do nascimento do precursor (Lc 1:5-25) Lc 1:11-13.

E um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso. E Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João.

O verso 10 fala da oração, o verso 11 começa com o aparecimento do anjo, a Bíblia não relata a idade de Zacarias, nem de Isabel, apenas diz que eles já eram de avançada idade, imagine o leitor quantos anos eles oraram para ter um filho e o tempo passava, ia passando até que o Zacarias tinha perdido até a esperança, o Senhor Jesus exorta aos crentes a perseverarem na oração, para tanto propôs uma parábola em Lucas 18; enquanto Zacarias ministrava, lhe apareceu um anjo, os anjos são mensageiros de Deus, que Lhe executam Suas ordens: “e, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de fogo.” (Hb 1:17), “não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hb 1:14), este anjo veio do lado direito, demonstrando ter vindo da parte de Deus, a mensagem que ele trousse foi que a oração de Zacarias fora ouvida, sendo que um menino nasceria e o nome dele seria João, que significa o Senhor é gracioso.
Ocorre que antes de o anjo falar essa bela mensagem, ele disse não temas, pois Zacarias turbou-se e ficou atemorizado, Zacarias tinha motivo para ficar assim? A resposta é um enorme sim, pois ele tinha muitos, primeiro, pois demonstrava que Deus Se manifestava e isso só pode trazer arrepio a um homem, pois apesar de ser um servo dedicado ele não passava de homem, e, por ser homem, era pecador e conhecia bem seu estado pecaminoso, esta reação mostra que quando Deus Se manifesta faz mostrar aos pecadores que o juízo está vindo com Ele, ao saber que será julgado, que Deus o irá corrigir, só resta ao crente temer e tremer, pois é assim mesmo que Deus quer ser adorado, exaltado e servido, com temor e grande tremor: “servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor.” (Sl 2:11), justamente esses pontos são esquecidos hoje, o da santidade de Deus, mesmo sendo este o atributo que Deus mais mostra: “adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra.” (Sl 96:9), “dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade” (Sl 29:2), o segundo é o juízo vindouro sobre todos os homens: “no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” (Rm 2:16), “de maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Rm 14:12), “mas o SENHOR está assentado perpetuamente; já preparou o seu tribunal para julgar. Ele mesmo julgará o mundo com justiça; exercerá juízo sobre povos com retidão.” (Sl 9:7,8), “E os céus anunciarão a sua justiça; pois Deus mesmo é o Juiz. (Selá.)” (Sl 50:6),
O que faz conseqüentemente que todos temam a Deus: “de tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.” (Ec 12:13), “o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre.” (Sl 111:10), “louvai ao SENHOR. Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR, que em seus mandamentos tem grande prazer.” (Sl 112:1). Se isso não bastasse, fazia 4 séculos que não se havia mais nenhuma revelação da parte de Deus, todos os servos dEle seguiam os escritos do Velho Testamento, cujo último livro escrito foi o de Malaquias, por quatro séculos ninguém tinha uma nova revelação de Deus e a ele, Zacarias, aparecia um anjo, então Deus trazia uma nova revelação, enviada por um dos Seus servos, um anjo; com o encerramento da Bíblia também se encerrou as novas revelações de Deus, motivo que o crente não precisa esperar que Deus lhe traga algo novo: “O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” (I Co 13:8-13).

sexta-feira, 20 de maio de 2011

3.b. O anúncio do nascimento do precursor (Lc 1:5-25) Lc 1:5-10.

Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel. E eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade. E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso. E toda a multidão do povo estava fora, orando, à hora do incenso.

O verso 7 mostra algo terrível, apesar deles serem fiéis a Deus Isabel era estéril, com isso o casal, já avançado em idade não tinham filhos, como outros no Velho Testamento, eles eram um casal sem descendente e isso era algo péssimo para eles, algo vergonhoso, pode-se perceber no canto de Isabel: “assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.” (Lc 1:25), isso pelo fato de filhos serem bênçãos do Senhor: “eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão.” (Sl 127:3), então porque eles eram sem filhos? A resposta está em Sl 40:16.
Ao contrário do que parecia, Deus estava era destacando este casal, este verso 7 ainda mostra algo curioso, o Senhor Jesus teve alguém que Lhe preparou o caminho, João o Batista, assim o teve também, essas pessoas foram os seus pais, que o ajudou, o instruiu a conhecer, seguir o trilho dos caminhos de Deus, que todos os crentes saibam ensinar os seus filhos nos caminhos do Senhor; este também ensina que Deus, como visto no parágrafo anterior, faz tudo para Sua glória, isso inclui fazer passar os Seus servos por tribulação, alguns pensam que os crentes não deveriam passar por sofrimentos, humilhações, escárnio, mas não é isso que a Bíblia mostra e ensina, pelo contrário, crentes foram perseguidos e adoeceram, passaram por dificuldades diversas.
O verso 9 fala que Zacarias exercia o sacerdócio, pois coube-lhe por sorte, havia a necessidade de ter um reversamento entre os sacerdotes que iriam oficiar no templo, pois haviam muitos sacerdotes, como já visto haviam 24 ordens e cada ordens diversos sacerdotes, por este motivo normalmente o privilégio de exercer o sacerdote no templo normalmente só se dava uma vez na vida, o sacerdote oficiava no Lugar Santo, no qual ficava o candelabro de ouro, da mesa de pães da proposição e também o altar de incenso.
Já o verso 10 mostra algo que merece nota, ou seja, a oração, na verdade, para se falar da oração haveria necessidade de falar muito, pois é um assunto que merece muita atenção, ao oficiar no templo, com sacrifícios queimados, subia a fumaça aos céus, sendo este um símbolo da chegada da oração aos céus, a oração que Israel fez ao longo dos séculos seria ouvida em meses, pois o messias estava em vias de chegar; outro ponto fantástico a se observar sobre a oração é que o evangelho começa com oração, a Bíblia é repleta de oração, o Mestre orava em todo Seu ministério terreno, aqui, antes do anúncio do advento de João o Batista, o povo se encontrava fora do templo orando, em todos momento da igreja em Atos os crentes oravam, isso demonstra a necessidade de cada crente ter uma vida ativa, um ministério de oração, até pelo fato de cada crente ter sido constituído sacerdote e lhe ser exortado a orar sem cessar: “orai sem cessar.” (I Ts 5:17), “alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;” (Rm 12:12), “orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,” (Ef 6:18), “perseverai em oração, velando nela com ação de graças;” (Cl 4:2), “e já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.” (I Pd 4:7).
Pelo que deve o crente orar então? Há diversos motivos, um deles é: “admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.” (I Tm 2:1).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

3. O anúncio do nascimento do precursor (Lc 1:5-25) Lc 1:5-11.

Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel. E eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade. E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso. E toda a multidão do povo estava fora, orando, à hora do incenso.

Herodes, rei da Judéia, foi chamado de o grande, ele governou de 37 A.C. até 4 D.C. “as palavras no tempo de Herodes expressavam a essência da crueldade e terror. O cognome histórico Herodes magno talvez pudesse ser interpretado como sendo Herodes o grande, não na condução dos negócios do Estado, e sim como egoísta, trapaceiro, assassino, tirano e criminoso. De origem ele era um idumeu grosseiro, que ganhava o pão pela espada e que não queria parar de odiar Israel. A dinastia heróica dos macabeus foi destronada por ele. Fez executar pelo imperador em Roma o último macabeu, Antígono. Depois conquistou, com a ajuda dos romanos (isto é, dos inimigos da pátria), a cidade de Jerusalém, causando dentro dela um horrível banho de sangue. Depois assassinou seus rivais um após o outro. O povo judeu odiava-o profundamente. De fato, parecia ter chegado o tempo em que o cetro era afastado de Judá. Parecia que a bênção de Jacó seria totalmente convertida em maldição, e Israel iria ao encontro de sua ruína definitiva… Essa descrição é suficiente para ilustrar para nós a breve e tão carregada frase no tempo de Herodes.” (Evangelho de Mateus Comentário Esperança, Rienecker, Fritz, 2005, Editora Evangélica Esperança, pg. 22). “A vida familiar de Herodes foi muito infeliz e cheia de intrigas entre suas dez esposas, seus filhos e seus próprios irmãos e irmãs. Quando ele morreu, havia feito e mudado sua vontade várias vezes. Alguns de seus filhos ele matou, bem como a sua amada Mariamne. Foi durante seu reinado e por causa de preocupação ciumenta por sua posição que ele ordenou a matança das crianças ao redor de Belém, após o nascimento de Jesus.” (Introdução ao estudo do Novo Testamento, Hale, Broadus David 1983, Juerp, Pg. 26).
Zacarias era da ordem de Abias, esta designação é feita para especificar, pois havia 24 ordens no sacerdócio, com base nas famílias dos descendentes de Arão, das quais a família de Abias era uma (I Cr 24:10), o verso continua que a esposa dele, Isabel, também era da família sacerdotal, antes de prosseguir, vejamos o significado dos nomes deste casal, Zacarias significa o Senhor Se lembra e Isabel juramento do Senhor, e eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor, que belas letras estão aqui escritas! Este deve ser o propósito da vida de cada crente, viver de forma irrepreensível aqui: “para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” (Fp 2:15), “no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis,” (Cl 1:22), “para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos.” (I Ts 3:13), “por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.” (II Pd 3:14).

quarta-feira, 18 de maio de 2011

2.d. Geração (Mt 1:1-17; Lc 3:23-38) Lc 3:23-38

E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli, e Heli de Matã, e Matã de Levi, e Levi de Melqui, e Melqui de Janai, e Janai de José, e José de Matatias, e Matatias de Amós, e Amós de Naum, e Naum de Esli, e Esli de Nagaí, e Nagaí de Máate, e Máate de Matatias, e Matatias de Semei, e Semei de José, e José de Jodá, e Jodá de Joanã, e Joanã de Resá, e Resá de Zorobabel, e Zorobabel de Salatiel, e Salatiel de Neri, e Neri de Melqui, e Melqui de Adi, e Adi de Cosã, e Cosã de Elmadã, e Elmadã de Er, e Er de Josué, e Josué de Eliézer, e Eliézer de Jorim, e Jorim de Matã, e Matã de Levi, e Levi de Simeão, e Simeão de Judá, e Judá de José, e José de Jonã, e Jonã de Eliaquim, e Eliaquim de Meleá, e Meleá de Mená, e Mená de Matatá, e Matatá de Natã, e Natã de Davi, e Davi de Jessé, e Jessé de Obede, e Obede de Boaz, e Boaz de Salá, e Salá de Naassom, e Naassom de Aminadabe, e Aminadabe de Arão, e Arão de Esrom, e Esrom de Parez, e Perez de Judá, e Judá de Jacó, e Jacó de Isaque, e Isaque de Abraão, e Abraão de Terá, e Terá de Nacor, e Nacor de Seruque, e Seruque de Ragaú, e Ragaú de Fáleque, e Fáleque de Éber, e Éber de Salá, e Salá de Cainã, e Cainã de Arfaxade, e Arfaxade de Sem, e Sem de Noé, e Noé de Lameque, e Lameque de Metusalém, e Metusalém de Enoque, e Enoque de Jarete, e Jarete de Maleleel, e Maleleel de Cainã, e Cainã de Enos, e Enos de Sete, e Sete de Adão, e Adão de Deus.

O verso fala que o Mestre era da idade de quase 30 anos, em igual idade José apareceu diante de Faraó (Gn 41:46), Davi começou a reinar (II Sm 5:4) e os sacerdotes começavam suas atividades (Nm 4:3); a seguir começa a falar da geração do Mestre, que distintamente de Mateus vai até Deus, mostrando que o Salvador é para toda a humanidade, não só os filhos de Abraão ou os judeus; o último verso, 38, diz que Adão é filho de Deus, o que claramente aqui não diz que ele é igual ao Senhor Jesus, mas foi criado por Deus não tendo assim pais naturais como os demais tiveram.
Ao se estudar a geração do Mestre é importante atentar alguns detalhes, que serão agora mencionados, primeiro, a lista, em Mateus, mostra a linha ancestral por José e a lista, em Lucas, mostra a linha de Maria, pois, nos primeiros capítulos de Lucas Maria tem proeminência maior que a de José, já em Mateus é o inverso, depois em Mateus 1:16 se diz claramente que Jacó gerou a José, já em Lucas, não se diz que Heli gerou a José e sim que José é filho de Heli, o que pode significar genro, como veremos logo mais, finalizando este ponto, em grego o artigo definido na forma genitiva aparece antes de cada nome da geração em Lucas menos no de José, o que sugere que José só foi incluído na lista por ter se casado com Maria; segundo, o termo filho, que aparece muitas vezes, ou seu equivalente gerar, nem sempre significam que se trata de pai e filho, pois, algumas vezes, os judeus usavam este termo tão somente para indicar que se trata ta mesma linha sucessória, por exemplo, o Mestre é chamado Filho de Abraão e de Davi, notadamente Ele não é Filho biológico de nenhum dos dois, isso ocorreu, por exemplo, em II Rs 18:3, onde Davi é chamado de pai de Ezequias, o que mostra claramente que a palavra não significa exatamente um imediato antecessor do sexo masculino, de igual forma a palavra irmão, por exemplo, Abraão chamou a Ló de seu irmão (Gn 14:14,16), mas na verdade ele era sobrinho dele (Gn 11:27), terceiro, ainda sobre filho e filiação, é importante ter em mente uma lei chamada dos levirato, na qual quando o irmão falecia sem deixar filhos cabia ao irmão do falecido ter engravidar sua cunhada a fim de ter um filho o qual seria considerado filho do falecido. Com isso em mente se pode entender o verso 9, onde não omissão de alguns nomes.
Quanto, a eleição de Deus é mostrada tão claramente nesta seção, pois Deus preferiu a um irmão mais novo invés do mais velho, o filho mais velho foi Esaú, mas Deus escolheu Jacó (Israel), Rúben foi o primeiro filho de Israel (Jacó), mas a tribo sacerdotal é a levita, e a real a judaica e assim sucessivamente, mostra que Deus escolheu a quem Ele quis, mudando até mesmo a ordem normal das coisas, quinto, aparecem, entre os antepassados do Mestre, 4 mulheres, que não são grandes exemplos de conduta moral, isso nos deveria chamar a atenção a dois pontos, o primeiro é que não existe algo popularizado hoje que seria a “maldição hereditária”, visto o caráter de alguns antepassados do Mestre, segundo, isso nos mostra que o pecado corrompeu toda a raça, costumamos dizer que para um grande pecador um grande Salvador, em outras palavras: “porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.” (Rm 5:19-21).
Sexto, em Mateus, esta geração é tripartida, contendo cada parte 14 gerações, sendo que eles são os três períodos da história nacional de Israel: a teocracia, monarquia e hierarquia, a divisão em 14 pode ter sido feita para melhor memorização, pode também ter sido feita para mostrar o controle divino da história da humanidade, visto ser 14 um múltiplo de 7, o número 7 tem relevante valor na Bíblia, o que será visto adiante.

terça-feira, 17 de maio de 2011

2.c. Geração (Mt 1:1-17; Lc 3:23-38) Mt 1:1-17

Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos; e Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão; e Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom; e Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; e Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. E Salomão gerou a Roboão; e Roboão gerou a Abias; e Abias gerou a Asa; e Asa gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão gerou a Uzias; e Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou a Acaz; e Acaz gerou a Ezequias; e Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a Amom; e Amom gerou a Josias; e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para Babilônia. E, depois da deportação para a Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel; e Zorobabel gerou a Abiúde; e Abiúde gerou a Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor; e Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a Aquim; e Aquim gerou a Eliúde; e Eliúde gerou a Eleázar; e Eleázar gerou a Matã; e Matã gerou a Jacó; e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo. De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações.

O verso 11 nos apresenta um personagem, Jeconias, que dele foi dito: “vivo eu, diz o SENHOR, que ainda que Conias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá, fosse o anel do selo na minha mão direita, contudo dali te arrancaria. E entregar-te-ei na mão dos que buscam a tua vida, e na mão daqueles diante de quem tu temes, a saber, na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e na mão dos caldeus. E lançar-te-ei, a ti e à tua mãe que te deu à luz, para uma terra estranha, em que não nasceste, e ali morrereis. Mas à terra, para a qual eles com toda a alma desejam voltar, para lá não voltarão. É, pois, este homem Conias um ídolo desprezado e quebrado, ou um vaso de que ninguém se agrada? Por que razão foram arremessados fora, ele e a sua geração, e arrojados para uma terra que não conhecem? O terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR. Assim diz o SENHOR: Escrevei que este homem está privado de filhos, homem que não prosperará nos seus dias; porque nenhum da sua geração prosperará, para se assentar no trono de Davi, e reinar ainda em Judá.” (Jr 22:24-30), de modo que se o Senhor Jesus fosse filho natural de José então não poderia ser o rei, visto estar inabilitado de reinar, como a geração do Mestre é por Maria, ou seja, em Lucas, então estas palavras em nada O afetaram.
O verso 16 deixa claro que o Senhor Jesus é filho de Maria, José é o marido de Maria, o assunto nascimento do Mestre será mais bem tratado adiante. O verso 17 menciona três períodos de 14 gerações, sendo as primeiras 14: 1.1. Abraão (Mt 1:1,2; I Cr 1:27; Gn 11:26), 1.2. Isaque (Mt 1:2; I Cr 1:28,34; Gn 21:1-5), 1.3. Jacó (Mt 1:2; I Cr 1:34; 2:1; Gn 25:26), 1.4. Judá e seus irmãos (Mt 1:2; I Cr 2:1,2; Gn 29:31-35; 30:1-24; 35:16-18,49; Ex 1:1-6), 1.5. Perez e Zerá (Mt 1:3; I Cr 2:4; Gn 38:24-30; Rt 4:18), 1.6.Esrom (Mt 1:3; I Cr 2:5; Gn 46:12; Nm 26:21; Rt 4:18); 1.7. Arão (Mt 1:3; I Cr 2:9,25; Rt 4:19), 1.8. Aminadabe (Mt 1:4; I Cr 2:10; Rt 4:19), 1.9. Naassom (Mt 1:4; I Cr 2:10; Rt 4:19), 1.10. Salmom (Mt 1:4; I Cr 2:11; Rt 4:19), 1.11. Boaz (Mt 1:5; I Cr 2:11; Rt 4:13,21), 1.12. Obede (Mt 1:5; I Cr 2:12; Rt 4:21), 1.13. Jessé (Mt 1:5; I Cr 2:12; Rt 4:21), 1.14. Davi (Mt 1:1,16; I Cr 2:15; Rt 4:22; I Sm 13:11-13).
O segundo grupo de 14 gerações: 2.1. Salomão (Mt 1:6; I Cr 3:5; II Sm 12:24), 2.2. Roboão (Mt 1:7; I Cr 3:10; I Rs 11:43), 2.3. Abias (Mt 1:7; I Cr 3:10; I Rs 14:31). 2.4. Asa (Mt 1:7; I Cr 3:10; I Rs 15:8), 2.5. Josafá (Mt 1:8; I Cr 3:10; I Rs 15:24), 2.6. Jorão (Mt 1:8; I Cr 3:11; I Rs 22:50), 2.7. Uzias (Mt 1:8; I Cr 3:12; II Rs 14:21; 15:1), 2.8. Jotão (Mt 1:9; I Cr 3:12; II Rs 15:32), 2.9. Acaz (Mt 1:9; I Cr 3:12; II Rs 16:1), 2.10. Ezequias (Mt 1:9; I Cr 3:12; II Rs 18:1), 2.11. Manassés (Mt 1:10; I Cr 3:13; II Rs 20:21; 21:1), 2.12. Amom (Mt 1:10; I Cr 3:14; II Rs 21:18,19), 2.13. Josias (Mt 1:10; I Cr 3:14; II Rs 21:24; II Rs 22:1), 2.14. Jeconias e seus irmãos (Mt 1:10; I Cr 3:16; II Rs 24:6,8,12; Jr 22:30).
O terceiro grupo de 14: 3.1 Jeconias (Mt 1:12; I Cr 3:17; II Rs 25:27-30), 3.2. Salatiel (Mt 1:12; I Cr 3:17; Ed 3:2,8; 5:2; Ne 12:1; Ag 1:1,12,14; Ag 2:2-4,20-23), 3.3. Zorobabel (Mt 1:12; I Cr 3:19; Ed 3:2,8; 5:2; Ne 12:1; Ag 1:1,12,14; 2:2-4, 20-23; Zc 4:6-10), 3.4. Abiúde (Mt 1:13), 3.5. Eliaquim (Mt 1:13), 3.6. Azor (Mt 1:13), 3.7. Sadoque (Mt 1:14), 3.8. Aquim (Mt 1:14), 3.9. Eliúde (Mt 1:14), 3.10. Eleázar (Mt 1:15), 3.11. Matã (Mt 1:15), 3.12. Jacó (Mt 1:15), 3.13. José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS (Mt 1:16; Mt 1:18-25; 2:13-15; Lc 2:4,16,33,48), 3.14. JESUS, que se chama o Cristo (Mt 1:16).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

2.a. Geração (Mt 1:1-17; Lc 3:23-38) Mt 1:1-17

Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos; e Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão; e Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom; e Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; e Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. E Salomão gerou a Roboão; e Roboão gerou a Abias; e Abias gerou a Asa; e Asa gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão gerou a Uzias; e Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou a Acaz; e Acaz gerou a Ezequias; e Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a Amom; e Amom gerou a Josias; e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para Babilônia. E, depois da deportação para a Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel; e Zorobabel gerou a Abiúde; e Abiúde gerou a Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor; e Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a Aquim; e Aquim gerou a Eliúde; e Eliúde gerou a Eleázar; e Eleázar gerou a Matã; e Matã gerou a Jacó; e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo. De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações.

Este reino, mencionado no artigo anterior, é o reino dos céus ou reino de Deus tão falado da Bíblia, não foi estabelecido, na primeira vinda do Rei, mas o será quando Ele retornar à Terra, não na ocasião do arrebatamento e sim quando voltar com os santos dEle: “e quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;” (Mt 25:31), de alguma forma este reino já existe, pois o Rei está no coração de cada crente, com isso, Ele já reina, em breve Ele reinará absolutamente com um reino sempiterno: “mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,” (Dn 2:44).
Este verso 1 também diz que Ele é filho de Abraão e com isso quer dizer que se cumpre promessas feita a Abraão, as profecias vêm desde a queda do homem: “e nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo;” (Lc 1:69,70), lá, no Éden, Deus disse à serpente: “e porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3:15), a mulher é Eva e a serpente é o diabo, desde de lá Deus prometeu uma semente, que venceria, mas esta semente, até então, poderia ser descendente de qualquer povo, então Deus fez a promessa a Abraão que o Messias seria seu descendente: “e abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12:3), “e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.” (Gn 22:18), “e multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra; porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis. (Gn 26:4,5), “porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.” (Rm 4:13).
Alguns, sobretudo os judeus, entendiam que estas profecias se referiam aos descendentes de Abraão, como sendo muitos, e eles sendo descendente de Abraão gozariam dessas bênçãos, ocorre que a Bíblia usa a palavra descendência no singular, em referência direta ao Messias: “ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.” (Gl 3:16).

domingo, 15 de maio de 2011

2. Geração (Mt 1:1-17; Lc 3:23-38) Mt 1:1-17

Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos; e Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão; e Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom; e Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; e Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. E Salomão gerou a Roboão; e Roboão gerou a Abias; e Abias gerou a Asa; e Asa gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão gerou a Uzias; e Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou a Acaz; e Acaz gerou a Ezequias; e Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a Amom; e Amom gerou a Josias; e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para Babilônia. E, depois da deportação para a Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel; e Zorobabel gerou a Abiúde; e Abiúde gerou a Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor; e Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a Aquim; e Aquim gerou a Eliúde; e Eliúde gerou a Eleázar; e Eleázar gerou a Matã; e Matã gerou a Jacó; e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo. De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações.

Este é o livro da geração legal do Senhor Jesus Cristo, pois segue a linhagem de José, marido de Sua mãe Maria; o verso 1 é o início do Novo Testamento, o Velho começa com a geração do mundo, já o Novo começa falando dos antepassados dAquele que criou o mundo, há outros fatos, por exemplo, começa falando da geração do Senhor Jesus, esta expressão aparece noutro lugar na Bíblia, está em Gênesis 1, cujo verso 1 diz: “este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez.” (Gn 5:1), por que será que esta expressão é usada para Adão e para Cristo? A resposta é clara: “assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais.” (I Co 15:45-48).
O verso continua dizendo que Ele é filho de Davi, a Davi foram feitas muitas promessas, os versos seguintes são importantes para o entendimento de como será o reino de Cristo: “a sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim.” (Sl 89:36), “o SENHOR jurou com verdade a Davi, e não se apartará dela: Do fruto do teu ventre porei sobre o teu trono.” (Sl 132:11), “porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raizes um renovo frutificará.” (Is 11:1), “eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra.” (Jr 23:50), “naqueles dias e naquele tempo farei brotar a Davi um Renovo de justiça, e ele fará juízo e justiça na terra. Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome com o qual Deus a chamará: O SENHOR é a nossa justiça. (Jr 33:15,16), “naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antiguidade;” (Am 9:11), “sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,” (At 2:30), “acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,” (Rm 1:3), Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.” (Ap 22:16).
A encarnação dele então só poderia ser da descendência davídica: “e eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai;” (Lc 1:31,32), fato este conhecido por seus contemporâneos: “não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, da aldeia de onde era Davi?” (Jo 7:42), “e, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando, e dizendo: Tem compaixão de nós, filho de Davi.” (Mt 9:27), o que eles não se atentaram foi para outro fato, que é de extrema importância, algumas profecias não poderiam ser cumpridas por um homem: este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.” (II Sm 7:13), “porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.” (II Sm 7:16), Davi bem sabia que aquelas profecias se referiam ao Messias: “sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,” (At 2:30), tanto é que o Mestre indagou a seus opositores com esta pergunta: “dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi. Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, Até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho? (Mt 22:42-45), na verdade, as profecias se referem ao Cristo, que é Deus: “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” (Is 9:6,7).

sábado, 14 de maio de 2011

1.m. Introdução (Lc 1:1-4; Jo 1:1-14) Jo 1:9-14

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Este é o prólogo do evangelho, neste capítulo não se busca traçar os antepassados naturais do Senhor Jesus, não trata da geração até Adão, nem mesmo até Abraão, pois, em ambos os casos, se trataria da humanidade do Senhor Jesus Cristo, aqui se retroage até o início, para mostrar que o Verbo, que é o Filho antecede tudo, mais que isso, Ele não tem princípio, conseqüentemente também não tem fim, vai além, a natureza dEle é divina, Ele criou todas as coisas, sustenta todas as coisas, desde as grandes até as pequenas, Ele é a Luz que brilha para iluminar a todos os humanos, lhes tirando das trevas e ignorâncias e fazendo avançar em conhecimento, é justamente Ele o Verbo.
Esta introdução mostra justamente a grandeza do Senhor Jesus, que é rejeitado por muitos, Ele não é um anjo ou outra qualquer criatura, Ele é o próprio Criador, mais adiante estudaremos com maior profundidade como foi sábia e precisa a escolha de Deus em enviar o Seu Filho para salvar o pecador; o evangelho significa boas novas, o fato de ter Deus morando conosco, andando em nossas ruas já deveria, por si só, ser motivo de explosão de alegria, afinal o Senhor de tudo esteve aqui pessoalmente, Ele Se humilhou ao ponto de vir aqui justamente para que pecadores pudessem ser salvos.
Diferentemente da expectativa de muitos, apesar de ser Dono de tudo, Ele preferiu nascer num lar humilde, mais do que isso, preferiu viver uma vida de ultraje e, por fim, ser cravado na cruz, Ele explicou que foi justamente esse o objetivo dEle: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mt 10:28), este foi o preço do resgate o sangue de Cristo: “Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.” (Mt 26:28). “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;” (Cl 1:16), “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,” (Ap 1:5).
Confesso que ao ver ao Senhor Jesus pedirei a ele para ver os cravos e o Seu lado transpassado: “disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.” (Jo 20:25-27), sei que Ele esteve lá em meu lugar. Caso você não creia em Cristo como seu Salvador eu lhe pergunto: “como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?” (Hb 2:3,4), sem Ele então sem salvação: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18).

sexta-feira, 13 de maio de 2011

1.l. Introdução (Lc 1:1-4; Jo 1:1-14) Jo 1:9-14

O Logos encarnado

Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

O verso 14 fala algo fantástico, magnífico, o Verbo Se fez carne, Ele mesmo, o Criador de tudo, o que sustenta todas as coisas, a Luz do mundo, o que dá poder de todo que O recebe tornar-se filho de Deus por adoção, Ele Se encarnou, portanto, não era carne e sim Se fez, se tornou, veio em carne, em humanidade: “por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste;” (Hb 10:6), a Bíblia já dizia isso: “portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Is 7:14), quando Ele veio à Terra Lhe foi dado o nome: “e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.” (Mt 1:21-23), Deus conosco significa que Ele não está longe, pelo contrário Ele veio a andou entre nós demais humanos.
Essa é a notícia de algo fantástico o Verbo esteve aqui, alguém pode pensar e como foi o nascimento dEle, como foi essa encarnação? Esta foi a mesma pergunta que Maria fez, a resposta foi: “e, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lc 1:35), este anúncio foi concretizado o Verbo esteve encarnado entre nós: “e deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” (Lc 2:7), “pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lc 2:11), “acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,” (Rm 1:3,4), “dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.” (Rm 9:5).
Ele “que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Fp 2:6-8), “e, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” (I Tm 3:16), “nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.” (I Jo 4:2,3), “porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.” (II Jo 1:7).
Ele é glorioso, o glorioso Verbo: “Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2:11), “seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, e transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.” (Mt 17:1-5), “nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.” (II Co 4:4-6), “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;” (Hb 1:3), “porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido.” (II Pd 1:17).
Agora tem a identificação de Quem é o Verbo, Ele é o Filho de Deus, o Filho unigênito do Pai: “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16), “quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18), a Quem o próprio Pai O chama de Filho: “proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.” (Sl 2:7), “como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei.” (At 13:33), o Filho não é um anjo, como alguns dizem, Ele é o Filho de Deus: “porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?” (Hb 1:5), “assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei.” (Hb 5:5), “nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.” (I Jo 4:9).Além dEle ser glorioso, também é gracioso, a Bíblia O chama de cheio de graça e de verdade, antes de falar de Sua graça é importante falar da Sua plenitude, quando se diz que Ele é cheio, quer se dizer que Ele é pleno, é completo, inteiro: “porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,” (Cl 1:19), essa plenitude abrange a tudo, começando pela própria divindade: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;” (Cl 2:9), todo o conhecimento e ciência: “em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” (Cl 2:3), com isso em mente continuemos, Ele é gracioso: “e disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” (II Co 12:9), “e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em Jesus Cristo. Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.” (I Tm 1:14-16).

quinta-feira, 12 de maio de 2011

1.j. Introdução (Lc 1:1-4; Jo 1:1-14) Jo 1:9-14

O Logos encarnado

Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

O verso 13 continua falando dos que O receberam, este verso ensina muitas coisas, ensina que os que O recebem são nascido de novo, o que é algo recorrente no Novo Testamento, sendo que quem nas nascer de novo não pode ver nem entrar no reino de Deus: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (Jo 3:3), “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” (Jo 3:5), este novo nascimento faz com que o renascido tenha outras aspirações: “desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” (I Pd 2:2), “amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (I Jo 4:7), “todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.” (I Jo 5:1), e por Cristo tem vitória sobre o mundo: (I Pd 1:23), “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” (I Jo 5:4), “sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I Jo 5:18).
O verso ainda diz que este nascimento não é do sangue, ou seja, não vem da vontade dos pais, nem da relação marital, também não vem da vontade da carne, pois o próprio indivíduo não pode renascer, ele simplesmente não pode voltar ao ventre de sua mãe e nascer de novo, mesmo se pudesse não faria, visto que o homem não quer nada com a Luz, ele prefere as trevas e é inapto para ir à Luz: “e não quereis vir a mim para terdes vida.” (Jo 5:40), este nascimento também não pode ser pela vontade de outro homem, um amigo não pode fazer o outro amigo nascer de novo, um vizinho ao outro, nenhum homem pode fazer outro homem renascer, por isso, tão nascimento não vem da vontade do homem, então alguém logo pensará vem da vontade de quem então? A resposta é da vontade de Deus: “segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.” (Tg 1:18), afinal quem nasce só pode ser sujeito passivo, não contribui em nada, de pende da vontade de outrem, este novo nascimento é pela palavra de Deus: “sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (I Pd 1:23), e é para uma viva esperança: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,” (I Pd 1:3).
Este nascimento tem base na misericórdia de Deus: “pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Rm 9:15,16), Deus estabelece Sua vontade: “eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.” (I Co 3:6), “por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (I Co 3:7), “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp 2:13), este nascimento será mais bem tratado em João 3.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

1.i. Introdução (Lc 1:1-4; Jo 1:1-14) Jo 1:9-14

O Logos encarnado

Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Apesar de tantos rejeitarem ao Filho, há outros que O recebem, esta é razão do verso 11 começar com uma conjunção adversativa “mas” justamente para fazer contraposição ao quadro anterior e mostrando também o que os que O rejeitaram perdem, quem O recebe se torna filho de Deus pela fé no Senhor Jesus, poderia ter algo mais maravilhoso do que isso? Haveria alguma notícia melhor? Esta é a grande bênção do evangelho, que alegra os corações, ao longo dos nossos estudos, observaremos as conseqüências de sermos filhos de Deus, pois essa condição se dá pela adoção, Deus adota ao crente, para tanto houve necessidade prévia de perdão dos pecados e outras coisas que veremos ao longo desta série de estudo, posteriormente é garantida bênçãos eternas, visto que o vínculo familiar é inquebrável.
Como se dá todas essas bênçãos? No recebimento dEle, então está a pergunta principal como é que se recebe a Cristo? Pela fé: “porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.” (Gl 3:26), isso quer dizer que para que alguém receba a Cristo é primordial que creia que Ele é o Único e Suficiente Salvador, Único, ou seja, não existe outro, outro meio de salvação: Suficiente significa que Ele e só Ele basta, o crente não procurará outro pra complementar o trabalho de Cristo muito menos em si mesmo, antes confiará exclusivamente em Cristo, a fé nEle se dá simultaneamente com o arrependimento, se arrepender significa abominar e querer deixar o pecado de lado de uma vez por todas, de uma vez para nunca mais voltar a ele, ao que O recebe, Deus dá um penhor, que é o Espírito Santo: “e, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.” (Gl 4:6).Para falar um pouco das bênçãos da filiação: “também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.” (Is 56:5), “por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” (II Co 6:17,18), “pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” (II Pd 1:4), “vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele.” (I Jo 3:1). “quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18), “estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20:31), “e o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.” (I Jo 3:23), “quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (I Jo 5:12).

terça-feira, 10 de maio de 2011

1.h. Introdução (Lc 1:1-4; Jo 1:1-14) Jo 1:9-14

O Logos encarnado

Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

A rejeição do Logos continua, a narrativa diz que Ele foi até os Seus, aparentemente poderíamos pensar que os Seus aqui referidos fossem a todos os homens, visto tudo ser dEle, ocorre que esta é uma menção aos seus compatriotas, ao Seu lugar, e não foi recebido, não foi aceito, foi rejeitado, a mensagem de salvação foi inicialmente pregada aos judeus: “e ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mt 15:24), “vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades.” (At 3:25,26), “homens irmãos, filhos da geração de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a vós vos é enviada a palavra desta salvação.” (At 13:26).
Os judeus eram os guardiões dos preceitos de Deus, por isso, haviam vantagens: “qual é pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.” (Rm 3:1,2), por terem ficado responsáveis com o cuidado da Lei, eles deveriam reconhecer ao Messias imediatamente, entretanto aconteceu o inverso, os Seus O rejeitaram: “mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.” (Lc 19:14), “e disse o senhor da vinha: Que farei? Mandarei o meu filho amado; talvez, vendo-o, seja respeitado. Mas, vendo-o os lavradores, arrazoaram entre si, dizendo: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, para que a herança seja nossa. E, lançando-o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o senhor da vinha?” (Lc 20:13-15), esta rejeição já havia sido profetizada: “porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” (Is 53:2,3).
Com a rejeição a Cristo os rejeitadores estão dizendo isso: “quanto à palavra que nos anunciaste em nome do SENHOR, não obedeceremos a ti;” (Jr 44:16), rejeitam ao próprio Deus, rejeitando ao Seu Enviado: “quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.” (Mt 10:40), eles também perseguiram aos profetas: “e aquilo que ele viu e ouviu isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho.” (Jo 3:32), “homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;” (At 7:51,52), deixando claro que eles não querem nada com Deus, não querem obedecer a voz dEle, não querem cumprir Seus mandamentos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

1.g. Introdução (Lc 1:1-4; Jo 1:1-14) Jo 1:9-14

O Logos encarnado

Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Os versos 6 a 8 foram um parêntese, eles falavam de João o Batista, agora, o relato volta ao Logos, mais precisamente a encarnação deste Logos, o verso 9 começa fazendo um paralelo entre João, que não é a luz, com a Luz verdadeira, que é o Logos, a palavra para verdadeira não quer só fazer distinção com o que é falso e sim com o que é tipo e antítipo, quer fazer distinção entre as luzes que existem, que na verdade são tipos da verdadeira Luz, o próprio sol é um tipo, ele não é a verdadeira luz, a verdadeira Luz é o Senhor Jesus e Ele ilumina a todo homem que vem ao mundo, esta iluminação não resulta automaticamente em salvação, Ele faz com que o homem natural possa ter fagulhas de luz e com isso ser conduzido a Ele, ocorre que, quando o homem vê a luz ele corre para as trevas, pois as trevas lhe são melhores que a luz.
Felizmente, graças a Deus alguns, além de serem iluminados com essa Luz, crêem em Cristo como seu Salvador, reconhecendo suas fraquezas e pecados, os quais ao andam mais em trevas: “Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” (Jo 12:46), “mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.” (I Ts 5:4-7), pois tem o entendimento do próprio Deus: “e sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (I Jo 5:20).
O verso 10 diz que Ele estava no mundo, o filho de Deus esteve aqui na Terra, estas palavras fazem paralelo ao início da passagem quando fala que o Verbo é Preexistente, agora fala da encarnação do Verbo, quando Ele aqui esteve, viveu e morreu, Ele deveria ser reconhecido imediatamente, mas não foi o que aconteceu, o caminho que Ele seguiu foi o da cruz, Ele é o Criador e Mantenedor do mundo, de cada partícula que existe: “o Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” (At 17:24-27).
E o mundo não O reconheceu: “Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.” (Jo 17:25), “visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” (I Co 1:21), “a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” (I Co 2:8), “vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele.” (I Jo 3:1).